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Relatórió de

acómpanhamentó dó setór
de telecómunicaçóes
LTE 450 MHz
1º trimestre de 2016
Relatórió de
acómpanhamentó dó setór
de telecómunicaçóes
LTE 450 MHz
Material produzido
pela Assessoria
Técnica da Agência
Nacional de
Telecomunicações
(Anatel)
Agencia Nacional de Telecomunicações

SAUS Quadra 06 Blocos C, E, F e H

CEP 70070-940
Brasília/DF

Tel:(061) 2312-2000

Presidente

João Batista de Rezende

Conselho Diretor

Igor Vilas Boas de Freitas

João Batista de Rezende


Rodrigo Zerbone Loureiro

Aníbal Diniz

Otávio Luiz Rodrigues Júnior

Assessoria Técnica - ATC

Leonardo Euler de Morais - Chefe da ATC

Equipe ATC

Humberto Bruno Pontes Silva

Paulo Rodrigo de Moura

Pedro Borges Griese

Renato Couto Rampaso

Este relatório é desenvolvido pela Assessoria Técnica e tem como objetivo o


monitoramento do setor de Telecomunicações, contendo informações relevantes para
contribuir com o alcance dos objetivos da Anatel. A maior parte dos dados é publica e
coletada nos próprios sistemas internos da Anatel. As opiniões expressas neste
trabalho são exclusivamente do(s) autor(es) e não refletem a visão da Agência Nacional
de Telecomunicações.
SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................................................................................... 3
Aspectos técnicos sobre o uso da faixa de 450 MHz para aplicações LTE .............................. 4
Benchmark internacional: experiências do uso da faixa de 450 MHz para
aplicações LTE.................................................................................................................................................. 7
Distribuição da faixa por operadora por Área Geográfica ........................................................... 10
Utilização da Faixa de 450 MHz em janeiro/2015 .......................................................................... 13
Recursos do Funttel para o projeto LTE 450 MHz .......................................................................... 14
Conclusão ......................................................................................................................................................... 21
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Exemplo de migração da tecnologia CDMA para LTE em 450 MHz. ..................... 9
Figura 2 – Áreas geográficas das prestadoras vencedoras do Edital do 4G na faixa
de 450 MHz. .................................................................................................................................................... 10
Figura 3 – Canalização na faixa de 450 MHz ..................................................................................... 11
Figura 4 – Estimativa do número de ERBs necessárias para atender as obrigações
de cobertura prevista para a faixa de 450 MHz. .............................................................................. 11
Figura 5 – Resumo das obrigações do Edital do 4G para faixa de 450 MHz. ........................ 11
Figura 6 – Área de cobertura do Brasil prevista com o Edital do 4G. ..................................... 12
Figura 7 – Mapa gerado pelo sistema Mosaico com as estações licenciadas na
faixa de 450 MHz para o SMP .................................................................................................................. 13
Figura 8 – Estação Rádio Base LTE 450 MHz desenvolvida pela Fudação CPqD. .............. 16
Figura 9 – Terminais LTE 450 MHz, desenvolvidos pela Fundação CPqD. ........................... 18
Relatório de acompanhamento do setor de telecomunicações

2
INTRODUÇÃO
O objetivo deste relatório é avaliar o uso atual da tecnologia LTE em 450 MHz
no Brasil, com vistas a contribuir para o atingimento das políticas públicas que são
suportadas pelo uso eficiente do espectro na referida faixa de frequências.

O Edital n.º 004/2012/PVCP/SPV-Anatel, costumeiramente referido como


“Edital de Banda Larga Rural e Urbana”, estabeleceu, para as própónentes vencedóras,
como compromisso de abrangência, a oferta de serviços de voz e conexões de dados,
por meio da referida subfaixa, em, pelo menos, 80% da área compreendida até 30 Km
dos limites da localidade sede de todos os municípios brasileiros.

Até 31 de dezembro de 2015, as conexões de dados devem ocorrer com taxa de


transmissão de 256 Kbps de download e de 128 Kbps de upload, no mínimo, com
franquia mensal de 250MB. Até a data de 31 de dezembro de 2017, as proponentes
vencedoras do certame devem aumentar a taxa de transmissão para, pelo menos, 1
Mbps de download e de 256 Kbps de upload.
ÃSPECTOS TECNICOS SOBRE O USO DÃ FÃIXÃ DE 450
MHZ PÃRÃ ÃPLICÃÇOES LTE

De acordo com estudo de caso do Brasil sobre a tecnologia LTE em 450 MHz
para serviços de banda larga em áreas rurais e remotas apresentado por pesquisadores
da Fundação CPqD na União Internacional de Telecomunicações (ITU), o LTE é o
caminho evolutivo para sistemas de comunicação celular de última geração:1

LTE é o padrão em desenvolvimento pela Third Generation


Partnership Project (3GPP) como uma tentativa de fornecer um caminho
evolutivo em direção a sistemas de comunicação celular de última
geração. A motivação por trás da iniciativa brasileira para alavancar a
implantação de sistemas LTE em frequências de 450 MHz possui dois
pontos principais.

