Você está na página 1de 41

CAPÍTULO 7

Revestimentos Asfálticos (continuação)

Disciplina: Pavimentação
EEC-UFG
Profa. Lilian Rezende
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 SMA:
– Deve apresentar um esqueleto pétreo com contato
entre os grãos do agregado graúdo;
– Deve-se manter vazios com ar para que a mistura não
exude e possa sofrer ainda compactação adicional
pelo tráfego;

 Gmb   Gsb g G w Gs 


VCAMIX  100    PCA  VCADRC   100
G   G G 
 sb g   sb g w 
VCAMIX  VCADRC
2 DOSAGEM (cont.)
2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)
 SMA (cont.):
– VCADRC = vazios da fração graúda do agregado
compactado (%);
– VCAMIX = vazios da fração graúda do agregado na
mistura compactada (%);
– Gs = massa esp. da fração graúda do agregado seco
compactado (kg/dm3);
– Gw = massa esp. da água (998 kg/dm3);
– Gsb-g = massa esp. aparente da fração graúda do
agregado (g/cm3);
– Gmb = massa esp. aparente da mistura compactada;
– PCA = % fração graúda no total.
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 SMA (cont.):
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 CPA:
– Dosagem Marshall com 50 golpes de cada lado;
– Vv = 18 a 25%;
– Resistência à desagregação (ensaio Cântabro);
– DNER – ES 386/99.
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 PMF:
– DNER – ME 107/94;
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 PMF (cont.):
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 PMF (cont.):
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 PMF (cont.):
– p = teor de asfalto residual;
– k = módulo de riqueza (entre 3,2 a 4,5);
– p’= teor de asfalto;
– p’EA = teor de emulsão asfáltica;
– t = teor percentual em massa de asfalto na emulsão.

p  k   0,2 100  p 100  p'


p'  p'EA 
100  p t
2 DOSAGEM (cont.)

2.1 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS (cont.)


 PMF (cont.):
– Procede-se a dosagem Marshall;
– Determina-se parâmetros volumétricos e mecânicos;
– Santana (1193)  teor de projeto final para a maior
massa específica aparente.
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO

2.2.1 Reciclagem a quente

 Métodos:
– Asphalt Institute (1995): MARQ;

– Castro Neto (2000);

– Superpave.
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.1 Reciclagem a quente (cont.)
Asphalt Institute (cont.):
 Determinação da composição do material
reciclado:
– Granulometria do agregado do fresado;
– Teor e viscosidade do asfalto existente;
– Mistura do agregado reciclado e do agregado novo
(faixas granulométricas, Los Angeles e EA).
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.1 Reciclagem a quente (cont.)
Asphalt Institute (cont.):
 Estimativa da quantidade de ligante (envelhecido
+ novo): P  0,035a  0,045b  k  c  F
l
– Pl = demanda de ligante (% em massa da mistura);
– a = % de agregado mineral retido na pen. 2,36 mm;
– b = % de agregado mineral entre 2,36 mm e 0,075 mm;
– c = % de agregado mineral menor que 0,075 mm;
– k = constante função de c;
– F = fator de absorção (entre 0 e 2%).
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.1 Reciclagem a quente (cont.)
Asphalt Institute (cont.):
 Estimativa da quantidade de ligante novo:



100  rP P 100  r P
2

lf

100100  P  100  P
lt lt
Pln
lf lf

– Pln = % de ligante novo (CAP novo + AR);


– r = % de agregado novo em relação ao total;
– Plt = teor de ligante (envelhecido + novo);
– Plf = teor de ligante do material fresado.
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.1 Reciclagem a quente (cont.)
Asphalt Institute (cont.):
 Seleção da consistência ligante novo:
100 Pln
R
Plt
– Gráfico viscosidade x % de ligante novo:
 Ponto A: viscosidade do asfalto reciclado;
 Ponto B: viscosidade a ser alcançada para o teor R;
 Ponto C: liga-se A e B e determina-se a interseção com o
eixo  este é o valor da viscosidade para o ligante novo.
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.1 Reciclagem a quente (cont.)

A
B
C
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.1 Reciclagem a quente (cont.)
Asphalt Institute (cont.):
 Realiza-se a dosagem Marshall;
 Teor de projeto  Vv = 4%.
Castro Neto:
 MARQ + ensaios mecânicos (MR ou RT).
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.2 Reciclagem a frio
 Analisa-se a evolução da penetração do material
betuminoso rejuvenescido (PINTO et al.,1994);
 Conhecida a composição do CAP envelhecido por meio
de análise química, a meta é obter um CAP
rejuvenescido;
 Dimensiona-se os componentes da fração maltênica a
ser incorporada à emulsão rejuvenescedora para levar o
CAP velho à composição que se deseja;
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.2 Reciclagem a frio (cont.)
 Após a adição do óleo rejuvenescedor, já na forma
emulsionada, ao CAP velho, pretende-se obter um CAP
de composição semelhante a um CAP novo
(experimentam–se várias ARE até se obter a penetração
pretendida);
 Método Marshall adaptado para misturas a frio, onde a
compactação é feita de forma estática, em moldes
especiais que permitem a drenagem do CP e uma
prensa estática, pressão de 135 kg/cm².
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.3 Asfalto Espuma
 Em laboratório:
– Caracterização do asfalto que será espumado;
– Determinação das propriedades da espuma de
asfalto;
– Caracterização do material fresado.
 Através de compactação Proctor determina-se a
quantidade de água a ser adicionada ao material
fresado;
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.3 Asfalto Espuma (cont.)
 Moldam-se a seguir corpos-de-prova Marshall
com teores variados de espuma de asfalto e
cimento;
 Como principal parâmetro definidor dos teores
adequados de asfalto e cimento à mistura, foi
escolhida a resistência à tração por compressão
diametral (LUCAS et al., 2000; WIRTGEN, 1998;
e DNER-ES 405/2000);
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.3 Asfalto Espuma (cont.)
 RT = (2F /  DH) seca e saturada
(DNER-ME 138/94);
 Saturação: o CP é colocado em uma câmara de
vácuo, do tipo campânula fechada, com água,
que cria uma pressão de aproximadamente 1,50
kgf/cm2 a 250C, durante o período de uma hora;
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)

