Você está na página 1de 19

Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição

Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Capitulo 6. Créditos Orçamentários Adicionais

6.8. Questões de concursos públicos

1. (Cespe – Mpu – Analista de Contabilidade – Perito – 2010)


O superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial da seguinte forma:
Estrutura atual dos grupos de contas do Nova estrutura dos grupos de contas do
balanço patrimonial. balanço patrimonial – Válido de forma
facultativa a partir de 2010 e
obrigatoriamente em 2012 para a União,
Estados e Distrito Federal e 2013 para os
Municípios (Portaria STN no 751/09)
Ativo Financeiro (-) Passivo Financeiro = Ativo Circulante (-) Passivo Circulante =
Superávit ou déficit financeiro. Superávit ou déficit financeiro.
São contas pertencentes aos grupos de contas: ativo circulante e passivo circulante:
Ativo circulante Passivo circulante
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Caixa e Equivalente de Caixa Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias
Créditos Realizáveis de Curto Prazo a Pagar de Curto Prazo
Demais Créditos e Valores de Curto Prazo Empréstimos e Financiamentos de Curto
Investimentos Temporários Prazo
Estoques Fornecedores e Contas a Pagar de Curto
Variações Patrimoniais Diminutivas Pagas Prazo
Antecipadamente Obrigações Fiscais de Curto Prazo
Demais Obrigações de Curto Prazo
Provisões de Curto Prazo
o
Conforme a Lei n 4.320/1964, o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial
encerrado no ano anterior é uma das fontes de recursos destinadas à abertura de créditos
adicionais.

Atenção: Cuidado com as pegadinhas de concursos! O superávit financeiro a ser


utilizado como fonte de recursos destinado à abertura de créditos adicionais é o
proveniente do exercício financeiro anterior.

Exemplo: Suponha-se que em setembro de 2010 o Presidente da República decide abrir


dois créditos adicionais, um suplementar e outro especial, de R$ 50.000,00 cada. O
balanço patrimonial encerrado em 31/12/2009 apresentou superávit financeiro de R$
200.000,00.

Assim, o governo federal irá utilizar parte do superávit financeiro apurado em 2009, no
valor de R$ 100.000,00, restando ainda mais R$ 100.000,00 para utilização futura. Tal
superávit financeiro representa, na realidade, sobra de caixa.

É importante saber que os créditos adicionais são divididos em três espécies:


suplementares, especiais e extraordinários.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

A abertura de créditos suplementares ou especiais obriga informar a fonte de recursos


para atender a despesa demandada. No caso de créditos extraordinários, não existe
necessidade de que seja informada a fonte de recursos para atender as despesas.

Observe as fontes de recursos que podem ser utilizadas para abertura de créditos
adicionais:
► Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior,
encerrado em 31/12 (art. 43, § 1o, inciso I, da Lei no 4.320/1964).
► Os provenientes de excesso de arrecadação (art. 43, § 1o, inciso II, da Lei no
4.320/1964).
► Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei (art. 43, § 1o, inciso III, da Lei no 4.320/1964);
► O produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realizá-las (art. 43, § 1o, inciso IV, da Lei no 4.320/1964).
► Os resultantes da reserva para contingências, estabelecido na LOA (art. 5o, inciso III,
alínea b, da LRF).
► Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, desde que haja prévia e
específica autorização legislativa (art. 166, § 8o, da CF).

Gabarito: Certo.

2. (Cespe – MPU – Analista de Contabilidade – PERITO – 2010)


No caso da situação apresentada no comando da questão, “Para suprir a falta de dotação
orçamentária para a realização de cursos na escola superior do MPU”, o crédito
adicional que deve ser aberto é o suplementar. Isso porque a finalidade do crédito
suplementar, como o próprio nome indica, destina-se a reforçar, ou seja, suplementar
uma dotação orçamentária existente na lei orçamentária e quando da realização da
despesa o crédito foi insuficiente para atender a totalidade do projeto ou programa de
trabalho.

A Lei no 4.320/1964 estabelece acerca do assunto da seguinte forma:


Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

A inconsistência no comando da questão está quando afirma que o Chefe do Poder


Executivo, mediante solicitação do procurador-geral da República, deve editar Decreto
para abertura de créditos extraordinários.

