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F o t o g r a f i a

digital para
i n i c i a n t e s

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Palestrante: Ligia GBrosch
Índice

1. Conceitos básicos de fotografia .............................................................................2


fotografia, câmeras, objetivas, distância focal
1.2 Exposição.......................................................................................................................4
fotometria, diafragma, velocidade, profundidade de campo, ASA
1.3 Luz........................................................................................................................7
temperatura de cor, balanço de branco
1.4 Câmeras point and Shoot......................................................................................9
menus mais comuns, cenas, foco, medição de luz
1.5 Conhecendo seu equipamento..............................................................................9
conhecendo seu equipamento

2.Compondo uma boa fotografia..............................................................................10


2.1 Cultura visual....................................................................................................10
2.2 Enquadrando......................................................................................................10
usando a cêmera para conseguir seus objetivos, retratos, paisagens, detalhes
2.3Tipos de enquadramento.....................................................................................12
plano geral, plano conjunto, plano americano, plano médio, primeiro plano, plano
detalhe

3. Tratando, divulgando e ampliando........................................................................13


3.1 Formatos da fotografia digital..............................................................................13
tamanhos e compressão
4.1 Gerenciando os arquivos......................................................................................13
Organizando e colocando autoria nas fotos
4.2 Tratamento da imagem........................................................................................13
Programas de tratamento de imagem
4.3 Publicação e ampliação das fotos...........................................................................14

Apêndice...................................................................................................................15

http://www.mercadoartistico.com.br

Imagens e texto: Ligia Guedes Brosch


ligiagb@mercadoartistico.com.br
1. Conceitos básicos de fotografia

“Se entendermos as maneiras pelas quais cada estágio do processo irá formar a imagem final,
teremos inúmeras oportunidades de controlar esse resultado de modo criativo. No caso de não
compreendermos o processo, ou renunciarmos o controle em favor da automação de um ou outro
tipo, estaremos permitindo que o sistema imponha os resultados, em vez de controlá-los para
nossas finalidades.” (Adams, 1981 p. 17)

1.1. Fotografia

A fotografia é o processo de criar imagens usando a luz. A fotografia é uma opinião sobre
o objeto fotografado. Para um fotógrafo, compreender suas ferramentas é essencial. Saber como
funciona, como manipular essas ferramentas, e como conseguir efeitos desejados é primordial
para conseguir um trabalho consistente. Essas informações não são necessárias para se tirar uma
foto, nem ao menos para se tornar profissional da fotografia, mas facilitam o trabalho de quem as
conhece, e sâo necessárias para que se consiga o efeito desejado de maneira consciente. Ou seja,
quanto mais se tem conhecimento sobre as ferramentas, maior é o controle sobre a imagem final.

1.2. Câmeras
A câmera é um dispositivo que produz imagens com o uso da luz. O filme ou o sensor é o
meio fotográfico, ou seja, é composto de material fotossensivel.
Não existe uma única câmera que seja adequada para todo tipo de serviço, por isso entender
tipos diferentes de câmera, suas possibilidades e limitações, é muito importante. Tanto as câmeras
como as lentes tem um impacto muito grande no resultado da imagem final, portanto a escolha da
câmera é de suma importância.

Tipos de câmera mais comuns:

Reflex (SLR) é o tipo de câmera que usa um


sistema mecânico de espelho e pentaprisma
para direcionar a luz da lente para o visor ótico.
Vantagens: grande controle na exposição,
controle de velocidade e diafragma de maneira
rápida e simples, visor ótico, permite que você
avalie enquadramentos mesmo estando ainda
desligada, menor quantidade de ruído em ASAs
maiores, sensor maior (possibilidade de menor
profundidade de foco), permite a troca de lentes.
Desvantagens: grande, mais pesada

Compactas são as câmeras pequenas e


automática.
Vantagens: maior acesso a locais mais difíceis,
de fácil manuseio para não-profissionais. leve,
pequena, fácil de transportar, algumas tem
display de posição ajustável
Desvantagens: maior dificuldade para controlar
o resultado final, menor controle de exposição,
pior qualidade de imagem

