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Conceito de Direito: é o conjunto das normas gerais e positivas, que regulam a vida social.
➢ Para Caio Mário, é o princípio de adequação à vida social. Está na lei, como exteriorização do
comando do Estado.
Etimologia: do latim “directum”, significa aquilo que é reto, que está de acordo com a lei
Normas Jurídicas e Normas Morais: têm em comum, o fato de constituírem regras de comportamento.
No entanto, se distinguem quanto à sanção, que no direito, é imposta pelo estado, e na moral, se dá
pela consciência do próprio homem.
➢ Nem tudo que é moral é jurídico, pois a justiça é apenas uma parte do objetivo da moral.
➢ Há uma certa tendência de uma norma moral converter-se à norma jurídica, como ocorreu, por
exemplo, com o dever do pai de velar o filho, e com a indenização por acidente de trabalho.
Direito Positivo: é o ordenamento jurídico em vigor num determinado lugar em uma determinada
época.
Direito Natural: é a ideia abstrata do direito, do ordenamento ideal, perfeito, imutável, que
corresponde a uma justiça superior e suprema.
Direito Objetivo: é o conjunto de normas impostas pelo estado, que possuem caráter geral, onde os
indivíduos podem ser compelidos mediante coerção.
➢ Ex: O direito impõe a todos o respeito à propriedade.
Direito Subjetivo: é o poder que a ordem jurídica confere a alguém, para poder agir e exigir de outrem,
determinado comportamento.
➢ Ex: O proprietário tem o direito de repelir a agressão à coisa que lhe pertence.
Direito Público: é o que corresponde as coisas do estado.
➢ Inclui: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Penal, Direito
processual (civil e penal), Direito Internacional (público e privado) e o Direito Ambiental.
Direito Privado: é o que pertence a utilidade das pessoas.
➢ Inclui: Direito Civil, Direito Comercial, Direito Agrário, Direito Marítimo, Direito do Trabalho, Direito
do Consumidor e o Direito Aeronáutico.
Obs: As normas não costumam atingir apenas o interesse do Estado ou do particular, mas entrelaçam-se
e interpretam-se. Os particulares, também são de natureza pública, tendo em vista o bem-comum, e
vice-versa.
O DIREITO CIVIL:
➢ No direito civil, predominam as normas de ordem privada, com algumas exceções de ordem pública.
Conceito: é o direito comum, que rege as relações entre os particulares, e disciplina a vida das pessoas
desde a concepção, e mesmo antes dela, até a morte, e ainda depois dela.
➢ Como direito comum a todos, tem o sentido de disciplinar o modo de ser e de agir das pessoas.
➢ Muitas vezes, o Código Civil, é chamado de “Constituição do homem comum”, uma vez que rege as
relações mais simples da vida cotidiana, como os direitos e deveres das pessoas, na sua qualidade de
esposo, esposa, pai ou filho, credor e devedor, proprietário e possuidor, testador ou herdeiro e etc.
➢ Estuda-se, nessa área, as relações puramente pessoais ou patrimoniais.
CODIFICAÇÃO BRASILEIRA
Antecedentes:
➢ O Direito brasileiro é herdeiro do direito português.
➢ Nem as Ordenações Afonsinas nem as Manuelinas tiveram impacto no Brasil.
➢ Não estiveram integralmente vigentes no Brasil até a entrada em vigor do Código Civil de 1916; pois
foram sendo fragmentadas/revogadas, pela Constituição de 1824, pelo Código Criminal, pelo Código
Comercial e etc.
➢ Durante o governo colonial, não era comum se revogarem leis; faziam-se leis nova, contrárias a lei
anterior. Nesse sentido, não se revogava nada.
➢ Diante de toda essa desorganização do direito, o direito não era previsível, e era difícil de ser
conhecido.
➢ Existia também, a possibilidade de se usar o direito romano e o canônico, que deveriam ser fontes
subsidiarias, mas que nem sempre eram; uma vez que a pessoa acabava aplicando a noção de
direito que ela tinha.
➢ Mas, pelo menos, em parte, as Ordenações Filipinas estiveram vigentes até que o código de 1916
entrasse em vigor, ainda que fossem usadas residualmente.
➢ As normas mais importantes começaram somente depois da chegada da Família Real em 1808.
➢ 1816: lei de abertura dos portos.
➢ 1822: Brasil se torna independente. Primeira medida: validar toda a legislação portuguesa até que
se faça uma legislação nacional.
➢ Dom Pedro deu uma ordem para que fosse formada uma Assembleia Constituinte; mas, insatisfeito,
desfez a assembleia.
➢ Dom Pedro outorgou a Constituição de 1824: baseado da justiça e na equidade, com ideias
iluministas e caráter liberal.
