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Aspectos e Impactos Ambientais Brasil PDF
Aspectos e Impactos Ambientais Brasil PDF
Orientador:_________________________
Aline Ferrão Custódio Passini, Dra.
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
___________________________________
Juliana Kurek, Ms.
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
___________________________________
Ricardo Salami Debastiani, Ms.
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
Agradeço aos meus pais Darci e Rozeli, minha irmã Andressa e meu sobrinho Fernando, pelo
amor incondicional e apoio em todas as decisões. Aos meus pais em especial pelos conselhos,
educação, pelos melhores abraços e por possibilitarem a conquista deste sonho profissional.
Ao meu namorado Alexandre, por ser sempre compreensível nos momentos difíceis, pelo
incentivo e apoio, pelo amor, por acreditar nos meus sonhos e por estar sempre presente, em
especial neste momento. Muito Obrigada!
A minha orientadora, professora Aline Ferrão Custódio Passini, pela dedicação, apoio e
amizade durante os anos de estudo e em especial na conclusão deste trabalho.
Aos professores do Curso de Engenharia Ambiental por todo o conhecimento passado, pelo
incentivo no futuro profissional e pela amizade.
Aos meus queridos colegas que estiveram junto comigo nesta caminhada dos quais levarei
sempre a lembrança e a saudade. Muito Obrigada por me proporcionarem a oportunidade de
lhes conhecer e chamar de amigos. Serão lembrados sempre com muito carinho.
Agradeço aos amigos de que trouxe comigo para esta etapa por tudo o que significam e, em
especial a Karen e a Marta, às quais sabem o quão importantes foram em todos os momentos.
Ainda a todos às amigas e amigos que tive o privilégio de conhecer neste período, em
especial aos amigos dos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia, Farmácia e Biologia.
Saudades!
DEDICATÓRIA
Friedrich Nietzsche
RESUMO
With the end of the Second World War, the rapid population growth and better incomes were
important factors in the development of food industry. However, the demand for food came
with an increase in the pollution generated by the sector which wasn’t frowned upon.
Producing food in ways that affect the health and welfare of the population has been
questioned and actions started to be charged by the society. The search for a cleanly
production with lower environmental impacts, in addition to attracting a larger share of
consumers, brings benefits in the reduction of costs and raw material. This study discusses the
guidelines for implantation of the ISO 14001 standard in an Environmental Management
System for the pig industry, based on the main aspects and impacts generated by it. The
methodology dealt with the case study of a pig meat processing industry, where the data were
obtained through analysis of the production processes and the company historic. The results
of this study provide a broad overview of the main environmental problems associated with
the pig industry and pollution generated by it, providing to the industry informations about
points to be analyzed and worked out for the establishment of an Environmental Management
System.
Tabela 1: Percentual de crescimento da indústria alimentícia no Brasil entre 1990 e 1995. ... 15
Tabela 2: Valores mensais de resíduos sólidos gerados. .......................................................... 35
Tabela 3: Tratamento dos resíduos sólidos da Majestade. ....................................................... 36
Tabela 4: Padrão de emissão do efluente bruto no ano de 2010............................................... 37
Tabela 5: Padrões monitorados no lançamento de efluente tratado. ........................................ 38
Tabela 6: Valores para classificação de Aspecto e Impacto. .................................................... 45
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 13
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 13
1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 13
1.2 Escopo ........................................................................................................................ 13
1.3 Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 14
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 15
2.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................................ 15
2.1.1 Evolução da Indústria Alimentícia e do Consumo no Brasil ............................. 15
2.1.2 Evolução da suinocultura no Rio Grande do Sul ................................................ 18
2.1.3 Produção, Geração de Resíduos e Poluição........................................................ 20
2.1.4 Legislação ........................................................................................................... 22
2.1.5 Sistema de Gestão Ambiental e norma NBR ISO 14001 ................................... 26
2.2 Métodos e materiais ................................................................................................... 28
2.3 Análise e Discussão dos Resultados .......................................................................... 30
2.3.1 Caracterização da Empresa................................................................................. 30
2.3.2 Matérias-primas utilizadas e Insumos ................................................................ 32
2.3.3 Geração de Resíduos .......................................................................................... 33
2.3.3.1 Geração de Resíduos Sólidos .......................................................................... 35
2.3.3.2 Emissão de Efluentes ...................................................................................... 36
2.3.3.3 Emissões Atmosféricas ................................................................................... 38
2.3.4 Aspectos e Impactos Ambientais........................................................................ 39
2.3.5 Diretrizes ............................................................................................................ 42
2.3.5.1 Política ambiental ........................................................................................... 42
2.3.5.2 Planejamento ................................................................................................... 43
2.3.5.2.1 Aspectos e Impactos Ambientais ............................................................... 43
2.3.5.2.2 Requisitos Legais ....................................................................................... 46
2.3.5.2.3 Objetivos e Metas ...................................................................................... 46
2.3.5.3 Implantação e operacionalização .................................................................... 47
2.3.5.3.1 Estrutura e Responsabilidade..................................................................... 47
2.3.5.3.2 Treinamento, Conscientização e Competência. ......................................... 48
2.3.5.3.3 Comunicação ............................................................................................. 48
2.3.5.3.4 Controle de Documentos ........................................................................... 49
2.3.5.3.5 Controle Operacional ................................................................................. 49
2.3.5.3.6 Preparação e Atendimento a Emergências ................................................ 50
2.3.5.4 Verificação e Ação Corretiva.......................................................................... 50
2.3.5.4.1 Monitoramento e medição ......................................................................... 50
2.3.5.4.2 Não conformidade e ação corretiva e preventiva ...................................... 51
2.3.5.4.3 Registros .................................................................................................... 52
2.3.5.4.4 Auditoria do sistema de gestão ambiental ................................................. 52
2.3.5.5 Análise pela administração ............................................................................. 53
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 55
1 INTRODUÇÃO
Desde a revolução industrial, o meio ambiente tem sido alterado com grande
intensidade pelas atividades humanas, observando-se junto a isto, diversos fatores negativos
como o rápido aumento da população, a crescente ocupação das áreas urbanas, aumento do
consumo de produtos, de matéria-prima e insumos (ROCHA, 2006). Este aumento rápido e
sem planejamento do consumo e da produção industrial trouxe consigo um aumento de
resíduos gerados, emissões atmosféricas e hídricas e assim um desenfreado crescimento da
poluição ao meio.
