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Analise Infinitesimal PDF
Analise Infinitesimal PDF
Universidade do Minho
1998/1999
CONTEÚDO
1 Lógica . . . Simplicada 3
1.1 Proposições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Operações Sobre as Proposições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Implicação e Equivalência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.4 Algumas Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.5 Predicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.6 Quanticadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Conjuntos 6
2.1 Operações entre Conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Produto Cartesiano de um Conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Relações Binárias 8
5 Funções 13
5.1 Composição de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.2 Restrição de uma Função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.3 Função Inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.4 Módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Análise Innitesimal I CONTEÚDO
6 Noções Topológicas 16
7 Sucessões Reais 18
7.1 Sucessão de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7.2 Subsucessão ou Sucessão Parcial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8 Séries 22
11 Derivabilidade 30
CAPÍTULO 1
Lógica . . . Simplicada
1.1 Proposições
Denição 1.1
Uma proposição é um enunciado, do qual se pode dizer, sem ambiguidade, se é verdadeiro ou falso.
(
V − Sef orV erdadeiro
A cada proposição atribui-se um valor boleano:
F − Sef orF also
Nota:
Repare-se que A ⇒ B é verdadeira se e só se (∼ A) ∨ B é verdadeira.
Análise Innitesimal I 1. Lógica . . . Simplicada
P2 · Associatividade
(A ∨ B) ∨ C = A ∨ (B ∨ C)
(A ∧ B) ∧ C = A ∧ (B ∧ C)
P3 · Distributividade
(A ∨ B) ∧ C = (A ∧ C) ∨ (B ∧ C)
(A ∧ B) ∨ C = (A ∨ C) ∧ (B ∨ C)
1.5 Predicados
Denição 1.7 (Predicados)
Um predicado é uma proposição A contendo uma ou mais variáveis x1 , x2 , . . ., que podem ser subs-
tituídos por elementos de um certo conjunto, produzindo assim proposições A(x1 , x2 , . . .).
1.6 Quanticadores
Denição 1.8 (Quanticador Existencial)
Seja E um conjunto. ∃ x ∈ E, A(x) Signica que pelo menos um elemento de E verica a condição
A(x).
Denição 1.10
Seja E um conjunto. ∃! x ∈ E, A(x) Signica que um e um só elementos de E verica a condição
A(x).
Análise Innitesimal I 1. Lógica . . . Simplicada
¡ ¢ ¡ ¢
P2 · ∼ ∃ x ∈ E, A(x) = ∀ x ∈ E, ∼ A(x)
Observação:
Numa frase lógica, a ordem dos quanticadores é muito importante e não pode ser invertida.
CAPÍTULO 2
Conjuntos
Sejam A e B conjuntos;
➭A⊆B
• Todos os elementos de A estão contidos em B ,
• A é subconjunto de B ,
• ∀a ∈ A, a ∈ B ,
• a ∈ A ⇒ a ∈ B;
➭ A 6⊆ B
• Há pelo menos um elemento em A que não pertence a B ,
• A não é subconjunto de B ,
/ B,
• ∃ a ∈ A, a ∈
/ B;
• ∃a: a∈A ∧ a∈
➭A(B
• A está contido em B mas é diferente de B ,
• A é subconjunto próprio de B ,
• A ⊆ B ∧ A 6= B ;
O2 . A ∩ B = {x : x ∈ A ∧ x ∈ B}
O3 . A\B = {x : x ∈ A ∧ x ∈
/ B}
O4 . B CA = B\A
Análise Innitesimal I 2. Conjuntos
2.2 Propriedades
P1 . Relação Reexiva: A ⊆ B
P2 . Relação Anti-Simétrica: (A ⊆ B ∧ B ⊆ A) ⇒ A = B
P3 . Relação Transitiva: (A ⊆ B ∧ B ⊆ C) ⇒ A ⊆ C
X × Y = {(x, y) : x ∈ X ∧ y ∈ Y }
Denição 3.1
Considere-se a relação binária ρ em X . Diz-se que ρ é:
1. Reexiva ⇔ ∀x ∈ X : xρx;
· : R × R −→ R
(x, y) 7−→ x · y
portanto (R, +, ·) é um corpo.