➢ Em 1859, Teixeira de Freitas apresentou um trabalho de consolidação das leis civis, mas não foi
acolhido; ele foi o primeiro no mundo a propor uma parte geral.
➢ Após a Proclamação da República, Clóvis Bevilaqua projetou o novo código civil; aprovado em 1916,
entrou em vigor dia 1 de janeiro de 1917, possuindo clareza, e acentuado rigor científico.
➢ Sua matriz engloba fundamentos constitucionais que pautam valores existenciais em relação à
dignidade humana e diversos princípios que edificam uma visão além do patrimonialismo. Existe,
portanto, uma preocupação preponderante com o “ser” e não somente com o “ter”, embora o “ter”
também tenha uma relação comum com o “ser”.
➢ A disparidade construída pelo Código Francês (1804) e o Código Alemão entre o Direito Público e
Privado e que refletiu no Direito brasileiro estava no seu fim. Começou-se após a CF/88 a
Constitucionalização do Direito Privado. Sendo assim, o Direito Civil passou a ser interpretado à luz da
Constituição.
➢ A constitucionalização do Direito civil, pode ser considerada um movimento de interpretação e
aplicação das leis civis sob a perspectiva constitucional.
➢ Socialidade: o Código Civil de 2002 distancia-se do caráter individualista da codificação anterior. O
“nós” prevalece sobre o “eu”. Todos os institutos civis têm função social, como por exemplo, o
caso do contrato e da propriedade.
➢ Eticidade: a codificação atual preocupou-se precipuamente com a ética e a boa-fé, sobretudo com
a boa-fé objetiva, aquela que existe no plano da conduta de lealdade dos participantes negociais.
➢ Operabilidade: o princípio tem dois sentidos: o de simplicidade dos institutos jurídicos, como
ocorreu com a prescrição e decadência, e o de efetividade, por meio do sistema de cláusulas gerais
e conceitos indeterminados adotado pela atual codificação.
OUTROS DADOS:
DIREITO CIVIL I
A NORMA CIVIL:
➢ A norma jurídica como enunciado mandamental ou normativo: comando/prescrição/autorização; é
a norma no sentido literal, sem a interpretação, ou seja, sem o sentido que se dá à essa literalidade.
➢ Ex: a norma é: matar alguém; o sentido é: é proibido matar.
➢ A norma jurídica como sentido atribuído ao comando: é a interpretação do prólogo/do enunciado
normativo.
➢ Kelsen: a norma/comando é a ordem emanada de uma autoridade competente.
➢ Ele diferencia lei e norma jurídica, contrariando as escolas anteriores que identificaram a lei como
único objeto do direito (escola da exegese – o direito é a lei).
➢ Para Kelsen, o direito é muito mais que a lei, é inclusive a interpretação, mas não só da lei; nesse
sentido, a norma jurídica é a lei, mas abrange, também, todas as outras espécies normativas
(medida provisória, decreto presidencial, portarias, resoluções, contratos, sentença judicial), pois
vem de uma autoridade competente e tem as características da coercibilidade e de imperatividade;
rompeu assim, com as escolas clássicas de interpretação, ao dizer que não há uma diferença
qualitativa entre, por exemplo, uma sentença e uma lei.
➢ Em Teoria Pura do Direito, Kelsen diz que norma jurídica pode ser conceituada como sentido jurídico
atribuído a um fato, diferenciando, assim, enunciado normativo (preceito estático), de norma,
(preceito já interpretado).
➢ A lei é uma espécie de norma, que provém do poder legislativo; medida provisória é uma espécie de
norma, que provém do presidente da república.
➢ O correto, não é ter força de lei, mas sim, ter força de norma jurídica.
➢ Norma de organização: do estado/dos serviços. Ex: o Brasil é uma federação.
➢ Normas de conduta: se voltam para os agentes públicos e para os cidadãos.
➢ A estrutura da norma de comportamento: Se A é, B deve ser.
➢ A é a previsão de um fato; então, se o fato A ocorrer, será aplicada uma consequência B.
➢ Ex: Matar alguém (A), Reclusão de 6 a 20 anos (B).
➢ O suporte fático: é a previsão abstrata de algo que pode ocorrer no mundo, e que, por ser
relevante, ganha normatividade jurídica.
➢ O fato se tornou relevante juridicamente; e, por isso, a norma incorporou esse fato, decorrendo
então, a valoração social; ou seja, em algum momento da história um fato foi valorado como
relevante e exigiu-se, dessa maneira, uma regulação jurídica desse fato.
➢ Ex: em 1920 um homem e uma mulher, se unem na mesma casa, sem casamento e sem filhos. Não
existe efeito jurídico dessa união, uma vez que não há herança, nem herdeiros e não é considerado
família; visto que, em 1920, o Código Civil de 1916, estabelecia que a única forma de constituição de
família, era pelo casamento. Então, naquele momento histórico, se valorava negativamente,
qualquer união fora do casamento.