Até a década de oitenta as empresas mantinham um ritmo de desenvolvimento que
deixava o meio ambiente em segundo plano, tendo a visão de que preocupações com o meio
era um custo adicional à produção, que não agregam valor ao produto ou a imagem
empresarial. Este modo de pensar começou a ser mudado a partir do encontro ECO-92 e da
Agenda 21, quando as ações a favor do meio ambiente passaram a ser um assunto de
importância nas políticas públicas e, um diferencial empresarial para abertura de novos
mercados consumidores. Mas até essa visão ser mudada muitos danos ao meio ambiente e a
saúde pública foram causados em busca de crescimento industrial e lucros inconsequentes.
Neste desenvolvimento industrial a produção de alimentos também teve grande
contribuição na poluição. Desde a década de 50 e, acentuando-se mais no fim da década de 90
e inicio dos anos 2000, o consumo de alimentos processados vem crescendo, devido às
mudanças no dia-a-dia da população e na disponibilidade de tempo. A nova era de trabalho e
produção trouxe consigo o consumo de produtos prontos e com eles o aumento de resíduos,
de consumo de recursos naturais e da poluição. Na produção industrial de alimentos há uma
grande porcentagem de poluição que deriva desde a produção da matéria-prima até a
destinação dos resíduos pós-consumo, sendo esta contribuição de grande porte e importância,
devido às características dos resíduos produzidos e o volume gerado.
A indústria de carne suína produz uma grande parcela de contaminação durante todo o
processo produtivo, desde o nascimento do leitão até o transporte do produto final para o
mercado consumidor. Os principais contaminantes são os de características orgânicas como os
dejetos na fase de criação e no abate e, o sangue e a gordura nas etapas de processamento, que
sem uma adequada e eficiente técnica de tratamento e controle, possuem um elevado
potencial de contaminação do solo e águas superficiais e subterrâneas.
11
Outros contaminantes como emissões dos caminhões de transporte, a queima de lenha
nos fornos e nas caldeiras, o descarte de materiais plásticos e o uso de produtos químicos para
a desinfecção estão entre os principais agentes contaminantes deste tipo de atividade.
Estas consequências ao meio ambiente já não são mais vistas com bons olhos pelo
mercado consumidor, principalmente para exportação a países Europeus e Asiáticos que hoje
somam uma grande parcela consumidora dos produtos aqui produzidos. Para isso, buscar boas
práticas de produção, com sistemas que gerenciem o uso racional de insumos aliado a
minimização dos impactos gerados ao meio, torna-se uma importante política de comércio
além de trazer benefícios ao meio ambiente e maiores lucros às empresas.
Frente às mudanças que vem ocorrendo na competição entre as empresas, uma
adequada gestão ambiental passa a ser uma vantagem competitiva em relação aos
concorrentes. Segundo Rocha (2006), as empresas estão progressivamente avaliando a
questão ambiental na tomada de suas decisões, o que tem sido visto com bons olhos pelos
consumidores. Em vez de simplesmente dispor seus resíduos, as empresas passaram a buscar
alternativas mais eficientes de tratamento como a reciclagem, a redução, o reuso e, quando
possível, a não geração dos resíduos, contribuindo para a solução efetiva do problema, e ainda
agregando valor ao que seria descartado, reduzindo também os custos com a disposição.
Além do tratamento dos resíduos, técnicas de produção que aperfeiçoam o consumo de
matéria-prima e insumos também passaram a ser foco na produção industrial.
