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DICAS

ANALISTA JUDICIÁRIO

20 DICAS DE PORTUGUÊS

DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO CONSTITUCIONAL
Uso dos porquês
Substituível pelas expressões pelo(s) qual(s),
Por que pela(s) qual(s); motivo pelo qual; pelo qual
motivo
Exemplo:
Os contratempos por que passamos não influenciaram nos estudos.
Quero saber por que quer ser servidor público.
Substituível por pois ou pela expressão
Porque por causa que
Exemplo:
20 DICAS DE PORTUGUÊS

Porque estava bem preparada, passou no concurso.


Gabaritaste a prova, porque fizeste muitos exercícios?
Somente é usado em final de período, isto é,
Por quê deve ser seguido de pontuação.
Exemplo:
Não estás inscrito no concurso, por quê?
Ela saiu da sala de prova de repente, e ninguém sabe por quê.
É substantivo; vem antecedido de determi-
Porquê nante (artigos, pronomes). Pode ser substi-
tuído pela palavra motivo.
Exemplo:
O porquê de sua rotina de estudos, todos conhecem.
Ela saiu da sala de repente, e ninguém sabe o porquê.

Crase
Não se usa crase antes de
palavra masculina verbo pronomes pessoais
pronomes de tratamento pronomes indefinidos
pronomes demonstrativos “esta” e “essa”
artigos indefinidos
Não se usa crase
quando o “a” estiver no singular e a palavra
seguinte, no plural
entre palavras repetidas
quando, antes do “a”, já houver preposição
Os pronomes relativos são as palavras QUE, QUEM, QUAL,
CUJO, QUANDO, ONDE, COMO, QUANTO.
Recebem esse nome porque relacionam um termo antecedente
(substantivo) a um termo consequente (verbo).

Indicativo. Subjuntivo. Imperativo.


O modo verbal indicativo é usado quando se toma como real ou
verdadeiroaquiloquesefalaouseecreve.Jáosubjuntivoéusado
quandosetomacomoprovável,duvidosoouhipotéticooconteúdo
daquilo que se fala ou se escreve. E o imperativo é usado quando
se ordena ou se expressa pedido.
20 DICAS DE PORTUGUÊS

Atenção aos verbos que expressam fenômeno


meteorológico
Esses verbos são impessoais quando forem empregados em
sentidodenotativo(sentidopróprio).Quandoforemempregados
em sentido conotativo (figurado) possuirão sujeito.
Ex.: Choveu pouco no dia da prova do concurso. (sentido
denotativo – oração sem sujeito)
Choveram aplausos para os aprovados. (sentido conotativo
– possui sujeito simples)

“Haver” no sentido de “existir” (indicando tempo) ou no


sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular.
É impessoal, ou seja, não admite sujeito.
Ex.: Neste curso há alunos aprovados. (“há” no sentido de “existir”)
Já houve muitos concursos de nível médio. (“houve” no sentido
de “ocorrer”)

“Fazer”,quandoindicatempooufenômenosdanatureza,também
é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular.
Ex.: Faz dois anos que fui aprovado no concurso. (tempo decorrido)
A estrutura da VOZ ATIVA é:
SUJEITO (agente) + VERBO (forma ativa) + OBJETO DIRETO (paciente)

Já em relação à VOZ PASSIVA, a estrutura é:


SUJEITO (paciente) + VERBO (locução passiva) + AGENTE DA
PASSIVA (quem pratica a ação)
Ex.: Aprova foi feita pelos alunos

Existem orações em que o SUJEITO é INEXISTENTE


(ORAÇÃO SEM SUJEITO).
Isso ocorre naquelas situações em que a ação verbal
20 DICAS DE PORTUGUÊS

não pode ser atribuída a ninguém, ou seja, não existe


nenhum ser capaz de praticá-la. O sujeito inexistente ocorrerá
quando o predicado for construído em torno de verbos
impessoais, que são os seguintes:
HAVER: empregado no sentido de existir, acontecer ou ocorrer.
Ex.: Havia centenas de aprovados no concurso.
FAZER: na indicação de tempo decorrido ou temperatura.
Ex.: Faz dois anos que aguardo a nomeação.
ESTAR: indicando condições climáticas.
Ex.: Está um lindo dia de sol para prestar a prova.
SER: indicando horário, data ou distância.
Ex.: Daqui até o local de prova são 10 km.
A prova é dia 29 de janeiro.