4.2 Adição
Propriedades 4.1
P1 . A adição é associativa:
∀ x, y, z ∈ R, x + (y + z) = (x + y) + z
P2 . A adição é comutativa:
∀ x, y ∈ R, x + y = y + x
4.3 Subtracção
− : R × R −→ R
(x, y) 7−→ x − y = x + (−y)
Análise Innitesimal I 4. Conjunto dos Números Reais
4.4 Multiplicação
Propriedades 4.2
P1 . A multiplicação é associativa:
∀ x, y, z ∈ R, x · (y · z) = (x · y) · z
P2 . A multiplicação é comutativa:
∀ x, y ∈ R, x · y = y · x
4.5 Divisão
/ : R × R −→ R
(x, y) 7−→ xy = x · y −1
4.7 R+
Propriedades 4.3
Seja R+ ⊂ R tal que:
P1 . ∀ x, y ∈ R+ , x + y ∈ R+ ∧ x · y ∈ R+ ,
.
P2 . ∀ x ∈ R\{0}, x ∈ R+ ∨ −x ∈ R+ ,
/ R+ .
P1 . 0 ∈
Tem-se que
© ª
• R+ = x : x ∈ R+
© ª
• R− = x : −x ∈ R+
• R = R− ∪ R+ ∪ {0}
Análise Innitesimal I 4. Conjunto dos Números Reais
R+ permite denir em R uma relação de ordem, passando (R, +, ·) a ser um corpo ordenado.
Assim, à custa de R+ dene-se uma relação de ordem "<"do seguinte modo:
x, y ∈ R, x < y se e só se x · y ∈ R+
Propriedades 4.4
P1 . Relação T ransitiva:
¡ ¢
∀ x, y, z ∈ R, x < y ∧ y < z ⇒ x < z,
P2 . Relação T riptonica:
∀ x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das seguintes relações: x = y ou x < y ou x > y ,
P3 . M onotrocidade da adição:
x < y ⇒ x + z < y + z, ∀z ∈ R,
P4 . Lei do Corte:
¡ ¢
x, y, z ∈ R : x + z < y + z ⇒ x < y,
4.8 Relação 6
Denição 4.1
Seja x, y ∈ R. Tem-se que x 6 y se e só se x < y ou x = y .
Propriedades 4.5
A relação 6
P1 . É Transitiva,
P2 . É Reexiva,
P3 . É Anti-Simétrica
¡ ¢
(x 6 y ∧ y 6 x) ⇒ x = y .
1. x ≤ S, ∀ x ∈ X ;
2. x ≤ M, ∀ x ∈ X ⇒ S ≤ M ;
3. C ≤ S ⇒ ∃ x ∈ x : C < x.
1. x ≥ I, ∀ x ∈ X ;
2. x ≥ m, ∀ x ∈ X ⇒ I ≥ m;
3. C > I ⇒ ∃ x ∈ x : C > x.
∀ x ∈ R+ , ∀ y ∈ R, ∃n ∈ N : n·x>y
Lema 4.1
Não existe um número racional, cujo quadrado seja 2.
∀ a, b ∈ R, ∃ x ∈ X : a < x < b.
CAPÍTULO 5
Funções
Uma função é uma relação de equivalência de um conjunto de elementos com outro conjunto de
elementos.
• ∀ a ∈ X, ∃ b ∈ Y : (a, b) ∈ f .