Em primeiro lugar, os requisitos do Plano Nacional de Banda


Larga incentivam a implantação de sistemas e tecnologias de acesso
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capazes de oferecer alta vazão (throughput) e baixa latência em áreas


pouco povoadas. Entre as tecnologias de acesso sem fios atualmente
disponíveis, a LTE fornece a maior eficiência espectral (sua interface
aérea transporta o maior número de bits numa dada largura de banda do
canal). Esta é uma característica fundamental para qualquer sistema
operando em ambientes com espectro limitado e exigências de largura de
banda elevadas. Outra vantagem da tecnologia LTE 450 MHz é o seu
potencial para apoiar a implantação de serviços de comunicação
máquina-a-máquina (M2M) em ambientes rurais, tais como vigilância por
vídeo, telemetria e rastreamento.

Em segundo lugar, a prestação de serviço nas áreas contempladas


pelo Plano Nacional de Banda Larga é um desafio porque, para ser
comercialmente viável, os investimentos em infraestrutura e os custos
operacionais devem ser otimizados em conjunto. Na prática, isto requer a
implantação de células extensas que possuem cobertura de raios tão
grande quanto 30 quilômetros. Um desafio adicional no Brasil é a falta de
infraestrutura de backhaul para transportar o tráfego das células (em
áreas rurais e remotas) para o backbone da rede.

Padronização do 3GPP

4
1 Disponível em: https://itunews.itu.int/en/4618-LTE-450MHz-technology-for-broadband-services-in-rural-

and-remote-areas-BR-Case-study-of-Brazil.note.aspx. Acesso em 19/01/2016.


A fim de transformar a faixa de frequências de 450-470 MHz numa
banda normatizada, o 3GPP criou um Tema de Trabalho em setembro de
2012, cujo objetivo foi criar uma norma mundial que ofereça cobertura de
cerca de 30 quilómetros, definir características técnicas adequadas para a
implantação de sistemas 4G em áreas pouco povoadas. Como na zona
rural brasileira, essas áreas são tipicamente caracterizadas pela falta de
backhaul e infraestrutura de energia elétrica. Este ambiente operacional
desafiador exigia um novo perfil do LTE projetado para operação na faixa
de 450-470 MHz, com condições de propagação superiores aos perfis
existentes já padronizados pelo 3GPP.

No âmbito deste Trabalho, a Fundação CPqD, apoiou o 3GPP a


enfrentar temas como a canalização (arranjo de banda), a convivência
com os serviços adjacentes, e o desempenho dos parâmetros de rádio para
transmissão e recepção. Estes foram alguns dos principais desafios
abordados durante este processo de normatização. Todo este trabalho foi
realizado tendo em consideração os aspectos regulatórios relevantes
brasileiros, como os definidos na Resolução nº 558/2010 da ANATEL.

O 3GPP completou o processo de padronização da faixa de 450


MHz em setembro de 2013. As especificações correspondentes desta banda
totalmente nova, chamada de Banda 31, estarão disponíveis como parte
das especificações do LTE Release 12, e manterão a compatibilidade com
todas as versões anteriores do LTE. (tradução nossa)

As dificuldades técnicas para especificar e desenvolver a tecnologia LTE em 450


MHz têm relação, em especial, com questões associadas ao gerenciamento de
interferência e aumento a cobertura das células, conforme explicitado pelos
pesquisadores:

Os seguintes desafios específicos foram evidentes nas atividades do


CPqD durante a sua participação no processo de normatização do 3GPP, e
em seus esforços de pesquisa e desenvolvimento para desenvolver
protótipos de LTE para a faixa de 450 MHz.

Separação duplex: na Banda 31, em vez de canais estreitos de 1.4


ou 3 MHz, o esquema de atribuição de canal ótimo que maximiza o
rendimento celular (e, por sua vez, o número de usuários que podem usar
maiores taxas de dados) é alcançada com canais de 5 MHz. É interessante
notar, no entanto, que a implantação nas sub faixas atribuídas pela
ANATEL produz um espaçamento de frequências entre uplink (em 452-
457 MHz) e downlink (em 462-467 MHz) de apenas 5 MHz. Esta pequena
separação duplex cria um efeito conhecido como autodefesa no qual os
sinais espúrios do transmissor são capturados pelo receptor degradando,
assim, o desempenho do sistema. Esta separação duplex é a menor em
análise no 3GPP, fazendo da banda de 450 MHz a mais desafiadora já
considerada. Há alternativas disponíveis para resolver este problema, mas
à custa de maior complexidade do terminal. Terminais de usuário
constituem o equipamento mais crítico em uma rede celular, pois
restrições sobre o seu custo, tamanho e peso são mais rigorosas do que as
restrições nas estações rádio base.

Gerenciamento de interferência: O esquema de canalização única


de 5 MHz implica que o mesmo canal é usado em todos os setores da
célula, e em todas células do sistema. São necessárias soluções sofisticadas
para mitigar os efeitos de deterioração da interferência co-canal nos
receptores. Outra situação de interferência é causada pela transmissão de
sinais de pequena largura de banda e alta potência em canais adjacentes
aos usados no sistema LTE. Este cenário é bem ilustrado para
radiodifusão de televisão, que com uma potência efetivamente irradiada
(ERP) de alguns quilowatts pode afetar dramaticamente a performance
dos receptores LTE que operam nas proximidades. A performance do
sistema LTE também é afetada pelo ruído impulsivo gerado pela atividade
humana, como veículos, máquinas e fábricas. Quanto menor a frequência
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de operação, maior o nível de ruído, o que significa que sistemas operando


na faixa 450 MHz são mais susceptíveis ao ruído que aqueles operando em
frequências em torno de 1 GHz ou mais. Todavia, isto é menos
preocupante nas zonas rurais onde os níveis de ruído produzidos pela
atividade humana são bem inferiores aos níveis observados nas grandes
cidades. Entretanto, como são disponibilizados meios técnicos de forma
geral para melhorar a resistência do sistema ao ruído e à interferência,
sua adoção sempre aumenta a complexidade e o custo do sistema.

