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CURSO BASICO EM FOTOGRAFIA DIGITAL

AULA 01-
INTRODUÇÃO A FOTOGRAFIA

01- A História da Fotografia

Embarcar no conhecimento da história da fotografia vai mostrar que, se hoje em dia


um fotógrafo não pode ser considerado profissional sem entender da velocidade do
obturador, sobre o ISO, diafragma, zoom, entre outros, há mais de um século eles eram
obrigados a fotografar – pasmem – sem ter uma câmera em mãos.

Para conhecermos a história da fotografia, precisamos voltar no tempo cerca um


milênio.

A primeira descrição de algo semelhante à uma máquina fotográfica foi escrita pelo
árabe Alhaken de Basora, que viveu há aproximadamente 1000 anos.

Ele descobriu que imagens se formavam no interior de sua tenda quando a luz do sol
passava pelas frestas do tecido. Algo muito parecido com desenhar com luz e
contrastes, certo?

Tal técnica foi utilizada anos mais tarde, formando silhuetas a partir da luz solar, para
ajudar artistas a realizar suas pinturas.

Há relatos de que Leonardo da Vinci, datado do século XVI, usufruiu desta técnica
chamada de câmara escura.

A Origem da Fotografia

Se analisarmos a história da fotografia por completo, chegaremos a um resultado


pouco convencional.

Visto que fotografar, em suma, é utilizar a luz para reproduzir imagens, como silhuetas,
precisaremos voltar para 350 anos antes do nascimento de Cristo, de onde é datada
diversas experiências feitas por químicos e alquimistas.

A produção de imagens a partir de um pequeno buraco está servindo à humanidade


desde antes de nos darmos conta de como ela é importante.

A criação de uma câmera é provavelmente a parte mais importante da história da


fotografia moderna. Acontece que muitos anos antes da construção da primeira
câmera nos moldes semelhantes ao que conhecemos seu protótipo inicial já havia
sido inventado.

Por volta do século X, o físico e matemático Alhazen relatou um método de


observação dos eclipses solares através da utilização da já falada câmara escura,
que é nada mais do que uma caixa, quarto ou algo do tipo totalmente fechado, com
exceção de um pequeno furo por onde a iluminação de um objeto, como uma vela,
passa e sua imagem é reproduzida ao contrário dentro do recipiente/local.

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Nesse caso, um observador externo pode ver a imagem reproduzida dentro da caixa
se suas paredes forem feitas de papel vegetal.

A imagem, por sua vez, pode ser registrada se for adicionado um filme ou papel
fotográfico onde ela está formada.

Até então, a câmara escura havia sido descoberta, mas não oficialmente relatada e
explicada.

Tal fato aconteceu apenas anos mais tarde, em 1558, quando o napolitano Giovanni
Battista della Porta voltou a descrever as características da câmara escura.

Em seu livro Magia NaturallisI, o autor não apenas relatou como tratou de tentar
explicar os motivos do fenômeno. De forma não-oficial, a câmara escura é a
responsável pela primeira fotografia existente.

Como estamos observando, podemos perceber que na história da fotografia há


diversos nomes, dificultando a escolha de um ûnico criador da fotografia.

Entretanto há um nome que se destaca de todos, especialmente por ter sido o


responsável por oficialmente ter tirado a primeira fotografia. Joseph Nicéphore
Niépce.

Quem foi Niépce?

Quem foi Daguerre?

02 - Aprendendo sobre sua câmera

O primeiro passo para se tornar um fotógrafo é conhecer bem a sua câmera. O


equipamento é um dos fatores essenciais que formam um bom profissional.

A fotografia é como se fosse um desenho feito com luz. Por isso, você vai aprender
agora como cada parte da sua câmera interage com esse elemento.

Um resumo rápido:

o O obturador é responsável pelo intervalo de tempo em que a luz será


capturada pelo sensor da câmera;
o Diafragma também é responsável pela quantidade de luz;
o Objetiva é a lente da câmera;
o ISO é a sensibilidade da câmera à luz.

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Agora, vamos entender melhor como cada um desses ajustes funciona e como eles
podem transformar seu modo de fotografar!

Obturador
O obturador é como se fosse a “cortina” da lente. Quando você faz um clique,
perceba que essa “cortina” fecha a entrada de luz e sua foto fica salva.

A velocidade do obturador determina quanto tempo a “cortina” ficará aberta para


capturar luz e ela pode ser regulada no modo manual da câmera.

Quanto mais tempo o obturador ficar aberto, mais clara será sua imagem. Ao mesmo
tempo, quanto mais tempo ele ficar aberto, maior é a chance de suas fotos ficarem
borradas.

Diafragma
O diafragma é a abertura da sua lente, ou seja, é o que define a quantidade de luz
que vai entrar na sua câmera.

Entretanto, a regra do diafragma é: quanto maior for o número da abertura, menos luz
é capturada pelo sensor. Sendo assim, uma abertura f/22, por exemplo, oferecerá
uma quantidade menor de luz para a imagem.

Por isso, os fotógrafos preferem dar prioridade às lentes mais claras, como as de
abertura f/1.8.

