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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (AESGA)

FACULDADES INTEGRADAS DE GARANHUNS (FACIGA)

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

ÉDIPO GALINDO CORDEIRO

ELLEN VIVIAN SILVA DAS MONTANHAS

EMANUELLE PAES DE BARROS

FELIPE WELTON FERREIRA

FERNANDO ANTÔNIO FERREIRA

IRINEU VITOR COSTA SILVA

LOUISE VIEIRA DE LIMA LUCENA

MARIA APARECIDA COSTA BEZERRA

MARIANNE SOUTO OLIVEIRA SILVA

MICHELE BENICIO DA SILVA VASCONCELOS

PALOMA SALGADO OLIVEIRA MACIEL

WYLLYANE ALVES ANDRÉ DE OLIVEIRA

CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO

ESTADO SOCIALISTA E CAPITALISMO DE ESTADO

GARANHUNS

2019
1. Origem Histórica do Estado Socialista

O socialismo surgiu no século XIX, no contexto histórico inserido na revolução


industrial, onde surgiram as classes sociais burgueses e proletariados, em função da melhoria
de qualidade de vida e de trabalho dos assalariados surgiu o termo socialismo como uma nova
forma de sociedade. Intelectuais da época pensaram em como poderiam melhorar as
condições de trabalho desta forma surgiu o socialismo utópico que consistia em uma forma de
governo igualitária dentro do capitalismo e o socialismo Cientifico Baseado em Marx e
Engels defendiam a ideia de que a classe operária deveria se organizar e por meio de uma
revolução introduzir uma nova forma de organização econômica e política. Marx acreditava
que a única forma de destruir esta forma de exploração da sociedade era a destruição do
capitalismo. Desta forma o proletariado chegaria ao poder por revolução eliminando todas as
desigualdades e classes sociais. A primeira tentativa de implantação do sistema socialista foi a
Comuna de Paris em prol da melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos operários. Durou
apenas 72 dias por intervenção do governo francês.

2. O Estado Socialista Soviético

Contrariando todas as previsões, foi na Rússia, onde ainda era incipiente o


desenvolvimento industrial, que surgiu a oportunidade para a implantação do Estado
Socialista. Em fevereiro de 1917, o governo tzarista é derrubado por socialistas republicanos,
em outubro de 1917, os socialistas tomam o poder através de Lênin. Em 1924 a República
Soviética Federativa Socialista Russa passaria a denominar-se União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas.

3. Democracias Populares

Com o início da II Guerra, no âmbito histórico até então o socialismo só era aplicado
na União Soviética, mas após a guerra propõem-se derivações do sistema soviético que é
divido em fundamentos tais como o porte das elites políticas, a aparição de soviéticos
declarando libertadores e os acordos de Yalts e Potsdam. Em 1945 surgem oficialmente as
democracias populares, onde alguns estavam mais de seguir as estruturas soviéticas e outros
não. Havia uma relativa organização econômica cooperativa. Em 1947 a união soviética
impôs novas formas de controle mais rígidos, a Lugoslávia reagiu contra, mantendo uma
atitude independente e desenvolvendo seu próprio sistema de governo. As demais
democracias não tiveram como reagir e submeteram a esses padrões até a morte de Stálin. As
Democracias Populares sempre dependeram da economia soviética.

4. Socialismo Asiático

Durante séculos a China foi governada por monarquias. As constantes guerras e a


necessidade de um maior desenvolvimento econômico debilitaram a última dinastia,
provocando o aumento do número de seguidores do movimento republicano. Depois de
muitas revoluções ocorre a queda da dinastia Qing, tendo início a República da China. O
período republicano ficou marcado por inúmeros conflitos da Guerra Civil Chinesa, que teve
seu fim quando o Partido Comunista Chinês (PCC) tomou o controle da China continental.
Assim, em 1 de outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a criação da República Popular
da China e uma nova Constituição é estabelecida. Assim, o órgão supremo do Estado é o
Congresso Nacional Popular, mas este é subordinado ao PCC. Com a nova constituição de
1975, estabelece basicamente dois tipos de propriedade, a socialista de todo o povo e a
coletiva socialista delimitando aos trabalhadores agrícolas e não agrícolas o modo que deve-
se produzir e trabalhar.