De forma alguma! Em nível federal a abertura de créditos extraordinários só pode ser


realizada por medida provisória.

Outra imperfeição: Se o crédito é destinado a reforço de dotação, neste caso só poderia


ser o suplementar, jamais o extraordinário.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

A CF/1988 só permite abertura de crédito extraordinário para atender a despesas


imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública.

Importante: A expressão: “...como as decorrentes...”, significa que as situações


apresentadas (guerra, comoção interna ou calamidade pública) não são exaustivas, ou
seja, podem surgir outras situações, por exemplo, em caso de intervenção.

Gabarito: Errado.

3. (Cespe – MPU – Técnico de Apoio Especializado/Controle Interno – 2010)

Excesso de arrecadação é uma das fontes de recursos que podem ser utilizadas para a
abertura de créditos adicionais.

O que se entende por excesso de arrecadação? É o saldo positivo das diferenças


acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.

O excesso de arrecadação deve ser incorporado ao orçamento.

E se houve excesso, receitas arrecadadas > receitas previstas, por óbvio, pode-se utilizar
a diferença para realizar mais despesas, isto porque as demandas são infinitas e as
receitas limitadas.

Percebo que o maior problema não está em entender o excesso de arrecadação, mas sim
compreender o que significa o termo: “considerando-se, ainda, a tendência do
exercício”.

Exemplo de como se apura o excesso de arrecadação considerando a tendência do


exercício:
ORÇAMENTO PARA 2009 – ÓRGÃO X
RECEITA PREVISTA DESPESA FIXADA
Receitas Correntes Despesas correntes
Tributária 3.000 Pessoal e Encargos Sociais 5.000
De serviços 10.000 Serviços de terceiros 2.000
Patrimonial 7.000 Material de consumo 3.000
Receitas de capital Despesas de Capital
Operações de crédito 10.000 Investimentos 15.000
Inversões financeiras 5.000
Total das receitas 30.000 Total das despesas 30.000

Vamos supor que no exercício financeiro, de janeiro a junho de 2010, houve apenas
abertura de um crédito extraordinário de $ 2.000.

Excesso de arrecadação até junho de 2010:


Mês Receita prevista Receita arrecadada Receita arrecadada
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

para 2010 em 2010 em 2009


Janeiro 2.500 3.000 2.000
Fevereiro 2.500 3.000 3.000
Março 2.500 3.000 2.500
Abril 2.500 4.000 3.000
Maio 2.500 4.000 2.500
Junho 2.500 3.000 20.000 2.000 15.000
Julho 2.500 1.000
Agosto 2.500 1.000
Setembro 2.500 2.000
Outubro 2.500 3.000
Novembro 2.500 2.000
Dezembro 2.500 3.000 12.000
Total 30.000 27.000

Cálculo do excesso de arrecadação:


Taxa de incremento: Considerando que não
1o período de 2010/1º período de 2009 = houve inflação no
20.000/15.000 = 1,3333, ou seja, 33,33% período.
12.000 X 33,33% = 4.000, donde 12.000 + 4.000 = 16.000.
Demonstrativo do excesso de arrecadação:
Situação em 2010:
Receitas arrecadadas de 1/1 a 30/6/2010 20.000
(+) Previsão de arrecadação de 1/7 a 31/12/2010 16.000
(-) Crédito extraordinário aberto (2.000)
(-) Receitas previstas para o ano (30.000)
= Excesso de arrecadação projetado 4.000

Comentários:

1. Com base nos cálculos apresentados o Executivo poderia fundamentar o pedido de


abertura de crédito adicional suplementar ou especial, justificando e indicando como
fonte de recursos o excesso de arrecadação ocorrido no primeiro semestre e mais a
tendência para o segundo semestre, conforme demonstrado acima.
2. Deve ser descontado do cálculo os créditos extraordinários abertos no período.
3. Na situação apresentada o governo ainda teria $ 4.000 de saldo para justificar a
abertura de crédito adicional, indicando como fonte de recursos o excesso de
arrecadação.
4. A abertura de crédito adicional com base no excesso de arrecadação altera o
orçamento porque há aumento de receitas.

Gabarito: Certo.

4. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010)


O comando da questão praticamente repete a regra constitucional (§ 2o, art. 167,
CF/1988).
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Observe:
§ 2o. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.