Objetiva
É a lente que será acoplada ao corpo da câmera. Existem diversos tipos de objetivas e
cada uma delas dá um efeito completamente diferente à foto.

Quanto maior for a distância focal da sua objetiva, menor será o seu campo de visão.
Ao mesmo tempo, lentes com grande distância focal conseguem captar mais
detalhes de objetos menores.

Uma lente de 50mm, por exemplo, mostrará menos coisas que uma de 14mm.

Fotometria
No visor da sua câmera, você encontrará uma “régua” que vai de -2 a 2+. Essa
“régua” indica se a sua foto está, respectivamente, subexposta ou superexposta à luz.

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Para que a luz da foto seja a mesma do momento ideal, é recomendado que a barra
deve fique no 0. Entretanto, em alguns casos, como em um dia de sol forte, a câmera
pode se enganar.

Verifique a foto no visor da câmera, mesmo depois de conferir a fotometria para


garantir que está com a luz da forma que atende suas expectativas.

ISO
O ISO é a sensibilidade da sua câmera à luz.

Quanto mais baixo você conseguir deixar o ISO na sua câmera, melhor será a
qualidade da sua foto.

O ISO acima de 800 começa a gerar ruídos na imagem, lembrando aqueles grãos que
se viam nas fotografias analógicas.

Sendo assim, é interessante investir em outros ajustes como a velocidade do obturador


e abertura do diafragma para trazer mais luz à imagem. Desta forma, a qualidade é
mantida.

03- Equipamentos Fotográficos Profissionais para Iniciantes

A seguir, você encontra uma lista com os equipamentos fotográficos essenciais para a
grande maioria dos fotógrafos. Confira:

Câmera ou Corpo da Câmera

Vamos, primeiramente, falar sobre o fundamental: a câmera fotográfica. Já aqui você


vai se deparar com inúmeras opções. O primeiro passo para se decidir é entender as
categorias deste equipamento:

o Point and Shoot ou compactas: são as câmeras digitais amadoras. Elas


possuem poucas opções de customização e, no geral, não são recomendadas
para fotógrafos profissionais. São menores, não possibilitam mudança de lentes
ou configurações complexas, como velocidade do obturador.

o Equipamentos Fotográficos Semi-profissionais: são conhecidas também como


“amadoras avançadas”. Elas possuem mais opções de configuração, mas não
apresentam a mesma complexidade das câmeras profissionais. Elas
apresentam alguns ajustes mais detalhados e alguns modelos possibilitam a
troca de lentes. Também contam com modos automáticos, como as
amadoras.

o Equipamentos Fotográficos Profissionais: as câmeras profissionais possibilitam


que o fotógrafo faça muito mais escolhas sobre o produto final. Com ajustes
que modificam os mínimos detalhes, possibilidade de troca de lentes e uso de
acessórios, elas são ideias para quem planeja ganhar a vida com fotografia.
Veja neste post a câmera profissional de estúdio fotográfico.

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Lentes Fotográficas

Como mencionamos anteriormente, cada tipo de fotografia exige uma lente


diferente. Para escolher quais lentes comprar primeiro, é fundamental que você saiba
o que você vai fotografar.

A seguir, você encontra uma lista com os tipos mais básicos de lentes. Se você quiser
aprender mais sobre elas, pode ler o nosso artigo sobre como comprar lentes
fotográficas.

o Lentes fixas: apresentam menos obstáculos para a luz, produzindo fotos nítidas
e com alto nível de detalhes nos tons mais claros. Elas alcançam estes efeitos
através uma abertura maior no diafragma, que infelizmente implica na
redução da sensação de profundidade de campo.

Lentes zoom: elas possuem diferentes distâncias focais, o que permite aumentar
bastante o tamanho do objeto fotografado sem perder a nitidez. Elas possuem menor
abertura no diafragma e alguns modelos afetam um pouco a qualidade da imagem
capturada, no entanto. Nada que não possa ser corrigido com experiência.

o Lentes grande-angulares: como o nome sugere, elas aumentam um pouco o


ângulo de visão, dilatando o campo fotográfico. Dependendo da
configuração utilizada, pode distorcer um pouco os cantos da foto.
o Lentes olho-de-peixe: são capazes de registrar um ângulo de até 180º, são
usadas para fotos com tons mais artísticos. Isso porque o ângulo causa
distorções, deixando a imagem arredondada.
o Lentes macro: são lentes capazes de capturar até mesmo os mínimos detalhes
de um objeto, por menor que seja. Apesar de populares no mundo do
marketing e propaganda, elas não podem ser utilizadas para outros tipos de
fotografia: servem apenas para close-ups extremos.

Configuração da Câmera

Diversos fotógrafos se perguntam quais são as configurações da câmera necessárias


para conseguir obter os melhores resultados possíveis em seus cliques.

Existem diversos tipos de câmera com modos específicos, o que acaba tornando a
fotografia mais rápida ou mais fácil, principalmente para iniciantes.

Apesar de não existir uma regra que funcione para todos os tipos de ambientes e
fotos, existem configurações comuns que vão fazer você arrasar nos resultados das
suas imagens.