➢ As consequências do suporte fático são: criação, modificação e extinção de situações jurídicas
subjetivas.
➢ Elementos do suporte fático: são os elementos necessários para que esse fato exista juridicamente;
são eles: Nucleares (responsáveis pela existência do fato jurídico), complementares (validade),
integrantes (eficácia).
CONCEITO DE VALIDADE:
➢ Consiste na existência da norma jurídica: sua entrada regular dentro de um sistema jurídico (forma,
rito, hierarquia e etc).
➢ Norma válida: é aquela que está de acordo com os procedimentos formais da criação normativa.
Pode ser formal e material.
➢ Para um sistema jurídico ser válido ele deve ser: fechado, unitário, completo e autossuficiente.
➢ Hierarquia: a validade da norma jurídica é extraída da norma superior.
➢ Quando é que a norma jurídica é reconhecida como válida para o ordenamento jurídico?
➢ Quando ela estiver integrada ao ordenamento e cumprir o processo de formação ou produção
normativa (processo legislativo).
➢ Norma Fundamental: não é a norma constitucional, mas sim um pressuposto do sistema. Teoria
lícito/ilícito.
➢ Vigência: diz respeito ao tempo de validade de uma norma. Nesse sentido, é exigido um
comportamento até que a norma seja revogada. (Em geral, a vigência começa com a publicação).
➢ A vigência pode ser imediata ou possuir um período de vacância (adaptação social/lapso temporal).
➢ Vacatio Legis: lapso de dias entre a publicação da lei (quando se torna válida) e o início da produção
dos seus efeitos. Ou seja, a lei é válida, mas ainda não surtiu efeito.
➢ Eficácia: diz respeito à possibilidade concreta de produção de efeitos. Pode ser: técnica, fática e
social.
➢ Vigor ou força: qualidade da norma que diz respeito a sua força vinculante. A norma possui vigor
quando pode obrigar as pessoas e autoridades, impondo comportamentos.
➢ Mesmo que a norma perca a sua validade e vigência, ela ainda pode continuar a ter força. Essa
situação recebe o nome de fenômeno da ultratividade.
Sistema Dinâmico:
➢ Capta as normas dentro de um processo de contínua transformação. Nesse processo, as normas
deixam de valer.
➢ Uma norma perde a validade se revogada por outra norma.
➢ Lex Superior: lei superior revoga lei inferior.
➢ Lex Posterior: lei posterior revoga lei anterior.
➢ Lex Especialis: lei especial revoga lei geral.
➢ A Revogação retira a validade de uma norma por meio de outra norma. Pode ser: expressa ou
implícita; total (ab-rogação) ou parcial (derrogação).
RELAÇÃO E SITUAÇÕES JURÍDICAS:
Contexto Histórico:
➢ Século XIX, Alemanha, Escola das Pandectas.
➢ A Escola das Pandectas foi predecessora da escola histórica, que estudou o corpus iuris civilis
(digesto); ela buscava criar classificações que pudessem ser aplicadas a todas as regiões da
Alemanha.
➢ Ao estudar o direito romano, os pandectistas retiravam do próprio direito romano, características
abstratas que pudessem ser aplicadas àquela realidade.
➢ Foi essa escola que formulou conceitos com o objetivo de dar continuidade à recepção do direito
romano, buscando um direito que fosse formal e escrito, e uma ciência do direito que fosse cada vez
mais científica.
➢ A escola das pandectas criou uma concepção personalista da relação jurídica, porque partia da ideia
de pessoa; ou seja, qualquer pessoa podia ser um sujeito de direitos e de deveres.
➢ Existia, então, uma busca por características científicas que traduzissem a neutralidade; nesse
sentido, o direito devia ser neutro, e não tendencioso, e devia tratar abstratamente do sujeito, e não
concretamente (o que permite distinção entre indivíduos) e a isonomia entre as classes sociais.
➢ A ideia de relação jurídica se pauta na contraposição de direitos e deveres.
➢ A alternativa por perspectivas diferentes e a ideia de direitos e deveres contrapostos. A relação
jurídica é o vínculo de atributividade entre dois sujeitos em razão de um objeto determinado.
➢ Direito objetivo atua sobre o elo social, fazendo com que ele, se torne, também, jurídico; e Direito
subjetivo como opções pandectistas.
Concepção personalista de Relação Jurídica:
➢ Vínculo entre dois sujeitos, tendo em vista certo objeto.
➢ Elementos: sujeitos, vínculo de atributividade, e objeto.
➢ Sujeito ativo: possui direitos, porque pode exigir do outro determinado comportamento.