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Objetivas

São lentes ópticas ou um conjunto delas


que são feitas com o intuito de focar a luz de
uma cena no material sensível a luz da câmera
fotográfica, seja ele eletrônico ou químico. As-
sim permitindo uma abertura maior, logo uma
maior entrada de luz.
As objetivas são dividas em três grupos
de acordo com sua distância focal.

abertura pequena

abertura grande abertura com lente

Distância focal

A distância focal de uma lente é a medida em milímetros entre o ponto de convergência da


luz até o ponto onde a imagem focalizada será projetada. Mas o que realmente isso significa é o
quanto essa lente irá ampliar a imagem, ou seja, conforme maior a distância focal, maior o tamanho
do objeto projetado no sensor e menor o campo visual.

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Os três grupos grandes das objetivas são:
normal: lentes que possuem um ângulo de visão diagonal de cerca de 50°, o que dá aproximada-
mente igual ao número da diagonal da imagem. É a mais se parece com o olho humano. Por
exemplo, numa câmera de filme 35mm, a normal é 50mm.
grande angular: lentes que possuem um ângulo de visão diagonal mais amplo do que 50° e
distancia focal menor que a normal. Na câmera 35mm toda lente com número abaixo de 50mm é
uma grande angular
teleobjetiva: lentes que possuem a distância focal maior que a diagonal da imagem.
As lentes com Zoom, são lentes que possuem distância focal variável. Podendo ter variações que
englobam todos os tipos de lente acima citados.

grande angular normal

teleobjetiva
1.2 Exposição

A Câmera é funciona como uma câmara obscura, na qual a luz penetra por um pequeno
orifício e projeta uma imagem invertida da cena no lado oposto a esse orifício. Exposição é a
quantidade total de luz que chega até o material fotossensivel (sensor ou filme). Essa quantidade
de luz é controlada pelo diafragma e pela obturador. Outro fator que deve ser levado em conta
quando estamos controlando esses dois mecanismos é a sensibilidade do meio fotográfico (o

Fotometria
É a medição da luz. É a maneira que calculamos a quantidade de luz em vários pontos do
quadro para que as altas, médias e baixas luzes sejam expostas de acordo com os desejos do
fotógrafo. Muitas câmeras já possuem um fotômetro de luz refletida, e as câmeras que possuem
o recurso automático de exposição já calculam sozinhas o diafragma e a velocidade (algumas
calculam até mesmo a ASA). Grande parte das vezes podemos controlar as câmeras até mesmo
no recurso automático, informando para a câmera se queremos que ela superexponha ou subex-
ponha a cena.
O fotômetro de luz refletida pode ser pontual (spot meter) ou geral. Eles medem a luz que
é refletida da cena e são calibrados para dar uma exposição correta ao cinza 18%. O fotômetro
pontual mede a luz que incide em uma pequena área, normalmente no centro da cena, algumas
câmeras permitem que se possa controlar onde essa área se localiza. Os gerais medem a luz na
área total do quadro e então fazem uma média.
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ASA), ou seja, conforme mais sensível à luz,
menor a quantidade de luz necessária para a
sensibilização do meio.

Diafragma

É uma abertura que regula o diâmetro da


entrada de luz no sistema óptico.
O que ele afeta? A profundidade de campo.
Na fotografia os valores do diafragma
são chamados de f stops. Conforme o número
desse valor aumenta, o diâmetro diminui e com
isso diminui a quantidade de luz. Os valores mais
comuns são 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16 e 22, também
existindo lentes com aberturas maiores como
2 ou 1.4 e aberturas menores como 32 ou 64.
Conforme esse número duplica a quantidade de
luz que passa pelo orifício cai para ¼ do valor, ou
seja, a quantidade de luz que entra no diafragma
22 é 4 vezes menor do que no diafragma 11.
f2 f 16
Por isso os valores utilizados nos números f são
valores em que a diferença de um para o outro é
a metade ou o dobro da quantidade de luz. Por
exemplo: de 2.8 para 4 a luz cai pela metade e
assim por diante.