Não se preocupe com as configurações de equilíbrio do branco ao gravar RAW, já


que é possível modificá-los depois.

Além disso, o ideal é que você mantenha ativada a “redução do ruído de exposição
longa”. Isso porque essa configuração afeta suas fotos em formato RAW em longas
exposições.

Assim, ela diminui o ruído presente nas imagens ao passo que aumenta o tempo de
captura de uma foto.

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Configuração geral da câmera

Qual o melhor modo de disparo?

Existem dois modos de disparo: o manual e o automático.

No manual, todos os ajustes são feitos por você. Assim, a sua câmera apenas obedece
ao que foi pedido. Para usar esse modo, é necessário possuir um domínio maior de
fotografia, a fim de conseguir melhores resultados.

Nem todas as câmeras digitais possuem o modo manual completamente manual. Ou


seja, algumas câmeras compactas permitem que você faça alguns ajustes, como ISO,
área do foco e velocidade do disparo, por exemplo.

No entanto, outros ajustes são feitos automaticamente por ela, tornando-a semi-
automática.

Já no modo automático, todos os ajustes são feitos pela câmera. Dessa forma,
quando ela percebe o ambiente, realiza os cálculos necessários sozinha.

Porém, a precisam desse ajuste não é a mesma que a do modo manual. Isso
acontece porque os ajustes que ela faz são programados para uma situação
parecida com a atual, podendo sempre ser melhorados.

Foco: automático ou manual?

Para tornar o ato de focar mais fácil para os iniciantes, os fabricantes às vezes incluem
um modo híbrido que muda automaticamente entre o modo de foco de área única
(AF) e o modo de foco servo contínuo (AI). Esta mudança acontece apenas se o seu
assunto estiver em movimento.

O modo híbrido, conhecido como pode ser uma ótima maneira de autofocar se você
possui dificuldades em mudar constantemente entre um modo e outro.

Algumas Configurações de Câmeras também vêm com um modo “Auto AF”, que
examina toda a cena e tenta focar o assunto mais próximo, ou um assunto que a
câmera pensa que é importante.

O recomendável evitar o uso de tais modos para a maioria dos iniciantes, porque é
melhor ter controle exato sobre o local onde a câmera foca do que deixa-la escolher
o que é ou não relevante na cena.

Você pode conseguir isso mudando para o modo de área AF de ponto único,
conforme explicado no artigo.

Depois de ter um único ponto para se deslocar no seu visor, você pode mover esse
ponto de foco em seu quadro no assunto ou área de interesse a fim de mover o
assunto para o ponto de foco:

Modo de medição na configuração da câmera

Apesar das configurações da câmera terem diversos modos de medição distintos,


como medição ponderada no centro, medição pontual e medição matricial, para a
maioria das situações o melhor modo é o matricial.

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Isso acontece porque ele leva toda a cena em consideração, realizando um bom
trabalho ao expor os seus assuntos.

Configuração da câmera para diferentes sessões

ISO e ISO automática

Ao utilizar o ISO mais baixo, você obtém uma imagem com a menor quantidade de
ruído possível. Porém, clicar com um ISO mais baixo não é muito prático em ambientes
com pouca luz.

Nesses casos, você precisa aumentar o ISO da sua câmera, a fim de manter uma
rápida velocidade de obturação que evite uma desfocagem por conta da agitação
involuntária da sua câmera.

Máquinas mais modernas possuem o recurso Auto ISO, que pode ser muito útil para
você. Ao habilitá-lo, o ISO da sua câmera será ajustado automaticamente conforme a
intensidade de luz, a fim de manter a velocidade do obturador igual ou maior do que
a velocidade mínima do obturador.

Obturador

Escolher a melhor velocidade do obturador depende muito do seu assunto. Se você


quiser fotografar uma cachoeira, por exemplo, é necessário ter uma velocidade de
obturação lenta. Assim, a água corrente não sairá embaçada.

Caso você queira congelar um assunto em sua imagem, use velocidades de


obturador mais rápidas. No entanto, para grande parte das situações, opte por
velocidades de obturação que sejam rápidas o suficiente para capturar imagens sem
apresentar vibração da câmera.

Diafragma

O diafragma é uma das ferramentas que ajuda no controle de quantidade de luz que
entra na sua câmera. Ele fica localizado na lente objetiva da câmera.

Distância focal e profundidade de campo

A distância focal mostra o ângulo de visão e a ampliação de uma imagem. Assim,


quanto maior a distância focal, maior a ampliação e menor o ângulo de visão.

Uma câmera só pode focar a lente em apenas um ponto. No entanto, existe uma
área que se estende na frente e atrás desse ponto, a fim de deixar a sua imagem mais
nítida.

Esta zona é chamada de profundidade de campo. Ela não é uma distância fixa,
mudando de tamanho e podendo ser descrita como superficial ou profunda.

04 - O que é fotometria e como fotometrar?

Toda câmera fotográfica possui um mecanismo interno responsável por medir a


quantidade de luz a entrar na fotografia. Isso de acordo com as configurações
selecionadas na câmera. Como resultado o fotômetro faz esta medição te avisando

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se a sua fotografia ficará subexposta (escura), superexposta (clara) ou com a
exposição correta (nem estourada nem escurecida).