5. Socialismo Africano

A África declarou-se socialista após a Segunda Guerra Mundial. Nesse sentido,


convencionou-se denominar de socialismo africano, para se referir a este regime nos
continentes africanos. No entanto, dentro do continente africano há muitas disparidades entre
os Estados Socialistas árabes e os negros, existindo poucos pontos em comum, assim como
também há notáveis diferenças entre estes últimos. Nota-se que não há uma padronização de
normas e ideologias no socialismo africano. Todavia, existem alguns temas imprescindíveis
que possibilitam a identificação desse movimento como um conjunto. Sabe-se que o
socialismo africano tem temas em comum que o caracterizam, e esses aspectos são, entre eles,
o problema de identidade continental, pois têm uma doutrina própria, que tem a função de
diferenciação do socialismo africano dos demais. Mas, ao mesmo tempo funciona como
doutrina unificadora, uma vez que preza pela propriedade da terra em comunidade, isonomia
da sociedade, sem a divisão de classes ou castas e a cooperação entre a sociedade, visando um
estreitamento nas relações, no sentido de direitos e deveres. Além disso, a crise de
desenvolvimento econômico, que se caracteriza pela deficiência de acúmulo de capital. O que
acaba por incidir em culpa do Estado, fazendo com que o desenvolvimento se apóie no capital
do setor público. No mais, o problema do controle e da formação de classes, que se deu no
momento em que o povo africano lutou contra o colonialismo, fazendo do nacionalismo a
unificação, onde os próprios líderes africanos tentam se apresentar como uma força unificada
e independente das grandes potências mundiais.

6. Socialismo Americano

O Estado socialista já se fez presente na América, desde quando Cuba proclamou sua
adesão ao marxismo – leninismo. Isso ocorreu em dezembro de 1961, data na qual foi
anunciada a constituição do Partido Unido da Revolução socialista. Cuba vive em um regime
ditatorial, característico dos Estados que se declaram em revolução, embora em fevereiro
1976, tenha sido aprovado pelo povo, mediante referendum, uma Constituição, pois esta ainda
não tem plena eficácia. Assim sendo não é possível definir – se ainda o tipo de Estado
socialista que será adotado pelos cubanos. No final do ano de 1970 o povo chileno elegeu um
governo socialista, o que pode ser interpretado como desejo um do povo de que o Estado
adotasse aquela orientação política. Tratava – se, no caso chileno, de uma república
presidencial em que o Presidente da República tinha participação restrita no processo
legislativo. Em setembro de 1973 um golpe militar fulminante e violento causou a morte do
presidente Salvador Allende, instaurando – se no Chile um governo ditatorial, que suprimiu
toda a Constituição e revogou todas as leis de caráter socializante. Finalmente em 1990, foi
instaurada a antiga normalidade constitucional, cessando formalmente aquela experiência de
socialismo chileno.

7. Capitalismo de Estado

A União Soviética, no período de 1970 a 1980, começou a impor um controle social, a


ter despesas militares, pois tinha o fim de fazer frente aos Estados Unidos da América. A crise
também foi inevitável, pois tinha que custear países que eram seus subordinados, são eles:
Países da Europa Ocidental, da África, da Ásia e da América (Cuba), esses eram seguidores
da União Soviética.

Já em 1986, o presidente Mikhail Gorbachev estava preocupado com a economia da


União Soviética. Ele sentiu que a Economia estava falhando e percebeu que o regime
socialista precisava de uma reforma. Então, Gorbachev teve uma ideia - resolveu implantar
uma política que a chamou de “PERESTROIKA” (reestruturação). Essa política tinha como
objetivo a redução da quantidade de dinheiro gasto em defesa, para fazer isso, Gorbachev
sentiu que era necessário desocupar o Afeganistão, negociar com os Estados Unidos a redução
dos armamentos e não interferir em outros países comunistas.

O supracitado – implantação da PERESTROIKA - permitiu a liberação do comércio


exterior, dos preços, da moeda, da eliminação dos limites de fabricação de produtos, a
redução de subsídios à economia e a autorização de importação de produtos estrangeiros, o
que levou a uma variação extrema de diversos fatores econômicos que se fizeram sentir por
todo o país.