f : A −→ B
a 7−→ b = f (a)
∀ x, x0 ∈ X, f (x) = f (x0 ) ⇒ x = x0
∀ y ∈ Y, ∃ x ∈ X : f (x) = y
∃ x, x0 ∈ X : f (x) = f (x0 ) ∧ x 6= x0
∃ y ∈ Y, ∀ x ∈ X : f (x) 6= y
f ◦ g : A −→ C
¡ ¢
x 7−→ g f (x)
Propriedades 5.1
1. Se f e g são injectivas, então f ◦ g é injectiva;
f |A : A −→ Y
x 7−→ f |A (a) = f (a) ∀a∈A
5.4 Módulo
Denição 5.10 (Módulo)
A função | | : R −→ R chama-se função módulo, sendo denida por:
| | : R −→ R
(
x se x > 0
x 7−→
−x se x < 0
Propriedades 5.2
P1 . |x| = max{x, −x};
P2 . −|x| 6 x 6 |x|;
P3 . Seja a ∈ R+
0 − a 6 x 6 a ⇒ |x| 6 a;
Denição 6.5
O interiore de X é o conjunto:
◦ © ª
X = pontos interiores de X
Denição 6.6
A aderencia de X é o conjunto:
© ª
X = pontos aderentes de X
Denição 6.7
O derivado de X é o conjunto:
© ª
X 0 = pontos de acumulac˜o de X
Denição 6.8
A f ronteira de X é o conjunto:
∂X = f r(X) = X ∩ R\X
Análise Innitesimal I 6. Noções Topológicas
∃ M > 0, ∀ n ∈ N, |xn | 6 M
∀ n ∈ N, an 6 xn 6 bn ou bn 6 xn 6 an
Denição 7.4
¡ ¢
Uma sucessão xn n∈N diz-se:
4. Crescente se ∀ n ∈ N, xn 6 xn+1 ;
5. Decrescente se ∀ n ∈ N, xn 6 xn+1 ;
Denição 7.5
¡ ¢ ¡ ¢
Dadas as sucessões reais xn n∈N e yn n∈N dene-se:
Análise Innitesimal I 7. Sucessões Reais
¡ ¢ ¡ ¢ ¡ ¢
1. Soma de sucessões: xn n∈N + yn n∈N = xn + yn n∈N ;
¡ ¢ ¡ ¢ ¡ ¢
2. P roduto de sucessões: xn n∈N · yn n∈N = xn · yn n∈N ;
Teorema 7.1
¡ ¢
Uma sucessão real an n∈N , não pode ter dois limites diferentes.
Teorema 7.2
Sejam (an )n e (bn )n sucessões reais. Suponha-se que (xn )n é uma sucessão enquadrada por (an )n e
(bn )n . Se (an )n −→ x e (bn )n −→ x, então (xn )n −→ x.
Teorema 7.3
Sejam (an )n e (bn )n sucessões reais.
i) (an + bn )n −→ a + b;
ii) (an · bn )n −→ a · b;
iii) (λ · an )n −→ λ · a;
1 1
3. Se (an )n −→ a 6= 0, então −→ .
(an )n a
Teorema 7.4
Se (an )n é uma sucessão crescente majorada, então (an )n é convergente e
Corolario 7.4.1
Se (an )n é uma sucessão decrescente minorada, então (an )n é convergente e
Teorema 7.6
Toda a sucessão convergente é sucessão de Cauchy.
Teorema 7.7
Toda a sucessão de Cauchy é limitada.
Teorema 7.8
Toda a subsucessão de uma sucessão convergente é ainda uma sucessão convergente para o limite
da sucessão original.
Corolario 7.8.1
Se, de uma sucessão (an )n se conseguir extrair duas subsucessões convergentes para limites diferen-
tes, então (an )n não é convergente.
Proposição 7.1
¡ ¢ ¡ ¢
Se aϕ1 (n) n , . . . , aϕk (n) n , com k ∈ N são subsucessões de uma sucessão (an )n , tal que
ϕ1 (N) ∪ . . . ∪ ϕk (N) = N e tais que lim aϕ1 (n) = . . . = lim aϕk (n) = a então (an )n é convergente e
n n
lim(an )n = a.
n
Teorema 7.9
Toda a sucessão possui uma subsucessão monótona.
Teorema 7.11
Toda a sucessão de Cauchy possui uma subsucessão convergente.
Teorema 7.12
Toda a sucessão de Cauchy é convergente.
Análise Innitesimal I 7. Sucessões Reais
Denição 7.9
Seja (an )n uma sucessão. Diz-se que:
1. lim an = +∞ ou (an )n −→ +∞ se
n
2. lim an = −∞ ou (an )n −→ −∞ se
n
Observação:
As sucessões que não têm limite ou cujo limite é innito, dizem-se sucessões divergentes.
CAPÍTULO 8
Séries
A série ca completamente denida pelo conhecimento de uma das sucessões que a constituem,
uma vez que:
n
X
• sn = an , ∀ n ∈ N
k=1
(
an = sn − sn−1 , ∀n > 1
•
a1 = s1
Proposição 8.1
Sejam (an )n e (bn )n sucessões reais tais que X = {n ∈ N : an 6= bn } é nito. Então as séries
geradas por (an )n e (bn )n ou são ambas convergentes ou são ambas divergentes.
Observação: X
Em geral a série gerada por uma sucessão (an )n representa-se por an .
n∈N
Teorema 8.1
Se a série gerada por uma sucessão (an )n é convergente, então (an )n −→ 0.