2.2.3 Asfalto Espuma (cont.)

 DNER - ES-405/2000:
– 2,5 kgf/cm2 para valores de resistência à tração por
compressão diametral seca;

– 1,5 kgf/cm2 para valores de resistência à tração por


compressão diametral saturada a 250C.
2 DOSAGEM (cont.)

2.2 DOSAGEM DE RECICLADO (cont.)


2.2.3 Asfalto Espuma (cont.)
 Valor mínimo de 50% de resistência
remanescente a 250C, também chamada de
relação das resistências:

RTsaturado
R(%) 
RTsec o
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS


 Vários tipos de dosagens:
– Tabelas empíricas;
– Determinação analítica completa.
 Parâmetro mais importante  tamanho médio
do agregado;
 Método direto de dosagem:
– Dosagem direta dos agregados: usa-se uma placa de
área conhecida (tábua de ensaio);
– Dosagem direta do ligante: usa-se o simulador de
tráfego acelerado ou fórmulas empíricas.
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Procedimentos de Dosagem do Agregado:
– Determinação do tamanho nominal do agregado;
– Recomenda-se o método direto: Caixa Dosadora;
– Vantagens do método: maior rapidez e o fato da
forma do agregado se manifestar diretamente no
resultado;

 l  MDM  1  0 ,40 Vs  M g
A 2  
m  Ma
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Procedimentos de Dosagem do Agregado (cont.):
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Procedimentos de Dosagem do Agregado (cont.):

– MDM = média da menor dimensão, em mm.


– Vs = razão de vazios no agregado solto.
– Mg = massa específica efetiva dos grãos, em g/cm³.
– Ma = massa específica aparente do agregado solto, em g/cm³
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Procedimentos de Dosagem do Ligante:
– Taxa de ligante residual: é função do tamanho do agregado:

 Fa 
LR  VC  MDM  Fe   1  S
 100 
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Procedimentos de Dosagem do Ligante (cont.):
– LR = taxa de ligante residual, no estado frio, em l/m².
– Vc = razão de vazios no agregado, após consolidação.
– MDM = média “efetiva” da dimensão menor do agregado, em mm
(é, de fato, a espessura acabada do tratamento).
– Fe = fator de enchimento.
– Fa = fator de correção em função da natureza do agregado e do
ambiente, em %.
– S = correção em função da natureza do substrato (ver adiante),
em l/m².
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Outros métodos:
Método de Vogt (Linckelhey)
 Agregado: Vt = 1,12 Dx l/m² (incluindo taxa de perda = Vr = 0,07Dx )
 sendo Dx o diâmetro médio = (D90 + d10)/2, em mm

 Ligante: L = 0,45 + 0,057 Dx l/m² (taxa básica)

Método do Asphalt Institute:


 Agregado de graduação estreita: fórmulas já apresentadas;
 Agregado “bem” graduado: substitui o MDM pelo módulo de
espalhamento
2 DOSAGEM (cont.)

2.3 DOSAGEM DE TRATAMENTOS (cont.)


 Outros métodos (cont.):
Método LPC:
 Agregado: Vm = 0,8 Dm + 1,5 l/m² (incluindo taxa de perda)
 sendo o diâmetro médio: Dm = (D + d)/2, em mm

 Ligante: VB = (Vm- 0,5)/12 l/m² (taxa básica)


2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO


 DNER-ES 389 (1999);
 Recomendações da International Slurry
Surfacing Association (ISSA);
 Ensaios especiais:
– Wet Track Abrasion Test (WTAT);
– Loades Wheel Test (LWT);
– Wet Stripping Teste (WST).
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 WTAT:
– Determina-se o teor de ligante mínimo;
– Simula as condições abrasivas (veículos freando e
fazendo curvas);
– Amostra em forma de disco ensaiada após passar um
período submersa em água e submetida à uma carga
abrasiva rotativa;
– Teor de ligante x perdas de massa padrões.
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 WTAT (cont.):
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 LWD:
– Teor de ligante máximo;
– Simulador de tráfego;
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 WST:
– Corpo de prova da mistura curada colocado na água
em ebulição;
– Verifica-se o quanto da superfície do agregado
continuou recoberto pelo asfalto;
– Valor mínimo aceitável: 90%.
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 Teste de coesão:
– Classificar o microrrevestimento por tempo de cura e
tempo de tráfego;
– Otimiza a quantidade de fíler utilizada na mistura.
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 Teste de Schulze-Breuer e Ruck:
– Checagem final de compatibilidade entre o asfalto e o
agregado de 0 a 2 mm;
– Compactação de um CP especial;
– Submerso em água  cálculo da absorção;
– Equipamento especial: CP dentro de tubo com água e
aplicação de 3.600 ciclos  perda de abrasão;
– CP em ebulição  coesão a alta temperatura ou
integridade;
– CP seco  adesão.
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)


 Teste de Schulze-Breuer e Ruck (cont.):
2 DOSAGEM (cont.)

2.4 DOSAGEM DE MICRORREVESTIMENTO(cont.)

Você também pode gostar