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8o

ANO

2024_AF_B1_V1
História

Nivelamento – Resistências à escravidão

1o bimestre – Aula 03
Ensino Fundamental: Anos Finais
Conteúdo Objetivos

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● Formas de resistência à ● Analisar as formas de
escravidão. resistência dos africanos e
afrodescendentes;
● Compreender o sentido da
liberdade para os escravizados
no mundo colonial.
Para começar

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Todas as mãos

A partir de seus conhecimentos prévios, levante a mão se


quiser responder ao questionamento abaixo:
O que você sabe sobre as formas de resistência à escravidão nas colônias
europeias na América por parte dos escravizados de origem africana?
Foco no conteúdo

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A resistência à escravidão
Desde a chegada dos africanos à América
portuguesa, houve resistência contra sua
escravização. Fugas e rebeliões eram comuns e os
responsáveis por esses atos eram castigados com
torturas físicas. Quando havia fugas, os capitães-
do-mato eram encarregados de buscar, aprisionar e
trazer de volta os fugitivos. Havia também os
feitores, uma espécie de administrador da Representação de um capitão-do-mato
escravaria, que controlavam os trabalhos, a trazendo um escravizado africano que
havia fugido da fazenda em que
obediência e os castigos dos escravizados. trabalhava, de Johann Moritz
Rugendas, 1823.
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Algumas formas de resistência à
escravidão durante a colônia
● Fuga para quilombos: os escravizados que
conseguiam fugir das fazendas iam, na maioria
das vezes, para quilombos (povoados nos quais
se estabeleciam aqueles que fugiam da
escravidão). Mapa histórico da Capitania
● Revoltas de escravizados: os escravizados se de Pernambuco com
uma representação do
organizavam e promoviam revoltas contra as Quilombo dos Palmares,
condições nas quais se encontravam, ou com a desenvolvida a partir dos
intenção de alcançar sua liberdade. registros de Frans Post, 1647.
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Negociações
As fugas e rebeliões foram menores em comparação à resistência dos que não se
rebelaram. A historiografia sobre a escravidão africana discute o conceito de
"negociação" como uma forma de resistência, pois sobreviver à escravidão era o
maior desafio dos escravizados. É importante ressaltar que os escravizados,
durante o período colonial, não podiam combater a instituição da escravidão
desejando simplesmente que ela deixasse de existir. A luta pela abolição da
escravidão é algo que só passou a ser uma possibilidade no final do século XVIII
e, no Brasil, ao longo do século XIX. Existiram diferenças entre a escravidão do
período colonial e da escravidão durante o Império no Brasil.
Foco no conteúdo

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Os libertos
Existiam vários motivos para que os senhores libertassem seus escravizados
durante o período colonial e o Império no Brasil. A possibilidade de ganhar a
alforria do seu senhor por lealdade e bons serviços prestados levava muitos
escravizados à obediência. Alguns deles, ao obterem sua liberdade, eram
promovidos à função de trabalhadores assalariados, como feitores, capitães do
mato, mestres de ofícios e algumas funções especializadas na fabricação de
açúcar, pecuária, mineração etc. Os capitães-do-mato, por exemplo, para
permanecerem livres, necessitavam atuar na captura daqueles que resistiam à
escravidão fugindo das fazendas.
Foco no conteúdo

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O Quilombo dos Palmares
Os quilombos foram parte da sociedade colonial e imperial e chegavam até
mesmo a fornecer alimentos para as vilas e cidades do entorno. É como se
fossem uma espécie de efeito colateral necessário da escravidão, segundo a visão
dos senhores na época.
A história do Quilombo dos Palmares é lembrada como um exemplo de
resistência à escravidão. O quilombo foi invadido diversas vezes e, em sua
última invasão, foi aniquilado a ponto de não haver mais resistência militar.

Continua...
Foco no conteúdo

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Seu último líder ficou conhecido como Zumbi. Durante
esse conflito, ele inicialmente conseguiu fugir, mas foi
capturado e morto em um ataque liderado pelo
bandeirante e militar português Domingos Jorge Velho,
no dia 20 de novembro de 1695. Desde 2003, esse dia é
celebrado oficialmente como o Dia da Consciência
Negra, que se tornou feriado estadual em São Paulo a
partir de setembro de 2023.
Representação de Zumbi
dos Palmares, de Antônio
Parreiras, 1927.
Na prática

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Considere as afirmativas abaixo sobre os atos X
de opressão e resistência à escravidão: Mostre-me

