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UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TRANSPORTES E GEOTECNIA

FUNDAÇÕES
E
ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO

INTRODUÇÃO

CRYSTHIAN PURCINO
CONTEÚDO
1. Currículo do Professor / Cronograma da Disciplina
/ Regra Geral
2. Apresentação do curso
3. Investigações geotécnicas para fins de fundações
3.1 Poços de inspeção/observação
3.2 Pressiômetros
3.3 CPT/CPTU
3.4 Sondagem Sísmicas
3.5 Sondagem a trado
3.6 SPT/Sondagem rotativa e mistas
1. CURRÍCULO DO PROFESSOR

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


ESPECIALIZAÇÃO EM GEOTECNIA
ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS
MESTRADO EM FUNDAÇÕES
DOUTORADO EM FUNDAÇÕES
1. CRONOGRAMA DA DISCIPLINA

SERÁ DISPONIBILIZADO NA INTERNET


1. REGRA GERAL

PROVAS PERDIDAS
TELEFONE CELULAR
2. APRESENTAÇÃO DO CURSO

 INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA FINS DE


FUNDAÇÕES;
 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE FUNDAÇÕES;
 DETERMINAÇÃO DA TENSÃO ADMISSÍVEL NO
TERRENO;
 DETERMINAÇÃO DA CARGA ADMISSÍVEL SOBRE
ESTACAS;
 ATRITO NEGATIVO SOBRE ESTACAS;
 PROJETO DE FUNDAÇÃO;
 TIPOS DE FUNDAÇÃO;
 ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO;
 TÓPICOS ESPECIAIS EM FUNDAÇÕES;
 ESTRUTURAS DE CONTENÇÕES;
 VISITA (S) TÉCNICA (S).
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

Fundação é o elemento estrutural que


transfere ao terreno as cargas que são
aplicadas à estrutura.
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
Projeto do (controlado)
edifício

Cálculo das
(não controlado)
cargas

Definição do
Investigação
do terreno tipo e
fundação
(não controlado)
(controlado)
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

TRANFERÊNCIA DE CARGAS

superfície
do terreno
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

TRANFERÊNCIA DE CARGAS

superfície
do terreno
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

TRANFERÊNCIA DE CARGAS

superfície
do terreno

Bulbo de Pressões
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
BULBO DE PRESSÕES

Solo resistente

Solo pouco resistente


3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
BULBO DE PRESSÕES

Solo resistente

PROBLEMAS !!!

Solo pouco resistente


3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

59 m
1174 - 1350 22 m
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

Areia argilosa (4,3 m)


Areia pura (6,3 m)

Argila marinha
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES

Bulbo de pressões
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
PRÉDIOS DE SANTOS

Areia pouco argilosa

Argila marinha
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA
FINS DE FUNDAÇÕES
3.1 POÇOS DE INSPEÇÃO / OBSERVAÇÃO

Poço é uma escavação vertical de seção


circular ou quadrada, quando projetada
em um plano horizontal, com dimensões
mínimas suficientes para permitir o
acesso de um observador, visando a
inspeção das paredes e fundo, e retirada
de amostras representativas deformadas
e indeformadas.
(NBR 9604)
3.1 POÇOS DE INSPEÇÃO / OBSERVAÇÃO

Poço é uma escavação vertical de seção


circular ou quadrada, quando projetada
em um plano horizontal, com dimensões
mínimas suficientes para permitir o
acesso de um observador, visando a
inspeção das paredes e fundo, e retirada
de amostras representativas deformadas
e indeformadas.
(NBR 9604)
3.1 POÇOS DE INSPEÇÃO / OBSERVAÇÃO
3.1 POÇOS DE INSPEÇÃO / OBSERVAÇÃO
3.1 POÇOS DE INSPEÇÃO / OBSERVAÇÃO
3.1 POÇOS DE INSPEÇÃO / OBSERVAÇÃO
3.2 PRESSIOMETROS