Lei no 4.320/1964:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício
financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em
contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Vigência dos créditos adicionais:

Não se esqueça:

1. Em princípio, os créditos adicionais terão vigência no exercício em foram abertos.


2. Os créditos suplementares terão vigência SEMPRE no exercício de sua abertura.
Assim, jamais poderão ser transferidos (reabertos) no exercício subsequente.
3. Quanto aos créditos extraordinários e especiais, se forem abertos nos últimos quatro
meses do exercício, poderão ser reabertos no exercício seguinte.
4. Só haverá reabertura dos créditos extraordinários ou especiais caso haja saldo do
exercício anterior ainda não utilizado.

Exemplo: Abriu-se crédito extraordinário de R$ 100.000,00 em outubro de 2010. Até


31/12/2010 havia sido executado apenas R$ 80.000,00. Neste caso, existe saldo de R$
20.000,00 que pode ser reaberto em 2011 para fins de conclusão da obra ou serviço.
Gabarito: Certo.

5. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010)

Segundo o art. 40 da Lei no 4.320/1964, “são créditos adicionais as autorizações de


despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento”.

Assim, conforme a regra legal, créditos adicionais são destinados a despesas autorizadas
e não fixadas na LOA.

Exemplo:

Crédito adicional para despesas autorizadas na LOA – créditos suplementares;

Crédito adicional para despesas NÃO fixadas ou não autorizadas na LOA – créditos
especiais e extraordinários.

Portanto, os créditos adicionais NÃO são somente aqueles destinados a autorizações de


despesas incluídas na LOA que não foram suficientemente dotadas.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Gabarito: Errado.

6. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010)

O § 8o, do art. 165, da CF/1988 assim estabelece: “A lei orçamentária anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.”
O regramento constitucional acima transcrito refere-se ao princípio da exclusividade ao
vedar que se inclua na LOA matéria estranha, ou seja, que não se refira a orçamento.
A própria CF/1988 abre algumas exceções — abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.
Assim, a Constituição Federal somente permite que seja autorizada na Lei Orçamentária
Anual a espécie crédito SUPLEMENTAR.
Seria uma autorização prévia do Legislativo para dar mais agilidade aos Poderes na
execução do orçamento, em especial, o Poder Executivo.
Portanto, autorização prévia na LOA só pode ocorrer para a abertura de créditos
suplementares.
Então, os créditos especiais devem ser abertos apenas depois de autorizados em lei
especial.

Gabarito: Errado.

7. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010)


Pegadinha do Cespe! No início do comando da questão, tudo perfeito, porém, no final
aparece erroneamente, a expressão “créditos especiais”.
Créditos especiais não se destinam a atender despesas imprevisíveis e urgentes, mas sim
despesas não dotadas ou não fixadas na LOA.
O crédito destinado a atender despesas imprevisíveis e urgentes é o extraordinário.
Gabarito: Errado.

8. (Cespe – MPU – Técnico de Apoio Especializado – Orçamento – 2010)


Para responder a esta questão necessita-se conhecer todas as fontes de recursos
destinadas à abertura de créditos adicionais.
Vejamos:
► Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior,
encerrado em 31/12 (art. 43, § 1o, inciso I, da Lei no 4.320/1964).
► Os provenientes de excesso de arrecadação (art. 43, § 1o, inciso II, da Lei no
4.320/1964).
► Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

adicionais, autorizados em Lei (art. 43, § 1o, inciso III, da Lei no 4.320/1964);
► O produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realizá-las (art. 43, § 1o, inciso IV, da Lei no 4.320/1964).
► Os resultantes da reserva para contingências, estabelecido na LOA (art. 5o, inciso III,
alínea b, da LRF).
► Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, desde que haja prévia e
específica autorização legislativa (art. 166, § 8o, da CF).

São fontes de recursos que não provocam aumento do valor global do orçamento
aprovado:
 os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei (art. 43, § 1o, inciso III, da Lei no
4.320/1964);
 os resultantes da reserva para contingências, estabelecido na LOA (art. 5o, inciso
III, alínea b, da LRF);
 recursos que em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual ficarem sem despesas correspondentes.