➢ Sujeito passivo: é aquele que está obrigado a realizar determinado comportamento, em benefício do
sujeito ativo.
➢ Relação Jurídica simples: Ex: doação; o doador (sujeito passivo) se obriga a entregar um bem ao
donatário (sujeito ativo). Cada pessoa é só sujeito ativo ou passivo.
➢ Relação Jurídica complexa: Ex: preço x produto. O sujeito é tanto sujeito ativo, quanto sujeito
passivo, com relação a objetos distintos; é o objeto que determina qual posição o sujeito ocupa na
relação jurídica.
➢ Relação Jurídica universal: Ex: proprietário. O sujeito passivo é qualquer um que não for proprietário,
porque todos que não forem proprietários possuem o dever de não perturbar a propriedade alheia, o
que caracteriza um sujeito passivo universal, indeterminado.
➢ Direitos relativos: aqueles que produzem efeitos entre partes determinadas, só produz efeitos em
relação a. A obrigação gerada não se estende a terceiros, só as partes envolvidas. SUJEITO ATIVO
➢ Direitos absolutos: ex: propriedade, no sentido de que pode ser exigido de todos, o sujeito passivo é
a coletividade, importância enorme da propriedade no século xix.
➢ Há uma diferença na extensão dos efeitos.
Concepção objetivista de Relação Jurídica:
➢ Critica os personalistas, pois eles excedem na abstração e fogem da realidade.
➢ Não há necessidade de intersubjetividade, sabe-se que p direito tem o fim as relações sociais, mas de
efeito liame jurídico.
➢ A relação jurídica pode estabelecer o vínculo entre dois sujeitos, entre sujeito e objeto ou entre
sujeito e lugar.
➢ Crítica aos direitos absolutos.
➢ Não há uma vinculação efetiva entre o sujeito passivo e toda uma coletividade.
➢ Há uma ampliação da relação.
Concepção Normativista de Relação Jurídica:
➢ O direito é fato normativo e não fato social e, como tal fato, a relação jurídica é o vínculo entre duas
normas jurídicas, uma que concede um poder de exigir e atuar, e outra que atribui uma obrigação.
➢ O objeto do direito é a norma, e não o fato social. Método tipicamente jurídico.
➢ A relação social base não é matéria da ciência do direito, e somente por simplificação atécnica,
pode representar uma relação jurídica.
➢ Crise da Relação Jurídica: surgimento da situação subjetiva (o direito civil vem passando por
transformações).
➢ Críticas no sentido histórico: liberalismo e individualismo.
➢ Não representatividade de todas as situações que podem ser atribuídas aos sujeitos.
➢ Há efeitos jurídicos que advém de situações uniposicionais ou unissubjetivas.
➢ A situação jurídica subjetiva é o centro de imputação normativa que pode ser atribuída à um
sujeito.
➢ Há situações que estão conectadas e situações que isoladamente produzem efeitos.
➢ São situações subjetivas; direito subjetivo, dever jurídico, direito potestativo, sujeição, faculdade
jurídica, interesse legítimo, poder-dever e ônus.
➢ Direito Subjetivo: foi defendido inicialmente como poder da vontade (facultas agendis – faculdade
de agir); e quem detém é o estado.
➢ Dever Jurídico: normalmente vai aparecer como o lado passivo do d. subjetivo.
Teoria do Interesse:
➢ Interesse juridicamente protegido.
➢ O direito subjetivo não é o poder da vontade, ele é o interesse juridicamente protegido
➢ Em todo direito subjetivo há um interesse, que pode corresponder, ou não, a vontade.
➢ Se violado o interesse, há como se exigir, criticando a teoria da vontade.
➢ Não dá para definir apenas pelo interesse; teoria incompleta.
Teoria da Vontade:
➢ Uma criança tem direitos, o direito é dela; no entanto, alguém irá representa-la a partir da vontade
da própria criança, e não de sua própria vontade.
➢ Existem alguns direitos subjetivos que, independente de vontade, nascem e são exercidos.
➢ Ex: uma pessoa com deficiência mental grave, que nem manifestar sua vontade consegue; nesse
caso, ele tem direito, mas esse direito não será a vontade do representante. Uma vez que a
representação cria um poder dever de agir de acordo com os interesses do representado, sem que
haja à vontade.
Teoria Eclética ou Mista:
➢ Direito subjetivo é o poder conferido pelo ordenamento jurídico a certos sujeitos, para que atuem e
exijam de outrem dado comportamento.
➢ Ex: pais, que levantando a hipótese de que podem falecer antes que o seu filho, menor de idade,
tenha condições de tomar decisões sozinho, resolvem fazer um testamento, deixando a indicação de
um tutor. Os pais morrem, a criança ainda é menor, e a pessoa indicada foi condenada no ano
anterior por estelionato, mas se encontra em liberdade; uma das funções do tutor, é administrar os
bens do tutelado.