I. Fugas aconteciam e os responsáveis por esses atos costumavam ser castigados


com torturas físicas.
II. Por vezes, os escravizados resistiam à situação de escravidão se organizando e
promovendo revoltas contra a condição na qual se encontravam, ou com a
intenção de alcançar sua liberdade.
III. O Quilombo dos Palmares foi invadido diversas vezes e, em sua última invasão,
foi aniquilado a ponto de não haver mais resistência militar.
IV. Durante a época da colônia no Brasil, todos os escravizados aceitavam
passivamente sua condição, não promovendo nenhum tipo de resistência.
Na prática

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X
Mostre-me

Considerando as afirmações anteriores, mostre-me qual dessas alternativas está


correta:

a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.
Na prática

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Correção X
Mostre-me

Resposta esperada: alternativa C.


Fugas e rebeliões eram estratégias adotadas pelos escravizados para
manifestarem sua resistência à escravidão e, quando capturados, muitas
vezes esses escravizados enfrentavam punições severas, incluindo torturas
físicas. O Quilombo dos Palmares, resistiu a várias invasões, mas, durante
a última invasão, foi aniquilado, levando ao fim da resistência militar na
região.
Aplicando

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Vamos analisar o trecho de um texto
historiográfico sobre o assunto estudado! Puxe mais

“Conseguir autorização para morar fora da casa do seu senhor, portanto, era
algo que os escravos valorizavam – era um passo, pelo menos simbólico, no
sentido da liberdade. E [...] as alternativas viáveis de moradia na corte no
período eram cada vez mais os cortiços e as casas de cômodos. Sair da casa do
senhor, ou do ex-senhor, era um desejo que talvez não tivesse muito a ver com a
expectativa de melhores condições materiais de vida. Os cativos continuavam a
ter de pagar os jornais*, e havia agora a despesa do aluguel e da
alimentação(...)”
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo, SP:
Editora Nova Companhia das Letras, 1990, p. 239.
Aplicando

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● *“Jornais" eram os valores pagos pelos "escravos de
ganho” aos senhores. Puxe mais
● Os “escravos de ganho” vendiam produtos ou
realizavam pequenos ofícios nas cidades. Ficavam
com uma parcela pequena do pagamento para
conseguirem se sustentar, pois, muitas vezes,
moravam fora das casas dos senhores.

Após ter analisado o texto junto com seu professor, e lembrando do que
aprendemos na aula de hoje, responda:
a) Qual a relação entre o trecho "autorização para morar fora da casa do
seu senhor" e o processo de resistência à escravidão? Explique.
Aplicando

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Puxe mais
Correção
a) Qual a relação entre o trecho "autorização para morar fora da casa do
seu senhor" e o processo de resistência à escravidão? Explique.
Resposta esperada: o trecho destaca a importância da autorização para os
escravizados morarem fora da casa do senhor como um passo simbólico
em direção à liberdade. Essa permissão representava uma forma de
autonomia limitada, e desafiava o controle do senhor sobre a vida
cotidiana do escravizado. Os “escravos de ganho” poderiam até conseguir
comprar sua liberdade ao longo de sua vida, no entanto, os "jornais" que
tinham que pagar aos seus senhores eram altos e não lhes sobravam
muitos recursos.
O que aprendemos hoje?

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• Analisamos como se deram as formas de resistência à
escravização durante o Brasil colonial e as contradições
inerentes a esse processo.
Referências

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CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo, SP:
Editora Nova Companhia das Letras, 1990.
LEMOV, D. Aula nota 10 2.0: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2018.
REIS, J. J.; SILVA, E. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das
letras, 2009.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino
Fundamental. São Paulo, 2019.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação. Coordenadoria Pedagógica – COPED. São
Paulo, 2023.
Referências

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Slide 4: Wikimedia Commons. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/Capitao-mato.jpg. Acesso em: 22 nov. 2023.
Slide 5: Wikimedia Commons. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Mapa_da_Capitania_de_Pernambuco
%2C_com_representa%C3%A7%C3%A3o_do_Quilombo_dos_Palmares_%281647%29.jpg/1280px-
Mapa_da_Capitania_de_Pernambuco%2C_com_representa
%C3%A7%C3%A3o_do_Quilombo_dos_Palmares_%281647%29.jpg. Acesso em: 22 nov. 2023.
Slide 8: Wikimedia Commons. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0b/Ant%C3%B4nio_Parreiras_-_Zumbi_2.jpg. Acesso em:
22 nov. 2023.
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