Ao utilizar as duas fontes de recursos acima citadas não haverá aumento de despesa.
Isso ocorre porque os valores serão permutados, ou seja, retira-se de uma dotação e
transfere-se para outra.
Exemplo: Anula-se 100 da reserva de contingência e transfere-se 100 para suplementar
um contrato de obra. Neste caso, diminui a reserva de contingência em 100 e aumenta o
contrato da obre em 100.
Gabarito: Errado.
9. (FCC – DPE-SP – CONTADOR – 2013)
Questão facílima! Exigiu-se apenas as espécies de créditos adicionais.
Os créditos adicionais são classificados em três espécies: Suplementares, Especiais e
Extraordinários.
Os créditos suplementares destinam-se a suplementação de créditos previstos na LOA,
os especiais são abertos para despesas não previstas na LOA, ou seja, despesas sem
dotação orçamentária, já os extraordinários destinam-se às despesas imprevisíveis e
urgentes, a exemplo das decorrentes de guerra, comoção interna, calamidade pública
etc.
Gabarito: Letra a.
10. (FCC – DPE-SP – Analista – Contabilidade – 2013)
Vejamos o que estabelece a Lei no 4.320/1964 acerca do assunto.
Art. 40. São créditos adicionais as autorizações de despesas não
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas,
em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício
financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em
contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Conforme se extrai da norma acima, em regra os créditos adicionais terão vigência
adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal
em contrário, quanto aos especiais e extraordinários. Assim, para os créditos especiais e
extraordinários, a CF/1988 estabelece que se abertos nos últimos quatro meses dos
exercício financeiro, havendo saldo em 31/12, este poderá ser reaberto no exercício
subsequente e terão vigência até 31/12 do ano de reabertura.
Gabarito: Letra d.
11. (FCC – TRT-9a Região – Analista Administrativo – 2013)
A situação hipotética apresentada no comando da questão requer a abertura de crédito
adicional especial, haja vista que não havia dotação orçamentária prevista na LOA para
cobrir a despesa com aquisição de computadores e uma impressora.
Gabarito: Letra e.
12. (FCC – TRT-9a Região – Analista Administrativo – 2013)
Vejamos as regras legais:

CF/1988
Art. 167. São vedados:
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária
anual;
§ 1o. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual,
ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
Art. 165/CF/1988:
§ 5o. A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 8o. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na


proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
Atenção: Não confunda o início de programas ou projetos não incluídos na lei
orçamentária anual com a regra de que nenhum investimento cuja execução
ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
A primeira regra exige que as despesas com programa e projetos de governo estejam
incluídos na LOA. Já a segunda regra refere-se à inclusão dos investimentos com
duração superior a um ano no PPA ou em lei específica de autorização.

Gabarito: Letra e.

13. (Cespe – AGU – Contador – 2010)

O Cespe considerou este item Certo.

entendo que o item deveria ter sido anulado pelos seguintes motivos:

1. É verdade que em nível federal (União), a CF/1988 é cristalina ao estabelecer no § 3º


do art. 167 que a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
O referido art. 62 estabelece que em caso de relevância e urgência, o Presidente da
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.
Portanto, no caso da União, a abertura de crédito extraordinário deve ser só por meio do
instrumento normativo Medida provisória.
2. Porém, o comando da questão NÃO menciona sobre qual ente federado está se
referindo.
3. A doutrina, a exemplo de Alexandre de Moraes e o STF entendem que Estados e
municípios podem editar medida provisória, desde que, no caso dos estados, haja
previsão na constituição estadual, e no caso dos municípios, na constituição estadual e
em sua lei orgânica.
4. Portanto, nos municípios e estados que não podem adotar medida provisória, por falta
de previsão constitucional, a Lei no 4.320/1964 estabelece que tais créditos
extraordinários serão abertos por Decreto do Executivo (art. 44).
Conclusão: O crédito extraordinário somente deve ser aberto por meio de medida
provisória na União e nos entes federados onde existe previsão de edição de MP.

