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COGERAÇÃO E TRIGERAÇÃO

 Cogeração: uso de uma máquina térmica para geração


simultânea de energia (elétrica ou mecânica) e calor.

 Trigeração: uso de uma máquina térmica para geração


simultânea de energia (elétrica ou mecânica), calor e
frio.

 Cogeração e trigeração aumentam a eficiência do uso do


combustível, em relação à geração separada de energia,
calor e frio.
CICLOS TOPPING E BOTTOMING

 Topping: primeiro gera-se energia eletromecânica e


depois calor.

• Exemplo: usinas a gás a ciclo combinado.

 Bottoming: primeiro gera-se calor e depois energia


eletromecânica.

• Utilização restrita, pois o calor rejeitado se encontra a


temperaturas geralmente insuficientes para geração
de energia eletromecânica.
CICLO TOPPING

Fonte: BARJA, 2006.


CICLO BOTTOMING

Fonte: BARJA, 2006.


CICLOS TOPPING E BOTTOMING

Fonte: BARJA, 2006.


PLANTA DE COGERAÇÃO

Fonte: ANDREOS, 2013.


UTILIDADES DA COGERAÇÃO

Fonte: BARJA, 2006.


BALANÇO TÉRMICO

Fonte: BARJA, 2006.


TURBINA A GÁS - ESQUEMA

Fonte: BARJA, 2006.


ROTOR DE UMA TURBINA A GÁS

Fonte: ALSTOM
USINA A GÁS A CICLO SIMPLES

Fonte: http://www.consumersenergy.com
USINA A GÁS A CICLO COMBINADO

Fonte: http://www.mhps.com/en/
EXEMPLO DE USINA A CICLO COMBINADO

 Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA).

 2 turbinas a gás, 1 turbina a vapor, 3 geradores.

 Potência instalada: 469 MW.

 Combustível: gás da Bolívia.

 Temperatura de combustão do gás: 1000°C.

 Temperatura do vapor superaquecido: 522°C.

 Temperatura dos gases de exaustão: 82°C.


USINA ELÉTRICA A GÁS DE ARAUCÁRIA

Fonte: UEGA.
QUALIFICAÇÃO DA COGERAÇÃO

 Decreto 2003/1996: Define e regulamenta a


Produção Independente e a Autoprodução de energia
elétrica com fontes alternativas e renováveis.

 Resolução ANEEL 235/2006: Estabelece os requisitos


para a qualificação de centrais termelétricas cogeradoras
de energia.
QUALIFICAÇÃO DA COGERAÇÃO

 Energia da Fonte (Ef). Energia recebida pela central


termelétrica, em kWh/h, em seu regime operativo médio. No
caso dos combustíveis, é o Poder Calorífico Inferior (PCI).

 Energia da Utilidade Eletromecânica (Ee). Energia


fornecida pela central termelétrica, em kWh/h, em seu regime
operativo médio, em termos líquidos, descontado o
consumo dos serviços auxiliares elétricos da central.
QUALIFICAÇÃO DA COGERAÇÃO
 Energia da Utilidade Calor (Et): Energia cedida pela
central, no seu regime operativo médio, em kWh/h, em
termos líquidos, descontadas as energia de baixo potencial
térmico que retornam à central.

 Fator de Cogeração (Fc%): Parâmetro função da potência


instalada e da fonte da central. Aproxima-se do conceito de
Eficiência Exergética.

 Fator de Ponderação (X): parâmetro adimensional definido


em função da potência instalada e das eficiências.
QUALIFICAÇÃO DA COGERAÇÃO
 Taxa de Economia Mínima (TEC): economia mínima que
uma usina deve ter para ser qualificada.

 Rendimento térmico de referência ( ).

 Rendimento eletromecânico de referência ( ).

 Razão entre os rendimentos .

 Rendimento para fins de qualificação .


QUALIFICAÇÃO DA COGERAÇÃO
Fonte: BARJA, 2013.
CENTRAIS QUALIFICADAS ATUAIS
 Situação em 1/10/2014, de acordo com o Banco de
Informações da Geração (BIG), da Aneel.

 Participação na capacidade total em operação: 1,91%.


COGERAÇÃO NO MUNDO (%)

Fonte: http://large.stanford.edu/courses/2010/ph240/askarov1/
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)

Fonte: ONS.
ESTRUTURA DESVERTICALIZADA
AMBIENTES DE CONTRATAÇÃO

GERAÇÃO
Competição plena
Preços de suprimento resultante Preços de suprimento livremente
de leilões negociados

D: distribuidores
CL: consumidores livres

Ambiente de C: comercializadores
Ambiente de
Contratação Contratação Livre
Regulada ACL
ACR

CL C
D
CONSUMIDORES LIVRES E ESPECIAIS
ENERGIA INCENTIVADA (COM DIREITO A
DESCONTO NA TARIFA DE USO)

Fonte: CCEE.
ENERGIA CONVENCIONAL (SEM DIREITO
A DESCONTO NA TARIFA DE USO)

Fonte: CCEE.
PROD. TERMO ENTRE 2010 E 2014 (%)
OFERTA E DEMANDA DE ENERGIA

Fonte: Adaptado de https://www.e-education.psu.edu/ebf200up/node/178


PLD DO SUDESTE/CENTRO-OESTE

Fonte: D’ARAUJO, 2014.


PLD SE/CO X PREÇO DO NORD POOL

Fonte: D’ARAUJO, 2014.


ESTRATÉGIAS PARA COGERAÇÃO

 O aumento da eficiência energética obtida com a


cogeração é importante, mas não basta.

 O empreendimento deve ser analisado como um todo,


especialmente do ponto de vista econômico-financeiro.

 O aumento da cogeração na matriz energética brasileira


pode ser conseguido com estratégias de mercado
adequadas e negociação da energia no mercado livre.
REFERÊNCIAS
 BALESTIERI, José A. P. Geração combinada de eletricidade e calor,
UFSC, 2002.

 BARJA, Gabriel J. A. A cogeração e sua inserção ao sistema elétrico.


Dissertação de Mestrado, UnB, 2006.

 ANDREOS, Ronaldo. Estudo de viabilidade técnico-econômica de


pequenas centrais de cogeração a gás natural no setor terciário do
estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, USP, 2013.

 D’ARAUJO, Roberto P. Da superfície para as profundezas: um


modelo com defeitos genéticos – artigo que tenta explicar a crise,
2014.

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