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Fichamento - A Origem Do
Capitalismo
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Instituto de Ensino Superior “ Presidente Tancredo de Almeida

Direito

Fichamento do Texto: “ A Origem do Capitalismo

Daniel Geraldo d
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Fichamento - A Origem Do
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1 - Introdução

& autora Ellen 'ood( visa com o seu livro a ori)em do capitalismo d
*ue o sistema capitalista não se ori)inou( como pre)ado por al)uns historiadores( c
condi+ão inata da sociedade( mas *ue devido a ,atores especiais( no tempo e espa+
capitalismo se desenvolveu. Desta ,orma a autora nos tr/s primeiros cap0tulos apon o
modelo mercantil e o seu le)ado( os de1ates marxistas so1re tal modelo mercantil no
terceiro cap0tulo as alternativas marxistas.

2 - O Modelo Mercantil e seu legado

Geralmente( temos a concep+ão 12sica de *ue o sur)imento dos

comerciantes e artesãos livres nas pe*uenas cidades medievais ,oi o )erme de uma
nova *ue( no decorrer de al)uns s-culos( su1stituiria o sistema ,eudal. &ssim( no ca as
classes não mais se relacionam pelo v0nculo da servidão( mas pela posse ou ca meios
de produ+ão e pela contrata+ão livre do tra1alho.

“& maneira mais comum de explicar a ori)em do capitalismo - pressu

desenvolvimento ,oi o resultado natural de pr2ticas humanas *uase
*uanto a pr3pria esp-cie( e *ue re*uereu apenas a elimina+ão de o1st2cu
*ue impediam sua materiali4a+ão. Essa modalidade de explica+ão( const
tem chamado de 5modelo mercantil6 do desenvolvimento econ7mico(
ar)umentar *ue ele ainda - o modelo dominante”. 9' D( #$$;( p2). #

Desta ,orma( o capitalismo - apenas o aprimoramento das t-cnicas c

=untamente com a evolu+ão tecnol3)ica e elimina+ão de o1st2culos *ue impe
desenvolvimento( assim ap3s a li1erta+ão pol0tica e cultural o capitalismo p
desenvolver.
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social *ue compreende as pessoas *ue não tra1alham 1ra+almente e possuem uma
econ7mica c7moda.

“ cidadão do 1ur)o ou 1ur)u/s -( por de,ini+ão( um morador da cidad não

costumava si)ni,icar outra coisa senão al)u-m sem status de n em1ora
tra1alhasse para viver( em )eral não su=ava as mãos e usava m do *ue o corpo
no tra1alho”. 9' D( #$$;( p2). #><.

"as a classe 1ur)uesa não era composta apenas de comerciantes(

mem1ros estavam m-dicos( advo)ados e outros. &ssim( não - o comerciante
1ur)uesa *ue ,oi o percursor do capitalismo( pois não ,oi com o capitalismo *u
lucro 9comprar 1arato e vender caro<( tal pr2tica sempre esteve inata no ser hum
sempre 1usca o1ter melhores resultados com o menor es,or+o( sendo tal re)ra(
anti)a *uanto o instinto de so1reviv/ncia.

“Fala8se com ,re*A/ncia( por exemplo( na transi+ão de uma economia 5n

uma economia monet2ria( ou at- na transi+ão entre produ+ão para uso
para troca. Bo entanto( se h2 uma )rande trans,orma+ão nessas
hist3ricas( não - na nature4a do com-rcio e dos mercados em si. & mu
antes( no *ue acontece com as ,or+as e institui+Ces ! pol0ticas( =ur0dicas
ideol3)icas( 1em como tecnol3)icas ! *ue impediram a evolu+ão
com-rcio e o amadurecimento dos mercados”. 9' D( #$$;( p2). # <