Dentro dessa maneira de pensar e desenvolver-se, a legislação brasileira vem sendo
construída com um foco cada vez maior para o meio ambiente e a sustentabilidade, e para as
empresas um grande aliado no desenvolvimento são o Sistema de Gestão Ambiental e as
normas de certificação ABNT. Assim, a norma NBR ISO 14001 apresenta-se como um
grande selo para as empresas brasileiras que buscam um mercado externo, por ser uma norma
que certifica a empresa, seus produtos e serviços, garantindo para o comprador o atendimento
aos padrões de produção exigidos, equilibrando proteção ambiental e prevenção da poluição
com as necessidades socioeconômicas, e ainda abrir portas para os mercados consumidores
estrangeiros.
Adequar os processos produtivos, aliando tecnologia e proteção ao meio ambiente,
traz além de benefícios a sociedade, como bem estar e proteção do meio onde vivem
benefícios para a empresa, que deixa de gastar com o tratamento ou disposição de grandes
quantidades de resíduos e na compra de matéria-prima nova, ganha uma posição privilegiada
podendo agregar um valor de venda maior ao seu produto sem perder mercado consumidor,
12
ao contrário, abrindo portas para um mercado mais exigente que não se importa em pagar por
qualidade de produto e produção.
1.1 Objetivos
O objetivo geral deste estudo foi avaliar as diretrizes da norma NBR ISO 14001 de
2004 necessárias para a elaboração de um plano de Gestão Ambiental para a Cooperativa
Majestade em busca da certificação ambiental.
1.2 Escopo
13
1.3 Estrutura do Trabalho
14
2 DESENVOLVIMENTO
16
em áreas rurais passando em 1990 para um total de 75% da população residindo em áreas
urbanas. Com a migração das famílias das zonas rurais para os centros urbanos a demanda por
alimentos foi aumentada. Antes as famílias eram responsáveis pela produção da maior parte
dos alimentos para sua existência e, com a migração passaram a comprar.
Neste ritmo de crescimento e desenvolvimento industrial o grupo de alimentos com
maior valor agregado tomou grande destaque alcançando valores próximos a 60% do
faturamento do setor, enquanto os grupos tradicionais de produção e, de valor agregado
intermediário apresentaram queda de aproximada de 2% (SATO 1997). Em termos de
faturamento e produção física, três grandes cadeias produtivas se destacaram neste período: a
indústria de laticínios, a de carne e seus derivados e a de derivados do trigo.
A expansão da indústria de laticínios deve-se sobre tudo ao investimento do capital
estrangeiro. Grandes nomes como a Parmalat, a Nestlé, Danone e Yakult aproveitaram-se do
momento que o país vivia para expandir seus mercados, adquirir marcas nacionais e investir
em linhas de produção alternativas, beneficiando-se com o elevado aumento do consumo de
leite longa vida e de iogurtes após a implantação do plano real (SATO,1997).
Segundo a autora o setor de beneficiamento de carnes, que engloba a exploração de
grãos para as rações, foi o segundo que mais se desenvolveu neste período, utilizando-se da
força das grandes marcas nacionais como a Sadia e a Perdigão, entre outras e, a
competitividade destas com empresas de menor porte que atuam de forma regional. Já a
indústria de derivados de trigo, assim como a de laticínios, baseou seu crescimento no
investimento de marcas estrangeiras, explorando principalmente a fabricação de biscoitos e de
massas. Este setor teve o terceiro maior percentual de contribuição no faturamento industrial
neste período.
Mesmo com os investimentos e o impulso dado ao setor o desenvolvimento de
tecnologias para a indústria de alimentos ainda apresenta-se retraído em relação aos demais.
Segundo Erber (2000) no ano de 1997 os investimentos em tecnologia feitos neste setor no
estado de São Paulo apresentaram um crescimento de 17% enquanto que a produção de
computadores apresentou um aumento de 64%. Este fato justifica-se pelo aumento da
privatização da indústria brasileira por grupos estrangeiros que ocorreu principalmente nos
setores tecnológicos e de bens de consumo duráveis.
Juntamente com o aumento do consumo de alimentos industrializados pelas famílias
em suas residências, observou-se neste período o aumento do consumo de alimentos fora do
lar, o que levou ao crescimento principalmente a indústria de alimentos como a de fast food, e
17
os setores de carne e grãos como o trigo. Segundo Cyrillo et.al. (1997), só na cidade de São
Paulo a demanda por alimentos consumidos fora de casa sofreu um aumento de
aproximadamente 5% entre o ano de 1982 e 1995. Ainda segundo autor o consumo de carne
teve um aumento no período de 20%.
18
abate, recebendo destaque as micro regiões de Erechim com 26,99% e a de Santa Rosa
26,86% (RODRIGUES E OLIVEIRA, 20--).
Segundo Rodrigues (20--) o Brasil em 1995 classificava-se em nono lugar entre os
países que mais consomem carne de porco, porém com um consumo per capita de 8,5 Kg o
que posicionava o país em ultimo lugar no consumo per capita. Ainda em números neste ano
o consumo mundial de carne suína alcançou a marca de 73.067 mil toneladas, 5% a mais do
que no ano de 1994. O autor diz ainda que o maior consumo per capita observado no país
encontra-se nas regiões sul e sudeste onde são observados valores de até 20 Kg por pessoa.