Gabarito: Errado.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

14. (Cespe – Secretaria de Administração-PE – Analista de Planejamento e


Orçamento – 2010)
A atual legislação brasileira não obriga a indicação da fonte de recursos quando da
abertura de créditos extraordinários.
Portanto, não existe obrigatoriedade, porém, caso o Chefe do Executivo queira indicar,
não há óbice legal.
Observe as regras da Lei no 4.320/1964:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será
precedida de exposição justificativa
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder
Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Importante: Em nível federal o crédito extraordinário deve ser aberto por medida
provisória, conforme determina o § 3o, do art. 167, da CF/1988.
Observe as regras da CF/1988:
§ 3o. A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto
no art. 62.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-
las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda
Constitucional no 32, de 2001)
Gabarito: Errado.
15. (Cespe – Previc – Administrador – 2011)
Considerações iniciais:
1o. Os créditos especiais e extraordinários abertos nos últimos quatro meses do exercício
financeiro podem ser reabertos no limite de seus saldos no exercício seguinte, inclusive
a parte relativa aos restos a pagar referente ao crédito aberto no ano anterior.
2o. Os créditos especiais podem ser destinados a todos os tipos de orçamento (fiscal,
seguridade social e de investimentos), independentemente do tipo de despesa, ação,
projeto etc..
3o. Os créditos especiais destinam-se a despesas não fixadas na LOA, porém, surgidas
durante a execução do orçamento.
Gabarito: Certo.
16. (Cespe – Analista de Correios – Contador – 2011)
Veremos inicialmente o que estabelece a legislação:
Lei no 4.320/1964 (§ 4o, art. 43):
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes
de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

créditos extraordinários abertos no exercício.

Exemplo: Suponha-se que em setembro e outubro de “X0” a Prefeitura Municipal de


Santa Teresa realizou abertura de créditos extraordinários no valor de $ 10.000,00 e não
indicou a fonte de recursos. Em dezembro do mesmo ano resolveu abrir um crédito
especial no valor de $ 40.000,00 e indicou como fonte de recursos o excesso de
arrecadação apurado no valor de $ 60.000,00.
Na situação apresentada, qual o valor que esta prefeitura poderá utilizar para abrir
crédito suplementar ou especial?
Cálculo:
Excesso de arrecadação apurado 60.000,00
(-) Valor utilizado na abertura de créditos extraordinários (10.000,00)
= Saldo do excesso de arrecadação 50.000,00
(-) Crédito especial aberto em dezembro (40.000,00)
= Saldo disponível para abertura de crédito suplementar ou
10.000,00
especial
Assim, os créditos extraordinários abertos no exercício devem ser subtraídos para a
apuração dos recursos decorrentes de excesso de arrecadação a serem utilizados na
abertura de créditos especiais.
Gabarito: Certo.
17. (Cespe – Secretaria de Administração-PE – Analista de Planejamento e
Orçamento – 2010)
Pegadinha do Cespe! O superávit orçamentário do exercício anterior NÃO é uma das
fontes para abertura de créditos adicionais, mas sim o superávit FINANCEIRO apurado
em balanço patrimonial do exercício anterior.
Observe as regras contidas na Lei no 4.320/1964:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será
precedida de exposição justificativa
§ 1o. Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do
exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações
orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que
juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las
§ 2o. entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o
ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos
dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles
vinculadas. (grifei)
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Gabarito: Errado.

18. (Cespe – Secretaria de Administração-PE – Analista de Planejamento e


Orçamento – 2010)
Os créditos adicionais NÃO podem ter vigência plurianual. Os créditos suplementares
terão vigência sempre no mesmo exercício de sua abertura. A legislação em vigor
(CF/1988, Lei no 4.320/1964 e Decreto no 93.872/1986) não permite que este crédito
seja reaberto no exercício subsequente.

Já os créditos especiais e extraordinários podem ser reabertos no exercício subsequente


pelos seus saldos remanescentes, desde que abertos nos últimos quatro meses do
exercício financeiro. A data-limite é aquela em que o crédito foi aberto.

É importante esclarecer que a reabertura dos créditos especiais e extraordinários no ano


seguinte é uma exceção. Assim, em princípio, terão vigência no exercício de sua
abertura.

Gabarito: Errado.

19. (Cespe – Secretaria de Administração-PE – Analista de Planejamento e


Orçamento – 2010)
O comando da questão refere-se ao princípio orçamentário da EXCLUSIVIDADE. De
acordo com este princípio, a LOA deve tratar especificamente sobre a previsão de
receitas e a fixação de despesas, porém, o legislador constituinte inseriu regramento
constitucional excepcionando tal regra. Assim, permitiu a inserção na LOA de abertura
de créditos suplementares, abertura de qualquer tipo de operação de crédito e
Antecipação de Receita Orçamentária – ARO. Estas regras visam dar maior agilidade ao
Executivo para executar o orçamento.
Portanto, a Lei Orçamentária Anual pode trazer autorização para a abertura de créditos
suplementares.

