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I - Objetivos gerais

Introdução ao Desenho Técnico. Normalização. Formatos e linhas. Modelamento matemático básico 2D /


3D superfície e sólido com o uso de sistemas CAD dedicados. Desenho de componentes mecânicos, elétricos,
pneumáticos, baseados em normas vigentes ABNT.

1.0 As normas do desenho técnico :

1.1 Introdução ao desenho técnico

A NB 13 (Normas Brasileiras 13) estabelece que, de acordo com a sua finalidade, gênero e acabamento, os
desenhos dividem-se em :

 ESBOÇO - Feito geralmente a mão livre, cotado ou não, guardando aproximadamente as proporções
do objeto representado.

 DESENHO PRELIMINAR - Desenho de conjunto com as dimensões aproximada da obra, sujeito a


modificações.

 DESENHO DEFINITIVO - Desenho de conjunto ou de detalhes, feito obrigatoriamente em escala e


contendo todos os elementos necessários à inteira compreensão do objeto e eventualmente, à sua
execução.

 GRÁFICOS E DIAGRAMAS - Modalidades de desenho técnico destinado a representar função e


sistema.

1.2 Razão e importancia

Na escola ou na indústria, para a execução de uma determinada peça ou componente, as informações podem ser
apresentadas de diversas maneiras :

A) A PALAVRA difícilmente transmite a idéia da forma geométrica de uma peça.


B) A PEÇA nem sempre pode servir de modelo.

C) A FOTOGRAFIA não esclarece os detalhes internos da peça.

D) O DESENHO enfim, através dele, é que se pode transmitir todas as idéias de forma e dimensões de uma
peça. Ele ainda fornece uma série de informações, qual seja :

- Material de que é feita a peça.


- Acabamento das superfícies.
- Tolerâncias de suas medidas, etc.

1.3 Instrumentos de desenho

No passado, os instrumentos que faziam parte de uma sessão de desenho eram : lápis, caneta nanquim, régua,
esquadro, prancheta, borracha e a folha própriamente dita.

Atualmente estamos vivenciando uma nova investida técnológica patrocinada pelos sistemas CAD (Computer Aided
Design) Desenho Auxiliado por Computador, onde os instrumentos de desenho são : "cpu" equipada com um
software de CAD, mouse, teclado, monitor, impressora ou plotter.
1.4 A Unificação

A possibilidade de troca de idéias nasce de uma primeira forma de unificação; a da linguagem e da escrita que leva a
clareza das informações.

Na organização da economia e da produção, ela constitui a premissa necessária sempre que um mesmo produto ou
uma mesma ação econômica seja desenvolvida por mais de um indivíduo. É por estas razões que podem ser
encontradas tentativas de realizar unificações nas mais longínquas épocas da história da humanidade.

Já no ano de 2400 a.C., os chineses tiveram um sistema de medida unitário: a unidade de medida de comprimento,
era a distancia entre dois nós de uma vara de bambu, correspondente a uma determinada nota produzida soprando na
vara, como em uma flauta.

As pirâmides do Egito foram construídas com blocos de pedra de iguais dimensões em torno do ano de 2500 a.C., e
sob o domínio do faraó Thutmosis I (1530...1520 a.C.) fabricavam-se tijolos de formato unificado nas dimensões de
410 x 200 x 130 mm e ânforas tendo formas e dimensões unificadas.

No fim do século XVIII o sistema métrico decimal começou a se impor nos confrontos de uma enormidade de
sistemas, até por conta das atividades mercantilistas de troca de mercadorias.

Estas breves explicações históricas ilustram o escopo originário da normalização que era o de estabelecer uma
unificação dimensional dos órgãos mecânicos, porque aquela foi a primeira necessidade considerada pela indústria.

No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) foi fundada em setembro de 1940 com sede e foro
na cidade do Rio de Janeiro.