Este padrão de consumo observado justifica-se por fatores como o alto preço da carne
no mercado interno, a alta taxa de industrialização dos produtos, a menor inserção de
tecnologias na produção e pelos hábitos alimentares dos consumidores (TALAMINI 1991
apud RODRIGUES E OLIVEIRA, 20--).
Roppa (2008) em seu estudo que comparou o aumento da população com o aumento
do consumo de carne suína verificou que entre o ano de 2000 e 2007 o consumo de carne pelo
brasileiro teve uma queda de 6,3 % nos últimos, passando de 14,3 kg para 13,0 kg por
habitante, ficando em terceiro lugar no consumo de carnes em nosso país. No entanto o autor
constatou que o aumento de 377% nas exportações deste produto, gerou um crescimento da
produção de 17,5%, ficando em primeiro lugar nas exportações de carne neste período.
Segundo Hoffman (2010) cerca de um quarto da produção suína brasileira é destinado à
exportação, para o Rio Grande do Sul, este numero chega a metade da produção o que torna a
indústria de suínos dependente do mercado externo para seu crescimento. Em números isso o
Brasil exportou em 2007 cerca de 607 mil toneladas das quais 291 mil, cerca 48% foram das
indústrias gauchas.
Segundo Rodrigues e Oliveira (20--) hoje a produção de suínos e o mercado de venda
tem como grande concorrência o setor de produção avícola, o qual se encontra apoiado em
forte avanço tecnológico e gerencial, proporciona ao consumidor preço reduzido em relação
às demais carnes, são geralmente de grande porte e ainda apóiam-se na mudança dos hábitos
alimentares.
No Brasil hoje como mostrado por Roppa (2008) o consumo de carne suína encontra-
se em terceiro lugar se comparado com o de carne bovina e de frango, ficando em uma média
de 8,5 Kg por habitante no ano. Este valor apresenta-se pequeno, mas com potencial de
expansão quando se leva em consideração que a o numero de habitantes no país ultrapassa os
150 milhões. O aumento da aplicação de tecnologias de produção que possibilitassem a
19
redução na queda dos preços do produto e a mudanças nos hábitos alimentares levariam a um
aumento no consumo, que mesmo sendo pequeno implicaria em grande aumento na demanda
de produção neste setor.
20
Como grande fator de influencia na saúde e bem estar da população a partir da
Revolução Industrial a poluição atmosférica tem aumentado com os avanços tecnológicos, a
grande taxa de urbanização, o capitalismo e o consumismo da sociedade. Pelo Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) desde 1990 os padrões de qualidade do ar são
divididos entre aqueles em que a concentração de poluente pode afetar a população e aqueles
em que os níveis estão abaixo do que se prevê o mínimo de efeitos.
Entre os agentes poluidores do ar os provenientes da ação antrópica, e em maior escala os
advindos da queima de combustíveis fósseis e a industrialização. Almeida (1999) classifica
os poluentes atmosféricos em três classes:
a) Pelo estado físico, dividindo-os em poluentes gasosos que são os gases e vapores e
em material particulado que são as cinzas e poeiras de processos;
b) Pela sua origem, são divididos em primários quando emitidos diretamente na
atmosfera e em secundários quando provenientes de reações químicas entre os
poluentes primários e os componentes atmosféricos;
c) Pela composição química, são divididos em orgânicos e inorgânicos.
Entre os poluentes primários que são produzidos pela indústria alimentícia pode-se citar
monóxido de carbono (CO) como um poluente atmosférico muito comum. Origina-se na
queima incompleta de combustíveis, sejam eles fósseis, gás natural, carvão ou lenha. Segundo
Almeida (1999) por possuírem origem na queima de combustíveis, as maiores concentrações
de CO são encontradas em regiões com intenso tráfego urbano, indústrias que fazem o uso de
lenha em fornos ou caldeiras, e nas regiões onde as temperaturas são mais baixas nos períodos
de inverno com o uso de aquecedores a lenha ou óleo.
Ainda, como poluentes primários, vinculados a poluição atmosférica da indústria de
alimentos, podem-se citar os particulados, que são substâncias sólidas orgânicas ou
inorgânicas, líquidas ou sólidas como, por exemplo, as poeiras, pólen, cinzas, fuligem, etc. e
são responsáveis pela maior parte dos problemas de saúde vinculados a poluição atmosférica.
O material particulado pode ser sólido ou líquido sendo emitido diretamente das fontes
poluidoras ou formado na atmosfera e, quando disperso no ar, é chamado de aerossol
(ALMEIDA, 1999). O material particulado é o responsável pelo impacto estético,
interferindo na visibilidade e pela corrosão e sujeira das superfícies (VITERBO, 1998). Por
possuírem dimensões inaláveis, são causadores de muitos problemas alérgicos e inflamatórios
do sistema respiratório.
21
As medidas de controle e amenização das emissões de poluentes atmosféricos devem
levar em conta as estratégias próprias para as fontes e o tipo de poluente (ALMEIDA, 1999),
sendo divididas em medidas diretas que são tomadas após a geração do poluente e em
medidas indiretas as quais contemplam um planejamento das ações antecedendo as emissões.