Orações subordinadas adjetivas


são orações que equivalem a um adjetivo.
Restritivas
Apenas restringem o sentido de um termo que elas modificam.
São mais comuns e em maior número que as explicativas.
Essas orações nunca vêm entre vírgulas.
Ex.: Há dentro de todo candidato uma parte do conteúdo que ele
ignora e uma parte que ele conhece.
Os candidatos que são esforçados precisam cuidar da saúde.
(restringe a abrangência aos candidatos esforçados – e não a todos)
Explicativas
Modificam um termo em sentido amplo, genérico, enfatizando
a sua maior característica, ou uma de suas características
As orações explicativas vêm sempre entre vírgulas.
Ex.: O Tribunal Regional Federal, que é uma instituição renomada,
está organizando o concurso para servidor público.
Os candidatos, que são esforçados, precisam cuidar da saúde.
(todos os candidatos são esforçados)

Mim não conjuga verbo!


Jamais use mim antes do verbo no infinitivo. Mim é um
20 DICAS DE PORTUGUÊS

pronome  oblíquo  tônico e surge após uma preposição


(ex.: para mim, de mim, por mim). Do contrário,
os pronomes do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) vêm
sempre antes do verbo determinando uma ação. 
Ex.: Aquela prova é para eu fazer. A lição serviu para eu aprender
a matéria.
Aquela prova é para mim. Traga aquele caderno para mim,
por favor.

Aposto é o termo acessório da oração que explica,


especifica, exemplifica, enumera ou resume um termo
anterior.
Ex.: A Polícia Civil, instituição que atua na defesa dos interesses
da sociedade, está com concursos abertos para o provimento
de alguns cargos. (aposto explicativo)
Técnico Judiciário, a exemplo de Analista Judiciário, é um
cargo vinculado ao Tribunal Regional Federal. (aposto
exemplificativo)
O estudo para o cargo de técnico assemelha-se, em alguns
pontos, com aquele para analista. (aposto especificativo)
Esta carreira tem dois grandes requisitos: coragem e dedicação.
(aposto enumerativo)
O estudo, a prática, a concentração, tudo é importante na hora
da prova. (aposto resumidor)
Cujo é um pronome relativo que indica posse. Estabelece uma
relação de posse entre um elemento possuidor (antecedente)
e um termo possuído (consequente). Jamais vem antecedido
ou precedido de artigo.
Ex.: Conheci o garoto cujo pai é membro do Ministério Público.
O livro cujos exercícios são específicos está esgotado.

Derivação imprópria é um processo de formação das pala-


vras que consiste na mudança de classe gramatical de uma
palavra.
20 DICAS DE PORTUGUÊS

Ex.:
- Substantivos comuns a próprios: Coelho, Leão, Pereira
- Substantivos próprios a comuns: damasco
- Adjetivos a substantivos: capital, circular, veneziana
- Substantivos a adjetivos: burro, perua
- Substantivos, adjetivos e verbos a interjeições: silêncio! bravo!
viva!
- Verbos a substantivos: jantar, prazer
- Particípios (presentes ou passados) a preposições: mediante, salvo
- Particípios (passados) a substantivos e adjetivos: conteúdo,
resoluto

Frase é todo enunciado, suficiente por si mesmo, com sentido


completo e capaz de estabelecer comunicação. Para haver
frase, não é necessário que o enunciado possua verbo. Quando
a frase não possui verbo, é chamada de frase nominal. Quando
a frase tem verbo, diz-se que é uma frase verbal.
Ex.: Boa noite!
Silêncio!
Nós seremos aprovados.