O ensaio pressiométrico é um ensaio efetuado “in situ”,


tendo maior aplicação nos solos e rochas brandas ou
solos duros. Este consiste na introdução de uma sonda
cilíndrica dentro de um furo aberto no solo, e na
aplicação de uma pressão que levará à expansão da
sonda, tendo como consequência uma compressão
horizontal do solo na zona envolvente.
3.2 PRESSIOMETROS
3.2 PRESSIOMETROS
3.3 CPT / CPTU
3.3 CPT / CPTU
3.3 CPT / CPTU
3.3 CPT / CPTU
3.3 CPT / CPTU
3.3 CPT / CPTU
3.3 CPT / CPTU
3.4 SONDAGENS SÍSMICAS

SÍSMICA DE REFRAÇÃO

O método Sísmica de Refração usa a energia sísmica que


retorna para a superfície após viajar através do solo ao
longo das trajetórias dos raios refratados.

Normalmente utilizado para localizar superfícies refratoras,


que separam camadas terrestres de diferentes impedâncias
acústicas (velocidades sísmicas x densidades).

As informações são processadas por meio de softwares


especializados, e os resultados, apresentados sob a forma
de sismogramas ou seções sísmicas.
3.4 SONDAGENS SÍSMICAS

SÍSMICA DE REFLEXÃO

O método, Sísmica de Reflexão, usa os pulsos de energia


sísmica refletidos pelas interfaces geológicas e registrados
na superfície. Nesta técnica, obtêm-se os tempos de
percurso medidos, resultando em estimativas de
profundidade das interfaces das camadas.

Assim como na Sísmica de Refração, as informações são


processadas por meio de softwares especializados, e os
dados são apresentados sob a forma de sismogramas ou
seções sísmicas.
3.4 SONDAGENS SÍSMICAS

ENSAIOS CROSS-HOLE

O ensaio Cross-Hole consiste na geração de ondas


sísmicas em um furo de sondagem e seu registro em um
ou mais furos adjacentes. O objetivo deste procedimento é
captar as ondas longitudinais e transversais que se
propagam em subsuperfície sem que elas sofram os
fenômenos de refração e reflexão, pois os mesmos podem
mascarar os sinais de interesse. Os resultados obtidos
permitem calcular os módulos de elasticidade das rochas,
para serem utilizados no planejamento de fundações em
projetos de engenharia.
3.4 SONDAGENS SÍSMICAS

ENSAIOS DOWN-HOLE
O ensaio Down-Hole é utilizado para determinação da
variação da velocidade da onda cisalhante in situ com a
profundidade. Neste método é medido o tempo de trajetória
das ondas entre a superfície e pontos no interior da massa
de solo.

Neste estudo se faz necessário apenas um furo de


sondagem ou o uso de uma ferramenta de penetração para
a instalação do sensor no interior do solo. Do mesmo modo
que o Cross-Hole, os resultados obtidos no ensaio Down-
Hole permitem calcular os módulos de elasticidade das
rochas, para serem utilizados no planejamento de
fundações em projetos de engenharia.
3.4 SONDAGENS SÍSMICAS

ENSAIOS MASW
O ensaio MASW é uma técnica nova de investigação de
subsuperfície para geotecnia, que utiliza o registro das
ondas de superfície, através do uso de geofones especiais,
de modo a obter-se informações em 1D, 2D e 3D da
variação da velocidade da onda S em função da
profundidade, no local investigado. O ensaio é feito de forma
rápida, sem necessidade de sondagens mecânicas e
permite a obtenção dos módulos dinâmicos de elasticidade
do meio, usando as ondas S definidas no ensaio MASW e
ondas P definidas através de sísmica de refração
convencional. Os resultados são usados em projetos de
fundações de geradores eólicos e de outras obras de
engenharia.
3.5 SONDAGENS A TRADO

Sondagem a Trado é um método de investigação que


utiliza a trado como instrumento de coleta, que é um tipo de
amostrador de solo, de baixa e média resistência,
constituído por lâminas cortantes, que podem ser
compostas por duas peças, de forma convexa (trado
concha) ou única, de forma helicoidal.