2.1.4 Legislação
22
Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº
7.990, de 28 de dezembro de 1989.
23
h. CONAMA nº 357 de 17 de março de 2005
24
m. CONAMA Nº 275 DE 25 DE ABRIL DE 2001
A Resolução nº 275 de 25 de Abril de 2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à
saúde pública, para que estes resíduos possam ter manuseio e destinação adequados.
25
f. NBR 13221 – PROCEDIMENTO.
Transporte de resíduos
26
A gestão ambiental surge voltada para a aplicação em empresas, firmas, companhias,
corporações e instituições, estabelecendo um conjunto de políticas, programas e práticas,
tanto operacionais quanto administrativas, que levam em consideração a proteção do meio
ambiente e da saúde e segurança da população, com práticas de eliminação ou minimização
dos impactos causados pela execução de uma atividade ou produto (GRUMMT E
WATZLAWICK, 2008).
O estabelecimento de normas com reconhecimento internacional, como o caso da ISO
14001, tem por objetivo a legalização e orientação para a adequação de padrões produção
quanto à questão ambiental, além de proporcionar um diferencial para as empresas
certificadas, sabendo-se da grande concorrência e do abuso de rótulos verdes que muitas
vezes não passam de marketing comercial (LAYRARGUES 200).
A ISO 14001 desenvolvida com o intuito de certificação faz parte da família
ISO14000 que abrange normas de seis áreas distintas: Sistemas de Gestão Ambiental,
Auditorias Ambientais, Avaliação de Desempenho Ambiental, Rotulagem Ambiental,
Aspectos Ambientais nas Normas de Produtos e Análise do Ciclo de Vida do Produto
(RODRIGUES 2008). Esse conjunto de normas surgiu a partir dos diversos fóruns e eventos
realizados para discutir os problemas ambientais gerados pela produção e as possíveis
soluções (Grummt e Watzlawick, 2008).
Segundo Grummt e Watzlawick (2008) ISO 14001 permite a organizar a rotina e os
procedimentos desenvolvidos pelo empreendimento, através a aplicação de um roteiro
padronizado e reconhecido internacionalmente, que segue a legislação local e permite a
melhoria contínua dos processos. Ainda, ela se apresenta abrangente com uma aplicação a
qualquer tipo ou tamanho de organização, e para as mais diversas atividades desenvolvidas
por elas.
Rodrigues (2008) diz que a avaliação ambiental deve ser a primeira etapa a ser
abordada na implantação de um sistema de gestão ambiental, podendo ser realizada por
funcionários do próprio negócio quando habilitados ou então por empresas e profissionais
contratados para tal. A autora sita que os problemas ambientais podem estar inclusos na
geração de poluição e resíduos, destinação da contaminação gerada e/ou comprimento a
legislação e, muitas vezes as empresas não conseguem ver onde se localizam suas
deficiências.
Por Souza (2001) apud Rodrigues (2008) a avaliação ambiental varia de acordo com a
atividade ou organização avaliada e pode ser realizada através de entrevistas e questionários
27
previamente elaborados, aplicação de listas de verificação às características do
empreendimento, avaliação direta dos aspectos ambientais e avaliação dos registros de
emergências e infrações ambientais.
Grummt e Watzlawick (2008) lembram que a norma não define a forma ou o meio
através do qual a organização atenderá um requisito, dando lhe apenas as instruções do que
deve ser feito e não como, o que permite a variabilidade constante de sistema de gestão
ambiental e a diferenciação entre as organizações. Ainda citam que o tempo para o retorno
dos investimentos na a implantação de um sistema de gestão varia em função das condições
em que o sistema foi inserido podendo ser citados o grau de desafio a ser enfrentado,
sofisticação do sistema, situação ambiental da empresa, quantidade e qualidade de recurso
internos e externos, situação com os requisitos legais, grau de comprometimento dos
envolvidos e dos responsáveis pela organização, expectativa das partes interessadas e o nível
verificação para atendimento dos requisitos.
Cabe ressaltar que a dinâmica de implantação do sistema de gestão esta baseado no
processo cíclico conhecido como PDCA, do inglês Plan, Do, Check e Act, que estrutura-se
em planejar o que deve ser feito e como deve ser feito, executar as atividades implementando
treinamento e coletando dados, verificar e analisar criticamente os resultados obtidos e agir
corretivamente buscando sempre a melhoria contínua do sistema (SOUZA, 2009).
29
Revisão Bibliográfica
Análise da documentação
vigente
Levantamento de aspectos e
impactos ambientais
Conclusões do estudo
30
350 km da capital Porto Alegre. Além da unidade matriz na cidade de Sananduva, possui filial
em quatro cidades do estado do Rio Grande do Sul, Paim Filho, Porto Alegre, São José do
Ouro e São João da Urtiga e conta com representantes na cidade de Passo Fundo. Fora do
estado de origem possui uma filial na cidade de São Paulo e uma na cidade do Rio de Janeiro.