Atenção: A LOA não pode conter autorização para abertura de créditos especiais ou
extraordinários.

Gabarito: Certo.

20. ( Cespe – Secretaria de Administração-PE – Contador – 2010)

a) A abertura dos créditos especiais depende da existência de recursos disponíveis, ou


seja, na solicitação deve-se indicar a fonte de recursos. Quanto aos extraordinários, estes
NÃO dependem da existência de recursos disponíveis para que ocorra a despesa. Para
os dois tipos de créditos a solicitação será precedida de exposição justificada. Errado.
b) Pegadinha! O comando da opção refere-se ao crédito extraordinário. Portanto, com a
finalidade de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deve-se deduzir a importância dos créditos EXTRAORDINÁRIOS abertos no exercício.
Errado.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

c) Perfeito! Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que


forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e
extraordinários. Certo.
d) NÃO reverte à dotação orçamentária a importância da despesa inscrita em restos a
pagar no exercício. Errado.
e) A arrecadação de todas as receitas deve ser feita em estrita observância ao princípio
de unidade de tesouraria. Porém, existe exceção, a exemplo das receitas previdenciárias.
Errado.

Gabarito: Letra c.

21. (Cespe – Inmetro – Contador – 2010)


O comando da questão refere-se indiretamente ao princípio orçamentário da
EXCLUSIVIDADE.

Ao contrário do que se afirma no comando da questão, o Poder Legislativo pode


autorizar na LOA autorização ao Poder Executivo para a abertura de créditos
suplementares, contratação de operações de crédito, bem como a contratação de
Antecipação de Receitas Orçamentárias – AROs destinadas a suprir eventual
insuficiência de caixa durante o exercício financeiro.

É importante salientar que no caso de ARO deve-se atentar para as seguintes regras:
Imposições à realização de ARO:
◊ Deve ser realizada somente a partir do décimo dia do início do exercício financeiro.
◊ Deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de
dezembro de cada ano.
◊ Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da
operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier
a esta substituir.

Está proibida:
◊ Enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada.
◊ No último ano de mandato do Presidente, governador ou prefeito municipal.
Portanto, ao contrário do que se afirma no comando da questão, na lei orçamentária
pode conter autorização ao Poder Executivo para a abertura de créditos suplementares.

Gabarito: Errado.

22. (Cespe – Detran-ES – Contador – 2010)


Sabe-se que o Poder Legislativo pode autorizar na própria LOA a abertura de crédito
adicional suplementar. O percentual máximo é estabelecido na própria LOA.

Caso a LOA não fixe o percentual máximo, não existe regra legal que determine a
aplicação do limite de 10%.

Observe um exemplo de regra de abertura de crédito suplementar fixado numa


LOA da União:
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Art. 4o. Fica autorizada a abertura de créditos suplementares, observado


o disposto no parágrafo único do art. 8o da Lei de Responsabilidade
Fiscal e nos arts. 13, §§ 2o e 3o, 63, § 9o, 64, 68, 70 e 73 da Lei de
Diretrizes Orçamentárias, desde que as alterações promovidas na
programação orçamentária sejam compatíveis com a obtenção da meta
de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas Fiscais da Lei de
Diretrizes Orçamentárias de 2006, respeitados os limites e condições
estabelecidos neste artigo, para suplementação de dotações
consignadas:
I – a cada subtítulo, até o limite de doze por cento do respectivo valor,
mediante a utilização de recursos provenientes de:
a) anulação parcial de dotações, limitada a dez por cento do valor do
subtítulo objeto da anulação;
b) reserva de contingência, inclusive à conta de recursos próprios e
vinculados, observado o disposto no art. 5o, inciso III, da Lei
Complementar no 101, de 2000;
c) excesso de arrecadação de receitas próprias, desde que para
alocação nos mesmos subtítulos em que os recursos dessas fontes foram
originalmente programados, observados o limite de quarenta por cento
da dotação inicial e o disposto no parágrafo único do art. 8o da Lei de
Responsabilidade Fiscal; e
d) até dez por cento do excesso de arrecadação de receitas do Tesouro
Nacional;

Gabarito: Errado.