Análise Innitesimal I 8. Séries
i) (an )n é decrescente;
ii) (an )n −→ 0
X
Então (−1)n an é convergente.
n∈N
Teorema 8.3
A série gerada por uma sucessão de termos não negativos é convergente se e só se a sucessão das
somas parciais é negativa.
Teorema 8.4
Se a série gerada por (|an |) é convergente, então a série gerada por (an )n é convergente e
+∞
X +∞
X
an 6 |an |
n=1 n=1
Teorema 8.5 X
Seja (an )n uma sucessão. Se an é absolutamente convergente então qualquer que seja f : N −→ N
n∈N X
¡ ¢
bijectiva, a série gerada por af (n) n é absolutamente convergente, isto é af (n) converge, e
n∈N
X X
an = af (n)
n∈N n∈N
an+1 X
ii) Se > s então an é divergente.
an
n∈N
an+1 X
ii) Se lim > 1 então an é divergente.
n an
n∈N
an s X
ii) Se ∀ n ∈ N, <1+ então an é divergente.
an+1 n+1
n∈N
CAPÍTULO 9
Funções, Estudo Analítico
Denição 9.1
Sejam X conjunto, f : X −→ R e g : X −→ R funções. Dene-se:
1. Soma de Funções:
f + g : X −→ R
x −→ f (x) + g(x)
2. P roduto de Funções:
f · g : X −→ R
x −→ f (x) · g(x)
λ · f : X −→ R
x −→ λ · f (x)
Denição 9.2
Seja f : X −→ R. Diz-se que f é:
1. M ajorada se ∃ M ∈ R, ∀ x ∈ X, f (x) 6 M;
Denição 9.3
Sejam X ⊆ R conjunto e f : X −→ R uma função. f diz-se:
Denição 9.4
Sejam X ⊆ R conjunto e f : X −→ R uma função e x0 ∈ X . Diz-se que f tem:
1. M áximo em x0 se
∃ δ > 0, ∀ x ∈ X ∩ ]x0 − δ, x0 + δ[, f (x) 6 f (x0 );
2. M inimo em x0 se
∃ δ > 0, ∀ x ∈ X ∩ ]x0 − δ, x0 + δ[, f (x) > f (x0 );
3. M áximo Estrito em x0 se
∃ δ > 0, ∀ x ∈ X ∩ ]x0 − δ, x0 + δ[, f (x) < f (x0 );
4. M inimo Estrito em x0 se
∃ δ > 0, ∀ x ∈ X ∩ ]x0 − δ, x0 + δ[, f (x) > f (x0 ).
Propriedades 9.1
Sejam f : X −→ R e g : X −→ R funções, x0 ∈ X , f e g contínuas em x0 .
P1 . (f + g) (x) é contínua em x0 ;
P2 . (f · g) (x) é contínua em x0 ;
P3 . λ · f (x) é contínua em x0 ;
f
P4 . Se g(x) 6= 0, ∀ x ∈ X, (x) é contínua em x0 .
g
Observação:
Tem-se que:
Propriedades 9.2
Sejam f : X −→ R e g : X −→ R funções, x0 ∈ X , tais que lim f (x) = a e lim g(x) = b.
x→x0 x→x0
µ ¶ lim f (x)
f x→x0
P4 . Se g(x) 6= 0, ∀ x ∈ X e b 6= 0, então lim (x) = .
x→x0 g lim g(x)
x→x0
Proposição 9.1
Sejam f : X −→ R e g : Y −→ R funções, tais que f (X) ⊆ Y . Se f é contínua em x0 ∈ X e g é
contínua em f (x0 ), então g ◦ f é contínua em x0 .
Observação:
Este δx0 depende do ponto x0 consideredo, podendo δ ser diferente para cada x0 .
Observação:
Signica que o δ é válido para todo o x0 .
Nota:
Se f é uniformemente contínua então f é contínua, o reciproco pode não ser verdadeiro.
Análise Innitesimal I 9. Funções, Estudo Analítico
3. Dado I 0 ⊆ I , se (Cα )α∈I 0 é uma cobertura de X , então (Cα )α∈I 0 diz-se uma Subcobertura
da cobertura (Cα )α∈I .