“Em outras palavras( o modelo mercantil não demonstrou nenhum reco

de imperativos *ue são espec0,icos do capitalismo( dos modos es
,uncionamento do mercado no capitalismo e de suas leis de movimento
as *uais( de modo sin)ular( o1ri)am as pessoas a entrarem no mercado e
produtores a produ4irem 5com e,ici/ncia6( aumentando a produtividade
! as leis da competi+ão( da maximi4a+ão do lucro e da acumula+ão
Decorre da0 *ue os adeptos desse modelo não viram necessidade de
rela+Ces sociais de propriedade espec0,icas e o modo espec0,ico de exp
determinam essas leis de movimento espec0,icas. Se)undo o modelo m
verdade( não havia nenhuma necessidade de explicar o sur)imento do
Ele presumiu *ue o capitalismo existiu( pelo menos so1 ,orma em1rion2
alvorecer da hist3ria( se não no pr3prio cerne da nature4a humana e da r
humana. Dada essa oportunidade( presumiu o modelo( as pessoas
portaram de acordo com as re)ras da racionalidade capitalista( visand
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Bo entanto tal concep+ão( ,oi alvo de in meros historiadores *ue op

tentar explicar a ori)em do capitalismo atrav-s do modelo demo)r2,ico *ue tinha
desenvolvimento econ7mico a certos ciclos aut7nomos de crescimento e
populacional.
Desta ,orma( Ellen 'ood 9#$$;( p2). # <( conclui *ue “ de um modo ou
portanto, seja por processos de urbanização e de comércio crescente, seja pelo
c clicos do crescimento demogr!"ico, a transição para o capitalismo, em to
e#plicações, "oi uma resposta $s leis universais e transit%ricas do mercado ”( *uais
leis da o,erta e da procura.
Hma cita+ão ,eita por Ellen 'ood( so1re o tra1alho de arl olanKi( sali
vida dos comerciantes at- a modernidade( não era motivada pelo lucro( pois )eralme
sociedades com mercado e de mercados( as rela+Ces eram mais a n0vel ,amiliar8
visando mais especi,icamente( a manuten+ão da sociedade.
Desta ,orma( a principal cr0tica ,eita por arl olanKi so1re a incl
homem para o mercado capitalista se)undo Ellen 'ood( - *uanto ao ,ato do ser hum
pr-8disposto para o com-rcio( visando assim em todas as suas atividades o lucro( ou
humano não tinha nas suas rela+Ces comerciais a ,inalidade exclusivamente econ7m
)eralmente inten+Ces voltadas mais para a reli)ião e *uestCes ,amiliares.

“ olanKi contestou diretamente os pressupostos de &dam Smith so1r

econ'mico6 e sua 5propensão (natural) a comerciar, permutar e trocar
*ue antes da -poca do pr3prio Smith( essa propensão nunca havia dese
papel preponderante *ue ele lhe atri1u0a( e s3 veio a re)ular a economi
depois. Luando existiam mercados nas sociedades pr-8mercado( e mesm
em *ue estes eram extensos e importantes( eles se mantinham como
su1alterno da vida econ7mica( dominada por outros princ0pios de com
econ7mico”. 9' D( #$$;( p2). >$<.

“Somente na moderna sociedade de mercado( se)undo olanKi( - *

motiva+ão econ7mica distinta( institui+Ces econ7micas distintas e rela+C
das rela+Ces não econ7micas. Misto *ue os seres humanos e a nature4a !
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tudo 9mat-ria8prima< e todos 9o ser humano e sua ,or+a de tra1alho< em elementos d a

um ,im comum a produ+ão mercantil.

“ tema principal da narrativa hist3rica de olanKi - a maneira como a

Industrial deu ori)em a uma sociedade de mercado ! a maneira c
sociedade mercantil( a inven+ão de m2*uinas complexas tornou necess2r
5a subst*ncia natural e &umana da sociedade em mercadoria 6. 5+
m! uinas comple#as são dispendiosas, elas não compensam, a me
produzam grandes uantidades de mercadorias6. ltimo e mais desa
na cria+ão das condi+Ces necess2rias ! isto -( na cria+ão da sociedade
ori)inalmente re*uerida pela produ+ão mecNnica complexa - a trans,
tra1alho num 5"ator6 da produ+ão mercantil.” 9' D( #$$;( p2). >#<.