Em consequência disso, ocorreram muitas transformações naqueles Estados, que,


embora não se declarando capitalistas e mantendo teoricamente sua fidelidade ao socialismo,
adotaram novas Constituições, abandonando o modelo soviético. Em nenhum caso houve a
restauração da monarquia ou das forças políticas existentes antes da II Guerra Mundial, apesar
de adotarem geralmente o pluralismo político e sistemas eleitorais de modelo liberal-burguês.

Em 1991 ocorreram alguns acontecimentos políticos, tais como: Ações Parlamentares,


Confrontos Armados, que levaram Boris Leltsin à Presidência da Rússia.

Em 1992 ocorreu uma reunião na capital da Bielo-Rússia, Minsk, onde se reuniram os


presidentes da Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia, eles decidiram criar um documento que previa
que a partir de então a União Soviética deixaria de existir, e – também, criar-se-ia uma
Comunidade de Estados Independentes esclarecendo que não se tratava da criação de um
novo Estado, mas apenas de um órgão representativo de repúblicas independentes, para
exame e discussão de assuntos de interesse de seus integrantes e para o estabelecimento de
diretrizes comuns, sem afetar a soberania de cada um.

Comparando o Capitalismo de Estado de antigamente com o de hoje, temos que aquele


era uma ideia associada à organização econômica de Estados Socialistas tal como a União
Soviética. Esse liga-se à países que não são completamente socialistas, mas onde o Estado
Interventor opera arduamente na área econômica. É o arranjo econômico mais próximo do
Socialismo, pois, governos usam os mercados para promover seus próprios interesses.

Nesse sentido, temos duas formas de exercício: por meio de regulamentações e


benefícios do Estado e por meio da participação ativa gerenciando empresas estatais.
Ademais, é importante ressaltar que existia uma utilização por parte do governo de
diversos tipos de empresas privadas para gerenciar a exploração e produção dos recursos que
eram considerados estratégicos para criação e manutenção de empregos.

Vale mencionar que por haver essa aliança e domínio de Estado com empresas
privadas, a riqueza gerada no mercado pode ser direcionada de acordo com os interesses das
autoridades.

A par de todo esse conteúdo acerca do Capitalismo de Estado, um importante político


cujo nome era Ian Bremmer, dizia que o objetivo final do Capitalismo de Estado era Político e
não “Econômico”, consequentemente - acaba maximizando o Poder do Estado e a capacidade
de sobrevivência de liderança dos políticos. E dizia mais: “No capitalismo de Estado,
escândalos de corrupção entre os governadores e empresas privadas são mais fáceis de
ocorrer.

Além do mais, existia a justificativa de que se distribuíssem favores, tarifas especiais e


créditos subsidiados pelas empresas, então isso faria com que aquecesse a economia e
favorecesse a nação. Entretanto, o favorecimento real vai para as empresas que o recebem,
possibilitando o estabelecimento de monopólios (a empresa favorecida acaba tendo mais força
ante os seus concorrentes).

Ainda fazendo alusão às palavras de Bremmer, ele dizia que: “o sistema econômico
afoga-se em dívidas, déficits e contínuos aumentos de tributos”. “Quando o governo empresta
para uma empresa, em caso de “rombo” nas contas do governo, o prejuízo sempre pode ser
repassado aos pagadores de impostos, os quais compõem a sociedade como um todo.”

A ex-união Soviética abandonou os socialistas e converteu-se num capitalismo de


Estado. O Estado, órgão político, adquiriu poder econômico sendo o maior capitalista. O
intervencionismo do Estado diverge do socialismo. No Estado socialista predomina as
pessoas, concebidas e tratadas como iguais e integradas numa coletividade. Já o Estado
capitalista pondera o capital, concebendo os humanos como isolados e opostos aos demais. As
propostas de mudança da organização política e social, visando à correção dos desníveis e das
injustiças do individualismo patrimonialista, remetem às experiências do Estado socialista,
que produziram efeitos opostos aos proclamados, mas também resultados positivos,
colocando em um novo patamar a busca da sociedade justa.

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