➢ O que o juiz deve fazer? Ainda que seja uma pessoa de confiança da família, que sempre
demonstrou afeto, o juiz deve tomar uma decisão no melhor interesse da criança, e ainda que a
criança, ao ser ouvida (maior de 12 anos), disser que quer ir com o tutor, continua havendo
insuficiência para a decisão do juiz, que tem que analisar, o que atende melhor, os interesses da
criança.
➢ A ideia do interesse é atender a própria finalidade do instituto. Então, quando se estabelece a tutela,
ela deve ser exercida no melhor interesse do tutelado.
➢ O interesse está ligado à utilidade; e é, por isso, que extrapola a ideia de vontade. Embora essa, deva
ser lavada em conta, o fato é, que, sozinha, ela não é suficiente.
➢ Ex: uma criança chega em um hospital precisando de transfusão de sangue, mas os pais são
testemunhas de jeová. A liberdade religiosa tem que ser pensada nesse caso, mas deve-se pensar no
interesse, que pode vir a ser, público (ao exemplo de doenças contagiosas), onde extingue-se o
interesse subjetivo.
➢ Compõem o direito subjetivo: interesse, faculdades, pretensão e garantia.
➢ O dever jurídico apresenta-se, comumente, como lado passivo do direito subjetivo, consistindo no
comportamento devido ao seu titular.
➢ O descumprimento do dever jurídico é considerado um ato ilícito.
➢ Direito subjetivo hoje: poder que o ordenamento jurídico concede, para que os sujeitos atuem, e
exijam de uma outra pessoa um determinado comportamento. Essa outra pessoa é o sujeito passivo.
➢ A diferença entre personalistas (o d. subjetivo sempre trás a possibilidade de atuar e exigir); e aos
objetivistas (essa possibilidade de exigir pode nascer posteriormente, pois não há uma necessidade
dessa exigência vir junto com o nascimento do próprio direito, o simples fato de se ter a propriedade
de um bem, já é por si só, um d. subjetivo, ninguém está exigindo nada de ninguém).
➢ O d. subjetivo, tem, então, um direito que está sendo protegido, e uma série de faculdades (campo
de atuação para o titular desse direito), pretensão (possibilidade de exigir), garantia (o ordenamento
confere caso o sujeito passivo não realize o comportamento devido; forma coercitiva de fazer valer o
direito subjetivo).
Direito Potestativo e Sujeição:
➢ Diferença entre o d. subjetivo (sempre uma possibilidade de atuar e exigir, precisa de um
comportamento alheio em algum momento) e o d. potestativo (não precisa de comportamento, ele
é o poder que influi na esfera jurídica de uma outra pessoa, mas essa pessoa não deve nada).
➢ Ex: quem é casado tem o direito potestativo a pedir divórcio, não tem como o outro falar que não dá
o divórcio, pois ele vai acontecer independente da vontade do outro cônjuge – que apenas se
submete aos efeitos do divórcio --.
➢ Ex: Pedir demissão ou ser demitido, também é direito potestativo; pois para que eu demita um
empregado, devo cumprir alguns requisitos, ainda que eu não precise justificar, e o empregado não
tem nada a fazer.
➢ Ex: O mesmo aconteceria se o empregado pedisse demissão; ou seja, ele influi na esfera jurídica de
outra pessoa, e essa outra pessoa apenas aceita o fato, pois vai acontecer de todo jeito. Não há uma
obrigação para essa pessoa realizar, ela só sofre os efeitos, não existe dever; o direito potestativo
nunca implica em exigir do outro, determinado comportamento.
➢ Direito Potestativo é o poder de influir na esfera jurídica de outrem, sem que este, possa fazer algo,
senão se sujeitar.
➢ Não trás uma pretensão, já que nada exige do sujeito passivo.
➢ A sujeição é a posição de submissão aos efeitos do direito potestativo.
➢ Concede um poder muito grande ao seu titular, por isso o código civil os trás em menor número,
estando, em maioria, os direitos subjetivos.
➢ Dever jurídico: há um comportamento a cumprir. Há pretensão – direito subjetivo.
➢ Sujeição: não há um comportamento a cumprir. Sem pretensão – direito potestativo.
➢ Não prescreve, porque não tem pretensão.
➢ Violado o direito, nasce para seu titular uma pretensão. Art. 189
Faculdade Jurídica:
➢ Poder de exercício unilateral contido no direito subjetivo. É forma de se exercer o direito subjetivo.
➢ Não há situação correlata.
Interesse Legítimo:
➢ É o interesse juridicamente protegido.
➢ Parece o d. subjetivo.
➢ Tem pretensão, a diferença é que no d. subjetivo há o direito independentemente da pretensão, e
há um campo de atuação.