A Sondagem a Trado é uma perfuração manual de


pequeno diâmetro e sua finalidade é a coleta de amostras
deformadas para a execução de ensaios de laboratório.
3.5 SONDAGENS A TRADO
3.5 SONDAGENS A TRADO
3.5 SONDAGENS A TRADO
3.5 SONDAGENS A TRADO
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

AS FINALIDADES PARA APLICAÇÕES EM FUNDAÇÕES


DO MÉTODO DE EXECUÇÃO DE SONDAGENS DE
SIMPLES RECONHECIMENTO DE SOLOS, COM SPT SÃO:

• a determinação dos tipos de solo em suas respectivas


profundidades de ocorrência;

• a posição do nível-d’água; e

• os índices de resistência a penetração (N) a cada


metro.
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

PROCEDIMENTO
A execução de uma sondagem de simples reconhecimento à
percussão compreende as seguintes operações:

1 – PERFURAÇÃO:

A perfuração é iniciada com o trado cavadeira. até a


profundidade de 1m, quando é então instalado o primeiro
segmento do tubo de revestimento.
3.6 SONDAGENS SPT

1 – PERFURAÇÃO:

No prosseguimento da perfuração utiliza-se o trado


helicoidal (perfuração a seco) até que o mesmo se torne
inoperante (menos de 50mm após 10 minutos de
operação, ou ocorrência de solo não aderente ao trado)
ou até encontrar o nível d'água.
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

1 – PERFURAÇÃO:

Passa-se a seguir para o processo de perfuração por


circulação d'água ou lavagem, no qual, utilizando-se o
trépano ou peça de lavagem, acoplada à extremidade
inferior da haste, como ferramenta de escavação,
promove-se à remoção do material escavado por meio de
injeção, sob pressão, de água no interior da haste, em
processo dito de circulação direta, onde o fluxo de retorno,
entre a haste e o revestimento, transporta o solo escavado
até à superfície. Este fluxo ascensional retorna ao
reservatório d'água através da bica situada no topo do
revestimento.
3.6 SONDAGENS SPT

1 – PERFURAÇÃO:

Durante a perfuração, caso as paredes do furo mostrem-


se instáveis, procede-se a descida do tubo de
revestimento, através de sua cravação utilizando o
martelo adequado, até onde se fizer necessário.
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

1 – PERFURAÇÃO:

Em sondagens profundas, onde a cravação e posterior


remoção do revestimento mostrem-se problemáticas,
poderão ser empregadas lamas de estabilização, no lugar
do revestimento.
3.6 SONDAGENS SPT

1 – PERFURAÇÃO:

Durante a perfuração são anotadas as profundidades das


transições entre as diversas camadas, detectadas por
exame tátil-visual do material trazido pelo trado durante a
perfuração a seco e, pelo material coletado na bica,
quando da perfuração por circulação d'água.
3.6 SONDAGENS SPT

1 – PERFURAÇÃO:

Durante a perfuração por lavagem, o nível d'água no


interior do furo é sempre mantido em cota igual ou
superior à do nível d'água do terreno, para impedir o
refluxo de material para dentro do furo.
3.6 SONDAGENS SPT

2 – AMOSTRAGEM:

Consiste inicialmente na coleta de uma parte


representativa do solo escavado pelo trado concha no
primeiro metro da perfuração.
3.6 SONDAGENS SPT

2 – AMOSTRAGEM:

A seguir, na profundidade de 1m e, a cada metro


subsequente, até o término da sondagem, serão colhidas
amostras por meio do amostrador padrão.
3.6 SONDAGENS SPT

2 – AMOSTRAGEM:

Todas as amostras, devidamente embaladas em


recipientes plásticos, para preservação de sua umidade,
deverão ser perfeitamente identificadas com o número do
furo, número da amostra, profundidade e local da obra e,
serão guardadas para posterior classificação e exame
mais detalhado.
3.6 SONDAGENS SPT

2 – AMOSTRAGEM:

A primeira classificação e descrição é feita pelo próprio


sondador que a anota no seu impresso apropriado (folha
de campo), juntamente com os demais dados coletados
durante a sondagem.
3.6 SONDAGENS SPT

2 – AMOSTRAGEM:

A primeira classificação e descrição é feita pelo próprio


sondador que a anota no seu impresso apropriado (folha
de campo), juntamente com os demais dados coletados
durante a sondagem.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