Velocidade (obturador/shutter)

O obturador é o sistema que controla o tempo que o sensor ou filme fica exposto à luz.
O que ele afeta? Em um objeto em movimento a diferença na velocidade do obturador pode mostrar
esse objeto borrado ou parado.
O obturador pode estar na câmera ou na lente. O obturador mais comum é o obturador de
plano focal (cortina), que se encontra no corpo da câmera. Esse obturador funciona com o uso de
duas cortinas que podem ser feitas de plástico, metal, ou tecido. Essas cortinas podem ser verticais
ou horizontais, seu mecanismo se baseia no princípio que uma dessas cortinas abre expondo o
filme, ou sensor à luz, e a outra seguindo o mesmo percurso, fecha.

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Profundidade de campo (ou de foco)

A profundidade de campo é o trecho


da imagem que aparentemente está em foco
(nítida). Apesar das lentes focalizarem a uma
determinada distância, essa nitidez decresce
progressivamente tanto para perto quanto
para longe da câmera. A profundidade de
campo é essa região onde os objetos estão
satisfatoriamente nítidos.

A profundidade de campo é afetada pelas


seguintes variáveis:
− distância focal – a lente que você está
usando, maior a lente menor a profundidade.
− diafragma – cada vez mais fechado maior
sua profundidade de foco
− formato – sensores maiores dão menos
profundidade de foco.
− distância do objeto – cada vez mais perto
o objeto da câmera menor a profundidade.

ASA

É um padrão utilizado para determinar a sensibilidade de um meio fotográfico à luz. ASAs


menores produzem pouco ruído, conforme aumentamos a sensibilidade (aumento o número da
ASA) aumentamos também a quantidade de ruído da imagem.

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1.3 Luz

Toda fotografia é sobre a luz. A luz é o elemento central de todas as fotografias e é ela que
determina o visual de todas as fotografias a serem feitas.
A definição de uma “luz boa” depende unicamente das intensões do fotógrafo. Para desco-
brirmos a luz que queremos nas nossas fotos temos que ocnhecer um pouco sobre como essa
luz se comporta.
A luz se modifica conforme as horas do dia. Antes do sol nascer o mundo é quase preto e
branco e quase sem sombra, as cores vão aparecendo conforme o sol vai surgindo. Na primeira
parte da manhã a luz é mais “quente” e o contraste é menor, as sombras ficam mais azuladas. A
luz vai perdendo seu tom alaranjado conforme as horas vão passando, no meio da manhã ela já
está mais clara e branca.
No meio do dia a diferença entre sombra e luz é a maior que ocorre durante o dia, tudo fica
muito contrastado. Na parte da tarde ocorre o processo invertido da manhã, a luz vai ficando mais
alaranjada, as sombras mais azuladas e o contraste vai diminuindo. Quando o sol se põe ocorre
o que os fotógrafos chamam de a hora mágica, ainda há muita luz, a luz é azulada, quase não há
sombra e as luzes da cidade se acendem.
Pela noite vemos o mundo através da luz da lua e das luzes artificiais. Nessa hora precisa-
mos de ISOs mais altos, ou até mesmo de uma ajuda de um tripé para captarmos a atmosfera
que a noite nos proporciona.
Luzes artificiais podem ser usadas a qualquer hora do dia, sejam essas luzes contínuas
ou flashes. Essa luz pode ser colocada para melhorar a iluminação, ou simplesmente já estar
presente. Podemos usar qualquer luz ou até mesmo rebatedor para ajudar a nossa liuminação.
Conhecer algumas características dessas luzes também pode nos ajudar.
Por exemplo, comforme maior o tamanho da fonte de luz mais suave ficam as sombras,
essas são muito utilizadas em retratos por exemplo, fontem menores produzem sombra mais du-
ras e enfatizam as texturas da pele por exemplo, quanto mais dura a luz mais mostrará os poros,
cicatrizes, linhas de expresão, etc. Um truque para aumentar esse tamanha da “fonte de luz” é
rabate-la numa superfície branca ou prata, isso faz com a que a luz aue achega até o objeto fique
mais suave.
A localização da fonte de luz determina onde cairão as altas luzes e as sombras. Lembre-
se que cara cirar uma ilusão de 3 dimensões numa imagem em 2 dimensões, é necessário áreas
com altas luzes e áreas co sombras. A diferença entre a parte mais clara e a parte mais escura
deve cair dentro do “range dinâmico” da câmera, se a diferença for maior a câmera vai perder
detalhes ou na sombra ou nas altas luzes ou até mesmo nos dois.