➢ Há uma pretensão razoável, cuja procedência necessita de um processo judicial.
➢ No interesse legítimo, não há um campo de atuação, mas tão somente de reação a violações.
➢ Não tenho possibilidade de atuar, apenas de reagir.
➢ Quando não há campo de atuação, a única forma de exercer, é judicialmente; pois não há exercício
fora do processo. Já no d. subjetivo, há exercício fora do processo.
➢ É reflexo de interesses sociais mais gerais. Se o direito for violado, todos tem a possibilidade de
reagir.
➢ Pode-se revelar como interesse individual, coletivo, público (estado) e difuso (envolve um número
tão grande de pessoas, que não dá para mensurar).
Poder-dever:
➢ Competência, atribuição, ou função concedida para se exercer em prol de outrem.
➢ Não há opção, o juiz, por exemplo, deve julgar, em prol dos jurisdicionados.
➢ É sempre algo que a lei concede a alguém como dever funcional.
➢ Ex: poder dos pais com relação aos filhos menores; art. 1630
Art. 1630
Tutor:
Ônus:
➢ Situação em que dado comportamento é devido, para que se atinja a validade ou eficácia de um ato
pretendido pelo sujeito; isto é, uma obrigação que não é devida a alguém, mas é necessária para a
validade do ato pretendido pelo sujeito.
➢ Ex: Art. 333, CPC - ônus da prova judicial: aquele que alega deve provar os fatos, sob pena de não
serem considerados. Art. 333, CPC.
➢ Obrigação que é imposta para que se alcance algo pretendido.
➢ O único prejudicado é quem descumpre. Logo, o descumprimento do ônus, não é ilícito, visto que o
único prejudicado será a pessoa que não o cumprir.
➢ É situação uniposicional, de um único sujeito, por isso o seu descumprimento não se configura como
ilícito.
➢ Relação Jurídica x Situação Subjetiva.
➢ Relação entre duas situações subjetivas = relação jurídica.
➢ Ainda aparecendo em uma situação jurídica, não gera obrigação de um para com o outro.
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE:
➢ O código civil disciplina as relações jurídicas privadas que nascem da vida em sociedade e se formam
entre pessoas, não entre pessoas e animais, ou entre pessoas e coisas. São as relações sociais, de
pessoa a pessoa, física ou jurídica, que produzem efeitos no âmbito do direito.
➢ Personalidade jurídica: o conceito de personalidade jurídica está umbilicalmente ligado ao de
pessoa. Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Pode
ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem
civil. É pressuposto para a inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica.
➢ A personalidade é, portanto, o conceito básico da ordem jurídica, que a estende a todos os homens,
consagrando-a na legislação civil e nos direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade156. É
qualidade jurídica que se revela como condição preliminar de todos os direitos e deveres.
➢ CLÓVIS BEVILÁQUA a define como “a aptidão, reconhecida pela ordem jurídica a alguém, para
exercer direitos e contrair obrigações.
➢ O direito reconhece personalidade também a certas entidades morais, denominadas pessoas
jurídicas, compostas de pessoas físicas ou naturais, que se agrupam, com observância das condições
legais, e se associam para melhor atingir os seus objetivos econômicos ou sociais, como as
associações e sociedades, ou constituídas de um patrimônio destinado a um fim determinado, como
as fundações.
➢ O art. 1º do atual Código entrosa o conceito de capacidade com o de personalidade, ao declarar que
toda “pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Ou seja, afirmar que o homem tem
personalidade é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos.
➢ Personalidade e capacidade completam-se. Só não há capacidade de aquisição de direitos onde falta
personalidade, como no caso do nascituro, por exemplo.
➢ Nem todas as pessoas têm, contudo, a capacidade de fato, também denominada capacidade de
exercício ou de ação, que é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Por faltarem a
certas pessoas alguns requisitos materiais, como maioridade, saúde, desenvolvimento mental etc., a
lei, com o intuito de protegê-las, embora não lhes negue a capacidade de adquirir direitos, sonega-
lhes o de se autodeterminarem, de os exercer pessoal e diretamente, exigindo sempre a
participação de outra pessoa, que as representa ou assiste.
➢ Capacidade não se confunde com legitimação. Esta é a aptidão para a prática de determinados atos
jurídicos, uma espécie de capacidade especial exigida em certas situações.
➢ Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício
do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
➢ V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro
Município;
➢ VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe
sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
➢ VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e
assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
➢ IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
➢ Esse tutor deve prestar contas ao juiz, ele tem uma responsabilidade grande.
➢ Art. 1632 - Mesmo aquele que não possui a guarda da criança, mas é pai ou mãe, mantem-se com
poder familiar.
➢ Quem não é pai e mãe, mas possui a guarda, possui poder-dever, e não poder familiar.
