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- A internet é uma bomba relógio na vida de nossos filhos, vem causando discussões
em famílias, e afetando o cérebro de nossos filhos, como seu comportamento, peso
e desenvolvimento; A maioria dos pais se sente incapaz de deter ou de mudar isso.
A maioria dos pais esta seriamente angustiada com o tempo que seus filhos na frente
de uma tela, mas se sente confusa em relação aos riscos reais e também em relação
aos riscos reais e também em relação ao que cada um deveria fazer para solucionar
o problema.
Não é raro encontrar adolescentes que não conseguem dormir ou não são capazes
de ter um bom desempenho escolar porque passam muito tempo na internet.
Vinte anos atrás a internet não era comum: não estava em todas as casas e locais
de trabalho como agora.
O excesso de tempo de tela para crianças “pode causar dano cerebral a longo prazo”
Um estudo mostrou que bebes agora estão tão acostumados com os aparelhos
digitais em suas vidas que mais de um terço deles aprendeu a usar um smartphone
antes de aprender a andar ou a falar.
Compararemos o mundo digital ao açúcar: outra crise de saúde global que afeta
nossos filhos. A maioria dos pais nem sonharia em dar um pote de biscoito para o
filho todos os dias, tampouco deixar que comessem todos os biscoitos que
quisessem, quando quisessem. Mas muitos pais não pensam duas vezes em dar aos
filhos acesso irrestrito a um aparelho digital como um tablet ou smartphone. Os
efeitos de tempo de tela são menos prejudiciais a seus filhos do que os efeitos do
açúcar?
Proibir não é a solução mas devemos entender a Importância de ser realista e pratico.
Proibir telas é impossível na sociedade conectada, ainda mais considerando que boa
parte das tarefas escolares e lições de casa são feitos eletronicamente agora.
O problema é que qualquer conselho por parte de especialistas é muito distante do
que pais e filhos estão fazendo de verdade no mundo real. Mas a má noticia é que
se você deixar para tentar controlar o tempo de tela do seu filho na adolescência
pode ser tarde demais.
A melhor hora de criar bons hábitos virtuais e impedir que o tempo de tela se torne
uma obsessão é em crianças em “idade latente” (escola primaria).
Um dos efeitos, e preocupante de igual modo, são os ataques de raiva que uma
criança tem quando os pais tiram os aparelhos deles, quer sejam crianças entediadas,
desinteressadas e indispostas a qualquer coisa que não envolva uma tela.
Há relatos de que muitos executivos no Vale do Silicio mandam seus filhos para
escolas da rede Waldorf Rudolf Steiner, a qual proíbe o tempo de tela ate 12 anos de
idade.
O cérebro adolescente
É assim que a amígdala assume o comando no disparo das emoçoe ̃ s (medo, tristeza
e raiva), capacitando, então, o organismo para os comportamentos de luta ou fuga,
ao conferir uma maior habilidade de ação no entorno ambiental. Entende-se que esse
mecanismo primitivo de funcionamento emocional teria sua base na biologia, levando
a um comportamento emocional mais intenso nas primeiras fases de vida. Ele
estimula os adolescentes mamíferos (de qualquer espécie) a deixarem para trás o
conforto do bando ou, no caso dos humanos, o conforto da família para buscarem
novos ambientes para o acasalamento, garantindo, assim, uma prole geneticamente
mais saudável, ao se diminuir as chances de endogamia, bem como assegurando a
procura de novos ambientes para caça e habitação, o que reduz a competitividade
entre os membros de um mesmo grupo.
Outra área importante é o córtex cerebral, que tem um papel no controle emocional
e no processo de regulação comportamental. Ao funcionar como o quartel-general do
raciocínio e do controle dos impulsos, ele tem uma relação intima com o sistema
límbico, fazendo as emoções brutas que surgem na amígdala serem refinadas e
equilibradas pelo cérebro consciente (Giedd, 2015; Greenberg & Paivio, 2003). E,
quando “conversam”, o sistema límbico e o córtex pré́-frontal emitem as emoções
(entendimento das situações de ameaça) de um lado e, do outro lado, planejam a
ação, criando um mecanismo de adaptação extremamente importante.
Sabe-se que o córtex pré-frontal e o corpo estriado estão implicados nos indivíduos
dependentes de internet. O córtex pré-frontal costuma ser classificado como um
córtex de associação multimodal porque informações extremamente processadas de
várias modalidades sensoriais integram-se nele de forma precisa para formar os
construtos fisiológicos de memória, percepção e diversos processos cognitivos.
Estudos neuropsicológicos em humanos também sustentam a noção de operações
funcionais diferentes dentro do córtex pré-frontal. A especificação do componente de
processos executivos e sua localização em determinadas regiões do córtex pré- -
frontal foram implicadas em uma grande variedade de transtornos psiquiátricos (Li
et al., 2014).