A iluminação de um objeto pode ser


dividida em três grupos:

- A luz principal - como o nome


diz, é a principal luz que ilumina seu
objeto, ela pode incidir no objeto de
qualquer ângulo.
- Luz de preenchimento - essa
luz é um complemento a luz principal,
ela envolve o objeto, ela nem sempre
está presente.
- Contra luz - é uma luz que
“vem de trás” do objeto, ela forma um
halo de luz no objeto, ajuda a recorta-
lo do fundo (essa luz também pode
não estar presente na imagem)

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Temperatura de cor

É uma característica da luz visivel. Sua


medição é baseada na temperatura de um
material hipotético, essa medição é expressada
em Kelvins.
A temperatura de cor varia principalmente
conforme a fonte que emite essa luz, mas
existem outras condições que a também podem
a modificar. Exemplos: a luz de tungstênio ou
lâmpada incandescente é mais amarelada do
que luz do meio dia, e quando estamos numa
sombra durante um dia de sol ficamos mais
azulados do que se estivéssemos no sol.
Nosso olho se adapta muito facilmente
a essas mudanças, mas a câmera percebe
todas essas mudanças. Na câmera podemos
acertar como ela vai ver esta luz que estamos
usando, isso se chama balanço de branco ou
white balance, que pode ser regulado em kelvin
ou presets, podemos também “bater o branco”
apontando a câmera para uma superfície a ser
considerada branca, e dando essa imagem
como referência para a câmera, ou podemos
também deixa-lo no automático.

Balanço de branco:
tungstênio luz do dia flash fluorescente
manual sombra automático Kelvin K

Tirada com luz do dia Tirada com luz do dia Tirada com luz tungstênio Tirada com luz tungstênio
com branco para 3,200k com branco para 5.500k com branco para 3,200k com branco para 5.500k

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1.4 Cameras Point and Shoot (compactas)

As câmeras compactas muitas vezes demoram para fazer a foto, pois estão fazendo o
foco. Uma dica para ter maior controle sobre o momento que a câmera faz a foto é fazer o foco
antes do momento da foto. Para isso aperte levemente o botão do disparo (até meio curso) até
que ela foque, e sem tirar o dedo deste meio curso no momento da foto aperte-o até o final. O
mesmo truque pode ser usado para se focar em objetos que estejam longe do centro do quadro.

Menus mais comuns:


panorama macro (foco perto)
visualização flash
video timer
foto (still) simples
Automático burst
semi-manual (na canon) Tv, Av index
manual (na canon) M exposição

Cenas:
paisagem neve
retrato debaixo d´água
baixa luminosidade fogos de artificio
backlight praia
esporte

Foco: Medição de luz:


multi foco multi
central central
pontual pontual
outros: foco fixo, foco no rosto, foco manual, etc

1.5 Conhecendo o seu equipamento

Conhecer os atalhos, como mudança de exposição (velocidade e diafragma), balanço de


branco, foco, flash (como ligar e desligar rapidamente), mudança da resolução, como apagar
arquivos ou formatar a mídia. Saber detalhes da sua máquina ajuda na hora da foto. Por isso
quanto mais você conhecer a sua câmera mais facilmente será controlar os resultados.
Ler o manual pode não ser divertido, mas pode ser muito útil. Para não sermos obrigados a
decorar ou até mesmo ler o manual inteiro, uma dica é dar uma olhada por ele todo e andar com ele
sempre junto da câmera. Assim num momento que aparecer uma dúvida ele está por perto, e como
já demos uma olhada sabemos onde procurar as respostas. Cada câmera tem suas peculiaridades,
é impossível conhecermos todas essas peculiaridades de todas as câmeras, mas podemos nos
familiarizar com uma câmera e assim conseguirmos melhores resultados.
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Preparando o equipamento

Fazer um checklist de acordo com o seu equipamento. Que deve conter itens como baterias
carregadas, cartões extras, lentes limpas (sempre limpar lentes com equipamento específico, como
lencinhos e líquidos especiais para lentes, para aumentar o tempo de vida do seu equipamento,
mas em relação a lentes o ideal é mantê-las limpas, quanto menos precisar limpa-las melhor).
Dependendo da fotografia um monopé ou um tripé pode ajudar a conseguirmos imagens mais
estabilizadas, principalmente com velocidades baixas.