23. (Cespe – Detran-ES – Contador – 2010)


Em caso de perda de eficácia por decurso de prazo de medida provisória que tenha
autorizado a abertura de crédito extraordinário, resolução do Congresso Nacional
estabelecerá regras da utilização do crédito ou apenas ratificará os gastos realizados com
fulcro na medida provisória editada.

Em regra, as despesas realizadas com respaldo nesse crédito não são consideradas nulas,
mesmo porque a grande maioria das despesas realizadas não pode retornar no tempo, ou
seja, já são fatos consumados.
Gabarito: Errado.

24. (FCC – TRF-1a Região – Analista Judiciário Administrativo – 2012)


I. As operações de crédito realizadas no mercado financeiro NÃO são a única fonte de
recursos destinada à abertura de créditos adicionais. Existem outras fontes, a exemplo
do superávit financeiro, excesso de arrecadação, reserva de contingência, etc. Errado.
II. Para a abertura de créditos extraordinários não existe necessidade de que haja fonte
de recursos. Errado.
III. Sem nenhuma dúvida, os créditos suplementares são autorizados por lei e abertos
por decreto do Executivo. Quanto aos créditos extraordinários, na União e nos estados
onde existe previsão de edição de MP, são abertos por medida provisória. Porém, como
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

o comando da questão não informa acerca dos créditos extraordinários, se em nível


federal, estadual ou municipal, em princípio está correta a firmação de que são abertos
por decreto do Executivo, conforme previsto na Lei no 4.320/1964. Certo.
IV. Este é o conceito de créditos adicionais. São autorizações de despesas não
computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento. Certo.
V. Créditos suplementares são destinados a reforçar despesa existente na LOA. Certo.

Gabarito: Letra d.

25. (FCC – TRE-CE – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012)


O comando da questão é farto de informações, porém, resposta simples e objetiva!
A reserva de contingência é uma dotação global utilizada como fonte de recursos para
abertura de créditos adicionais, atendimento de passivos contingentes e outros riscos e
eventos fiscais imprevistos.

Gabarito: Letra a.

26. (FCC – TRF-2a Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012)


Questão bastante simples! Apenas conceitual.

Os créditos especiais são destinados à realização de despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica, ou seja, destina-se a realização de despesas novas
inseridas no orçamento.

Gabarito: Letra c.

27. (FCC – TRF-6a Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012)


Esta questão exigiu conhecimento literal da Lei no 4.320/1964.

Observe:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será
precedida de exposição justificativa
§ 1o. Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício
anterior;
(...)
(...)
2o. entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles
vinculadas.
Gabarito: Letra c

28. (Esaf – Analista Tributário – Receita Federal – 2009)


Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Observe que é solicitada a opção ERRADA.

a) As exigências para abertura de crédito suplementar são:


 existência de recursos disponíveis;
 exposição justificativa para abertura do crédito; e
 autorização legislativa prévia.

O objetivo da abertura de um crédito adicional, seja ele suplementar, especial ou


extraordinário, é exatamente autorizar a execução de uma despesa. Não se pode
empenhar previamente uma despesa se ela não foi autorizada.

Lei no 4.320/1964:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

Errado.

b) Para abertura dos créditos adicionais suplementares e especiais faz-se necessária


indicação da fonte de recursos.

Lei no 4.320/1964:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Certo.

c) Os créditos adicionais são autorizações para execução de despesas adicionais,


portanto, aumentam a disponibilidade de crédito para a emissão de empenho ou
descentralização. Certo.

d) Os créditos adicionais especiais e extraordinários de fato podem ser reabertos no


exercício seguinte ao de sua abertura, observada a regra do § 2o, art.167 da Constituição
Federal.

CF/1988:
Art. 167, § 2o. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente. computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Atenção: Os créditos suplementares não podem ser reabertos no exercício seguinte, em
nenhuma hipótese.
Certo.
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

e) CF/1988:
Art. 167, § 3o. A abertura de crédito extraordinário somente será admitida
para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no
art. 62.

A CF realmente disciplina e restringe a abertura de créditos adicionais extraordinários.


Certo.

Portanto, a opção falsa é a letra a.

Gabarito: Letra a.