Oração é uma frase, ou parte de uma frase, que possui verbo,


mas que não precisa ter sentido completo.
Ex.: Espero a aprovação.
Quando saírem.
conjunções associadas à orações
São exemplos de
subordinadas adverbiais causais, isto é, que exprimem
causa ou motivo, as seguintes: pois, porque, já que, visto que,
uma vez que, porquanto, como, se (= já que)
Ex.: Estava feliz, porque foi aprovada no concurso.
Como estudava muito, conseguiu o primeiro lugar na lista de
aprovados.

Vírgula NÃO pode ser usada para separar sujeito do predicado.


20 DICAS DE PORTUGUÊS

Atenção aos parônimos, que são palavras que possuem a grafia


parecida, mas sentido diverso.
Ex.:
Comprimento = extensão; Cumprimento = saudação; ato de cumprir
Delatar = denunciar; Dilatar = alongar
Descrição = ato de descrever; Discrição = recato, modéstia
Infligir = punir; Infringir = violar uma lei
Mandado = ordem judicial (ou qualquer outra ordem); Mandato
= procuração
Soar = produzir som; Suar = eliminar suor

Chamamos de homônimos duas ou mais palavras que


têm a mesma escrita (homógrafas) ou a mesma pronúncia
(homófonas), mas que têm significados diferentes.
Ex.:
Homógrafas: colher (verbo) e colher (substantivo) – têm a
mesma escrita.
Homófonas: conserto (reparo) e concerto (apresentação
musical) – têm a mesma pronúncia.
DIREITO ADMINISTRATIVO
SERVIÇOS PÚBLICOS
CONCEITO
Art. 175 - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de
licitação, a prestação de serviços públicos.

Quando prestado por Administração Pública Direta ou Indireta,


a Prestação é DIRETA. Quando por delegação, Prestação INDIRETA.
DIREITO ADMINISTRATIVO

CARACTERÍSTICAS
Podem ser Prestados com Intuito de Lucro
Mesmo com lucro, não perde a característica de ser um Serviço
Público
Titularidade exclusiva do Poder Público, podendo sua execução
ser delegada a Particular
Fiscalizado pela Administração Pública

ATIVIDADES PÚBLICAS
Em alguns casos, encontraremos atividades que NÃO POS-
SUEM TITULARIDADE EXCLUSIVA do Poder Público, podendo ser
exercidas com titularidade também por Particular. Vale ressaltar
que, quando a atividade for prestada por particular, a Adminis-
tração Pública fiscalizará a prestação através do Poder de Polí-
cia. É o caso das Atividades referentes aos Direitos Sociais (art.
6º, CF), como Educação, Segurança, Propriedade, etc.

ELEMENTOS DEFINIDORES
Material: Atividade de utilidade ou comodidade material, indi-
vidual ou coletiva, essencial ou secundária.
Orgânico (Subjetivo): Titularidade do Estado, prestação dire-
ta ou indireta.
Formal: Regime Jurídico de Direito Público.
CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Gerais (Uti Universi): Tem natureza indivisível, prestado a
toda coletividade, indeterminando assim os usuários de sua
prestação. Custeados pelo Estado, através de receitas advin-
das de impostos.
Individuais (Uti Singuli): Natureza divisível, prestado a um
usuário determinável, custeados mediante cobrança de taxas
ou tarifas proporcionais ao consumo individual do serviço.