Teorema 9.3
Se f : [a, b] −→ R é contínua, a < b ∈ R, então f é uniformemente contínua.
Corolario 9.6.1
Seja f : [a, b] −→ R uma função contínua, tal que f (a) · f (b) < 0. Então ∃ x0 ∈]a, b[ tal que
f (x0 ) = 0.
Corolario 9.6.2
Sejam I ⊆ R intervalo e I −→ R uma função contínua. Então f (I) é um intervalo.
Teorema 9.7
Sejam I ⊆ R intervalo e I −→ R uma função contínua, injectiva. Então f é estritamente monótona.
Teorema 9.8
Sejam I, J ⊆ R intervalos e I −→ J uma função contínua, bijectiva. Então f −1 é contínua.
CAPÍTULO 10
Funções Trigonométricas Inversas
CAPÍTULO 11
Derivabilidade
f 0 : X −→ R
d se x = x0
x 7−→ f (x) − f (x0 )
se x 6= x0
x − x0
f (x) − f (x0 )
isto é lim = d. A derivada de f em x0 , representa-se por f 0 (x0 ) = d ou Df (x0 ) = d.
x→x0 x − x0
Observação:
Denição 11.3
Uma função f : X −→ R diz-se derivável em X se for derivável em qualquer ponto do seu domínio
X . Em particular, se f é derivável, implica que X ⊆ X 0 .
Análise Innitesimal I 11. Derivabilidade
Teorema 11.1
Seja X ⊆ R, f, g : X −→ R funções deriváveis em x0 ∈ X ∩ X 0 . Então
¡ ¢ ¡ ¢0
P1 . f + g (x) é derivável em x0 e f + g (x0 ) = f 0 (x0 ) + g 0 (x0 );
¡ ¢ ¡ ¢0
P2 . ∀ λ ∈ R, λ · f (x) é derivável em x0 e λ · f (x0 ) = λ · f 0 (x0 );
¡ ¢ ¡ ¢0
P3 . f · g (x) é derivável em x0 e f · g (x0 ) = f 0 (x0 ) · g(x0 ) + f (x0 ) · g 0 (x0 ).
Denição 11.4
Seja X ⊆ R, f : X −→ R uma função e x0 ∈ X .
Teorema 11.2
Seja X ⊆ R, f : X −→ R uma função e x0 ∈ X ∩ X 0 . Se f é derivável em x0 e f 0 (x0 ) = 0, então
f é estritamente monótona em x0 .
Teorema 11.3
Seja X ⊆ R, f : X −→ R uma função e x0 ∈ X ∩ X 0 . Se f tem um extremo local (máximo local ou
mínimo local ) em x0 e f é derivável em x0 , então f 0 (x0 ) = 0.
Nota:
Este teorema só é valido, se a função atingir um máximo ou mínimo local num ponto x0 que
seja interior ao seu domínio, e desde que exista derivada no ponto x0 .
Se f é uma função derivável, e o seu domínio é um intervalo fechado, f admite máximos e
mínimos locais, e os pontos de máximos ou mínimos locais estão entre os pontos de fronteira do
intervalo e os pontos onde a derivada de f se anula.
Teorema 11.4
Seja X ⊆ R, f : X −→ R uma função e x0 ∈ X ∩ X 0 . Se f é derivável em x0 , então f é contínua
em x0 .
Corolario 11.4.1
Seja X ⊆ R, f : X −→ R uma função. Se f é derivável, então f é contínua .
Teorema 11.6
Seja f : [a, b] −→ R uma função contínua em ]a, b[. Se f (a) = f (b), então ∃ x0 ∈]a, b[, tal que
f 0 (x0 ) = 0
f (b) − f (a)
= f 0 (x0 )
b−a
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0
x→b g(x) x→b g (x)
Corolario 11.10.1
Seja a < b e f : [a, b] −→ R uma função derivável. Se f 0 (a) · f 0 (b) < 0, então ∃ x0 ∈]a, b[ tal que
f 0 (x0 ) = 0.
Corolario 11.10.2
Seja I ⊆ R intervalo e f : [a, b] −→ R uma função derivável. Então f 0 (I) é também um intervalo.
Denição 11.6
Sejam X ⊆ R, k ∈ N0 e f : X −→ R uma função. Dene-se o conjunto C k como:
© ª
C k (X) = f : X −→ R : f é k vezes derivável em X e f (k) é contnua