29. (Esaf –CGU – AFC – 2008)


Atenção: O comando da questão pede a opção INCORRETA acerca dos créditos
adicionais.

a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos


disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição justificada.

Observe a regra legal sobre esse assunto inserida na Lei no 4.320/1964:


Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei
e abertos por decreto executivo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será
precedida de exposição justificativa.

Certo.

b) Obrigatoriamente, para fins de abertura de créditos suplementares e especiais deve-se


indicar as fontes de recursos para a realização das respectivas despesas.

As fontes de recursos previstas na Lei no 4.320/1964 são:


1. O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício
anterior;
2. Os provenientes de excesso de arrecadação;
3. Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações
orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em lei;
4. O produto de operações de crédito autorizadas, em forma que
juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.
entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles
vinculadas.

Ainda existem mais duas fontes de recursos a seguir especificadas:


Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

► Os resultantes da reserva para contingências, estabelecido na LOA (art. 5º, inciso


III, alínea b, da LRF).
► Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, desde que haja prévia e
específica autorização legislativa (art. 166, § 8o, da CF).
Certo.

c) O § 3o, do art. 167, da Constituição Federal estabelece que a abertura de crédito


extraordinário vincula-se ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no
art. 62 da Constituição Federal (abertura por medida provisória). Certo.

d) Perfeito! Os créditos extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado


nos primeiros 4 (quatro) meses do exercício financeiro terão vigência até o final do
exercício financeiro. Os créditos especiais e extraordinários que forem promulgados nos
últimos 4 meses podem ser reabertos no exercício financeiro subsequente. Certo.

e) Conforme dissertado na resolução da opção d, a vigência dos créditos especiais pode


ultrapassar o exercício financeiro em que foram autorizados, desde que promulgados
nos últimos 4 meses do encerramento do exercício financeiro. Errado.

Gabarito: Letra e.

30. (Esaf – RFB – Analista Tributário – 2010)

Atenção: O comando da questão pede a opção FALSA acerca dos créditos adicionais.

Primeiramente é importante saber que existem três espécies de créditos adicionais:


SUPLEMENTARES;
ESPECIAIS;
EXTRAORDINÁRIOS.

Para a Lei no 4.320/1964, créditos adicionais são as autorizações de despesa não


computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento (art. 40).

A abertura das espécies de créditos adicionais SUPLEMENTARES e ESPECIAIS está


condicionada a indicação da fonte de recursos para a realização da despesa.

Vamos analisar cada opção:


a) A abertura de crédito suplementar está condicionada a indicação da fonte de recursos
para a realização da despesa. Assim sendo, de forma alguma necessita de despesa já pré-
empenhada no exercício para abertura do citado crédito. Falsa.
b) A abertura do crédito especial depende da indicação prévia da fonte de recursos para
a realização da despesa. Certo.
c) As despesas referentes aos créditos adicionais abertos podem ser realizadas pelo
órgão solicitante ou através da descentralização do respectivo crédito a outra unidade
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição
Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

gestora. É certo que os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito para a


emissão de empenho. Certo.
d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no exercício seguinte
ao da abertura caso a autorização tenha ocorrido nos últimos quatro meses do exercício
financeiro, desde que haja saldo em 31/12. Certo.
e) Os créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de natureza
constitucional. A CF/1988 estabelece que os créditos extraordinários destinam-se a
atender somente despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública (art. 167, § 3o, da CF/1988). Certo.

Gabarito: Letra a.

31. (Esaf – Susep – Analista Técnico – Prova 2 – Administração e Finanças – 2010)


Observe que o comando da questão pede a opção FALSA.

a) Crédito extraordinário é uma espécie de crédito adicional. Certo.


b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei e abertos por decreto do
Executivo ou, no caso da União, ato próprio de cada Poder. Certo.
c) Perfeito! Exceto os créditos extraordinários, que podem ser abertos sem a indicação
da fonte de recursos, os créditos suplementares e especiais não podem ser abertos sem a
indicação da fonte de recursos. Certo.
d) Não existe regra em nenhuma norma de que os créditos suplementares abertos no
exercício não podem exceder a um terço daqueles originalmente consignados na lei
orçamentária. Falsa.
e) Perfeito! O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial de encerramento no
exercício anterior pode ser fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais.
Certo

Gabarito: Letra d.

Você também pode gostar