“& evolu+ão Industrial ,oi 5meramente o começo6 de uma revolu+ão

radical6( *ue trans,ormou pro,undamente a sociedade( ao converter a hu
a nature4a em mercadorias. Essa trans,orma+ão( portanto ,oi o es,or+o d
tecnol3)ico. Em seu cerne estava 5um aper"eiçoamento uase mi
instrumentos de produção6( e( con*uanto tenha acarretado uma trans,
sociedade( ela ,oi( em si mesma( o au)e dos aper,ei+oamentos a
produtividade( tanto nas t-cnicas *uanto na or)ani4a+ão do uso da terr
no cerco de )randes propriedades particulares da In)laterra”. 9' D
>><.

or ,im( ca1e ressaltar *ue apesar do pensamento dominante existen

ori)em do capitalismo relacionando8o com a 1ur)uesia( Ellen 'ood a,irma *ue talv
marxista so1re o capitalismo possa apropriadamente de,inir a ori)em do capitalismo

“ s anti)os modelos do desenvolvimento capitalista ,oram uma mescla p

determinismo transit3rico e voluntarismo do 5livre6 mercado( na *ua
capitalista era uma lei natural imut2vel e o supra8sumo da escolha e d
humana. & ant0tese desses modelos seria uma concep+ão do mercado ca
reconhecesse plenamente seus imperativos e compulsCes( ao me
reconhecendo *ue esses pr3prios imperativos radicam8se não numa lei t
mas em rela+Ces sociais historicamente espec0,icas( constitu0das pela a+ã
su=eitas a mudan+as”. 9' D( #$$;( p2). > <.

2 - Debates Marxistas
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Ellen 'ood opta por apresentar as visCes mais modernas do marxism

capitalismo( destacando entre os principais pensadores aul SPee4K( "aurice D
Qilton( entre outros.

“ livro de Doo1 representou um )rande avan+o na compreensão d

epresentou um poderoso *uestionamento do anti)o modelo mercantil
em *ue situou as ori)ens do capitalismo( nas rela+Ces ,eudais pri
propriet2rios e camponeses. Romo outros tra1alhos dentro dessa trad
especi,icamente os escritos de .Q. Qilton( historiador da Europa me
an2lise a1alou os alicerces do anti)o modelo( contestando al)um
premissas 12sicas( em particular o pressupostos de *ue a ant0tese do ,eud
o teria dissolvido e dado ori)em ao capitalismo se encontraria nas c
com-rcio”. 9' D( #$$;( p2). > <.

principal ponto de de1ate apontado por Ellen 'ood( so1re os de1

SPee4K e Do11( era locali4ar em *ue momento e de onde partiu a primeira ec
capitalismo( das rela+Ces entre os senhores ,eudais e os camponeses ou da
comercial.

Desta ,orma Ellen 'ood( v/ o pensamento de SPee4K como compat0

modelo mercantil cl2ssico( sendo caracteri4ado como neo8smithiano( ao pas
pensamento de Do11 e Qilton atacam cate)oricamente este modelo.

“Do11 e Qilton( no de1ate *ue se se)uiu( enunciaram ar)umentos d

importNncia para demonstrar *ue não ,oi o com-rcio em si *ue
,eudalismo. Ba verdade( o com-rcio e as cidades não eram intr
anta)7nicos ao re)ime ,eudal. &o contr2rio( este ,oi dissolvido e o ca
materiali4ou por ,atores intr0nsecos s rela+Ces prim2rias do pr3prio ,eu
lutas de classes entre senhores e camponeses”. 9' D( #$$;( p2). > <.

“&s pressCes impostas pelos senhores aos camponeses para *ue estes tran
tra1alho excedente ,oram( se)undo ele su)eriu 9Qilton<( a causa
aper,ei+oamento das t-cnicas de produ+ão e a 1ase do crescimento d
mercantil simples. &o mesmo tempo( a resist/ncia dos camponeses a es
,oi de import%Nncia crucial para o processo de transi+ão para o capitalis
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“Bo entanto( ar)umentou SPee4K( o capitalismo não ,oi o resultado im

processo. & expansão do com-rcio ,oi su,iciente para dissolver o ,
introdu4ir uma ,ase transicional de 5 produção mercantil pré-capitalista
mesma era inst2vel( preparando o terreno para o capitalismo nos s-c
WMIII”. 9' D( #$$;( p2). >V<