Próprios (Exclusivos):
Delegáveis: Prestados pelo Estado diretamente, através da
DIREITO ADMINISTRATIVO

Centralização, ou por delegação (Concessão, Permissão ou


Autorização), através da Descentralização.
Indelegáveis: Somente prestado por Centralização ou por
Pessoa Jurídica de Direito Público da Administração Indireta.
Delegação Obrigatória: Apesar de exclusivos do Estado, sua
delegação é obrigatória, sua prestação não pode ser apenas
do Estado diretamente. Ela deve oferecer sua delegação a
interessados. Ex.: Serviços de Comunicação.
Impróprios (Não-Exclusivos): Serviços que o particular po-
derá, por conta própria, prestar em paralelo ao Estado, median-
te fiscalização do Estado. Ex.: Educação, Saúde. São chamados
Serviços de Utilidade Pública.
Essenciais: Devem ser garantidos pelo Estado, que não
poderá exercê-los com intuito de lucro.
Úteis: Prestações úteis ou convenientes a sociedade,
apesar de não serem essenciais.
Administrativos: Referem-se às atividades internas da Admi-
nistração Pública, que beneficiam indiretamente a sociedade.
Sociais: Diretamente relacionados aos Direitos Fundamen-
tais Sociais, não podendo ser delegados a particulares, mas
livremente exercidos por eles.
Econômicos: Relacionados a atividades econômicas, poden-
do ser realizadas com o intuito de lucro. Delegável a particular.
COMPETÊNCIAS
Definidas pela própria Constituição Federal, através da distri-
buição de competências GERAIS (União – arts. 21 e 22) e LOCAIS
(Municípios – art. 30), sendo as competências REGIONAIS (Esta-
do – art. 25, §1º) caracterizadas como residuais e a competência
do DISTRITO FEDERAL (art. 32, §1º) uma mescla das competên-
cias dos Estados e dos Municípios.
Para um Serviço Público ser considerado adequado, deve-se
observar na Lei 8.987/95, art. 6º, §1º, que também estabelecem
os Princípios que veremos a seguir.

PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS


DIREITO ADMINISTRATIVO

Regularidade: A prestação de serviço deve atender a um padrão


de qualidade eficiente para atender as necessidades da sociedade.
Continuidade dos Serviços Públicos: A prestação de serviço
público não pode ser interrompida por interesse privado. Apenas
casos de manutenção ou inadimplência do usuário, mediante aviso
prévio, ou casos de emergência para manutenção da boa prestação,
permitem essa descontinuidade.
Eficiência: Relação custo-benefício razoável para o administrado
e para o prestador de serviço.
Segurança: O usuário não pode ser exposto a risco na prestação
do serviço.
Atualidade (Atualização): O Poder Público ou o delegatário
devem sempre estar atualizados em suas tecnologias, técnicas e
pessoal, para melhor atender os usuários.
Generalidade (Universalidade): A prestação deve ser igual,
independentemente de quem seja o usuário.
Cortesia na Prestação: Direito de o usuário ser tratado com
educação e cortesia pelo prestador de serviço.
Modicidade das Tarifas: Os valores cobrados pela prestação
devem ser RAZOÁVEIS, para garantir acesso ao maior número de
usuários.
Isonomia: Além do tratamento igual que deve ser dado a todos
que se encontram em igualdade na prestação, abrange toda ação
positiva do Estado para igualar também os que se encontram
em situação desigual. Ex.: A Lei 8.987/95 determina que as
concessionárias devem oferecer, no mínimo, 6 datas de vencimento
para pagamento de serviços.
CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Concessão é um contrato administrativo (Bilateral) que
delega a prestação do serviço público a uma Pessoa
Jurídica Privada.É o único contrato administrativo em que o
PARTICULAR será responsável por remunerar o contratado.
A concessão é por prazo determinado e requerer atendimento
ao procedimento de CONCORRÊNCIA para licitação.