Mesmo que ainda não tenha utilizado o fotômetro da sua câmera, talvez você já o
tenha visto. Ele é quase representado por uma régua que vai do -3 até o +3.

Dependendo da marca do seu equipamento, o fotômetro pode aparecer invertido ou


representado de uma maneira diferente. De qualquer forma uma coisa sempre será
padrão, a parte central da régua indicará que sua fotografia está bem exposta.

Na fotografia acima é possível ver que quando o fotômetro aponta para o lado
negativo a foto tende a ficar mais escura. Comparativamente, na fotografia onde o
fotômetro está marcando mais para o lado positivo temos uma foto muito clara. No
exemplo do meio, a fotometria marca o “zero” no meio da régua, consequentemente
indicando uma exposição equilibrada entre claros e escuros.

O fotômetro é uma referência, e não uma regra imutável

Não quer dizer que é errado fazer uma fotografia com o fotômetro fora do zero da
régua. Ele é sobretudo uma ferramenta que nos indica a quantidade de luz presente
na fotografia.

Por exemplo, nesta fotografia o fotômetro apontava para o lado mais escuro da
régua, porque a foto é escura por natureza.

É normal que numa foto onde se deseja acentuar as sombras e áreas mais escuras o
fotômetro aponte para o lado mais escuro da régua, como no exemplo acima.Se o
fotômetro fosse configurado para o “zero”, certamente teríamos uma fotografia
diferente. Sem as sombras sobre o corpo da modelo e com áreas mais estouradas.

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AULA 02-
COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

Aprendendo os princípios da fotografia

Conheça alguns princípios práticos que vão servir de base para a sua introdução à
fotografia.

Composição
Existem várias regras de composição na fotografia, todas elas possuem o objetivo de
tornar a imagem mais atrativa aos olhos do público, dando destaque ao objeto
principal da foto.

Uma das mais famosas é a regra dos terços. Na regra dos terços, o objetivo é que o
motivo principal da sua foto fique no sentido de leitura, no lado direito, para que ele
gere um impacto no espectador primeiramente.

Foco e nitidez
Ao contrário do que geralmente acontece com as câmeras compactas ou de celular,
em que a foto inteira fica focada, com as objetivas mais claras, você poderá gerar
desfoques na sua imagem.

Você pode usar isso de maneira artística, com mais foco e nitidez no que você quer
dar destaque. Por outro lado, você pode aumentar essa abertura para deixar a
imagem inteira focada.

Iluminação
Você pode usar diversos tipos de iluminações nas suas fotografias. Luz natural,
principalmente em dias ensolarados ou durante a hora dourada. Luz artificial, com
flashes ou lâmpadas.

A iluminação da sua imagem pode fazer toda a diferença no sentimento que você
quer passar com o seu registro. Por exemplo, luzes mais difusas e naturais, costumam
passar um tom mais natural à fotografia.

Olhar artístico: O que é e como desenvolver

O olhar artístico é conseguir transformar uma cena comum em arte. Ver coisas normais
sob outro ângulo ou até mostrar o que não pode ser visto.

A arte na fotografia pode ser toda e qualquer imagem que nos faça sentir alguma
coisa.

Você pode colocar dez fotógrafos no mesmo ambiente e, mesmo assim, cada um
deles fotografará o local de formas diferentes.

O melhor jeito de adquirir esse olhar artístico é sair com a sua câmera e procurar uma
cena que te faça sentir alguma coisa e fazer um registro disso.

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Às vezes você pode fazer isso mudando o ângulo, mais longe ou mais perto. O mais
importante é praticar. E, se você sentir que não está conseguindo, busque referências.
Veja o trabalho de outros fotógrafos e se inspire.

Antes de conhecer qualquer regra de composição ou enquadramento, é


importante saber o que cada denominação significa e como fazer bom uso
delas.

Composição

Composição é a união de todo o conjunto de decisões que você toma para


formar a foto. "Que tipo de lente eu uso e para qual finalidade? Quais
elementos ficam e quais saem da cena? Quais vão ficar em evidência e quais
não vão? Uso flash ou não? Deixo o fundo borrado ou aparente? Em qual
parte da cena eu posiciono o assunto principal?" Ao tomar estas e várias
outras decisões, você está compondo a foto. Uma boa composição está
diretamente ligada a um bom enquadramento.

Enquadramento

Enquadramento é o posicionamento dos elementos que você faz na cena a


ser fotografada. "Uso a câmera na orientação Paisagem (horizontal) ou
Retrato (vertical)? Me posiciono mais pra direita ou mais pra esquerda?
Posiciono a câmera em um ângulo mais alto, igual, ou mais baixo em relação
ao assunto principal? Fecho mais o ângulo (distâncias focais maiores) ou abro
mais (distâncias focais menores)?" Ao fazer estas e outras escolhas do gênero,
você estáenquadrando a foto.

Pensando Fotograficamente

A princípio pode parecer difícil fazer várias escolhas e tomar tantas decisões
rapidamente, para produzir cada foto. Mas até que o seu cérebro aprenda a
"pensar fotograficamente", é assim mesmo: demora. Quando tiver bastante
tempo livre, escolha um assunto para fotografar (de preferência algo estático,
como uma flor, pois as pessoas normalmente se cansam com testes
demorados) e concentre-se apenas nele.