utro marxista de importNncia citado por Ellen 'ood - o editor da

evieP da d-cada de ;V $( errK &nderson( para o *ual o ,undamento do ,eud
encontrava no poder dos senhores ,eudais( sendo *ue este poder em determinado
passou a ser exercido com exclusividade pela monar*uia e com isso dando
li1erta+ão dos camponeses e 1ur)ueses( os *uais puderam se desenvolver sem as o
impostas pelos senhores ,eudais.
Desta ,orma( volta8se ao mesmo *uestionamento so1re o modelo merc
se=a( se a evolu+ão e expansão do mercado são os alicerces da ori)em do capitalismo

“Decerto podemos di4er *ue o sistema de com-rcio europeu e o imperia

condi+Ces necess2rias do capitalismo( mas não podemos simplesmente p
o com-rcio e o capitalismo são uma mesmo coisa( ou *ue um se tran
outro por um simples processo de crescimento”. 9' D( #$$;( p2). V<

3 - Alternativas Marxistas

Bo Terceiro Rap0tulo do livro “ A Origem do Capitalismo ”( a autora El ainda

*uestiona o pensamento marxista( ale)ando o de1ate so1re a transi+ão do , para o
capitalismo( ainda deixou al)umas lacunas sem respostas.

“ *ue o de1ate so1re a transi+ão deixou sem explicar e sem a1ordar ,o

*ue circunstNncias os produtores passaram a ,icar su=eitos aos imp
mercado. Sempre se pareceu pressupor *ue o capitalismo sur)iu *u
retirados os o1st2culos reali4a+ão das oportunidades do mercado. or-
epis3dio no de1ate permanente entre os marxistas aceitou o desa,io do d
a transi+ão( no es,or+o de explicar a passa)em do ,eudalismo para o capi
identi,icar princ0pios capitalistas( retrospectivamente( nas sociedades pr-
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,eudalismo para o capitalismo. Bão havia capitalismo( nem mesmo

em1rion2ria( para desa,iar o ,eudalismo ! e isso se aplicava não apena pr-
8capitalistas de com-rcio( mas tam1-m pe*uena produ+ão mercanti #$$;(
p2). ;<.

“Xrenner tam1-m tomou como ponto de partida a tenacidade do

criticando outras descri+Ces da transi+ão por ne)li)enciarem 5 a l%gica
internas6 das economias pr- capitalistas( e por ,uncionarem como se
econ7micos viessem a adotar estrat-)ias capitalistas toda ve4 *ue lhes essa
oportunidade” 9' D( #$$;( p2). ;<.

Desta ,orma( de acordo com Ellen 'ood( o pensamento de Xrenner se di

SPee4K( por*ue este 1usca al)um impulso externo para a dissolu+ão do ,eudalismo
*ue Xrenner( Do11 e Qilton a,irmam *ue a dissolu+ão do ,eudalismo ,oi por um
interno.
Bo entanto( o pensamento de Xrenner ainda di,erenciava8se do de Do11
pelo ,ato de *ue ele 1uscava um impulso interno *ue não tivesse uma l3)ica pr-8
existente. &ssim( a dissolu+ão do ,eudalismo ocasionou di,erentes resultados 9capit
In)laterra e &1solutismo na Fran+a<.

“Ba In)laterra( uma propor+ão excepcionalmente )rande da terra

lati,undi2rios e era tra1alhada por arrendat2rios cu=as condi+Ces de po
assumiram( cada ve4 mais( a ,orma de arrendamentos pa)os em din
valores não erram ,ixados pela lei ou pelos costumes( mas respondiam
do mercado. oder8se8ia di4er at- *ue existia um mercado de arrenda
condi+Ces de posse eram tais *ue um n mero crescente de arrendat2rios
aos imperativos do mercado ! não oportunidade de produ4irem para
passarem de pe*uenos produtores a capitalistas( mas necessid
especiali4arem para o mercado e produ4irem de ,orma competitiva ! si
para )arantirem o acesso aos meios de su1sist/ncia”. 9' D( #$$;( p2)

Desta ,orma( en*uanto para Do11 e Qilton( o princ0pio atuante era a opo
para Xrenner a compulsão ou imperativo era a mola mestra para explicar a tra
,eudalismo para o capitalismo.
Rom isso Xrenner demonstrou a “via realmente revolucion!ria”
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com *uais*uer tra1alhadores assalariados *ue eles empre)assem( aos im

mercado”. 9' D( #$$;( p2). <.