A Concessão pode ser:

COMUM:
Concessão de Serviço Público Simples: Ocorre quando a Adminis-
DIREITO ADMINISTRATIVO

tração delega a execução de um serviço público a uma Pessoa


Jurídica Privada ou a um Consórcio de Empresas.
Concessão de Serviço Público Precedida de Obra: Quando a
Administração não possui dinheiro para arcar com uma obra que
se mostra necessária, pode firmar acordo com a concessionária
que será integralmente responsável pela realização da obra e terá
sua remuneração através da exploração e utilização daquela obra.

ESPECIAL (Parceria Público-Privada):


Concessão Administrativa: A própria Administração, por ser a
usuária da concessão, realizará o pagamento das tarifas.
Concessão Patrocinada: O concessionário é remunerado pelo
pagamento de tarifas realizado pelo usuário acrescido de uma
prestação pecuniária patrocinada pelo Estado – no máximo 70%
do lucro total.

Responsabilidade Civil:
Responsabilidade de Concessionárias (Concessão Comum) é
OBJETIVA perante o usuário e terceiros não usuários, segundo o STF.
No caso de PPP (Concessão Especial), ocorrerá COMPARTILHA-
MENTO DE RISCOS, responsabilidade solidária entre Parceiro Pú-
blico e Parceiro Privado.

CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE CONCESSÃO


Alteração Unilateral do Contrato: A Administração tem o po-
der de modificar as cláusulas do contrato unilateralmente quanto
ao objeto e ao valor, dentro dos limites estipulados em lei;
Rescisão Unilateral: Por inadimplemento (Caducidade) ou
por interesse público (Encampação);
Fiscalização da Execução do Contrato: Possibilidade de de-
cretação de Intervenção da concessionária quando algum ato
coloque em risco a continuidade do serviço;
Caso o Poder Concedente identifique um indício de irregularida-
de na gestão da Concessionária que coloque em risco a manu-
tenção da prestação do serviço, poderá ocorrer INTERVENÇÃO,
para garantir a continuidade da prestação do serviço por um
INTERVENTOR (AGENTE PÚBLICO DEFINIDO POR PRAZO DETERMI-
NADO) nomeado pela Administração através de decreto. Depois
de decretada a intervenção, a Administração terá 30 dias para
iniciar um Processo Administrativo para apuração das irregula-
DIREITO ADMINISTRATIVO

ridades. O Processo não poderá ter duração superior a 180 dias.


Após o período de apuração, caso não seja apurada irregularida-
de, o Estado através de decreto extinguirá a intervenção. Caso a
irregularidade seja comprovada, será feita extinção da conces-
são por CADUCIDADE.
Ocupação Temporária de Bens: No caso de possível
descontinuidade da prestação pela concessionária, poderá
ocorrer a OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA DE BENS. O Estado, para
garantir a continuação da prestação do serviço, ocupa os bens
da concessionária. Ao final da ocupação, os bens são devolvidos
e, caso durante o período de ocupação tenha ocorrido algum
dano aos bens, o Estado pagará indenização.

NÃO CONFUNDIR OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA COM REVERSÃO.


AO FINAL DA CONCESSÃO, OS BENS DO CONCESSIONÁRIO
QUE FOREM INDISPENSÁVEIS PARA A CONTINUIDADE DO
SERVIÇO SERÃO REVERTIDOS EM BENS PÚBLICOS. TAL
REVERSÃO NÃO SERÁ INDENIZADA CASO O VALOR DOS
BENS TIVER SIDO AMORTIZADO NA TARIFA DO SERVIÇO.

Aplicação de Penalidades: Possibilidade de penalizar com


Advertência, Proibição de contratar com o poder público, Decla-
ração de inidoneidade e Multa.

PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Permissão é um contrato de adesão (Unilateral) por meio do qual
se transfere a prestação de serviço público a título precário.
Apesar de ser um contrato muito parecido com a concessão,
precisamos estabelecer as principais diferenças:
O processo de licitação poderá ser realizado por qualquer
modalidade, dado o valor final do contrato;
A permissão poderá ser celebrada tanto com Pessoa Jurídica
como com Pessoa Física.
Autorização é a delegação de um serviço sem contrato, por meio
de um ato administrativo a título precário.
DIREITO ADMINISTRATIVO

FORMAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE CONCESSÃO


Advento do Termo Contratual: O contrato se resolve pelo
decurso do prazo previsto nele.
Encampação: O poder concedente, por motivo de interesse
público, mediante lei autorizativa e prévia indenização, retoma
o serviço durante o prazo de concessão.
Caducidade: Extinção do contrato por descumprimento de
obrigações contratuais pelo concessionário.
Rescisão: Extinção do contrato por descumprimento de
obrigações contratuais pelo poder concedente.
Anulação: Extinção do contrato durante sua vigência por
razões de ilegalidade.
DIREITO CONSTITUCIONAL

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Por ser a norma superior, mais importante, no ordenamento
jurídico, a Constituição Federal serve como parâmetro para
criação e manutenção das normas inferiores. O controle
de constitucionalidade é o instrumento fundamental para
verificação da adequação entre a ação ou omissão legislativa
e o texto constitucional.
FORMAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Quanto ao tipo de conduta:
DIREITO CONSTITUCIONAL

Ação: Decorre da edição de uma norma ou prática de um


determinado ato contrário ao definido na Constituição.
Omissão: Decorre do não fazer do Estado, não atendimento a
uma exigência da Constituição (norma de eficácia limitada).
Essa omissão poderá ser PARCIAL ou TOTAL.

Quanto à norma constitucional violada:


Material (Nomoestática): O conteúdo (objeto) da lei fere a
Consti-tuição Federal.
Formal (Nomodinâmica): Fere a determinação do processo
legislativo. Pode ser subjetiva (vício na iniciativa) ou objetiva
(vício no procedimento).

Segundo o STF, a sanção da lei


IMPORTANTE!!! não convalida o vício de iniciativa.

Quanto à extensão:
Total: Todo o conteúdo ou procedimento é inconstitucional.
Parcial: Apenas parte da lei apresenta inconstitucionalidade.

Quanto ao momento:
Originária: Lei inconstitucional face à Constituição vigente.
Superveniente: Lei se torna inconstitucional com o advento
de uma nova Constituição. Essa tese não é adotada pelo STF,
que entende ocorrer a REVOGAÇÃO da norma.
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
Quanto ao momento:
Controle Preventivo: Ocorre no processo de formação da lei,
antes de sua promulgação. Pode ser exercido pelo Poder
Legislativo (através de Comissões – Art. 58), pelo Poder
Executivo (Veto Jurídico – Art. 66) e, excepcionalmente,
pelo Poder Judiciário (em caso de Mandado de Segurança
impetrado por parlamentar).
Controle Repressivo: Ocorre após a publicação da legislação.
Pode ser exercido pelo Poder Legislativo (Veto Legislativo –
Art. 49, V), pelo Poder Executivo (não aplicação da lei pelo
DIREITO CONSTITUCIONAL

Chefe do Executivo por entender ser tal lei inconstitucional)


e, em regra, pelo Poder Judiciário.

Quanto à natureza do órgão:


Político (Não Judicial): Controle exercido por órgãos que não
integram o Poder Judiciário.
Judicial: Controle exercido por órgão integrante do Poder
Judiciário. Adotado no Brasil.

IMPORTANTE!!! Súmula 347, STF: O Tribunal de Contas,


no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.

Misto: Parte das leis sofrem controle judicial, parte controle político.