Maior cobertura das células: a implantação de células com raios


da ordem de dezenas de quilômetros impõe uma dificuldade adicional
para o desenvolvimento de equipamentos de rede LTE. Células maiores
requerem maior potência de transmissão, o que se traduz diretamente em
amplificadores de potência mais complexos. O alcance mais longo
oferecido pela banda 450 MHz pode compensar parte desta necessidade,
especialmente quando antenas de alto ganho são utilizadas. Quanto à
antena, o projetista deve levar em conta aspectos como ganho, diagrama
de radiação, padrões de certificação, facilidade de instalação e, mais
importante, dimensão física (lembrando que quanto menor a frequência
de operação, maior será o sistema irradiante). (tradução nossa)

6
BENCHMARK INTERNÃCIONÃL: EXPERIENCIÃS DO USO DÃ
FÃIXÃ DE 450 MHZ PÃRÃ ÃPLICÃÇOES LTE

Um dos primeiros casos de utilização da faixa de 450 MHz para fins comerciais
foi materializado mediante o padrão CDMA2000, na Polônia. Em 2012, a operadora
Orange aproveitou a disponibilidade do espectro e passou a oferecer no país algo então
inédito. Explorando eficiências naturais dessa faixa de frequência, a operadora obteve
um aumento de doze vezes na cobertura, se comparado às faixas de 1800 e 2100 MHz, e
foi capaz de oferecer banda larga wireless em 90% da área geográfica da Polônia,
conseguindo uma receita média por cliente de US$18 por mês.

De acordo com o CDG2 (CDMA Development Group), existem 115 operadoras


que trabalham com o padrão CDMA na faixa de 450 MHz em 60 países, presentes em
todas as regiões com exceção da América do Norte. Findo o desenvolvimento do CDMA,
essas áreas são potenciais candidatas a migração para o LTE450, padrão que trará
benefícios como o aumento de velocidade e redução de latência. A ascensão do recurso
espectral de 450 MHz como a nova faixa LTE oferece oportunidade singular a
operadoras globais desafiadas pela escassez de recursos de espectro.

A primeira rede comercial de LTE 450 MHz entrou em operação na Finlândia


por meio da empresa Ukko Mobile, em 2014 (Convergência Digital3):

“A primeira rede comercial LTE 450 MHz entrou em operação


em 2014, na Finlândia, por intermédio da operadora Ukko Mobile.
Segundo a empresa, essa tecnologia hoje cobre 99,9% da população
finlandesa e, com isso, permite prover serviços 4G para todo o país. A
Ukko também informa que essa cobertura foi alcançada com apenas
algumas centenas de sites - uma quantidade muito inferior à necessária
para cobrir a mesma área com frequências acima de 1 GHz.

Mesmo sem ter as dimensões territoriais do Brasil, a Finlândia


possui uma série de desafios para a implantação de uma rede 4G com
cobertura nacional. Sua extensão aproximada equivale à área do estado
de Goiás e a densidade populacional é de 15 habitantes por quilômetro
quadrado (a do Brasil é de 23,8) - ambos são fatores importantes para o
plano de negócios da operadora. O foco inicial do serviço, anunciado pela
Ukko, foram o setor logístico - que inclui a Empresa Nacional de Trens -,
o segmento de business-to-business (B2B) e setores governamentais.

No caso dos trens, a rede LTE 450 MHz é utilizada como


backhaul para prover acesso à internet aos passageiros enquanto
viajam. Outra aplicação interessante foi testada pela empresa
FinnHEMS, que presta serviços médicos de emergência por helicópteros

2 http://www.cdg.org/resources/cdma_stats.asp
3 http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41445&sid=15
em toda a Finlândia. Nos testes, uma videochamada realizada durante
um voo, via rede LTE 450 MHz, permitiu que médicos de várias partes do
país acompanhassem todo o procedimento de emergência. Além disso, a
Ukko Mobile quer levar banda larga a mais de 700 mil casas de veraneio
localizadas em áreas remotas (que têm demanda temporária) e hoje já
oferece planos para clientes residenciais e corporativos, com roteadores
para uso interno e externo.

No Brasil, a expectativa é que a primeira rede comercial LTE na


faixa de 450 MHz seja implantada em 2016. Diversos testes nesse sentido
já estão acontecendo em várias partes do país - que, com essas novas
redes, poderá levar serviços de banda larga às regiões mais remotas.”

Conforme se pode constatar, a empresa pioneira no uso do padrão LTE na faixa


de 450 MHz é Ukko Mobile. Usando a infraestrutura da Huawei (multinacional de
telecomunicações chinesa), lançou seu serviço com 99,9% de cobertura no país -
colocando-o em primeiro lugar no quesito cobertura LTE no mundo. As soluções de
rede fornecidas pela Huawei para o LTE 450 MHz pode tanto facilitar a migração da
tecnologia CDMA para o LTE como reutilizar o legado de recursos de rede como
estações de base e antenas para ajudar a diminuir a quantidade de investimentos
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necessários.