&ssim( de acordo com Ellen 'ood( as cr0ticas ,eitas por Xrenner( eram
explica+Ces sempre possu0am al)um tipo de elemento pr-8capitalista( para se e
ori)em do capitalismo. Desta ,orma os seus cr0ticos( a)iram da mesma ,orma( rep
pressupostos pr-8capitalistas *ue Xrenner havia contestado.
De acordo com Ellen 'ood( Xrenner 1aseou sua ar)umenta+ão( no ,ato
sistema ,eudal a extorsão do excedente se dava por causa do poder pol0tico e econ7
senhores ,eudais( assim os camponeses *ue detinham a posse dos meios de produ
o1ri)ados a a1rir mão da parte excedente de seu tra1alho( so1 a ,orma de alu)u-is e
9propriedade politicamente constitu0da<. &o passo *ue no capitalismo( a extorsão do
- puramente econ7mica( o1tida atrav-s da troca de mercadorias( *ue o1ri)am os tra1
sem propriedade a venderem sua mão8de8o1ra( a ,im de o1terem acesso aos
produ+ão.

“Xrenner simplesmente pautou8se na di,eren+a ,undamental entre

apropria+ão capitalista( *ue depende do aumento da produtividade do t
causa dos imperativos da competi+ão e da maximi4a+ão do lucro ! e *u
incentiva o aper,ei+oamento das ,or+as produtivas 8( e os modos de apro
capitalistas”. 9' D( #$$;( p2). <.

“&s per)untas principais de Xrenner( portanto( ,oram: de *ue modo

,ormas de 5propriedade politicamente constitu da 6 ,oram su1stitu0das( n
por uma ,orma puramente econ7mica( e com ,oi *ue isso acionou
caracter0stico de crescimento econ7mico auto8sustentadoY”. 9' D(
<.

Desta ,orma( os cr0ticos de Xrenner apresentaram duas o1=e+Ces

ar)umentos( a primeira concernente a sa1er se o crescimento econ7mico in)l/s ,oi
distintivo( se a a)ricultura in)lesa( em particular( mesmo no s-culo WMIII( ,oi
especialmente em seu impulso de aumentar a produtividadeU e a se)unda o1=e+ão re
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“&ssim( de *ue modo a tese de Xrenner - a,etada pela outra *uestão

extensão do tra1alho assalariadoY odemos concordar em *ue a extensão
assalariado era limitada nos prim3rdios da In)laterra moderna( espe
tra1alho assalariado re)ular e permanente ! em contraste com o o
sa4onal. E podemos concordar em *ue o processo de expropria+ão e pr
,oi( por de,ini+ão( a1solutamente central na hist3ria do capitalismo”. 9'
p2). <.

“Xrenner não presume *ue uma divisão preexistente entre campon

po1res( como a *ue existiu noutras -pocas e lu)ares( levaria inevit
polari4a+ão em ,a4endeiros ricos e lavradores não propriet2rios. or ex
a In)laterra *uanto a Fran+a( no ,inal do s-culo WM( tinham um campes
com propriedades relativamente )randes. 9poder0amos acrescentar *ue
s-culo WMI( a produtividade a)r0cola nos dois casos tam1-m ain
claramente di,erente< Bo entanto( desde esse ponto de partida com
1i,urcaram em dire+Ces hist3ricas su1stancialmente di,erentes: o
rumando para uma crescente ,ra)menta+ão dos dom0nios dos cam
in)leses para a tr0ade a)r2ria ,ormada por )randes propriet2rios( a
capitalistas e tra1alhadores assalariadosU os in)leses rumando para o m
a)r0cola( os ,ranceses para a esta)na+ão a)r0cola”. 9' D( #$$;( p2).