➢ Art. 1633 - O filho não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe. Se a mãe não
for conhecida ou capaz de exerce-lo, dar-se-á, tutor ao menor.
Representação dos incapazes:
Estatuto da pessoa com deficiência:
➢ O deficiente é agora pessoa plenamente capaz, salvo se não puder exprimir sua vontade – caso em
que será considerado relativamente incapaz, podendo, quando necessário, ter um curador nomeado
em processo judicial (Estatuto da Pessoa com Deficiência, art. 84). Observe-se que a incapacidade
relativa não decorre propriamente da deficiência, mas da impossibilidade de exprimir a vontade.
Art. 6º, Lei 13.146/2015
➢ A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege
pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de
sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil,
fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua
capacidade.
➢ O referido dispositivo aplica-se aos casos de pessoas que possuem algum tipo de deficiência, mas
que podem, todavia, exprimir a sua vontade.
➢ O caso típico é o do portador da Síndrome de Down, que o torna uma pessoa deficiente, mas não
acarreta, necessariamente, impedimento para a manifestação da vontade. Neste caso, não se
justifica a classificação dessa pessoa como relativamente incapaz, sujeita à curatela.
➢ A Tomada de Decisão Apoiada constitui, destarte, um terceiro gênero (o de pessoas que apresentam
alguma deficiência física ou mental, mas podem exprimir a sua vontade e por essa razão podem se
valer do benefício da Tomada de Decisão Apoiada), ao lado das pessoas não portadoras de
deficiência e, portanto, plenamente capazes, e das pessoas com deficiência e incapazes de exprimir
a sua vontade, sujeitas, desse modo, à curatela.
➢ “O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com indicação
expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo” (art. 1.783-A, § 2º,
do CC).
A Tutela dos Índios:
➢ Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial”. (Serão sempre,
tutelados pela FUNAI, independentemente de idade. A capacidade dos indígenas será regulada por
legislação especial).
➢ A tutela dos índios constitui espécie de tutela estatal e origina-se no âmbito administrativo. O que
vive nas comunidades não integradas à civilização já nasce sob tutela. É, portanto,
independentemente de qualquer medida judicial, incapaz desde o nascimento, até que preencha os
requisitos exigidos pelo art. 9º da Lei n. 6.001/73 (idade mínima de 21 anos, conhecimento da língua
portuguesa, habilitação para o exercício de atividade útil à comunidade nacional, razoável
compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional) e seja liberado por ato judicial,
diretamente, ou por ato da Funai homologado pelo órgão judicial221.
➢ Ps: A redução da idade em que se atinge a maioridade, no atual Código Civil, para 18 anos, não afeta
a exigência de idade mínima de 21 anos contida no Estatuto do Índio, por se tratar de lei especial.
➢ Poderá o Presidente da República, por decreto, declarar a emancipação de uma comunidade
indígena e de seus membros. Competente para cuidar das questões referentes aos índios é a Justiça
Federal.
Emancipação:
➢ Pode ser um processo judicial, administrativo, ou pode ocorrer automaticamente.
Voluntária: é aquela que se opera pela manifestação de vontade dos pais e envolve cartório de registro
das pessoas naturais; lá, deve-se manifestar ao registrador, a vontade de emancipar o filho, que tenha,
pelo menos, 16 anos completos.
➢ Os pais devem ter poder familiar, para poder emancipar o filho.
➢ Se, só um dos pais tiver o poder familiar, só ele basta para que a emancipação seja concretizada.
➢ Emite-se, então, uma certidão de emancipação.
➢ É o procedimento mais simples.
Judicial: é conferida por um juiz, por meio da sentença judicial. Pode ocorrer, no caso dos pais, com
poder familiar, não concordarem a respeito da emancipação, ou no caso de não existir ninguém com
poder familiar, mas existir tutor; que, se achar que o tutelado deva ser emancipado, tem que pleitear
judicialmente.
➢ Mantem-se a idade mínima de 16 anos.
➢ Cabe ao tutor pedir a emancipação.
➢ A sentença é encaminhada ao cartório, para que haja a emissão da certidão de emancipação.
Legal: se opera automaticamente; ou seja, basta a prática de um determinado ato para que se consume.
➢ Não é necessário manifestação de vontade e nem um processo judicial.
➢ Art. 5, II - se emancipa pelo casamento.
➢ Os pretendentes a casamento são chamados nubentes; e após conseguir autorização dos pais, vão
ao cartório, preenchem o formulário manifestando a vontade de casar, testemunhas participam;
tramita administrativamente, e em seguida, vai para o ministério público, se estiver tudo ok, publica-
se os editais.
➢ A emancipação, pelo casamento, só se dá a partir dos 16 anos.