A Ukko Mobile é um exemplo de migração da tecnologia CDMA para LTE em 450


MHz, e este fato foi apresentado durante o LTE Global Seminar, em junho de 2014 4 ,
conforme segue abaixo:

 Breve história da faixa de 450 MHz na Finlândia:


 A primeira geração da rede de telefonia analógica (NMT 450) foi inaugurada na
Finlândia em 1982, oferecendo cobertura nacional.
 Após o encerramento da rede NMT 450 a tecnologia de banda larga sem fio
Flash-OFDM fói instalada e chamada de “@450”.
 Em 2012 a rede @450 foi atualizada para a tecnologia CDMA da Huawei.
 Durante a metade de 2014, a tecnologia será atualizada novamente, desta vez
para LTE
 Migração para o LTE:
 Atualmente rede CDMA cobre 99,9% da população da Finlândia, com apenas
241 estações rádio base.
 As estações rádio base CDMA poderão ser atualizadas para LTE simplesmente
tocando a placa de canais (uma placa eletrônica).
 A antena e a unidade de rádio podem ser reutilizadas diretamente
 Não é necessário subir na torre
 A migração está planejada para segunda metade de 2014
 Esta migração rápida é possível devido às plataformas da Huawei que
possibilitam a atualização.
 A figura abaixo ilustra tal migração:

8
4 Ukkoverkot, Truly Nationwide LTE network in Finland, disponível em http://450alliance.org/wp-
content/uploads/2014/07/UkkoVerkot_Amsterdam_LTE_World.pdf. Acesso em 01/02/2016.
Figura 1 – Exemplo de migração da tecnologia CDMA para LTE em 450 MHz.

Também em 2014, a Alcatel-Lucent, empresa global de telecomunicações


sediada em Boulogne-Billancourt - França, anunciou um acordo com a AINMT Holdings
para implantar a tecnologia LTE 450MHz na Noruega. O primeiro passo é substituir a
infraestrutura CDMA da ice.net (empresa norueguesa controlada pela Alcatel) pelo
padrão LTE. Tal acordo faz parte de um projeto escandinavo, que também possui
operações na Suécia e Dinamarca. A operadora combinará a faixa de 450 com as de 800,
900 e 1800 MHz para trazer banda-larga móvel de alta velocidade para o setor
empresarial e consumidores da Noruega.

A Huawei e a Alcatel-Lucent são as principais operadoras tanto em CDMA450 e


LTE450. Apesar do limitado espectro disponível para os operadores de 450MHz (sub
5MHz), Huawei diz que é possível migrar para um arranjo de divisão, com duas
operadoras atribuídas a LTE e um para CDMA. Então, com o tempo, os clientes podem
ser migrados para a rede mais recente. Mesmo com o recurso limitado atribuído a LTE
no âmbito desse regime, existe a possibilidade de benefícios de desempenho já no
período inicial.
DISTRIBUIÇÃO DÃ FÃIXÃ POR OPERÃDORÃ POR ÃREÃ
GEOGRÃFICÃ
Após o procedimento de licitação regido pelo edital de Licitação nº
004/2012/PVCP/SPV, também chamadó de “Edital dó 4G”, as radiofrequências na
subfaixa 2500 MHz a 2690 MHz e/ou na subfaixa de 451 MHfz a 458 mhz e de 461 MHz
a 468 MHz foram licitadas para as empresas: Claro S.A./Americel S.A., Vivo S.A, TIM
Celular S.A./Intelig Telecomunicações Ltda, TNL PCS S.A, uma vez que tais proponentes
obtiveram a melhor oferta pelos lotes disputados. Como não houve propostas para
licitar a faixa de 450 MHz nós blócós dó tipó “Ô (restrito à faixa de 450MHz), as
empresas que disputaram os lótes dó tipó “B” tiveram além dos blocos da faixa de
2,5GHz, blocos da faixa de 450MHz em cada um dos lotes que disputaram. Dessa forma,
abaixo estão elencados os Estados e áreas de registros correspondentes a cada uma das
empresas vencedoras.

a) Claro S.A./Americel S.A - Proponente vencedora do Lote 2 (Subfaixa de


Radiofrequências W), possui as seguintes Unidades Federativas: Acre (AC),
Amazonas (AM), Amapá (AP), Bahia (BA), Maranhão (MA), Pará (PA),
Rondônia (RO), Roraima (RR), Tocantins (TO) e, no Estado de São Paulo (SP),
as Áreas de Registro 11 e 12;
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b) Vivo S.A - Para o Lote 3 (Subfaixa de Radiofrequências “X”), as seguintes


Unidades Federativas: Alagoas (AL), Ceará (CE), Minas Gerais (MG), Paraíba
(PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN), Sergipe (SE) e,
no Estado de São Paulo (SP), as Áreas de Registro 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19;
c) TIM Celular S.A./Intelig Telecomunicações Ltda - Para o Lote 4 (Subfaixas
de Radiofrequências V1), as seguintes Unidades Federativas: Espírito Santo
(ES), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Santa Catarina (SC);
d) TNL PCS S.A. (Oi) - Para o Lote 5 (Subfaixas de Radiofrequências V2), as
seguintes Unidades Federativas: Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Mato
Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS) e Rio Grande do Sul (RS).
Para facilitar a visualização da área geográfica abrangida por cada lote por
prestadora, foi adicionada a representação gráfica abaixo:

10
Figura 2 – Áreas geográficas das prestadoras vencedoras do Edital do 4G na faixa
de 450 MHz.
É importante destacar que tal fracionamento foi resultado da pouca quantidade
de espectro disponível em tal faixa de frequência conforme abaixo (são apenas 7+7
MHz para todo o Brasil que estavam disponíveis).