Gaste pelo menos uns 30 minutos para pensar e fotografar as dezenas de


resultados diferentes que você pode conseguir do mesmo assunto, fazendo
pequenas variações de enquadramento e composição em cada foto. Depois,
com todas as fotos feitas já descarregadas no computador, tire mais uns 30
minutos para analisá-las detalhadamente, uma por uma.

Veja o que ficou bom e o que não ficou. Pense no que pode ser usado em
outras situações similares e no que deve ser evitado. Permita-se autocriticar,

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para avaliar onde acertou e onde errou na composição e no enquadramento
de cada foto. Faça esse exercício várias e várias vezes, se focando em um
assunto diferente cada vez que for fazer.

Tirando 1 hora por dia para todo o processo e repetindo o ciclo pelo menos
umas 3 vezes por semana, em poucos meses você vai adquirir um
"pensamento fotográfico" extremamente rápido. O que antes levava 10
minutos para pensar e fazer as melhores escolhas, após esse treinamento,
provavelmente você não vai levar mais do que alguns poucos segundos.

Agora vamos conhecer algumas regras que ajudam bastante nas nossas
decisões.

O Horizonte

Horizonte é a linha divisória horizontal que separa o céu do solo ou do mar.


Uma paisagem bem composta sempre tem a linha do horizonte
completamente reta (ângulo de 0º do início ao fim). Por menor que seja a
angulação, se não estiver completamente reta, ela transmite ao observador a
desagradável sensação de "estar caindo" para o lado mais baixo da linha.

Observe na imagem comparativa abaixo como uma pequena angulação de


3º desta linha, já destrói completamente a harmonia da composição na
paisagem:

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Embora seja possível consertar um horizonte torto facilmente com programas
de edição, procure sempre já fazer a foto com a linha completamente reta
diretamente na câmera, pois consertá-lo geralmente implica na eliminação
de uma parte da imagem. Inclusive, algumas câmeras já vem com a função
"Horizonte Virtual", a qual é muito útil para se certificar que a linha não vai ficar
torta.

Regra dos Terços

A Regra dos Terços consiste em traçar duas linhas imaginárias horizontais e


duas verticais sobre a foto, de modos que elas se cruzem. Com as linhas
cruzadas, a foto é dividida em 3 partes (terços) horizontais e 3 verticais, o que
resulta em 9 quadradinhos iguais (3 x 3 = 9). Daí o nome Regra dos Terços, pois
as linhas geram divisões na foto em terços horizontais e verticais. Confira o
processo de divisão na imagem animada logo acima.

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Felizmente, estas linhas podem deixar de ser imaginárias e se tornarem reais. A
maioria das câmeras atuais oferece a opção de ativar e desativar as linhas
guia da Regra dos Terços. Nas câmeras com o sistema em Português,
geralmente este recurso é chamado de "grelha de enquadramento", "grade
de enquadramento", "melhor enquadramento", "linha grelha", "guias", ou algo
do tipo. Consulte o manual de instruções da sua câmera para saber como
ativar.

As linhas horizontais, tanto a inferior quanto a superior, podem ser usadas como
guia de posicionamento do horizonte no enquadramento. Ao contrário do
que muita gente pensa, nem sempre posicioná-lo no extremo centro do
enquadramento garante a melhor composição.

A regra geral de posicionamento do horizonte é a seguinte: se o céu estiver


mais interessante do que o solo/mar, posicione-o na linha horizontal inferior. Já
se o solo/mar estiver mais interessante do que o céu, posicione-o na linha
horizontal superior. Dessa maneira você dará um maior destaque para a parte
mais interessante da paisagem.

Na foto acima, por exemplo, o céu estava com nuvens bonitas e cheias de
detalhes. Já a parte do solo continha apenas um vasto campo verde com
tonalidades e texturas homogêneas em toda a sua imensidão. Nesse caso,
optei por dar prioridade ao céu, posicionando o horizonte na linha inferior, de
acordo com a grade da Regra dos Terços.

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Já nessa outra foto, o céu estava com poucas nuvens, quase completamente
limpo. Ou seja, bastante sem graça. Não seria nada interessante dar
prioridade à ele nesse caso, sendo que logo abaixo haviam detalhes muito
mais interessantes: belas rochas com diferentes tamanhos e texturas, além da
água do mar com outros detalhes formados pela espuma. Nesse caso, optei
por dar prioridade ao mar, posicionando o horizonte na linha superior.

Se o céu e o solo/mar forem igualmente interessantes, ou mesmo igualmente

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"tediosos" (com poucos detalhes chamativos em ambos, como é caso da foto
acima), nesse caso a regra pode ser quebrada, podendo posicionar o
horizonte bem no centro do enquadramento.

Lembrando que as linhas horizontais não são somente úteis como guias para o
posicionamento do horizonte, mas para qualquer linha horizontal
aparente que se pretenda manter completamente reta na foto.

