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O que é deflação e por que a queda


de preços pode não ser bom sinal -
Economia
20-27 minutes

Deflação representa queda nos preços e pode incentivar o


consumo imediato, mas a longo prazo acaba agravando a
recessão econômica já existente Maira Vieira / Estadão

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Ana Luiza de Carvalho, O Estado de S.Paulo


09 de outubro de 2019 | 17h12

O mês de setembro registrou deflação de 0,04%, segundo


dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, 9, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi
o menor para o mês de setembro desde 1998, quando o IPCA
foi de -0,22%.

LEIA TAMBÉM >Preços da capital paulista têm 1ª deflação da


história em abril

Embora represente uma queda momentânea nos preços, a


deflação pode ser um sinal de alerta para problemas
estruturais da economia e também pode se tornar um fator
para a desaceleração do consumo já existente.

Entenda o que é deflação e por que o fenômeno é perigoso


se continuar a se repetir por um prazo mais longo:

O que é deflação e quais as suas causas

De acordo com o mestre em Economia e professor do Insper


Otto Nogami, a deflação ocorre quando há uma queda
generalizada de preços e se trata de uma ‘tendência
recessiva’. O fenômeno não deve ser confundido com a
queda da inflação: enquanto em cenários de menor inflação o
índice sobe em velocidade mais lenta, durante a deflação a
variação é negativa - ou seja, os preços caem de fato.

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A inflação no mês de abril de 2019, por exemplo, foi de


0,57%. Em maio, o índice despencou para 0,13%. Isso não
significa que houve queda nos preços: eles apenas subiram
em ritmo 0,44 ponto porcentual mais lento. Não é o mesmo
cenário observado em setembro, quando o IPCA ficou 0,04%
abaixo de zero, indicando retração.

O momento em que é possível cravar uma situação de


deflação, porém, gera polêmica entre os especialistas. A
situação deste mês de setembro, por exemplo, é um ponto de
impasse. Para o economista Alexandre Amorim, sócio da
consultoria Par Mais, o recorte temporal é muito curto para
determinar uma retração. “Precisa de um índice bem mais
consistente, a inflação está baixa, mas nos últimos 12 meses
está variando positivamente entre 3% e 4%”, observa.

Amorim defende que, com o avanço da tecnologia e da


produtividade, a tendência é de queda nos preços no cenário
internacional. “No mundo inteiro os patamares estão mais
baixos, o fenômeno não é um privilégio nosso”, afirma. Para o
economista, a queda da inflação deve ser sintoma de alerta,
mas ainda não é possível traçar um panorama de recessão a
nível mundial ou mesmo no Brasil.

Ele sugere ainda que o índice não seja analisado de forma


isolada. De acordo com Amorim, a perspectiva de
crescimento da economia brasileira deve se manter nos
próximos meses. “O crescimento está acontecendo em ritmo
lento, mas está acontecendo. O desemprego está caindo e a

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massa salarial aumentando, são números positivos. Temos


bons níveis de consumo, há expectativa de grande volume
de compras no Dia das Crianças”, observa.

Essa também é a visão de André Braz, coordenador do IPC


do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (FGV/Ibre). Para ele, o resultado do mês de setembro
não significa necessariamente que esteja em curso uma
mudança no mercado brasileiro. Braz defende que o índice de
-0,04% representa uma retração pouco robusta. "O resultado
geral do índice é muito próximo de zero, que indica mais
estabilidade do que um número exatamente negativo. Então,
não é generalizado, não é preocupante", diz.

O economista explica que o índice foi puxado principalmente


pelo setor de alimentação e que a deflação é caracterizada
por uma queda expressiva em todos os setores que compõem
a cesta de produtos do IPCA. "Por isso usamos núcleos de
inflação e várias medidas, porque da mesma forma que a
alimentação pode ter influenciado um número negativo, pode
influenciar um número positivo. Não indica uma necessidade
de mudança na política econômica" , afirma Braz.