Figura 3 – Canalização na faixa de 450 MHz

Em alguns estudos realizados pela Anatel para atender as obrigações de


cobertura para a faixa de 450 MHz seriam necessárias 6.075 ERBs conforme abaixo:

Figura 4 – Estimativa do número de ERBs necessárias para atender as obrigações


de cobertura prevista para a faixa de 450 MHz.

Os compromissos de abrangência estabelecidos no Edital determinam o


atendimento de municípios com a oferta de Voz e dados no varejo, bem como conexões
das escolas públicas rurais. A figura abaixo busca resumir as obrigações estabelecidas
para tal faixa.

Figura 5 – Resumo das obrigações do Edital do 4G para faixa de 450 MHz.


É importante destacar que o próprio edital também autorizou as empresas
vencedoras de realizar o cumprimento das obrigações por meio de outras faixas de
frequências que a prestadora possua autorização da Anatel, conforme abaixo:

“8.2. Para o atendimento dos Compromissos de Abrangência de


que trata o item 8, as Proponentes vencedoras poderão utilizar de
Radiofrequências de 451 MHz a 458 MHz / 461 MHz a 468 MHz ou outras
Subfaixas para as quais já detenha Autorização de Uso de
Radiofrequência.”

A figura abaixo mostra a área de cobertura prevista é mais da metade do país,


conforme apresentação do Ministério das Comunicações, realizada na oportunidade do
LTE450 Global Seminar, em Amsterdam, 25 de junho de 20145 .
Relatório de acompanhamento do setor de telecomunicações

Figura 6 – Área de cobertura do Brasil prevista com o Edital do 4G.

12

5 Disponível em: http://450alliance.org/resources/past-events/lte450-seminar-material-downloads/. Acesso


em 19/01/2016
UTILIZÃÇÃO DÃ FÃIXÃ DE 450 MHZ EM JÃNEIRO/2016
Ao consultar as bases de dados da Anatel foi possível identificar as 182 estações
que estão licenciadas e operando na Faixa de 450MHz para o SMP conforme abaixo:

Número de
Empresa Estações

CLARO S.A. 179

AM 9

BA 164

PA 4

RO 1

SP 1

TIM
CELULAR S.A. 3

RJ 1

SC 2

Total Geral 182

Estas estações estão ilustradas no mapa abaixo, gerado pelo sistema Mosaico:

Figura 7 – Mapa gerado pelo sistema Mosaico com as estações licenciadas na faixa
de 450 MHz para o SMP
RECURSOS DO FUNTTEL PÃRÃ O PROJETO LTE 450 MHZ
O setor de telecomunicações dispõe de um importante instrumento para
fomentar a competitividade da indústria brasileira de telecomunicações, que é o Fundo
para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações – Funttel. O Funttel foi
criado pela Lei 10.052/2000, e é administrado por um Conselho Gestor, constituído
pelos seguintes membros:

 um representante do Ministério das Comunicações;


 um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia;
 um representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior;
 um representante da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel;
 um representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES;
 um representante da Empresa Financiadora de Estudos e Projetos – Finep.
Com relação ao apoio dado pelo Funttel para tecnologias sem fio na faixa de 450
MHz, destaca-se o Projeto LTE 450 MHz, desenvolvido pela Fundação CPqD, com
recursos do Fundo.
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O objetivo do Projeto LTE 450 MHz é o desenvolvimento de uma solução


integrada rede banda larga, compreendendo elementos da rede de acesso sem fio e da
rede núcleo otimizada para implantação em ambiente rural, contribuindo para a
ampliação da disponibilidade e eficiência da infraestrutura de comunicações para a
população e para a competitividade da indústria nacional na área de redes de
comunicações sem fio. Ainda como parte do objetivo do projeto busca-se o atendimento
das necessidades de disponibilização de solução tecnológica adequada ao cenário
consolidado após a conclusão do processo de aquisição de licença de uso do espectro
nas novas faixas de frequências regulamentadas pela ANATEL.
DOS RECURSOS:

Recursos aportados para o Projeto LTE 450 MHz (até jan/2016):

Valor original do Convênio: R$ 36.124.580,00

Valor liberado pelo Funttel: R$ 27.543.890,02

Valor a liberar: R$ 8.580.689,89

DOS PRODUTOS:

Os produtos a serem gerados pelo projeto são os seguintes:

 Antena de 450 MHz – Consiste na tecnologia de produto de antenas


diretivas em 450 MHz para terminais e eNodeB visando a otimização da
cobertura do sinal de transmissão e o atendimento dos requisitos de
desempenho esperados do sistema LTE;
 EPC Compacta – Consiste na tecnologia de produto dos elementos da
14 rede núcleo integrados em uma plataforma de baixo custo, projetada de
forma a possibilitar sua instalação próxima à rede de acesso rádio e o
provimento de capacidade de processamento adequada;
 Terminal LTE 450 MHz – Consiste na tecnologia de produto de terminal
LTE para aplicações fixas em cenários indoor e outdoor, com design
fortemente orientado à minimização do custo, com características de
facilidade da instalação e da operação;
 eNodeB 450MHz - Consiste na tecnologia de produto de uma estação
rádio base eNodeB LTE para operação outdoor composta pela unidade
de processamento e o módulo de RF em um único empacotamento
mecânico robusto, adequada para o atendimento de áreas rurais com
baixa densidade populacional.
DAS ATIVIDADES:

Abaixo destacamos algumas atividades concluídas do projeto (até 2014) 6 :

eNodeB – Compacta V2
O objetivo desta meta é aprimorar o projeto da eNodeB Compacta V1 com novas
funcionalidades de software como o suporte a 64 terminais, QoS e mecanismos para
gerenciamento remoto, e de hardware como a redução do custo da BOM (Bill of
Material) e a robustez da tecnologia de produto.

Nessa fase foram gerados a especificação dos requisitos de sistema e produto


para a segunda versão, e o PAN (Projeto de Alto Nível) de software e hardware.

Resultados Obtidos:

A arquitetura da estação base eNodeB Compacta V2 foi aprimorada passando a


incluir melhorias nos diversos níveis do sistema como na camada física e de acesso ao
meio, comunicação com a rede núcleo e entre os módulos eletrônicos da eNodeB.

Os novos requisitos dessa segunda versão da eNodeB consideram a necessidade


de um alcance maior na cobertura da célula, passando de 30 km para mais de 50 km,
mecanismos de proteção contra falhas no software e no hardware, aumento do número
de usuários simultâneos, atualização de software de todas as unidades eletrônicas entre
outros.

A definição dos requisitos dessa segunda versão da eNodeB contou com a


experiência adquirida no desenvolvimento na primeira versão, com a consulta de
especialistas das Operadoras, pesquisas dos produtos existentes no mercado e com a
colaboração da indústria parceira.

Desenvolvimento eNodeB – Compacta V2


A solução proposta na eNodeB V2 consiste na prototipagem de um novo
hardware para reduzir o custo da BOM, e aumentar a robustez e a capacidade de
processamento para atender um número maior de terminais conectados. No que se
refere ao software, diversas melhorias foram realizadas na camada física e de acesso ao
meio para, por exemplo, alcançar conexões em mais de 50 km de distância. Vale
mencionar, que o desenvolvimento foi realizado de forma incremental com base no
trabalho realizado na eNodeB V1.

6 Relatório de Execução Física do CPqD relativo ao Plano de Aplicação de Recursos. Exercício 2014. FUNTTEL.
Projeto LTE450 MHz. Edição: 1.0. Janeiro de 2015. Este relatório foi apresentado ao Conselho Gestor do Funttel na
oportunidade de sua 52ª Reunião Ordinária, em 19 de março de 2015.
Resultados Obtidos:

Os projetos mecânico e eletrônico da eNodeB V2 foram consideravelmente


melhorados quando comparado com a eNodeB V1, sendo concebido para atender o
cenário rural e em condições severas de operação sem afetar seu desempenho.

A eNodeB V2 possui as seguintes características principais: MIMO 10W+10W,


duplexação por divisão em frequência (FDD) e largura de banda LTE até 5MHz,
atendendo ao conjunto de normas do 3GPP Release 8/9.

O software apresenta novas funcionalidades, melhorias na interface homem-


máquina, de modo a facilitar a manutenção e gerenciamento do equipamento.

A eNodeB V2 já foi transferida para o parceiro industrial que realizou vários


testes bem sucedidos com as operadoras, com colaboração da equipe do CPqD.

Aplicações e Benefícios:

A eNodeB V2 vem sendo utilizada por Operadoras nacionais que através do


leilão do 4G de 2012 adquiriram o direito de explorar a faixa de 450 MHz.

A tecnologia de produto da eNodeB foi aprimorada tanto em relação ao software


quanto ao hardware, visando à redução no custo do equipamento e o aumento da
eficiência.
Relatório de acompanhamento do setor de telecomunicações

A eNodeB opera na frequência recém-padronizada globalmente pelo 3GPP,


chamada Banda 31, que foi recentemente padronizada pelo 3GPP Release 12 - 3GPP TR
36.840 V1.0.1. A padronização dessa banda foi iniciativa do CPqD, sendo parte das
metas desse projeto.

A tecnologia de produto da eNodeB V2 foi transferida para o parceiro


tecnológico, que se habilitou ao PPB Nacional e obteve o reconhecimento de Bem
Desenvolvido no país para toda a sua linha de produtos LTE, desenvolvida com
tecnologia CPqD.

A linha de produtos LTE do parceiro tecnológico também foi homologada pela


ANATEL, exigência básica requerida pelas Operadoras.

Abaixo segue foto e especificações da Estação Rádio Base LTE 450 MHz:

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Figura 8 – Estação Rádio Base LTE 450 MHz desenvolvida pela Fudação CPq D.
Desenvolvimento do Terminal LTE outdoor V2
Resultados Obtidos:

O Terminal LTE outdoor V2 foi projetado considerando a evolução nos projetos


de hardware e de software da versão 1.

Em termos do projeto de hardware, a segunda versão do terminal LTE foi


desenvolvida a partir da sua primeira versão do hardware com alterações no módulo
de RF a partir da melhoria do SoC (System on Chip) utilizado. O equipamento
desenvolvido corresponde a uma unidade para uso externo à residência do usuário,
portanto uma unidade outdoor, a qual é alimentada através do uso de uma fonte de
alimentação via cabo Ethernet - PoE (Power Over Ethernet), conhecida como PoE Injetor
(padrão IEEE 802.3af).