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As linhas verticais também podem ser usadas como guias no enquadramento.
Experimente utilizá-las para garantir a retidão de assuntos maiores
verticalmente do que horizontalmente, como prédios, casas, torres, portas, etc.

Pontos de Ouro

Os 4 lugares onde as linhas horizontais se cruzam com as verticais, são


chamados Pontos de Ouro. Os Pontos de Ouro representam as áreas de maior
interesse na foto para o observador. Você já vai entender porque.

Como foi a sua ordem de "leitura" da imagem acima? Por acaso foi assim?

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Primeiro você fitou muito rapidamente (apenas alguns milissegundos) o
quadradinho preto no centro da imagem, pois a tendência do nosso
cérebro é sempre usar o centro da imagem como "ponto de referência", para
definir a próxima direção pra onde olhar. Depois, provavelmente você foi
seguindo o olhar conforme mostram as setas na imagem acima. Correto?

Se eu acertei, saiba que não é nenhuma mágica ou pegadinha, são apenas


padrões cognitivo-comportamentais que os seres humanos tem em
comum. Cerca de 98% dos ocidentais que sabem ler, seguem exatamente o
mesmo caminho como ordem de leitura. Os 2% restantes correspondem a
pessoas que, por alguma razão, possuem padrões cerebrais diferentes do
comum.

Desde crianças, quando aprendemos a ler, seguimos pelo resto da vida esta
mesma ordem de leitura: da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Porém, como eu disse antes, a primeira tendência do nosso cérebro é usar
rapidamente o centro das coisas como ponto inicial de referência de direção,
para depois seguir a ordem padrão de leitura/observação. Este conflito
acontece especialmente em nossa "leitura" de imagens.

Com este conflito de tendências agindo em conjunto no nosso cérebro, a


observação de imagens geralmente acontece da seguinte maneira: primeiro
usamos o centro dela como ponto de referência rápida de direção. Depois,
com a referência devidamente assimilada, nosso olhar sai do centro e vai se
conduzindo na direção Noroeste, até se deparar com uma informação
relevante.

Por que Noroeste? Simples. Como eu disse, a nossa ordem de leitura é da


esquerda para a direita e de cima para baixo. Sendo assim, o ponto inicial de
leitura esperado, é sempre o canto superior-esquerdo.

Esquerda (Oeste) + cima (Norte) = superior-esquerdo (Noroeste).

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Continuando o exemplo baseado na "leitura" da imagem com o quadradinho
preto e as palavras: após tirar os olhos do centro (quadradinho preto), seu
olhar foi se movendo na direção Noroeste. Só que antes de chegar ao
ponto inicial de leitura esperado (canto superior-esquerdo), uma informação
relevante foi encontrada (a palavra "VOCÊ"). Seu olhar parou, se concentrou
na informação e tentou absorvê-la. Então, seu cérebro começou a processá-
la.

Após processar e compreender esta informação, seu cérebro "ordenou" aos


seus olhos que não continuassem na direção Noroeste à partir daí, mas sim
Leste (direita). Quando você processa a primeira informação relevante
compreensível, seu cérebro atribui a ela o ponto inicial de leitura.

Então, a ordem seguinte não é mais conduzir o olhar para o ponto inicial
esperado (canto superior-esquerdo), mas sim seguir na próxima direção da
ordem de leitura (direita), uma vez que o ponto inicial foi encontrando antes
do esperado.

Seguindo a ordem, o olhar se conduz para a direita e localiza a próxima


informação relevante (a palavra "LEU"). Em seguida, o olhar se conduz na
direção Sudoeste e se depara com a próxima informação relevante (a
palavra "NESTA"). Depois, o olhar se conduz novamente para a direita e
localiza a última informação relevante (a palavra "ORDEM").

As palavras "VOCÊ", "LEU", "NESTA" e "ORDEM" foram os 4 pontos de maior


concentração do seu olhar na imagem, e consequentemente os de maior
interesse para o seu cérebro. Só após processar as informações destes pontos
que o seu olhar se desviou para as outras partes da foto, como os cantos
contendo a frase "Só depois você leu aqui".

Agora, você sabe dizer em que parte da imagem estavam posicionadas as 4


palavras na qual o seu olhar mais se concentrou?

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Se respondeu nos Pontos de Ouro, bingo! Você acertou! Por isso que os
4 Pontos de Ouro são áreas de referência tão importantes na foto para o
observador: elas atraem muito mais atenção do que qualquer outra. O
exemplo que eu dei foi com 4 palavras, para poder ilustrar melhor como
funciona o conflito entre o nosso método de localização de direção e o nosso
sentido de leitura, mas o posicionamento de partes de maior destaque nos
Pontos de Ouro funciona igualmente bem para imagens que não contém
palavras.

Se você não entendeu completamente, ou mesmo não entendeu


absolutamente nada desta parte científica, não se preocupe. Só achei
interessante explicá-la detalhadamente para os mais curiosos (assim como
eu), que além de gostarem de saber como as coisas
funcionam, também querem saber o porquê delas funcionarem de
determinada maneira. Se você apenas lembrar que é interessante posicionar
nos Pontos de Ouro as partes da cena onde quer se dar maior atenção, já é o
suficiente.