Já para Otto Nogami, o resultado reflete uma tendência de


retração brasileira que vem sendo notada há meses pelos
economistas. O fato de o registro ter ocorrido justamente no
mês de setembro, para o especialista, é um indicativo ruim. "É
um dado que chama atenção porque naturalmente é uma
época em que os preços voltam a subir pela proximidade com

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o final de ano e o aumento da demanda. Se eventualmente os


preços não voltarem a subir nas próximas semanas,
realmente denota uma situação extremamente preocupante",
afirma.

Por que a deflação pode não ser boa

Embora represente um incentivo ao consumo a curtíssimo


prazo, a deflação não deve ser vista como um sinal positivo
na economia. De acordo com Otto Nogami, o fenômeno é um
sintoma de que o mercado enfrenta um período difícil. “Assim
como a inflação não é boa, a deflação também denota uma
anomalia”, afirma. Nogami explica que, de forma pontual, a
deflação pode significar que a população está com um nível
de confiança baixo na economia e, por isso, prefere poupar
dinheiro do que consumir.

Outra possibilidade é que o poder de compra dos


consumidores tenha caído tanto, seja por perdas salariais ou
desemprego, que eles não conseguem mais arcar com os
custos de produtos que antes eram rotineiros. Para o
professor, esse fator pode explicar a queda dos gastos com
alimentação.

“É uma mudança de hábitos do consumidor. A alimentação


fora de casa teve nos últimos meses uma queda expressiva,
essas pessoas estão dando preferência a levar marmitas ou
alguma alimentação de valor agregado mais baixo, o que é
um grande problema”, afirma Nogami. Embora os gastos com

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alimentação fora de casa tenham crescido entre 2017 e 2018,


de acordo com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF) do IBGE, o recorte é diferente para os mais pobres. As
famílias com rendimentos mais altos gastaram 15,3 vezes
mais do que as famílias mais pobres com alimentação fora de
casa.

Além disso, quando a deflação é analisada a médio e longo


prazos, ela pode trocar de papel e deixar de ser sintoma para
ser fator da recessão econômica. Alexandre Amorim explica
que, em meio à queda de preços, a economia pode acabar
congelando. "O grande problema de uma deflação é as
pessoas optarem por consumir mais para frente porque
sabem que os preços vão estar mais baixos, o que diminui a
demanda e faz os preços caírem mais ainda. Isso acaba
gerando mais um ciclo vicioso", explica.

Com a desaceleração do consumo, Amorim ressalta que os


efeitos podem ser devastadores: com menor perspectiva de
lucro, as empresas cortam salários e deixam de contratar,
agravando o ciclo de recessão e desemprego.

Para os especialistas, o caminho para evitar a recessão é


tortuoso mas já é conhecido: retomada dos investimentos
públicos para aumentar a confiança na economia. “A política
monetária é o único mecanismo para reverter essa situação, e
o governo não pode perder o controle dela. É preciso resgatar
a confiança do consumidor e do empresário, para que se volte
a investir e gerar mais renda”, afirma Otto Nogami.

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Essa também é a opinião de Alexandre Amorim, que ressalta


a importância do consumo. "O governo tem que estimular
crédito e consumo, colocar mais dinheiro no mercado e
continuar com a política de juros baixos para manter o
dinheiro em circulação", recomenda.

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Daniela Amorim, O Estado de S.Paulo

09 de outubro de 2019 | 09h14


Atualizado 10 de outubro de 2019 | 09h35

RIO - A maior oferta de alimentos e promoções de


eletrodomésticos feitas pelo comércio varejista derrubaram
os preços na economia em setembro, o que deflagrou
revisões para baixo nas projeções para a inflação e aumento
nas apostas de cortes mais agressivos na taxa básica de
juros, a Selic, hoje em 5,5% ao ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo


(IPCA) registrou uma deflação de 0,04%, o menor resultado
para o mês desde 1998, segundo IBGE. O desempenho
surpreendeu analistas do mercado financeiro ouvidos pelo
Projeções Broadcast, que estimavam uma inflação de
0,02% no mês.