Apesar do terminal LTE V2 contar com um módulo Wi-Fi, a unidade outdoor foi
projetada para utilizar preferencialmente a conexão Ethernet 10/100BASE-T. Desta
forma, os conectores externos à caixa são apenas o conector RJ-45 e dois conectores N
(para as antenas principal e secundária na banda 31 – 450 MHz), os quais são ligados à
placa do terminal via cabos com conectores MMCX. O conector MMCX do módulo Wi-Fi
só é acessível com a caixa do terminal aberta. Deste modo, o módulo Wi-Fi será
utilizado somente para testes no escopo desse projeto. A principal modificação no
hardware entre a versão do terminal LTE V1 e a versão V2 foi a simplificação dos
circuitos de RF com a eliminação dos circuitos conversores de frequência entre o SoC
LTE e o Front-end. Isso foi possível devido a modificação do transceptor de RF ZIF (Zero
Intermediate Frequency) de forma a operar em banda de frequência mais baixa, na faixa
de 450 MHz, o que é requerido para a banda 31.

Aplicações e Benefícios:

Com a conclusão satisfatória dos trabalhos de desenvolvimento do terminal de


usuário (CPE) LTE em 450MHz a tecnologia pode ser licenciada para a Indústria,
estando pronta para a fabricação e comercialização. Para tal várias etapas foram
alcançadas em pouco tempo, demonstrando o alto grau de maturidade da tecnologia
atingida nesta meta através de certificações e reconhecimentos.

Como resultados desta etapa temos os protótipos dos Terminais versão 2


desenvolvidos e integrados através das seguintes certificações e reconhecimentos:

- PPB: Portaria Interministerial No. 1.076 de 9 de Outubro de 2014, publicada


no DOU No. 196 de 10 de Outubro de 2014

- Reconhecimento de bem desenvolvido no país (Portaria MCT No. 950 de


12/12/2006): Portaria No. 1.197 de 30 de Outubro de 2014, publicada no DOU No. 211
de 31 de Outubro de 2014

- Certificação do produto pela Anatel: Certificado No. 3370-14-5720 de 05 de


Novembro de 2014.

Abaixo seguem fotos e especificações dos terminais LTE 450 MHz, indoor e
outdoor:
Figura 9 – Terminais LTE 450 MHz desenvolvidos pela Fundação CPqD.

Testes de Integração:
Relatório de acompanhamento do setor de telecomunicações

Essa meta consiste da especificação, aquisição e montagem de um laboratório


para testes e validação dos elementos de rede LTE 450 MHz que são desenvolvidos ao
longo do projeto.

Neste laboratório também são realizados testes de integração destes elementos


e testes de TQS (Teste de Qualidade de Sistemas), inicialmente executados
exaustivamente nos produtos e, posteriormente, executados com maior foco na solução
LTE de referência, considerando cenários de aplicação e de operação que melhor
caracterizam situações de implantações em rede viva (operação comercial).

Esta meta também inclui a realização de um sistema piloto em determinada


área rural. São previstas atividades de especificação, planejamento de cobertura e
projeto do sistema, seguidas de atividades de implantação, testes e operação do sistema
piloto na área rural definida.

Resultados Obtidos:

Nesse período foram realizadas diversas atividades como os testes realizados


em laboratório, em campo e com operadoras (em conjunto com o parceiro tecnológico).

A abrangência dos testes de validação do Sistema LTE450 consistiu em:

 Verificar a integração funcional de cada um dos elementos do sistema;


 Verificar a interoperabilidade, em cenários específicos das operadoras
do mercado brasileiro, interessadas na solução fornecida pelo sistema
LTE 450 MHz, dos elementos da solução (UE e/ou eNodeB)
desenvolvidos pelo CPqD.

18 Os principais testes realizados em laboratório foram:

 Testes de MIMO visando avaliar os limiares de conexão e de


transferência de dados
 Teste do Algoritmo de Adaptação do Enlace
 Testes de integração hardware e software das versões de eNodeB e
terminal desenvolvidas ao longo do projeto
 Testes de configuração de potência no enlace de descida (avaliação do
canal PDSCH)
 Testes de validação dos valores de PA
 Testes de validação da camada física (L1) da pilha de protocolos LTE
(Preamble Format 1)
Os principais testes realizados em campo foram:

 Testes de avaliação de desempenho da integração hardware e software


das versões de eNodeB e terminal desenvolvidas ao longo do projeto
 Testes de curta distância
 Teste de longa distância (raio de cobertura > 30 km)
 Os principais testes de interoperabilidade realizados foram:
 Testes da solução LTE450 com a operadora Oi em seu laboratório no RJ,
sendo realizado em várias fases para comprovação do funcionamento da
solução desenvolvida pelo CPqD antes de ser validado em campo com a
rede núcleo da operadora.
 Trial do Sistema LTE 450 MHz com a operadora Oi, no site de
Sobradinho (DF)
 Trial com a empresa Vale para avaliar o Sistema LTE, gerando futuras
oportunidades de negócio para o parceiro industrial e novos requisitos
para o desenvolvimento do projeto.
 Trial da solução LTE450 com as operadoras Vivo e Claro.