Além disso, pesquisas já confirmaram a redução nas densidades e nos volu- mes da
substância cinzenta em comparação com os controles (Weng et al., 2013), bem como
da espessura cortical (Yuan et al., 2013), alterações no metabolismo da glicose (Tian
et al., 2014) e ativação cerebral alterada no córtex pré-frontal – espe- cificamente
nos córtices dorsolateral, orbitofrontal e cingulado anterior (Ko et al., 2014). Os
estudos mostram até mesmo baixos níveis de receptores de dopamina D2 (Hou et
al., 2012) e metabolismo da glicose alterado no corpo estriado (Park et al., 2010).
Todos esses achados são consistentes com o modelo fisiopatológico e o papel
significativo do córtex pré-frontal e do corpo estriado nos modelos de transtornos de
dependências (Limbrick-Oldfield, van Holst, & Clark, 2013).
Os gânglios da base são uma rede de áreas cerebrais (corpo estriado dorsal, corpo
estriado ventral, globo pálido, globo pálido ventral, substância negra e nú- cleo
subtalâmico) que controla as açoe ̃ s motoras e os comportamentos compulsivos
(inclusive a dependência de substâncias). Eles estão envolvidos principalmente na
seleção da ação e ajudam a determinar a decisão entre os diversos comportamen-
tos possíveis a executar em qualquer dado momento. De modo mais específico, a
função primária dos gânglios da base provavelmente é a de controlar e regular as
atividades das áreas corticais motoras e pré-motoras para que os movimentos vo-
luntários possam ser realizados. Estudos experimentais mostram que eles exercem
influência inibitória sobre vários sistemas motores e que a liberação dessa inibição
permite ao sistema motor se tornar ativo.
O estudo animal mencionado aqui mostrou que ambas as vias, de ir e parar, estavam
mais ativas nos camundongos habituados com o açúcar, e os pesquisado- res
constataram que o momento da ativação muda em ambas as vias; ou seja, nos
camundongos que criaram um hábito, a via de “ir” se acendeu antes da via de parar.
Em cérebros sem o hábito, o sinal de “parar” precedeu o sinal de “ir”.
Essas mudanças nos circuitos cerebrais foram tão duradouras e evidentes que foi
possível ao grupo prever quais camundongos haviam criado um hábito ape- nas
olhando para partes isoladas de seus cérebros. Os cientistas já haviam notado que
essas vias opostas dos gânglios da base parecem estar em competição, embora
nenhum tenha demonstrado que um hábito fornece a via de “ir” antes do início. O
grupo observou que as alterações na atividade de “ir” e “parar” ocorreram em toda
a região dos gânglios da base enquanto estudavam subgrupos específicos de células
cerebrais, o que pode, mais provavelmente, pressionar um paciente a se en- gajar
em outros hábitos não saudáveis ou em dependências. Para romper o hábito, os
pesquisadores incentivaram os camundongos a mudar seu comportamento sim-
plesmente recompensando-os se eles parassem de pressionar a alavanca. Os camun-
dongos que mais tiveram sucesso foram aqueles com células de “ir” mais fracas.
Ficar sentadas por tanto tempo, olhando para uma tela, faz com que não
desenvolvam sua forca de core. Isso as leva a ter má postura e não conseguir se
sentar porque seu core não as mantem eretas.
É irônico, mas uma primeira infância passada dentro de casa diante de um aparelho
digital não capacita as crianças a tarefas de ficar sentadas na escola, ao passo que
crianças que correm e são ativas tem um bom controle muscular e são mais capazes
de permanecer sentadas.
Interação social
O excesso de tela esta impedindo as crianças em idade latente de aprender a brincar.
No inicio da idade latente as crianças estão no estagio da brincadeira paralela –
brincam ao lado de outras crianças, mas não com elas. Isso porque elas entendem
que os aspectos sociais de brincar, como compartilhar e negociar são muito difíceis.
Em resumo, nessa idade o foco é mais tirar o brinquedo da mão da outra criança do
que compartilhar. Quando entram na escola ficam mais interessadas em brincar em
grupo e entendem que um companheiro de brincadeiras pode ser muito legal.
Brincar é crucial para o desenvolvimento social e emocional de uma criança. O
currículo do ensino primário é um programa de aprendizado centrado em brincadeiras
e na exploração auto direcionada, de modo que as crianças podem ir a diferentes
mesas dentro da sala de aula e escolher quais atividades querem realizar. As crianças
que tem muito tempo de tela tendem a passar de uma atividade para outra e costuma
ter dificuldade para se concentrar nas atividades oferecidas – porque estas exigem
habilidades de brincadeiras, mas avançadas do que elas possuem.
