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Atividade Avaliativa de História II Unidade

1.Analisando as estruturas econômicas coloniais, o historiador Caio Prado Jr.,


assim se referiu ao tema da escravidão: “É aliás esta exigência da colonização
que explica o renascimento, na civilização ocidental, da escravidão em declínio
desde os fins do Império Romano e já quase extinta de todo neste século XVI
em que se inicia aquela colonização”

A qual exigência da colonização o autor está se referindo?

a) Ao fato de o litoral brasileiro apresentar imenso potencial mineral e somente


os escravos africanos terem a necessária técnica de extração.
b) À definição de uma colonização baseada na plantation, dentro dos padrões
mercantilistas da época moderna.
c) À impossibilidade de se utilizar o trabalho escravo dos indígenas, visto que
não se adaptaram de forma conveniente ao trabalho compulsório.
d) À especialidade própria das regiões americanas, que estavam a exigir a
implantação de um amplo sistema de feitorias destinadas ao comércio dos
produtos tropicais.

2.  O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil:
a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista:
uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para
alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama
dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.”

(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São
Paulo: Ática, 2003. p. 112).

Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto


afirmar:

a) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse,


aumentaram após 1850.  Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz,
ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico
interno entre as regiões.
b) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era
permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se
escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à
produção do café.
c) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a
escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo
menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para
se ter escravos.
d) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após
adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos
que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras.
e) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados
da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de
diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao
destino.

3.Os africanos foram trazidos do chamado continente negro para o Brasil em


um fluxo de intensidade variável. Os cálculos sobre o número de pessoas
transportadas como escravos variam muito. Estima-se que, entre 1550 e 1855,
entraram pelos portos brasileiros 4 milhões de escravos, na sua grande maioria
jovens do sexo masculino.

(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade de São


Paulo,1995. p. 51.)

Sobre a escravidão no Brasil, é correto afirmar que:

a)o Quilombo dos Palmares, organizado no interior do atual


Estado de Alagoas, é considerado o mais importante do período
colonial e foi liderado por Zumbi.

b) no continente africano os vários povos estavam divididos em


etnias organizadas em tribos, clãs e reinos. Apesar desta
divisão, a unidade desses povos foi uma forma de resistirem à
escravidão e não serem transformados em mercadoria.

c) a Constituição de 1988 afirma que “cabe aos remanescentes


das comunidades de quilombos que estejam ocupando suas
terras o reconhecimento da propriedade definitiva, devendo o
Estado emitir-lhes os títulos definitivos”. Este artigo da
Constituição solucionou a “questão quilombola” no Brasil.

4.Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que


consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada
a trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída
no momento da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil,
quando era preponderante a escravidão de negros africanos que os
transformava legalmente em propriedade dos seus senhores. As leis
abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, pelo
artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à
condição de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de
situação degradante e de jornadas de trabalho excessivas. (Adaptado de Neide
Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.)

Com base no texto, considere as afirmações abaixo:


I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à
Abolição.

II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.

III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho


escravo na história do Brasil.

IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída


no momento do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão.

V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são


consideradas formas de escravidão pela legislação brasileira atual.

5.

Cartazes, como o acima, registram algumas das características da escravidão


na sociedade brasileira, durante o século XIX.

a) Com base nas informações contidas no documento e no seu


conhecimento acerca da escravidão, assinale a única opção que NÃO
apresenta uma característica correta.
b) Os escravos especializados em algum ofício usufruíam de
melhores condições de trabalho; viviam, nas cidades,
como homens livres, e evitavam fugas ou revoltas.
c) O costume de andar calçado era um símbolo de status
social que permitia estabelecer critérios de distinção entre
trabalhadores libertos (forros) e escravos.

d) A identificação do escravo como “crioulo” apontava para


sua condição de nascido no Brasil, distinguindo-o, do
“africano”, o recém-chegado, trazido pelo tráfico.

e) As diferenças entre escravos e “forros”, isto é, cativos que


haviam conseguido sua alforria, em áreas urbanas, eram
pouco expressivas em termos de matizes raciais.

f) As fugas de escravos, a despeito de sua recorrência, eram


compreendidas pelos proprietários como a perda de um
bem constituído, o que justificava o pagamento de
recompensa pela captura.

6.Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados


pelo escravo chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo,
proprietário da Casa de Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em
que se encontravam, e lhe meteram a lenha . Em depoimento à polícia, o
escravo Gonçalo assim justificou o ataque: Tendo ido anteontem para a casa
de Veludo para ser vendido foi convidado por Filomeno e outros para se
associar com eles para matarem Veludo para não irem para a fazenda de café
para onde tinham sido vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)

Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente


sobre os escravos e a escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e
a forma como se relacionavam com a escravidão da seguinte forma:

a) O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de


seu proprietário. Privado de todo e qualquer direito, incapaz de agir com
autonomia, o escravo era politicamente inexpressivo, expressando
passivamente os significados sociais impostos pelo seu senhor.

b)Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes


informam que os escravos eram capazes de se organizar e se contrapor por
meio de brigas ou desordens àquilo que não consideravam justo , mesmo
dentro do sistema escravista.

c) Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos
escravos. O ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a
delinqüência dos escravos, só permite uma única interpretação: barbárie social.

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