&l)uns anos depois do de1ate ori)inal em torno de suas teses( 1rener pu

)rande estudo dos prim3rdios da In)laterra moderna *ue levou em conta o
comerciantes na evolu+ão In)lesa.
Desta ,orma( a concep+ão tradicional de *ue a divisão do tra1alho( a exp
mercados e a preexist/ncia do capitalismo são invocadas para explicar a o
capitalismo( =untamente com a revolu+ão 1ur)uesa marco de transi+ão do ,eudalis
capitalismo( - redundante uma ve4 *ue( si)ni,icaria ,a4er uma revolu+ão para
revolu+ão.

“ odemos ter pro,unda convic+ão de *ue( di)amos( a evolu+ão F

inteiramente 1ur)uesa( muito mais do *ue a in)lesa( ali2s( sem por isso
um mil0metro mais perto de determinar se ela tam1-m ,oi capitalista
aceitemos *ue não h2 uma identi,ica+ão necess2ria entre 1ur)u/s 9ou h
1ur)os( ou cidade< e capitalista( o 1ur)u/s revolucion2rio pode ,icar l
uma ,ic+ão( mesmo ! ou especialmente ! na Fran+a( onde o revolucion2
modelo não era capitalista nem tampouco comerciante moda anti)a( m
ou ,uncion2rio p 1lico. &o mesmo tempo( se o 1ur)u/s revolucion2rio d
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interven+ão pol0tica e =ur0dica( criaram uma maioria não propriet2ria #$$;(

p2). % <.

& autora Ellen 'ood( cita ainda E. . Thompson( *ue descreveu

esta1eleceram os imperativos do mercado no per0odo da industriali4a+ão( 1em
con,ronto entre os princ0pios de mercado e as pr2ticas e valores alternativos.

“& implanta+ão da 5 sociedade de mercado6 sur)e como uma con,ro

a*ueles cu=os interesses expressavam8se na nova economia pol0tica do
a*ueles *ue a contestavam( colocando o direito su1sist/ncia acima dos
do lucro”. 9' D( #$$;( p2). % <.

“Ba parte central de A "ormação da classe trabal&adora ingles

5.#ploração6( Thompson resume o *ue são( para ele( os momento
sur)imento do capitalismo industrial. Dois aspectos correlatos destacam
an2lise. primeiro - a -poca do impulso trans,ormador( a ,orma+ão d
classe tra1alhadora. se)undo aspecto( correlato a esse( - *ue ele di
trans,orma+ão no *ue parece ser uma continuidade ,undamen
tra1alhadores *ue( primeira vista( mal parecem di,erir de seus p
artesanais( e cu=a cultura de oposi+ão ainda tem ra04es pro,undas
tradi+Ces pr-8industriais populares e radicais( são para Thompson( uma
de seres6( um novo tipo de proletariado”. 9' D( #$$;( p2). % <.

Deste modo( Thompson( na visão de Ellen Pood( *ueria inv

conse*A/ncias dos modos de explora+ão especi,icamente capitalistas( ou se=a( a ne
intr0nseca das rela+Ces de propriedade capitalistas de aumentar a produtividade e o l

“ mercado com *ue as pessoas estavam mais ,amiliari4adas era um l

onde punham em o,erta mercadorias a serem compradas por outras
acordo com princ0pios *ue( at- certo ponto( eram re)idos pelos cos
re)ula+ão comunit2ria e pelas expectativas re,erentes ao direito su
9' D( #$$;( p2). %V<.

“Thompson tam1-m mostra como a nova ideolo)ia da economia pol0tica

as novas concep+Ces de propriedade e a -tica do lucro( ,oi cada ve4 m
pela repressão estatal. s tri1unais punham o direito de o propriet2rio l
aumento da produtividade acima dos outros tipos de direito( tais com
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au,eri+ão comercial do lucro e a acumula+ão capitalista( entre o me

oportunidade e o mercado como imperativo( e entre os processos trans
desenvolvimento tecnol3)ico e o impulso capitalista espec0,ico para
produtividade do tra1alho”. 9' D( #$$;( p2). %V<.