2. Compondo uma boa fotografia

2.1 Cultura visual

Ver todo tipo de imagens como fotografias, filmes, pinturas contribui para a cultura visual.
Encarar essas imagens todas com olhar crítico e analítico é importante para a produção das
nossas próprias imagens, para que seus resultados não sejam parte do acaso, e sim de uma visão
conscientemente construída do mundo.
Sempre procurar descobrir o que faz uma de obra ser interessante ou sem graça, o que faz
dela bela ou feia, se ela causa alguma emoção e porque causa esta emoção.

2.2 Enquadrando

O olho humano não funciona da maneira da câmera, quando olhamos para alguma coisa a
colocamos no meio do nosso campo visual, pois é no meio que possuímos a maior acuidade visual,
a fotografia possui a mesma definição em toda sua extensão, por isso não devemos enquadrar
da mesma maneira que vemos. Se colocarmos o objeto principal de nossa fotografia no meio
corremos o risco de ficar com partes deste quadro vazias, por isso na hora de enquadrarmos temos
que olhar o quadro inteiro, e preenche-lo ou não dependendo da intenção do fotógrafo. “A câmera
(...) não se concentra no centro do seu campo de visão, como o faz o olho, mas vê tudo que está
dentro do seu campo de visão com igual precisão” (Adams, 1981 p. 17)
Ao mirarmos uma câmera para o nosso alvo, precisamos olhar não apenas para o nosso
assunto, mas para tudo que se encontra ao seu redor e pensarmos como podemos utilizar esses
elementos para fazer um quadro mais interessante. Para isso podemos mudar a lente, e podemos
também nos movimentar no espaço, cada pequena mudança dessas que fazemos mudamos a
leitura da fotografia.
A fotografia é uma composição subtrativa, ou seja, temos que perceber no ambiente o que
ficará dentro do quadro e o que ficará fora. Temos que colocar molduras no mundo, e separar o
que queremos mostrar e como queremos mostrar. Para isso percebemos o contraste, as linhas, as
texturas, as cores, as formas, os padrões, o movimento, as similaridades e claro como se comporta
a luz nesse ambiente. Através do uso desses elementos visuais que podemos fazer fotografias
interessantes.

Usando a câmera para conseguir seus objetivos

Conhecer a câmera, como já vimos, é essencial para controlarmos nosso resultado final.
Saber se queremos uma profundidade de campo rasa ou até onde queremos o foco, queremos
que a imagem mostre o movimento ou fique estática, se queremos exaltar ou rebaixar a pessoa
que esta sendo retratada, todas essas coisas tem que estar conscientes. Muitas das repostas
dependem das limitações que o ambiente proporciona, mas é trabalho do fotógrafo usar essas
limitações a seu favor, e planejar o efeito esperado.
Exitem algumas regras da maneira de enquadrar que modificam a maneira como percebemos
a imagem.
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− Enquadrar uma pessoa de baixo para cima, a deixa imponente, importante. O contrário
também vale, quando enquadramos de cima pra baixo a pessoa parece frágil, diminuida.
− A regra do terço é interessante para todo tipo de fotografia, ela é tão usada que o próprio
photoshop (CS5) mostra essa divisão quando fazemos um crop. Nessa regra divide-se o quadro em
3 parte iguais, podendo ser feita no sentido horizontal ou vertical, e enquadra-se de uma maneira
que o assunto caia em uma dessas linhas.
− Linhas diagonais dão movimento a imagem, linhas horizontais dão a impressão de
estabilidade.
Alguns outros aspectos para se ter em mente quando estamos fotografando: escala,
proporção, ênfase, unidade/variedade, repetição (ritmo), equilíbrio.
Na fotografia não existe errado, existe aquilo que o fotografo quer e o que ele não quer. Para
enquadrar não podemos ter medo, temos que aproveitar as idéias que temos e usa-las, nem todas
as fotografias precisam ficar boas, também aprendemos a fotografar ousando, e tentando coisas
novas. Através de tentativa e erro que percebemos o que gostamos e o que não nos interessa, e
assim podemos criar nosso próprio estilo.
A luz de flash “chapa” a imagem, a pessoa retratada fica iluminada por uma luz “dura”
que vem de muito perto do ângulo da lente, o que projeta sombras definidas muito próximas dos
objetos, crinado quase que uma “borda” escura, e a luz do flash tem uma atuação muito limitada, de
curto alcance. Quanto mais perto da câmera mais claro estará o objeto ou pessoa, e conforme os
objetos vão se afastado a luz vai caindo drasticamente, por isso deve ser usada com cautela.