Após o resultado, de 37 instituições consultadas, pelo menos


27 reduziram as expectativas para o IPCA este ano. Para
2019, a mediana ficou em 3,30% – abaixo da taxa de 3,42%
registrada pelo último Boletim Focus, do Banco Central.

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“Como o crescimento permanece fraco e a inflação bem


abaixo da meta, aumentam os riscos de que o BC corte a
Selic além da nossa previsão de 4,75% para o final do ano”,
alertou o Bank of America Merrill Lynch, em relatório. A
equipe do UBS Brasil alterou nesta quarta-feira, 9, a previsão.
“O cenário de inflação mais baixa nos levou a revisar para
baixo a projeção para a Selic no fim de 2019 de 4,75% para
4,5%.”

Em evento em São Paulo, o ministro da Economia, Paulo


Guedes, disse que viu a deflação de forma positiva. “Inflação
baixa mostra que o Brasil tem condições de baixar juros”,
disse. “O que está acontecendo é que a economia está
começando a crescer com inflação baixa.”

A inflação mais baixa neste ano também deve reter o IPCA de


2020, já que os preços indexados, como os dos remédios, por
exemplo, sofrerão reajustes menores. “No ano que vem não
vai ter aceleração na inflação. Então existe espaço para
redução dos juros e reforça nossa aposta de 4,5% ao fim do
ciclo de cortes”, afirma Fábio Romão, economista da LCA
Consultores.

Para Alex Agostini, economista-chefe da agência de


classificação de risco Austin Rating, única casa a acertar a
projeção para o IPCA de setembro dos 52 consultadas pelo
Projeções Broadcast, a deflação de setembro é sintoma de
uma economia fraca e deprimida.

“Esse dado confirma que a economia passa por um problema

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ainda crítico de recuperação econômica, por mais que alguns


indicadores em um mês ou outro mostrem uma alta.”

A taxa acumulada do IPCA em 12 meses desceu a 2,89%,


próximo ao piso (2,75%) da meta de 4,25% perseguida pelo
BC.

Na avaliação de Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional


de Índices de Preços do IBGE, o IPCA está em patamar
confortável, sem sinais de pressão de demanda, o que inibe
eventuais repasses de aumentos de custos. “O setor de
serviços, por exemplo, tem ficado em patamar baixo, porque
ele responde muito à questão de demanda. A gente nota a
economia ainda em recuperação, de forma lenta e gradual,
com retomada do emprego.”

Itens

Os preços dos alimentos foram os maiores responsáveis pela


deflação de setembro. Os adquiridos em supermercados,
para consumo no domicílio, sustentam quedas de preços há
cinco meses. Em setembro, o IBGE argumentou que havia
oferta elevada, sobretudo, de tubérculos e legumes. O tomate
ficou 16,17% mais barato, contribuindo para reduzir a inflação
em 0,04 ponto porcentual. “Nos alimentos, você tem um
cenário climático bem favorável internamente e mesmo lá
fora. A safra está ajudando. E a alimentação fora do domicílio
tem o componente serviço, que tem tido pouco espaço para
reajuste”, explicou Fábio Romão, da LCA.

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A campanha Semana do Brasil, iniciativa para emplacar no


calendário varejista um novo período de liquidações, como a
Black Friday, também motivou uma redução de preços de
bens duráveis no comércio em setembro, especialmente de
eletrodomésticos e equipamentos (-2,26%) e aparelhos de TV,
som e informática (-0,90%).

Para outubro, o IPCA deve ser aliviado pela mudança na


bandeira tarifária sobre a tarifa de energia elétrica, que passa
de vermelha patamar 1 para amarela: a cobrança extra sobre
as contas de luz diminuem de R$ 4,00 para R$ 3,50 a cada
100 kW/h consumidos. Por outro lado, deve haver pressão do
reajuste na gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobrás
ao fim de setembro. /COLABOROU CÍCERO COTRIM

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Daniela Amorim, O Estado de S.Paulo

04 de outubro de 2019 | 10h00

RIO - As famílias brasileiras gastaram, em média, R$


4.649,03 por mês em 2018, segundo os dados da Pesquisa
de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

LEIA TAMBÉM >Taxa de desemprego se mantém em 11,8%


no trimestre encerrado em agosto

As despesas de consumo representaram 81% desse valor, ou


seja, o equivalente a R$ 3.764,51 mensais. Na última década,
aumentaram os gastos com habitação, saúde e educação. A

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fatia de recursos destinada a transporte e alimentação


encolheu.