Não é necessário usar sempre todos os 4 Pontos de Ouro. Geralmente, usando


apenas 1 deles para posicionar a área mais importante da foto, já é o
suficiente para melhorar bastante a composição. Vamos a um exemplo
prático.

Que atire a primeira pedra quem já não teve (ou provavelmente ainda tem,
até agora) a séria tendência de sempre posicionar o retratado no centro do
enquadramento.

Certo, não é algo completamente errado. Em algumas situações até cai bem,
mas repetir o mesmo enquadramento em todo santo retrato que se faz
(especialmente os que são feitos na orientação Paisagem), os faz parecer um
pouco cansativos, não acha?

Como você deve saber, os olhos são a parte mais chamativa do retratado.
Portanto, olhos e Pontos de Ouro é uma combinação perfeita para

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enquadramento em retratos.

Observe como uma simples mudança de enquadramento no retrato anterior,


posicionando o olho da retratada em um Ponto de Ouro, faz toda a diferença.
Antes a foto parecia cansativa, muito comum, mas agora ficou muito mais
interessante!

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Na orientação Retrato (vertical), a Regra dos Terços e os Pontos de Ouro são
igualmente válidos.

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Até mesmo as fotos mais simples podem se tornar interessantes, posicionando
um ou mais Pontos de Ouro em lugares estratégicos.

Vamos agora a mais algumas dicas rápidas de composição.

Contraste e Destaque

Não é confuso quando você observa uma foto e não consegue entender
exatamente o que o fotógrafo quis mostrar? Então, este é exatamente o caso
da foto à esquerda. São várias folhas e galhos emaranhados, com
pouquíssimo contraste entre cada elemento disposto na foto. Além disso, não
há ênfase em nada de especial. Não tem como definir qual elemento é o
assunto principal da foto.

Se a ideia principal da foto é mostrar folhas, por exemplo, por que não mostrar
mais detalhes deste assunto em específico? Na foto à direta há destaque total
para o assunto principal pretendido: uma folha. Além disso, podemos observar

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que há muito mais contraste entre luz e sombras e entre assunto principal e
fundo.

Em suma, sempre dê destaque ao assunto principal nas suas fotos. Faça ele
contrastar com o fundo. Deixe claro pro observador qual elemento é "a
estrela" da foto!

Espaço Negativo

Resumidamente, podemos dizer que Espaço Negativo é a área da foto com


pouca ou nenhuma informação, como um fundo homogêneo suave ou de
uma única cor. Enquanto o contrário, Espaço Positivo, são os elementos que
ficam em total evidência. Fotos com bastante espaço negativo geralmente
ficam ótimas com um único elemento presente (como é o caso das duas fotos
acima). Este tipo de composição aliada a Regra dos Terços e os Pontos de
Ouro sempre rende fotos maravilhosas!

Linhas Guia

Como o próprio nome sugere, linhas guia são as linhas aparentes na cena, as
quais servem como guias para conduzir o olhar do observador para o assunto
principal da foto. Linhas são facilmente encontradas em várias coisas, como
fios, paredes, pisos e nos mais diversos objetos. Use-as a seu favor, de modos
que elas aparentem estar apontando para o assunto principal.

Perspectiva

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A perspectiva nos dá a sensação de estar "andando" pela foto, pois conduz o
olhar do observador do início da foto até o ponto de fuga, onde todas as
linhas convergem. Ela também nos transmite uma sensação de equilíbrio e
ordem, como se tudo estivesse em seu devido lugar.

Texturas

Mesmo coisas aparentemente desinteressantes, como cascalho ou tábuas de


madeira, podem render boas fotos de suas respectivas texturas. A textura nos
mostra o aspecto, a forma e o tamanho de uma superfície. Para deixar as
texturas mais destacadas, procure usar uma iluminação mais dura, assim as
sombras ficarão marcadas, dando uma aparência mais tridimensional.

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Agora que você conhece algumas regras artísticas da fotografia, use e abuse
delas! Porém, não esqueça da regra principal, que se sobrepõe a todas as
outras: conheça as regras, para saber como e quando se deve quebrá-las. É
verdade que estas regras geralmente ajudam a melhorar a composição de
grande parte das fotografias, mas não de todas. Se sentir que a sua foto pode
ficar melhor sem fazer uso delas, então não use! Siga as regras, sim, mas acima
de tudo, priorize o seu "feeling" do momento.

Proporção Áurea
Essa regra de composição, como dissemos, é muito adotada por artistas, arquitetos,
designers e também por fotógrafos. Tais profissionais compreenderam que essa é uma
interessante maneira de acessar o subconsciente humano e atrair sua atenção, pois
são formas e imagens que naturalmente nos atraem.

Veja, a seguir, duas fotografias com a sobreposição da grade.

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Essa forma, chamada de “espiral dourada”.

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Na fotografia, ela serve para identificar o assunto principal da imagem. Além disso, ela
direciona o olhar do observador por toda imagem de maneira fluída e, mais
importante, sem parecer superficial.

Você deve estar se perguntando: “Como eu vou utilizar a proporção áurea para
fotografar?”