Retatros

- Evitar usar a lente grande angular, pois elas deformam as feições da pessoa. Use a câmera
no “zoom” óptico mais fechado, evite o Zoom eletronico.
- Cuidado com a altura, fotos de baixo para cima podem engrandecer a pessoa, mas também
podem mostrar um ângulo menos atraente e partes como por exemplo dentro das narinas. As fotos
de cima para baixo além de inferiorizarem as pessoas podem fazer com elas pareçam mais baixas
do que realmente são.
- Ao fazer retratos com grupos utilize o zoom para preencher o guadro todo com as pessoas,
evite deixar muito “ar”, mas também não se esqueça de colocar todo mundo dentro da cena.

Paisagens

- Em paisagens a regra do terço se encaixa muito bem, podemos encaixar o céu por exemplo
tanto no terço superior quanto no inferior, e encontrar algum objeto para colocar na marcação de
um dos terços lateral também é uma dica (como uma árvore ou uma construção).

Detalhes

- Lembre-se de ligar a função macro da sua câmera.


- Evite usar o flash, já que o objeto se encontra muito perto da câmera.

2.3 Tipos de enquadramento

Aqui vão algumas ideias de enquadramento tiradas do cinema. Os nomes e os tamanhos


desses enquadramentos variam de autor para autor, mas como é só uma sugestão para pensarmos
a foto não vamos nos preocupar com isso.

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Plano médio – Corta as pessoas acima da
altura da cintura.
Plano geral - Seria o enquadramento que
mostra todo o ambiente.

Primeiro plano (close) – é um plano mais


Plano conjunto – é o enquadramento que
fechado de um rosto, quase um plano
você junta dois ou mais elementos/pessoas.
detalhe

Plano americano – é o enquadramento Plano detalhe – como o nome diz, é um


que “corta” as pessoas entre os joelhos e enquadramento fechado que mostra um
a cintura (para mostrar o revólver). detalhe, pode ser o detalhe de um olho,
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3. Tratando, divulgando e ampliando
3.1 Formatos da fotografia digital
Os formatos de imagem se dividem em 3 grandes grupos: os formatos com compressão, os
formatos sem compressão e os formatos sem processamento. Compressão significa a diminuição
do tamanho do arquivo para melhor aproveitamento da memória disponível, algumas compressões
tem perda de informação e outras permitem que todas as informações sejam recuperadas.
Os formatos mais comuns na captação são o RAW (imagem sem processamento), TIFF
(imagem sem compressão) e o JPEG (imagem com compressão e com perda de informação).
A vantagem de fazer as fotografias em RAW vem do fato que ainda é um arquivo não
processado, portanto várias mudanças ainda são permitidas depois da foto feita sem perda de
qualidade como por exemplo a alteração do balanço de branco.
Tamanhos e Compressão:
As câmera digitais vêm com pelo menos 3 tamanho para serem escolhidos, e 2 graus de compressão.
Os tamanhos dizem da quantidade de pixels que a imagem terá, e a compressão é uma maneira
de diminuir o tamanho do arquivo, mas perdendo qualidade. A melhor opção é tentar deixar a maior
imagem com a menor compressão, mas isso demanda de esperaço de armazenamento depois
das fotos feitas. Deve-se evitar usar compressão alta, pois as imagens ficam com uma qualidade
inferior.
baixa compressão altacompressão