As despesas com habitação consumiram a maior proporção


da cesta de consumo das famílias, 36,6%, ainda mais do que
absorviam de recursos na POF anterior, referente a
2008-2009, quando essa participação era de 35,9%. Também
aumentou a destinação de recursos para Assistência à saúde
(de uma fatia de 7,2% para 8,0%) e Educação (de 3,0% para
4,7%).

Embora ambos tenham diminuído, os gastos das famílias com


transporte superaram os de alimentação pela primeira vez
nas pesquisas de orçamentos familiares. A fatia de recursos
destinada ao transporte passou de 19,6% em 2008-2009 para
18,1% em 2017-2018. A porcentagem destinada à
alimentação saiu de 19,8% para 17,5% no período.

“Na medida em que a renda vai aumentando, a despesa com


alimentação vai diminuindo a participação. Se você ganhar o
dobro vai gastar o dobro com alimentação? Não. Vai gastar
em outras coisas", exemplificou Leonardo Vieira, analista da
POF no IBGE.

Para André Martins, gerente da POF no IBGE, as famílias


também podem ter substituído itens de maior valor por outros
mais baratos, diminuindo esse tipo de despesa.

"Na alimentação você consegue fazer substituição, trocar um


alimente por outro. No transporte, não", opinou Martins.

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Novo cálculo do IPCA

As mudanças nos hábitos de consumo das famílias brasileiras


captadas pela POF servirão de parâmetro para recalcular o
peso dos itens pesquisados pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial
no País.

O IBGE divulgará na próxima sexta-feira, dia 11, a nota


técnica com as futuras mudanças no cálculo do IPCA. A
inflação passará a ser calculada sob a nova metodologia
apenas em janeiro do ano que vem, com divulgação prevista
para o início de fevereiro.

“Para ponderações para o IPCA, (os pesquisadores) usam um


subconjunto de dados, só os gastos monetários, e só de um
grupo determinado de faixa de rendimento”, ressaltou André
Martins.

O valor médio das despesas de consumo realizadas pelas


famílias que moram em área rural foi de R$ 2.158,83 em
2017-2018, o equivalente a 53,7% do gasto médio das
famílias habitantes de regiões urbanas, de R$ 4.020,98.

A proporção de gastos com alimentação foi maior entre a


população rural (23,8%) do que entre a urbana (16,9%). O
mesmo ocorreu também com as despesas de transporte,
responsáveis por 20% do total do consumo na em lares da
região rural contra uma fatia de 17,9% na área urbana. Os
gastos com educação também foram mais expressivos em

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residências urbanas (4,9%) do que nas rurais (2,3%).

Os gastos com habitação abocanharam uma fatia maior das


despesas das famílias urbanas (37,1%) do que das que
moram na zona rural (30,9%).

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Fabrício de Castro, O Estado de S.Paulo

23 de setembro de 2019 | 09h00

BRASÍLIA - Os economistas do mercado financeiro alteraram


levemente a previsão para o IPCA - o índice oficial de
inflação - em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus,
divulgado na manhã desta segunda-feira, 23, pelo Banco
Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano passou
de alta de 3,45% para elevação de 3,44%. Há um mês,
estava em 3,65%. A projeção para o índice em 2020 seguiu
em 3,80%. Quatro semanas atrás, estava em 3,85%.

LEIA TAMBÉM >BC reduz juros básicos da economia para


5,5%, menor patamar da história

Além disso, na esteira da decisão do Banco Central sobre


juros, na semana passada, os economistas do mercado
financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa
básica da economia) no fim de 2019 e 2020. O Relatório de
Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a
Selic este ano seguiu em 5% ao ano.

O Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que

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seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa


permaneceu em 3,5%. Há quatro semanas, essas projeções
eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do


centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de
tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a
5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5
ponto (de 2,5% a 5,5%). No caso de 2021, a meta é de
3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a
meta de 2022 é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto (de 2% a
5%).

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária


(Copom) do BC atualizou suas projeções mais recentes para
a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção
para o IPCA em 2019 está em 3,3%. No caso de 2020, está
em 3,6%.

Em 6 de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE) informou que o IPCA avançou 0,11% em
agosto. No ano, a taxa acumulada é de 2,54% e, em 12
meses até agosto, de 3,43%.

No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do


resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top
5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 3,4%. Para
2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,73%. Quatro
semanas atrás, as expectativas eram de 3,51% e 3,9%, nesta
ordem.

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No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em


3,8%, ante 3,75% de um mês atrás. A projeção para 2022 no
Top 5 permaneceu em 3,75%, ante 3,6% de quatro semanas
antes.

PIB

A expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu


em 0,87%. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de
0,8%.

Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta


do Produto Interno Bruto (PIB) em alta de 2%. Quatro
semanas atrás, estava em 2,1%. No fim de agosto, o
IBGE informou que o PIB do segundo trimestre de 2019 subiu
0,4% em relação ao primeiro trimestre.

No fim de junho, o BC havia atualizado, por meio do Relatório


Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em
2019, de alta de 2% para elevação de 0,8%. Essa projeção
será novamente atualizada na próxima quinta-feira, também
pelo RTI.

A projeção para a produção industrial de 2019 passou de


baixa de 0,47% para retração de 0,53%. Há um mês, estava
em alta de 0,08%. No caso de 2020, a estimativa de
crescimento da produção industrial foi de 2,48% para 2,29%,
ante 2,5% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o


indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor

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público e o PIB para 2019 foi de 56,10% para 56,05%. Há um


mês, estava em 56,39%. Para 2020, a expectativa passou de
58,3% para 58%, ante 58,5% de um mês atrás.

Selic

O Focus apontou ainda que a mediana das previsões para a


Selic este ano seguiu em 5%. Há um mês, estava no mesmo
patamar. Já a projeção para a Selic no fim de 2020
permaneceu em 5% ao ano, ante 5,25% de quatro semanas
atrás.

No caso de 2021, a projeção foi de 7% para 6,75%, igual a


um mês antes. A projeção para a Selic no fim de 2022
permaneceu em 7%, mesmo porcentual de quatro semanas
antes.

Na semana passada, o Copom cortou a Selic em 0,5 ponto


porcentual, de 6% para 5,5% ao ano. Foi o segundo corte
consecutivo da taxa básica. No comunicado sobre a decisão,
o BC avaliou que o cenário externo, apesar de incerto, está
favorável para países emergentes. Além disso, reconheceu
avanços nas reformas econômicas e divulgou projeções
comportadas de inflação para 2019 e 2020. Nesse contexto, a
instituição também indicou que pode promover novos cortes
na Selic.

No grupo dos analistas consultados que mais acertam as


projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica
em 2019 foi de 5% para 4,75% ao ano, ante 5% de um mês

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antes. No caso de 2020, passou de 5% para 4,75% ao ano,


ante 5,13% de quatro semanas atrás.

A projeção para o fim de 2021 no Top 5 permaneceu em


6,5%. Há um mês, estava em 7%. Para 2022, a projeção do
Top 5 seguiu em 6,5% ao ano, ante 7% de um mês antes.

Câmbio

O relatório Focus mostrou alteração no cenário para a moeda


norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o
câmbio no fim deste ano foi de R$ 3,90 para R$ 3,95, ante R$
3,80 de um mês atrás.

Para o próximo ano, a projeção para o câmbio permaneceu


em R$ 3,90, ante R$ 3,81 de quatro pesquisas atrás.

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