Bem, no momento em que você registrar sua fotografia, não terá uma grade como a
mostrada acima. Dessa forma, você terá que usar o seu olhar para fazer a
composição e aplicar essa divisão.

É importante lembrar, também, que você pode girar a espiral para a direção que
você desejar, levando em consideração o ponto principal a ser focado. Assim, você
vai conseguir uma fluidez melhor para a imagem.

FONTES VISUAIS

Semiótica e Fotografia

A semiótica encontra terreno fértil nas discussões a cerca do estatuto


ontológico da fotografia, a saber, a relação e a natureza dos elementos
constitutivos do ato fotográfico. De sua característica física, química e ótica a
fotografia é problematizada como objeto passível de compreensão de
significado em termos de comunicação e sentido atribuído. Para tal intento a
fotografia é desconstruída, a partir dos elementos que constituem a sua
existência material. A fotografia seria apenas um objeto visual pelo qual é
possível trabalhar as categorias semióticas de compreensão da realidade, a
teoria de classificação do signo.

A base teórica mais utilizada, oriunda dos estudos de C. S. Peirce, é a


tricotomia do signo em ícone, índice e símbolo. Nos estudos de autores como
Roland Barthes, Philippe Dubois, Jean-Marie Schaeffer e Rosalind Krauss essas
categorizações são elementos centrais no processo de comunicação
engendrado pela fotografia, seja no nível de sua emissão quanto no de sua
recepção. Segundo Santaella essa é, particularmente, a contribuição da
semiótica mais importante em relação aos estudos sobre fotografia, ou seja,
explorar os limites da fotografia em si mesma e sua relação com o referente.

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AULA 03-
LUZ NA FOTOGRAFIA

Exposição

A exposição de uma fotografia é a quantidade de luz que chega ao sensor da


câmera.

Ajustar a exposição faz com que a nossa foto seja mais clara ou mais escura de
modo geral, e esse ajuste é feito através do ISO, abertura do diafragma e velocidade
do obturador.

A maneira que nós podemos ‘enxergar’ a exposição da forma que a nossa câmera
também enxerga é através do histograma.

Esse histograma é a representação dos valores tonais na imagem.

Traduzindo para o português quer dizer que é a quantidade de tons encontrados na


imagem, que se encontram do preto absoluto (0% luminosidade) até o branco
absoluto (100% luminosidade).

Tipos de Luz

Depois de você entender sobre exposição e como capturar o máximo de


informação na sua câmera, precisamos nos atentar nos tipos de luz que existem e
como eles afetam diretamente o humor da foto.

Existem 4 qualidades de luz, ela pode ser dura ou suave e direta ou difusa. O tipo de
luz tem a ver com o tamanho da fonte luminosa, quanto maior essa fonte em relação
ao objeto, mais suave ela vai ser.

As características da luz dura é que ela tem sombras bem escuras e definidas, e
também mostra todos os detalhes da superfície.

Agora essa luz do sol também pode ser difusa, caso o dia esteja nublado. As nuvens
atuam como grandes difusores, filtrando toda aquela luz intensa do sol e deixando
ela suave.

E o que essa luz suave faz na nossa fotografia? Como o próprio nome diz, deixa tudo
mais suave obviamente…

Direção

Também é importante prestarmos atenção na direção que essa luz está vindo
quando você está fotografando.

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Estar atento do ângulo de incidência solar vai permitir que você se posicione de
acordo para chegar no resultado desejado.

Com a direção da luz, você pode transformar uma foto média em excelente, mas
também pode transformar uma boa foto em uma ruim.

Portanto você deve estar sempre atento em que direção essa luz está vindo.

Luz frontal é quando o objeto está de frente para a luz, normalmente isso gera uma
imagem iluminada de forma mais uniforme, com poucas sombras.

São as situações mais fáceis de fotografar, porquê você não precisa se preocupar
muito com as sombras, mas esse resultado tende a ser menos dramático, e pode
muitas vezes resultar em uma foto sem profundidade.

Luz lateral, sim você adivinhou, é quando essa luz está na lateral do nosso objeto. Por
conta disso, agora temos na nossa foto um jogo de luz e sombras, que acaba
gerando muito mais profundidade na nossa fotografia.

Esse tipo de luz é muito usado por todos os tipos de fotógrafos, mas principalmente de
retratos e paisagens.

Nos sobrou a contraluz, que é uma situação com muito contraste, e a nossa câmera
não consegue captar toda essa variação de luminosidade que se tem na foto

Esse tipo de fotografia é bem utilizado em fotografias de paisagem por também dar
um ar dramático e interessante para a foto.

Com contraluz, você também consegue efeitos divertidos como silhuetas ou raios de
sol.

Cor

Existem dois tipos de cor de luz, a quente e a fria, e ela varia de acordo com a hora
do dia.

O humor que você passa com a foto é em grande parte afetado pelo cor da luz,
tons mais quentes tendem a ser mais aconchegantes e vibrantes enquanto tons frios
tendem a ser mais melancólicos e calmos.

Tons frios se dão predominantemente quando o sol não está presente e à medida
que o sol vai nascendo, as cores vão ficando mais quentes.

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