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Ate hoje essa explicacao vem a minha mente sempre que estou a narrar
uma historia, mas nao foram poucas as vezes que li ou editei textos em
que o principal elemento noticiou-se estava perdido no meio ou no fim da
historia. Isso demonstra, muitas vezes, a falta de faro tanto do reporter
como do editor. Deste ultimo ainda mais por ser a pessoa que tem o poder
de auxiliar o reporter na escolha do melhor angulo de ambordagem,
sempre que chega de uma reportagem. Nao importa se e um reporter
senior, junior ou estagiario, o editor tem de fazer isso.
Fiz varias vezes este exercicio com os meus editores e directores e sempre
resultou em trabalho formidavel, ate porque poupava o trabalho deles de
terem que revirar o meu texto porque deixei o mais importante para o fim.
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autoridades de direito ou fazem de conta que nao leram a nossa carta ou
vetam o pedido. Poucos sao os casos em que respondem formalmente,
ainda que declinando o convite. Esta atitude nao ocorre apenas em
relaçao as empresas de comunicaçao social. O jurista e escritor Jose Carlos
de Almeida teve a corragem de registar para sempre esta postura de
muitos gestores de empresas publicas e privadas na sua obra “Amor ao
Proximo: Lingua Portuguesa e Educaçao”, por ter passados por situaçoes
semelhantes.
“Situaçao esta que me leva a concluir que, de uma maneira geral, estamos
muito mal em termos de educaçao e organizaçao administrativa nao so
nas escolas, mas tambem nas instituiçoes e nas empresas publicas e
privadas”2.
Uma das primeiras pessoas que me transmitiu esta liçao pratica sobre a
relevanciar de ser paciente com a fonte ao ponto de esperar o dia todop se
for necessario foi o jornalista Antonio Freitas, na altura Chefe de Redacçao
e editor de Economia do Semanario AGORA. Regressava de uma
reportagem a lamentar o facto de um dado ministro dos Transportes ter
2
ALMEIDA. Jose Carlos. Amor ao Proximo: Lingua Portuguesa e Educaçao. 2015. Pag. 30.
3
WALTERS. Barbara. A Arte de Entrevistar. Editora Novo Conceito. Outubro de 2009. Pag. 40.
marcado uma conferencia de imprensa para as 15 e a mesma so
aconteceu duas ou tres horas depois. Antonio Freitas, num tom ironico,
contou que uma vez passou o dia todo a aguardar por uma entidade com
quem havia agendado previamente uma entrevista para o periodo da
manha, mas o mesmo so a concedeu no final do dia por força da sua
agenda de trabalho. O jornalista, ja galardoado com os extintos premios
Kianda de Jornalismo Economico e Maboque, este ultimo a maior
distinçao feita aos profissionais da classe em Angola na epoca, ficou mais
de oito horas a aguardar pela entrevista. Dizia ele que valeu apenas
esperar porque as informaçoes que o entrtevistado passou resulatram
numa grande manchete e sucesso de vendas daquela ediçao do jornal
AGORA.
Nao tem sido poucas as vezes que eles ou os seus porta-vozes confessam
que tem toda a informaçao que lhes e solicitada, mas que carecem de
autorizaçao superior, do ministro tal, do PCA ou de Director.
Fez, na ocasiao, dois exemplares da mensagem: uma ficou com ela e outra
enviou ao chede do departamento de noticias da estaçao televisiva NBC,
onde trabalhava.
Segundo ela, nao passou muito tempo depois e o embaixador foi deposto,
em 1979, e o seu substituito acusaram os jornalistas norte americano de
aceitarem suborno e so se safou por ter provado que recusara o relogio 4.
4
WALTERS. Barbara. A Arte de Entrevistar. Editora Novo Conceito. Outubro de 2009. Pag. 100.