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um seriado de televisão mexicano criado por Roberto Gómez Bolaños (conhecido em seu
país como Chespirito) produzida pela Televisión Independiente de México (posteriormente
chamada de Televisa) e exibida pelo Canal 2 (na época também chamada de XEW-TV,
atual Las Estrellas).[5] Exibido pela primeira vez no Canal 8, o roteiro veio de
um esquete escrito por Bolaños, onde uma criança de oito anos discutia com um vendedor
de balões em um parque (interpretado por Ramón Valdez).[6] Bolaños deu importância ao
desenvolvimento dos personagens, aos quais foram distribuídas personalidades distintas.
Desde o início, seu criador percebeu que o seriado seria destinado ao público de todas as
idades, mesmo se tratando de adultos interpretando crianças.[3] O elenco principal é
composto por Roberto Bolaños, María Antonieta de las Nieves, Ramón Valdés, Florinda
Meza, Carlos Villagrán, Edgar Vivar, Rubén Aguirre, Angelines Fernández, Horacio
Gómez e Raúl Padilla.[7]
O sucesso de El Chavo del Ocho foi tanto que, em 1973, foi distribuído em vários países
da América Latina, obtendo altos índices de audiência.[8] Estima-se que no mesmo ano, foi
visto por mais de 8,3 milhões de telespectadores a cada dia.[4] Devido à popularidade, o
elenco realizou turnês internacionais que compreenderam vários países nos quais era
transmitido à época, numa série de apresentações onde dançavam e atuavam no palco ao
vivo.[9] No final de 1978, Villagrán deixou o programa, devido a conflitos sobre a autoria de
seu personagem Kiko,[3] e, meses depois, Valdés fez o mesmo, por razões pessoais.
Valdés, no entanto, retornou ao programa pouco tempo depois. A última transmissão do
seriado foi em 7 de janeiro de 1980, entretanto continuou como um quadro do
programa Chespirito até 12 de junho de 1992.[4] Desde 2 de maio de 2011, o show é
exibido nos Estados Unidos na rede UniMás,[10] embora o show tenha sido exibido
anteriormente na rede irmã Univision e sua antecessora, o Spanish International
Network.[1][2] A frequente ocorrência de expressões idiomáticas mexicanas tornou El Chavo
del Ocho muito difícil de traduzir para outras línguas, exceto para o português, que é muito
similar ao espanhol. Bolaños considerou que o impacto da série em outros países era
devido ao sucesso de El Chapulin Colorado.[11]
No que diz respeito ao enredo, o seriado obteve uma recepção essencialmente grotesca e
negativa nas suas primeiras exibições, já que o conteúdo era classificado como
"grotesco",[12] "idiota", "fútil", "alienante"[3] e "não recomendável".[13] Um dos temas que mais
críticas negativas levantou, foi a violência explícita através de golpes e insultos entre
alguns dos personagens.[14][15] Contudo, outros meios garantiram um aspecto positivo de El
Chavo del Ocho que era a utilização de "situações universais" com as quais o público pode
se identificar facilmente, independentemente da idade e nacionalidade.[16]
Apesar de sua conclusão no início da década de 1990, a série tem sido transmitida
continuamente em vários países desde então. Em 2011, tinha-se conhecimento de vinte
países que ainda o transmitiam como parte de sua programação regular.[4] Em 2006, foi
estreada a sua versão em desenho animado, um programa baseado nesta série, cujo
criador e produção são os mesmos. Nesta versão, Chiquinha não faz nenhuma aparição já
que sua intérprete María Antonieta de las Nieves enfrentou Bolaños por direitos
autorais.[17] Entre alguns produtos derivados do programa, incluem o livro El diario del
Chavo del Ocho, o musical El Chavo animado - Show en vivo (estreado em 2010), um
videogame para Wii lançado em 2012, assim como aplicativos para Facebook e
dispositivos móveis da Apple. A cultura popular de El Chavo del Ocho continua com
o status de ser um dos melhores programas de entretenimento, um dos mais reconhecidos
e continua sendo uma das séries com mais sucesso na televisão latino-americana.[18]