Quanto à quantidade de órgãos:


Difuso: Sistema americano, qualquer órgão do Poder Judiciário
pode exercer o controle de constitucionalidade.
Concentrado: Sistema europeu, o controle é exercido por um
único órgão.
Misto / Híbrido: Sistema do Brasil, em que temos o sistema
difuso e o concentrado (no STF quando o parâmetro de
controle for a Constituição Federal e no TJ quando parâmetro
for Constituição Estadual ou Lei Orgânica do Distrito Federal).
Quanto ao modo de manifestação:
Incidental: O controle é observado de forma incidental dentro
de uma demanda específica.
Principal: O controle é a demanda principal.
Abstrato (Controle em Tese): A análise da constitucionalidade
ocorre em face da lei ou ato normativo, por não existir um litígio
específico.
Concreto: Existe um caso concreto que resulta no controle.

Quanto à finalidade:
DIREITO CONSTITUCIONAL

Objetivo: Visa defender a ordem jurídica.


Subjetivo: Visa assegurar um direito observado em um caso
concreto.

CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE


Surgiu em nosso Ordenamento Jurídico na Constituição
de 1934, com a criação da ADI interventiva. Em seguida, a ADI
genérica foi apresentada através da Emenda Constitucional
16/65, que alterou a Constituição de 1946. O controle
concentrado, como já vimos, poderá ocorrer perante o STF
ou perante os TJ. Com a Constituição de 1998, identificamos
uma ampliação nos legitimados para propositura das ações
de controle (conforme estudaremos mais a frente) e também
nas ações de controle.
O controle concentrado é considerado um controle
abstrato, em tese, objetivo, pois a intenção é realizar a defesa
da própria Constituição Federal. Vamos iniciar o estudo
específico de cada ação prevista em nosso Ordenamento.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE


Previsão Legal: Art. 102, I, a CF e Arts. 2º a 12, Lei 9.868/99.
Objeto: Lei ou Ato Normativo Federal, Estadual ou Distrital de
caráter Estadual e Leis de efeitos concretos – inclusive lei or-
çamentária, desde que os efeitos já tenham exaurido.
NÃO cabimento - Decreto Regulamentar (Art. 84, IV), Lei Distrital
de caráter Municipal (Súmula 642 STF), direito pré-constitucional
(nesse caso, caberá ADPF), Súmulas e Sentenças Normativas.

Legitimidade Ativa (Rol Taxativo): Art. 103, CF.

Legitimidade Recursal Paralela (Agravo Regimental e Embargo


Declaratório): Arts. 4º e 26, da Lei 9.868/99 e ADI 1.663.

Entendimento Jurisprudencial: Os legitimados devem ser di-


vididos em: UNIVERSAIS (não precisam demonstrar pertinência
temática) e ESPECIAIS (precisam demonstrar o interesse espe-
cífico para agir). Além disso, Confederação Sindical, Partido Polí-
DIREITO CONSTITUCIONAL

tico e Entidade de Classe não possuem capacidade postulatória,


necessitando constituir advogado para propositura de qualquer
uma das ações. Por fim, vale ressaltar que a perda da represen-
tação no Congresso após a propositura da ação pelo Partido Polí-
tico não afeta a continuidade da ação.

Legitimados Universais: Presidente da República, Mesa do


Senado, Mesa da Câmara, Conselho Federal da OAB, Procura-
dor-Geral da República e Partidos Políticos com representação
no Congresso Nacional através de seus diretórios nacionais.

Legitimados Especiais: Governador de Estado e do Distrito


Federal, Mesa de Assembleia Legislativa, Mesa da Câmara Le-
gislativa, Confederação Sindical (Art. 535 CLT) e Entidade de
Classe de Âmbito Nacional (Art. 8º, Lei 9.096/95).

Participação do Advogado-Geral da União: Art. 103, §3º CF de-


termina a participação do AGU como DEFENSOR do ato impugna-
do. Será dispensado caso exista tese jurídica pacificada pelo STF.

Efeitos: Art. 102, §2º CF e Art. 28, Lei 9.868/99. Eficácia erga
omnes, ex tunc, repristinatório e vinculante (exceto Poder Le-
gislativo em sua função típica).

Modulação dos Efeitos: Art. 27, Lei 9.868/99.