Exemplos de outras instituições de normalização :

 DIN (Normas da Alemanha)


 UNI (Normas da Itália)
 JIS (Normas do Japão)
 AFNOR (Normas da França)
 ASA (Normas dos EUA)
 ISA (International Federation of the National Standardizing Association)
 ISO (International Organization for Standardization)

1.5 Normas mais usadas no Desenho Técnico

Norma ABNT Denominação

NB 8/65 Norma geral de desenho técnico


NB 13 Desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas
NB 17 Desenho e corte de engrenagens cilíndricas
NB 42 Desenho de eletrônica
NB 72 Dimensões normalizadas
NB 86 Sistema de tolerância e ajustes
NB 185 Seleção de campos para seleção de ajustes preferenciais
TB 11 Terminologia do material automotivo
NB 120 Série de ângulos de cones e conicidade
SB 21 Símbolos de engrenagens
NB 71 Números normalizados
P-PB-97 Parafusos, porcas e peças roscadas similares – Padronização
NB 97 part I Plano geral de dimensões de roscas
TB 41 Terminologia e simbologia de porcas
NB 93 Rugosidade de superfícies
P-NB-43 Execução de desenho de arquitetura
NB 16 Desenhos para obras de concreto simples ou armado
1.6 Escalas

A escala de desenho deve ser inscrita na legenda, no quadro apropriado. Quando o desenho for realizado em
deferentes escalas, a escala principal deverá ser indicada na legenda em fonte maior do que as secundárias e estas
deverão ser repetidas nas partes respectivas do desenho.

Em medidas angulares não se deve aplicar as escalas.

 Natural  O desenho é realizado em tamanho original, ou seja

 1:1

 Ampliação  O desenho é realizado em tamanho maior que o original, pode ser :

 2:1 / 5:1 / 10:1 / 20:1 / 100:1 / 200:1 / 500:1 / 1000:1

 Redução  O desenho é realizado em tamanho menor que o original, pode ser :

 1:2,5 / 1:5 / 1:10 / 1:20 / 1:25 / 1:50 / 1:100 / 1:200 / 1:250 / 1:500 / 1:1000

1.7 Tipos e espessuras de linhas no desenho geométrico

Para a execução do traçado do desenho, as linhas e círculos devem possuir espessuras e tipos que proporcionem uma
diferenciação gráfica dos seus elementos.

Os tipos de linhas padronizados e utilizados são os seguintes :


1.8 Caligrafia técnica

1.9 Folhas de desenho, legenda, títulos e quadros das anotações

1.9.1 Folhas de desenho, legenda e títulos

 Folhas de desenho

O desenho técnico é executado em folhas de papel, cujos formatos são estabelecidos pela ABNT, a NB 8/65 é o
extrato de norma que rege este quesito.

O formato das folhas é escolhido em relação ás dimensões do objeto ou do conjunto a ser representado, levando em
consideração a escala preestabelecida.

Os desenhos podem ser executados dispondo na folha no sentido horizontal ou vertical, conforme a necessidade.

 Legenda, títulos e quadro de anotações

Os desenhos após prontos, devem ser completados com o título, incrições e demais observações referentes ao seu
objetivo. Estas anotações são feitas em um espaço denominado LEGENDA.

INNOCENTI (Milano / Italia)


ANSALDO MECCANICO NUCLEARE (Genova / Italia)

FIAT (Torino – Italia)

ALFA ROMEO (IItalia)

ROLLS ROYCE (Derby / Inglaterra)

UNISAL (Campinas / Brasil)


1.9.2 Formatos de folhas de desenho, segundo a ABNT

O formato básico para desenhos técnicos é o retangulo de área igual a 1m2 e de lados medindo 841 mm X 1189 mm,
guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e a sua diagonal, tal que :

A:B = 1:√2

Deste formato básico, designado por A0 (A zero), deriva-se a série “Ä” pela bipartição ou pela duplicação sucessiva.

Formato Folhas Refiladas Folhas não Refiladas Margem


série “A” axb a1 x b1

4 A0 1682 x 2378 1720 x 2420 20


2 A0 1189 x 1682 1230 x 1720 15
A0 841 x 1189 880 x 1230 10
A1 594 x 841 625 x 880 10
A2 420 x 594 450 x 625 10
A3 297 x 420 330 x 450 10
A4 210 x 297 240 x 330 5
A5 148 x 210 165 x 240 5
A6 105 x 148 120 x 165 5

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