➢ É causa de emancipação o exercício de emprego público. Porém, não é eficaz em razão da lei que
rege o servidor público.
➢ O menor emancipado, em tosos os casos, não pode tirar carteira, nem comprar bebida alcoólica,
porque a lei fixa idade específica, e não somente capacidade.
➢ Toda vez que a lei se referir somente à capacidade, o emancipado pode praticar. Mas, se estabelecer
idade, não tem jeito.
Art. 5 º
Art. 116 - A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em
relação ao representado.
Art. 117 - Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no
seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Art. 118 - O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua
qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes
excederem.
Art. 119 - É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado,
se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
Art. 120 - Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os
da representação voluntária são os da Parte Especial deste Código.
➢ A representação tem uma espécie voluntária, por meio de procuração, e pode ser legal (pais, tutores
e curadores).
➢ Os limites da representação dos pais, está no poder familiar, e o dos tutores e curadores, nos artigos
1723 em diante, mas, também, estará fixada na sentença judicial.
➢ A representação voluntária, quem fixa os poderes do representante, é o próprio representado.
Competência: Gillick Competence
➢ Capacidade específica para pessoas que não possuem a capacidade de fato.
➢ Ex: um menino que muito cedo teve diagnóstico de câncer, passou por um tratamento longo, mas
por meio de um transplante, venceu o câncer. Na adolescência a doença voltou, muito mais forte;
ele ficou muito tempo hospitalizado e o tratamento não surtia efeito. Chegou em um ponto, que os
médicos falaram que não havia mais nada a ser feito. No entanto, havia uma possibilidade,
experimental, na qual o menino poderia se encaixar; mas o menino não queria o tratamento, porque
ele já tinha passado sua vida no hospital e tinha consciência do estado grave em que a doença se
encontrava, e não colocava muita fé no tratamento experimental, e que, por isso, preferia ter mais
qualidade de vida saindo do hospital para aproveitar o resto da vida, do que tentar o tratamento.
➢ O menino tinha 15 anos.
➢ Houve uma ação judicial do menino contra os pais, e foi aplicada a competência gillick, onde pessoas
que não alcançaram, ainda, as capacidades plenas, aos 18 anos, podem estar aptos a atos
específicos existenciais e não patrimoniais.
➢ Embora não fosse capaz a todos os atos da vida civil, tinha competência para aquela tomada de
decisão.
➢ Nunca houve no direito brasileiro.
Fim da Personalidade da Pessoa Natural:
➢ Se inicia com o nascimento/concepção, e termina com a morte.
Morte real: critérios médicos.
A Lei n. 9.434/1997. Lei de Doação de Órgãos e Art. 6
➢ Se verifica pelo cadáver.
Art. 6 º
➢ A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
➢ Morte encefálica: não é morte cerebral, e significa que não apenas o cérebro parou de funcionar.
➢ Serve para se permitir a doação de órgãos.
➢ O coração deve continuar batendo, então, mantem-se a pessoa ainda com o organismo
funcionando, para que haja a conservação dos órgãos. LEI DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS.
➢ É diferente de coma, porque, nesse caso, a parte autômata pode continuar funcionando.
➢ A morte real é irreversível.
➢ Parada cardio-respiratória: parou o coração de bater, e a pessoa de respirar, morto está.
➢ Anota-se o horário da morte para fins de sucessão, porque no momento em que morre, os herdeiros
se tornarão proprietários.
➢
Morte Presumida:
Art. 7 do CC e Art. 88 da LRP (Lei n. 6015/1973)
➢ Morte Presumida é diferente de Ausência.
➢ Ausência significa que uma pessoa desapareceu de seu domicílio, sem ter indício de que morreu,
mas não se sabe do seu paradeiro.
➢ Morte Presumida, art. 7, a pessoa se encontrava em situação de risco, e ela desaparece.
➢ Ex: naufrágio, queda de avião, desmoronamento de barragens, tsunamis e etc. Só pode ocorrer
depois do encerramento oficial das buscas.
➢ Aqueles, que não foram encontrados, presumem-se mortos. Não há morte real, porque não há
cadáver.
➢ Em caso de guerra, presume-se a morte somente 2 anos após o término da guerra.
Comoriência:
Art. 8º
Ps: Quando a pessoa casa, ela passa a ter certidão de casamento, e não tem mais, como pedir outra
certidão de nascimento; para fins de segurança jurídica.
Nascimento e Óbito na LRP
Art. 50
➢ Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro, no
lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais, dentro do
prazo de quinze dias, que será ampliado em até três meses para os lugares distantes
mais de trinta quilômetros da sede do cartório.
➢ § 1º Quando for diverso o lugar da residência dos pais, observar-se-á a ordem contida
nos itens 1º e 2º do art. 52.
Art. 6
➢ A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.