A sua diretoria e administração é composta por sócios do negócio seguindo a missão,
visão e valores da empresa que objetivam viabilizar a suinocultura na região, promovendo o
crescimento dos pequenos produtores e reconhecimento nacional da qualidade e
tradicionalismo de seus produtos, que seguem as antigas receitas italianas.
Quanto às práticas ambientais a empresa não possui uma política ambiental
desenvolvida, mas segue técnicas de produção com menor potencial de agressão ao meio
ambiente, exigindo dos seus fornecedores de insumos e de suínos o licenciamento ambiental,
e neste ultimo ano estabeleceu um programa de regularização das propriedades que ainda não
estão de acordo com os padrões de produção exigidos pela empresa. Para as empresas
responsáveis pela coleta e tratamento dos resíduos há uma rigorosa fiscalização quanto ao
licenciamento ambiental e procura-se manter um controle sobre as formas de tratamento
dispensadas.
O trabalho desenvolvido pela empresa esta inserido ao sistema de produção integrado
onde ela desenvolve as atividades de pesquisa, produção e fornecimento de material genético,
o fornecimento de ração, orientação técnica, fornecimento de produtos veterinários, a compra
dos suínos integrados; o fornecimento de leitões para as unidades terminadoras, e o
fornecimento de projetos para as instalações e o acompanhamento das obras. Neste sistema o
produtor integrado participa das atividades com área de terra, instalações e equipamentos, a
mão-de-obra e o manejo na.
A unidade industrial encontra-se licenciada pela FEPAM e cadastrada pelo SIF –
Sistema de Inspeção Federal, estando apta a desenvolver as atividades de desossa,
processamento, industrialização, embalagem e comercialização de produtos frescos,
congelados, cozidos e defumados. A unidade produz hoje 34 (trinta e quatro) variedades de
produtos subdivididos em fatiados, defumados, frescais, salames, copas e produtos derivados
da gordura do animal, feitos de acordo com os mais exigentes padrões de qualidade, os quais
são vendidos principalmente nos mercados consumidores das regiões sul e sudeste.
Em busca de um desenvolvimento que aperfeiçoe os processos, a cooperativa possui
além da unidade industrial uma unidade de produção de leitões, uma fábrica de rações e um
abatedouro próprio com as seguintes características:
31
a) Uma unidade de produção de leitões que atualmente possui 750 (setecentos e
cinquenta) matrizes, que somadas às dos produtores associados garantem o
fornecimento dos leitões aos produtores que fazem a terminação até
alcançarem a média de 120 (cento e vinte) Kg para o abate;
b) Uma fábrica de ração com produção diária de 120 (cento e vinte) toneladas,
fornecendo exclusivamente aos produtores integrados a cooperativa, a
quantidade necessária de alimento, com os nutrientes necessários para cada
etapa do desenvolvimento do suíno;
c) Um abatedouro com capacidade inicial instalada de abate de 1000 (mil)
unidades por dia, tendo hoje uma média diária de abate de 800 (oitocentas)
unidades, estando projetada para médio prazo abater até 2500 (dois mil e
quinhentos) suínos/dia;
A indústria de processamento, a fábrica de ração e o escritório com o setor
administrativo localizam-se junto à sede da cooperativa, em área urbana, com endereço na
avenida principal do município, sendo estas as instalações mais antigas da empresa que hoje
possui 75 anos de história. A unidade de produção de leitões e o abatedouro localizam-se em
área rural do município, estando a primeira distante 1 km da sede da empresa e o abatedouro a
5,2 Km.
O quadro funcional da empresa vem crescendo a cada ano com e evolução do mercado
consumidor e a abertura de novos mercados. No ano de 2007 o quadro de funcionários era
contava com 391 funcionários passando para 520 no ano de 2010. Os funcionários da empresa
trabalham no setor industrial, abate, fábrica de ração, loja de insumos, loja de vendas de
produtos, setor administrativo e assistência técnica aos produtores da cooperativa. Ainda
encontram-se vinculados aos serviços da empresa, mas não constando no quadro de
funcionários, os agentes da Inspeção Federal e os funcionários responsáveis pela limpeza,
serviço este terceirizado.
32
Como matéria prima do produto tem-se o consumo da carne suína, a qual é adquirida
com produtores cadastrados na cooperativa que desenvolvem as atividades dentro dos padrões
de qualidade exigidos. Com um abate diário médio de 850 unidades as quais devem possuir
peso mínimo de 120 Kg para abate. Assim a média diária é de 102 toneladas de suínos
abatidas e processadas diariamente na unidade, durante cinco dias na semana.
O fornecimento de energia elétrica para o funcionamento da indústria é feito através da
distribuidora local Rio Grande Energia – RGE e também é obtida através de gerador próprio
da empresa a base de óleo diesel, com um consumo diário de 250 litros de combustível
funcionando das 18 horas às 22 horas. A demanda média de energia elétrica diária para a
indústria é de 358.327 KW/h/mês. Esta energia é vital para o funcionamento da empresa
sendo usada em todos os processos excetuando-se o processo de defumação de carnes.