Foco e concentração
A internet tem um ritmo muito veloz.
O problema aqui é que os cérebros em desenvolvimento das crianças passam a se
acostumar com esse ritmo rápido de informações. Elas se habituam com a
gratificação e recompensa instantâneas – se realizam uma tarefa corretamente num
aplicativo ou completam uma fase do jogo, ganham um certificado virtual ou surge
uma medalha na tela. O aprendizado no mundo real é muito mais lento, e sua
gratificação, muito menos instantânea. As crianças que passam muito tempo em
dispositivos digitais podem aprender a se tornar boas em multitarefas, mas seria sob
risco de perderem o foco e a concentração? Se as crianças não conseguem se
concentrar, esse é um problema enorme para a educação futura delas.
Aprendizado e educação
Algumas soluções
Garanta que os aparelhos digitais não sejam o único foco no repertorio na hora de
brincar.
Desvie a atenção de seu filho. Usamos muito essa técnica com crianças pequenas,
mas ela também pode funcionar com crianças mais velhas. Distraia seu filho
sugerindo outra tarefa, seja um jogo ou atividade, para tira-lo da frente da tela.
Possuir um aparelho
A maioria das crianças em idade latente não tem as habilidades cognitivas apara
conseguir adiar a gratificação, o que significa que elas têm uma capacidade muito
limitada de esperar por algo. Elas também têm um relógio interno pouco
desenvolvido, o que significa que são muito menos capazes de entender a passagem
do tempo. Portanto, se ninguém as confrontar nem definir regras, elas vão ficar no
aparelho continuamente.
CUIDADO.
Algumas recomendações básicas para o uso da internet, de acordo com a faixa etária:
É uma boa ideia que os pais entendam como funciona o aparelho antes de dar ao
filho.
Os aparelhos competem com o tempo social. Ficar on-line é uma atividade isolada e
solitária que impede as crianças de ter interações na vida real. Pelo menos, se a
criança estiver tendo tempo de tela perto de outras pessoas, não é isolador.
Para manter uma autoridade paterna e materna precisa haver envolvimento com seu
filho.
Enquanto bebês e crianças de ate três anos estão dando passos enormes no
desenvolvimento motor e de linguagem, as crianças em idade latente estão em um
processo mais emocional e social. Elas estão observando, aprendendo,
desenvolvendo suas personalidades e absorvendo informações a respeito do mundo.
O desenvolvimento social e emocional é atingido através da observação, copia e auto
identificação. Os aparelhos digitais impedem isso.
Algumas soluções
- Com a contribuição do seu filho, defina regras de tela para toda a família e as anote
de forma que ele consiga entender. Essas regras podem incluir o comportamento
geral (hora de dormi, hora de lição de casa e a hora para tecnologia).
- Defina um cronograma que exiba exatamente quando as crianças podem ou não
ter tempo de tela (antes de dormir, ou não pode antes do café da manha) Encontre
o que se encaixa na rotina da família. Use recursos visuais.
- Inclua possíveis exceções no cronograma, para que fique claro e não haja confusão.
A criança pode ter 1 hora por dia nos finais de semana, desde que não haja
compromissos ou eventos de família.
- Limite quando e onde os aparelhos podem ser usados, com base nas regras da
família. Na mesa de jantar, na casa da vó, na igreja.
- Lembre-se sempre de monitorar o uso do aparelho de seu filho para saber se ele
esta seguindo as regras.
- tente interagir com a criança quando elas estiverem na internet ou num aparelho,
demonstre interesse no que estão fazendo.
- Coloque um timer no aparelho do seu filho para que ele tenha noção do tempo de
tela
- Bloqueie o wi-fi de aparelhos quando não quiser que seus filhos estejam on-line
Bulling virtual :
- Envio de mensagens ameaçadoras
- criação e compartilhamento de imagens ou vídeos vergonhoso
- “trolagem”
- Exclusão
- Criação de sites com conteúdo de ódio
- Incentivo a auto flagelagem
- Criação de contas falsas, invasão de perfis ou roube de identidade
- Envio de imagens explicitas
A tecnologia mudou nossas vidas e esta ai para nos ajudar. Melhor então
trabalharmos juntos e encontrar maneiras saudadveis e equilibradas de integra-la
em nossas casas.
É importante ser consciente dos riscos e permanecer no controle, e nosso grabalho
como pais é ajudar nossos filhos a criar hábitos saudáveis para o futuro.
- Há os benefícios terapêuticos do vídeo game, por exemplo, eles podem ser usados
para distrair e relaxar as crianças que estão passando por quimioterapia, e também
são usados para ajudar crianças com necessidades especiais como dificuldade no
aprendizado, TDAH, autismo.