3.2 Gerenciando os arquivos

Agora com as fotos feitas é necessário fazer algumas coisas. Primeiramente arruma-las no
computador. Programas como o Adobe Bridge importam as imagens do cartão, podem as renomear,
e ainda colocar autoria de maneira simples.
Primeiramente monte um padrão para organizar suas fotos (podem ser usados critérios
como data, câmera, tipo de fotografia – como, retrato, paisagem, férias etc), fazer pastas separadas
também para fotografias sem tratamento e com tratamento, assim é possível sempre voltar para
a imagem original. É importante ter suas pastas organizadas para que as fotos possam ser
encontradas de maneira simples e fácil.
Fazer backup dessas imagens, de preferência logo após descarregar as imagens no hard
disk. O ideal é ter 3 cópias em 3 hds diferentes, caso não queira fazer cópia de todas as imagens,
faça pelo menos das fotografias selecionadas. Tentar não manter cópias em hds com mais de 5
anos (a expectativa de vida de um hd é de 3 a 5 anos).
Colocar autoria é importante principalmente se a sua imagem vai para a internet, ou se o
arquivo vai ser enviado para outra pessoa ou será enviado para ser publicado. É a maneira mais
fácil de provar que a imagem é sua, e não deixar os campos vazios para que outra pessoa possa
colocar os dados dela.