Outro importante insumo utilizado é a água fornecida à empresa pelo abastecimento
público realizado pela CORSAN. A demanda de água para a indústria é de 100 m³ por dia,
sendo utilizada nos processos de desossa, cozimento, lavagem de equipamentos, limpeza dos
ambientes e consumo dos funcionários. Todo o efluente gerado é de responsabilidade da
empresa sendo tratado por esta.
Nos processos e preparação dos diferentes produtos da carne são utilizados
condimentos, temperos e conservantes comprados de empresas terceirizados, assim como as
embalagens plásticas, de papelão, os lacres e selos.
Para a geração de calor nas caldeiras faz-se o uso de lenha, a qual também é
empregada nos fumeiras da empresa. Esta é comprada pela empresa de produtores
credenciados junto ao DEFAP – Departamento Estadual de Florestas e Áreas de Preservação,
e em uma menor parte de reflorestamento de eucalipto mantidas pela empresa.
Toda a atividade que possui como principio a transformação de matérias primas possui
a forte característica de gerador de resíduos. Em se tratando de uma indústria de
processamento de carne suína essa característica acentua-se na geração de resíduos sólidos e
de efluentes de alta carga orgânica.
Para a Majestade os principais resíduos gerados são os efluentes industriais, os
resíduos sólidos de classe I e II e as emissões atmosféricas provenientes da queima de lenha
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nas caldeiras e nos defumadores. Alguns dos principais resíduos gerados nos processos
desenvolvidos na indústria podem ser observados no quadro 1 a seguir.
Pelo quadro 1 pode-se observar que a geração de resíduos sólidos está concentrada no
processo de embalagem dos produtos, no estoque de matérias primas, no descarte de EPIs e de
lâmpadas, e nas cinzas de caldeira.
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2.3.3.1 Geração de Resíduos Sólidos
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Observando as boas práticas de gerenciamento de resíduos e evitando a contaminação
do meio, a Majestade dispõe de ambiente coberto e fechado para depósito de todos os seus
resíduos, os quais são separados, identificados e armazenados em recipientes adequados a
cada tipo de resíduo. Entre os tratamentos dispensados a cada resíduo cita-se a reciclagem, o
reuso e a disposição final adequada, conforme se observa na tabela 3.
A coleta dos resíduos dos resíduos é feita na unidade industrial pelas empresas
responsáveis pelo tratamento com uma periodicidade semanal para os recicláveis, diária para
os ossos e outros, quinzenal para as cinzas e a gordura, e mensal para as lâmpadas
fluorescentes.
Quanto à emissão de efluentes, grandes volumes são gerados durante todo o processo
de produção, o que engloba desde o nascimento do suíno, o desenvolvimento e engorda, a
preparação para o abate, o abate, o processamento final da carne na indústria e a higienização
dos ambientes de trabalho e dos setores produtivos.
A Majestade é responsável por 100% do tratamento dos seus efluentes. Para isso
possui uma estação de tratamento de efluentes (ETE) composta por um sistema de peneiras
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estáticas e uma caixa de gordura, que também tem a função de sedimentador, para a separação
dos sólidos e das gorduras e um sistema de lagoas para o tratamento biológico. No sistema
físico não são adicionados produtos químicos como coagulantes ou corretores de pH,
caracterizando o sistema como exclusivo caráter físico. O sistema de lagoas é composto por
uma lagoa tratamento anaeróbio e uma lagoa aerada.
Conforme o quadro 1 na página 31, observa-se que a geração de efluentes na indústria
se dá principalmente no setor de desossa, no processo de cozimento de embutidos, na lavagem
dos equipamentos e recipientes, na higienização dos ambientes e nos efluentes sanitários. As
características do efluente são atribuídas ao sangue e gorduras do processamento da carne e ao
uso elevado de produtos de desinfecção e higienização dos ambientes. A tabela 4 e 5
apresentam, respectivamente, as médias mensais dos parâmetros de emissão do efluente bruto
no ano de 2010 e o monitoramento do efluente tratado.
39
geração de resíduos e alguns dos principais aspectos e impactos observados puderam ser
catalogados conforme apresenta os quadros 2 e 3 a seguir.
40
Quadro 3:Aspectos e impactos ambientais na indústria (continuação).
2.3.5 Diretrizes
2.3.5.2 Planejamento
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Aspecto / impacto
Enquadramento
A classificação dos aspectos será feita atribuindo valores de significância para cada
aspecto observado no sistema conforme tabela 6 a seguir.
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Tabela 6: Valores para classificação de Aspecto e Impacto.
Abrangência*
Frequência Probabilidade
Local Regional Global
Baixa 20 25 30 10 10
Média 40 45 50 20 20
Alta 60 65 70 30 30
Fonte: Adaptado de Seiffert 2002.
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otimizando a implantação de práticas de produção mais limpa e o gerenciamento de impactos
ambientais.
Os aspectos que se apresentarem significativos terão ações propostas para a mitigação,
minimização, controle e monitoramento.