Os testes de validação do sistema consistiram na verificação funcional de cada


elemento do sistema de forma integrada, e também com redes núcleo de outros
fabricantes nos laboratórios e em campo na rede das Operadoras. Testes com
múltiplos usuários serão concluídos no próximo período. Verificar!!!!

Aplicações e Benefícios:

Os testes realizados no sistema LTE 450 MHz foram fundamentais para a


validação da tecnologia de produto, verificando as características de acordo com as
suas especificações. Trata-se de uma garantia da liberação do sistema de acordo com
normais e especificações nacionais e internacionais para o início da produção dos
equipamentos.

As redes experimentais assim como todo o conjunto de equipamentos e


dispositivos utilizados para validar o LTE 450MHz poderão ser utilizados para o
desenvolvimento de novos produtos e sistemas tendo como base a tecnologia LTE.

A solução LTE 450 MHz se mostrou capaz de atender as metas do edital do


4G, atendendo as regiões rurais com cobertura superior à 30 km de raio.

Planejamento e Padronização 3GPP


Os projetos de cada subproduto e novas funcionalidades seguem os processos
de desenvolvimento de projetos, alinhados às melhores práticas do PMI (Project
Management Institute). As principais fases de gerenciamento do projeto são descritas a
seguir:
 Pré-planejamento: onde é definido e validado o escopo e os recursos
necessários são avaliados de maneira preliminar.
 Planejamento: onde se define o plano de projeto e o respectivo
cronograma.
 Acompanhamento de projeto: onde é realizado o acompanhamento de
projeto, periodicidade das reuniões, envolvidos e os respectivos
registros e análises críticas.
 Encerramento de projeto: onde são realizados os processos para a
conclusão do projeto. Significa que o produto está com as novas
funcionalidades corretamente implementadas e testadas e que todas as
documentações estão concluídas e disponíveis.
Resultados Obtidos:

Como parte das atividades técnicas do projeto LTE 450 MHz, o CPqD deu
continuidade em sua participação nas atividades do fórum 3GPP, encarregado de
estabelecer os padrões técnicos dos sistemas celulares no mundo, dentre eles o LTE. O
processo de padronização para o LTE 450 MHz está sendo encaminhado no âmbito do
grupo técnico de estudo RAN4, encarregado de tratar dos temas relacionados ao
desempenho e aspectos de protocolo da rede de acesso rádio. Já os aspectos de
especificação dos testes de conformidade do terminal de usuário são tratados pelo
RAN5.
Relatório de acompanhamento do setor de telecomunicações

Neste período foram realizados grandes desdobramentos nas reuniões


ordinárias dos grupos 3GPP TSG-RAN WG4 e WG5 que possibilitaram a conclusão bem
sucedida dos trabalhos de padronização do LTE 450 MHz. Deste modo, obtivemos os
seguintes resultados: adição do 450 MHz como a Banda 31 do 3GPP e atualização das
normas pertinentes da Série 36 do 3GPP para emprego do 450 MHz pelo LTE.

No esforço final de regulamentação da Banda 31, as seguintes principais


atividades foram realizadas pela equipe do CPqD:

 Suporte à criação do Work Item sobre testes de conformidade do UE


para a banda de 450 MHz (Banda 31) através do Tdoc RP-130646.
 Articulação e conciliação dos interesses de Huawei e Ericsson durante a
reunião ordinária RAN4 #68, para garantir a conclusão das partes Core
e Perf a tempo da plenária RANP #61;
 Participação na elaboração de CRs e do TR 36.840.
Os trabalhos no 3GPP para a inclusão da banda no padrão foram concluídos e
novas oportunidades de colaboração no 3GPP estão sendo analisadas.

Aplicações e Benefícios:

O trabalho de padronização no 3GPP é primordial para viabilizar a inserção no


mercado da tecnologia de produto desenvolvida nesse projeto. As operadoras não
investem em tecnologias de rede de acesso rádio que não sejam padronizadas e no ato
de aprovação desse projeto, a frequência de 450 MHz não estava padronizada.

A partir de um trabalho iniciado pelo CPqD e apoiado por diversas empresas


líderes no mercado de telefonia sem fio celular, a Banda 31 foi padronizada no 3GPP.
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Visando acompanhar a evolução da padronização para aprimorar as tecnologias
LTE desenvolvidas no CPqD, o projeto tem apoiado a participação de membros da
equipe nas reuniões de padronização realizadas periodicamente pelo 3GPP.
CONCLUSÃO
Este relatório resume alguns aspectos técnicos do uso da tecnologia LTE na
faixa de 450 MHz e mostra os incentivos dados pelo Brasil para o desenvolvimento
desta tecnologia por meio de recursos do Funttel.

Em termos de uso da faixa, é mostrada a distribuição geográfica por prestadora


e a relação de estações licenciadas para o SMP.

Espera-se que o presente estudo possa subsidiar o Conselho Diretor em


decisões concernentes à exploração da subfaixa de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, dado que o Edital n.º 004/2012/PVCP/SPV-Anatel, costumeiramente referido
cómó “Edital de Banda Larga Rural e Urbana”, estabeleceu, para as própónentes
vencedoras, como compromisso de abrangência, a oferta de serviços de voz e conexões
de dados, por meio da referida subfaixa, em, pelo menos, 80% da área compreendida
até 30 Km dos limites da localidade sede de todos os municípios brasileiros.

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