Medida Cautelar: Art. 102, I, p, CF e Arts. 10 a 12, Lei 9.868/99.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE CONTRA NOR-
MA DE CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE REPETIÇÃO OBRIGA-
TÓRIA OU COMPULSÓRIA
No caso dessas normas especificamente, é importante de-
talharmos o sistema de competências. De regra, a competência
será do Tribunal de Justiça, como se fosse uma ação em face
de norma geral. Porém, o STF entende que contra a decisão do
TJ poderá ser interposto RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Caso fosse
uma norma geral, não seria possível recorrer.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
DIREITO CONSTITUCIONAL

Previsão Legal: Art. 103, §2º, CF e Arts. 12-A a 12-H, Lei


9.868/99.
Objeto: Normas Constitucionais de Eficácia Limitada.
Legitimidade: Mesmo sistema da ADI.
Participação do Advogado-Geral da União: Art. 12-E §2º, Lei
9.868/99. Participação facultativa no caso de omissão parcial.
Efeitos: Sentença Mandamental. Declaração de omissão e
imposição de prazo razoável para correção.
Medida Cautelar: Art. 12-F, Lei 9.868/99.
Doutrina: Omissão absoluta (o legislador deveria agir e se
absteve) e relativa (o legislador poderia ficar inerte mas
resolveu atuar.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA


Previsão Legal: Art. 36, III, CF e Lei 12.562/11.
Objeto: Violação dos princípios constitucionais sensíveis
(Art.34, VII, CF).
Legitimidade Ativa: Procurador-Geral da República.
Competência para Julgamento: STF
Finalidade: Resolver conflito grave de natureza federativa.
Efeitos: Decisão irrecorrível, salvo embargos de declaração.
Suspensão temporária da autonomia política da pessoa fede-
rativa que sofre a intervenção.
ADI Interventiva nos Estados: Art. 35, IV, CF e Lei 5.778/72.
Legitimidade ativa será do Procurador-Geral de Justiça,
julgamento no Tribunal de Justiça.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Previsão Legal: Art. 103, §2º, CF e Arts. 13 a 21, Lei 9.868/99.
Doutrina reconhece a possibilidade de ADC em âmbito Esta-
dual, com base no Art. 125, §2º, CF.
Objeto: Declaração de constitucionalidade de Lei ou Ato Nor-
mativo Federal que sofre controvérsia judicial relevante (Art.
14, III, Lei 9.868/99).
Legitimidade: Mesmo sistema da ADI.
Efeitos: Reconhecimento da Constitucionalidade (ex tunc)
ou Declaração de Inconstitucionalidade (ex tunc com possibi-
DIREITO CONSTITUCIONAL

lidade de modulação dos efeitos).

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDA-


MENTAL
Previsão Legal: Art. 102, §1º, CF e Lei 9.882/99.
Objeto: Evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resul-
tante de ato do Poder Público (ADPF AUTÔNOMA) e controvérsia
constitucional sobre Lei ou Ato Normativo Federal, Estadual
ou Municipal, inclusive pré-constituição (ADPF INCIDENTAL).
Princípio da Subsidiariedade: Somente cabível quando não for
suportada nenhuma outra ação de controle constitucional.
Preceitos Fundamentais: Princípios Fundamentais (Arts. 1º a
4º), Direitos e Garantias Fundamentais (Arts. 5º a 17), Princí-
pios Constitucionais Sensíveis (Art. 34 VII), Cláusulas Pétreas
Explícitas (Art. 60, §4º) e Implícitas, Organização do Estado e
dos Poderes (Art. 18 a 135).
Legitimidade: Mesmo sistema da ADI, julgamento no STF.
Efeitos: Reconhecimento da Constitucionalidade (ex tunc)
ou Declaração de Inconstitucionalidade (ex tunc com possibi-
lidade de modulação dos efeitos).
Medida Liminar: Art. 5º, Lei 9.882/99.
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