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objetivos a serem desenvolvidos pode-se citar aqueles ligados aos aspectos observados com o
levantamento preliminar realizado com a pesquisa, conforme o quadro 3:
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A definição dos objetivos e metas a serem alcançados é de responsabilidade dos
diretores de cada setor produtivo, envolvendo a direção, a administração, a coordenação
ambiental, de gestão de qualidade e de segurança do trabalho.
A implantação do programa fica sob responsabilidade da coordenação geral e dos
diretores de cada setor produtivo. O treinamento e supervisão dos funcionários ficam
atribuídos aos diretores de cada setor e à coordenação de segurança do trabalho.
2.3.5.3.3 Comunicação
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através de documentos, murais, treinamentos, cartazes, correio eletrônico, relatórios,
formulários, boletins informativos, cursos e palestras. Essas comunicações podem
compreender informações, avisos e divulgações, além de identificação de um novo aspecto
ambiental.
A divulgação para a sociedade das ações desenvolvidas pela empresa pode ser feitas
através da divulgação de boletins informativos em jornais, rádios, televisão, periódicos locais
e no site da empresa e de sites de colaboradores ou associações ligadas à empresa. Ainda
podem ser feitas em eventos e feiras nas quais a Majestade. A responsabilidade pela
divulgação das informações fica atribuída ao setor de marketing da empresa.
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primas e insumos, a geração de resíduos sólidos, as emissões atmosféricas e os efluentes
gerados.
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da indústria e em três pontos fora desta. As análises serão feitas com uma
periodicidade semestral.
Para as o controle e monitoramento dos efluentes serão realizados análises com
periodicidade diária e mensal conforme e dos parâmetros analisados e citados no item 2.3.4
(Geração de Resíduos).
O volume mensal, tipo e locais de geração de resíduos sólidos serão monitorados
através de quantificação de peso e descrição das características em planilhas, com uma
periodicidade de coleta de dados diária e geração de relatórios mensais.
Além de todos os aspectos e impactos ambientais observados também será monitorado
através de planilhas o consumo de lenha, água, energia elétrica, matéria prima e insumos e a
produção mensal da indústria. Todas as planilhas de monitoramento devem ser documentadas
e arquivadas no banco de dados do SGA.
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2.3.5.4.3 Registros
Os registros ambientais serão feitos junto ao banco de dados do SGA. Nele devem
conter todas as informações relevantes sobre o processo produtivo, entre as quais estão as
seguintes planilhas:
1. Monitoramento dos aspectos ambientais;
2. Relatório de não conformidade;
3. Relatório de reclamações;
4. Relatório de ações de emergência;
5. Informações sobre processo produtivo e produtos;
6. Treinamento dos funcionários;
7. Relatório de auditoria interna e externa;
8. Relatório da análise da administração;
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2.3.5.5 Análise pela administração
53
3 CONCLUSÃO
Quando a empresa definiu seu interesse pela certificação da ISO 14001, demonstrou
também interesse com o desenvolvimento sustentável, comprometendo-se com atividades de
proteção ao meio ambiente, trabalhando sua imagem cooperativista com os seus clientes,
funcionários, fornecedores e empresas ligadas ao seu processo produtivo e ainda buscando
informação sobre o processo de adequação a norma.
Em consideração ao atendimento aos requisitos legais com o controle da poluição e o
uso racional dos recursos, a empresa está adequando-se ao desenvolvimento sustentado, uma
vez que possui controle e tratamento sobre os resíduos sólidos e os efluentes líquidos
atendendo neste quesito a legislação ambiental, além de incentivar à proteção e preservação
do meio ambiente e exigir que todas as empresas e fornecedores ligados ao processo de
produção estejam em conformidade com as leis ambientais.
Entretanto alguns pontos importantes ainda não estão inseridos no processo produtivo.
A emissão de gases na atmosfera sem controle adequado e a não adoção de tecnologias mais
limpas e que promovam o uso racional de matéria prima são fatores que podem ser citados.
Para a elaboração de um Plano de Gestão Ambiental adequado para a Majestade, cabe
a empresa efetivar uma análise adequada em profundidade de todos os aspectos e impactos
associados em seus processos produtivos para assim definir os meios pelos quais as diretrizes
da norma ISO 14001 poderão ser executados. Outro ponto importante é a criação de um
departamento de meio ambiente, o qual será responsável por todas as ações pertinentes à
implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
Sugere-se como estudos futuros, a realização de uma análise quantitativa e qualitativa
dos aspectos e impactos associados à empresa e, a elaboração sistêmica das diretrizes para a
implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NBR ISO 14001, Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação com guia para uso –
ABNT, Rio de Janeiro, 1996.
______. NBR ISO 14004 – Sistemas de gestão ambiental: diretrizes gerais sobre princípios,
sistemas e técnicas de apoio – ABNT, Rio de Janeiro, 2004.
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ROPPA, LUCIANO. Brasil: O consumo de carnes passado a limpo. 2008. [S.n.t.]
SATO, GENI S. Perfil da Indústria de Alimentos no Brasil: 1990 – 1997. RAE - Revista de
Administração de Empresas. São Paulo, v. 37, n. 3, p. 56-67 Jul./Set. 1997
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