3.3 Tratamento da imagem


Selecionando: Depois de organizar as fotos no computador chegou a hora de fazer uma seleção,
primeiramente descartando aquelas imagens que realmente não nos interessam, seja porque estão
desfocadas, desinteressantes, ou simplesmente não nos agradam. Esse é um trabalho subjetivo,
dele depende a cultura visual de cada um, o que um acha feio por estar desfocado ou tremido outro
pode achar que exatamente nisso se encontra a força da foto.
Para fazer essa seleção pode-se dar “notas” as fotos ou simplesmente copia-las para outra
pasta. Dependendo da quantidade de imagens selecionadas pode-se seguir para mais uma seleção
dessas imagens até chegarmos em um número pequeno o suficiente para podermos tratar as
imagens com um cuidado maior, esse número depende do tempo que temos para trata-las e da
finalidade das imagens.
Programas de tratamento de imagens: Existem alguns softwares livres para o tratamento de
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imagem sendo GIMP o mais famoso. Mas os mais usados são os programas da Adobe, mais
especificamente o Adobe Photoshop e Lightroom.
Caso as fotografias tenham sido feitas em RAW, é possível um tratamento inicial da imagens
através do software do próprio fabricante que lida com essas imagens.
Nesses programas é possível mexer na exposição (até um certo limite), no balanço de branco,
no contraste, brilho, saturação, entre outros ítens onde faremos o tratamento básico. Lembrando
que tudo que é alterado nesses programas não altera o arquivo RAW, e sim um outro arquivo (por
exemplo xmp) que traz apenas as mudanças feitas (esses dados que podem ser alterados sem
mexer no arquivo de imagem são chamados de “metadata”). Então deve-se converter esse arquivo
inicial (RAW + metadata) com as devidas mudanças, em um outro tipo de arquivo para ser tratado
e publicado, como por exemplo TIFF ou JPEG.
Com um arquivo TIFF ou JPG em mãos, podemos então abri-lo em qualquer programa
de tratamento de imagem para fazermos desde um tratamento básico, até um tratamento mais
elaborado.
Tratamento básico e tratamento detalhado são os nomes que eu dou para tanto a ordem
quanto o tipo de ferramentas que eu uso em cada parte do processo, mas isso pode variar de
pessoa para pessoa.
O meu tratamento básico inclui: reenquadramento, balanço de branco, saturação, brilho
contraste e tudo mais que é possível mexer no programas que lidam com o arquivo em RAW. Todas
as imagens passam por esse processo.
O tratamento detalhado inclui o clarear ou escurecer (ou qualquer outra mudança como
saturação ou brilho) em áreas específicas do quadro, tratar imperfeições na pele, recortar e/ou
colar partes de uma imagem (como por exemplo trocar o olho fechado por um olho aberto, ou em
fotos com várias pessoas trocar a cabeça de um pessoa que não saiu bem por de uma outra foto,
etc) e outros detalhes que apareçam. Nem todas as imagens passam por esse segundo processo.
3.4 Publicação e ampliação das fotos
Agora que as imagens estão tratadas, está na hora de prepara-las para outras pessoas
verem. Exitem basicamente dois formatos finais, o meio físico (impressão) e ao virtual (tela), cada
um deles com suas características.
Meio físico: pode ser jornais, revistas, livros, papel fotográfico entre outros. Os quais cada
um tem uma necessidade de tratamento diferente da outra. Três coisas precisam ser descobertas:
o formato (tipo de arquivo) o tamanho da imagem para ser enviado e como cada meio vai reproduzir
as cores da imagem.
São dois os tipo de arquivos mais usados, novamente o JPG e o TIFF. O JPG é o mais aceito,
mas também é o menos profissional. Para descobrir o tamanho da imagem que vamos enviar, é
bom entrarmos em contato com o laboratório e perguntarmos qual o tamanho que a imagem de ter
e a quantidade de ppi (a maioria dos laboratórios pedem as imagens a 300ppis). Por exemplo uma
ampliação 10x15 deve ter aproximadamente 10,2x15,2cm a 300ppis, mas esses valores podem
vairar de laboratório para laboratório)
Antes de mandarmos os arquivos para um laboratório de fotografia, podemos pedir que
nos enviem um target (imagem de referência) impresso e em arquivo digital. Esse target serve
para podermos calibrar o monitor que estamos usando para tratar as fotos, em comparação a uma
imagem impressa nesse mesmo laboratório.
Outra mídia é o meio virtual, que podem ser blogs, fotoblogs, sites especializados, sites
pessoais, redes sociais, e até ser enviado por email. Neste caso uma boa opção de formato é o
JPG, já que este é o formato de arquivo que permite uma boa qualidade em arquivos pequenos, e
pode ser visualizado pelos navegadores. Deve-se evitar publicar um arquivo em TIFF, e deve-se
evitar ao máximo publicar um arquivo em TIFF com toda a resolução, porque quando o fazemos
corremos o risco de utilizarem a nossa imagem indevidamente, ou sem nossa autorização.
O tamanho de cada imagem depende de cada site. Em fotoblogs pode-se colocar uma
imagem com um tamanho maior, já em sites pessoais essa não é uma boa ideia porque “pesa”, e a
visualização do site fica demorada devido ao tamanho do arquivo. Normalmente um bom tamanho
de arquivo fica ao redor dos 1000 pixels no maior lado.
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Apêndice

Como escolher uma câmera?

Com a variedade de câmeras que encontramos no mercado hoje em dia, fica cada vez mais
difícil sabermos qual é a câmera mais apropriada para comprar. Qual é a melhor? Que recursos
vamos precisar e que recursos não usaremos?
Para responder a essas perguntas podemos seguir as dicas desse guia rápido para ajudar
nesta decisão.
Primeiramente precisamos saber os tipos de câmera que existem no mercado e o que cada
uma faz ou não faz. E entre essas ver aquela que cabe no nosso bolso.

Agora devemos nos perguntar para que realmente vamos utilizar essa câmera, e o que
gostaríamos que ela fizesse. Para isso devemos montar um lista simples com 4 ou 5 aspectos que
precisamos e queremos nessa câmera em sua ordem de importância. Alguns desses aspectos
podem ser:

Ser da fácil transporte (caber numa bolsa ou num bolso)


Ter um bom zoom ótico
Ser mais grande angular ou mais teleobjetiva
Vou usar para trabalhos profissionais ou somente para lazer?
Pretendo ampliar essas fotos até que tamanho?
Tem que ser a prova d’água?
Tem que ser a prova de choque?
Quero uma fácil manipulação da câmera ou dos resultados?
Vou fazer vídeo?
Preciso de um vídeo de boa qualidade?
Tenho alguma marca favorita ou que já esteja acostumado?
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