O ensaio de penetração dinâmica, SPT, é realizado


simultaneamente com a amostragem e, consiste na
cravação do amostrador padrão, conectado à extremidade
inferior da haste e, descido até repousar no fundo do furo,
em profundidades de 1 em 1m a partir de 1m de
profundidade.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Neste momento o tubo de revestimento deve estar a uma


distância mínima de 50 cm do fundo do furo.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Em seguida o martelo padrão é apoiado suavemente


sobre a cabeça de bater, previamente conectada na
extremidade superior das hastes de perfuração, sendo
nela introduzida a haste guia do martelo. Eventual
penetração do amostrador nestas condições (sem bater),
é anotada.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Se esta penetração for igual ou superior a 45cm a


cravação do amostrador não será realizada.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Caso contrário o ensaio é então prosseguido pela


cravação de 45 cm do amostrador, inclusive penetração
inicial sem bater, anotando-se o número de golpes
necessários à cravação de 3 segmentos sucessivos de
15cm cada um, previamente marcados com giz na haste,
utilizando-se como referência o topo do revestimento.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

A cravação é efetuada pelo martelo padrão de 65kg,


caindo em queda livre de uma altura de 75cm, controlada
pela marca existente na haste guia.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

A cravação do amostrador será interrompida antes da


penetração dos 45 cm quando:

• Em qualquer dos 3 segmentos de 15 cm, o número de


golpes ultrapassar 30; ou

• Um total de 50 golpes tiver sido aplicado desde o início


do ensaio; ou

• Não se observar nenhum avanço do amostrador


durante 5 golpes sucessivos.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Define-se o índice de resistência à penetração, SPT, de


um solo como sendo o número de golpes de um martelo
de 65kg, caindo em queda livre de 75cm de altura,
necessários à cravação dos últimos 30cm de um
amostrador padronizado, após penetração inicial de 15cm.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Na prática considera-se como SPT a soma do número de


golpes obtida nas duas últimas etapas da cravação, após
a penetração não considerada da primeira etapa, mesmo
quando estas penetrações não forem de exatos 15 cm,
porém não excedendo significativamente este valor.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

No registro dos resultados de um ensaio de penetração,


anotado sob forma de fração, o numerador indica o
número de golpes (se P indica zero golpes) e o
denominador indica a penetração ocorrida.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Os exemplos a seguir ilustram o exposto:

P/0 ; 2/15 ; 3/15 ; 5/15 corresponde a um SPT de 8

P/3 ; 2/12 ; 4/15 ; 6/15 corresponde a um SPT de 10

P/2 ; 4/17 ; 6/11 ; 8/15 não define um SPT.


3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Os exemplos a seguir ilustram o exposto:

P/0 ; 2/15 ; 3/15 ; 5/15 corresponde a um SPT de 8

P/3 ; 2/12 ; 4/15 ; 6/15 corresponde a um SPT de 10

P/2 ; 4/17 ; 6/11 ; 8/15 não define um SPT.

Na prática, entretanto, costuma-se avaliar o SPT pelo


valor proporcional obtido de SPT= (30/26) x 14 =16 , ou
mesmo por 6+8=14
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

P/60 indica um solo muito fraco cujo SPT pode ser


assimilado a zero

P/18 ; 1/28 indica um solo muito fraco cujo SPT pode ser
assimilado a 1

P/8 ; 1/10 ; 2/15 ; 4/12 não define um SPT.

A avaliação proporcional permite avaliar SPT=(30/27)x


6=7, podendo-se também adotar 2+4=6
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

P/0 ; 15/15 ; 20/15 ; 15/11 não define um SPT,

cuja avaliação proporcional seria dada por


SPT= (30/26) x 35 = 40 ou, 20+15=35

P/0 ; 30/15 ; 20/8 idem, valor proporcional,


SPT=(30/8)x20=75

P/0 ; 30/13 idem, valor proporcional, SPT=(30/13)x30=69


3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

O conhecimento do SPT de um solo permite avaliar, no


caso de solos argilosos, sua consistência e, no caso de
solos arenosos, sua compacidade.

A ABNT, na Norma Brasileira NBR 6484 (fevereiro 2001),


fornece as correlações a serem adotadas e que são
mostradas na tabela 1 a seguir apresentada:
3.6 SONDAGENS SPT

SOLOS ARENOSOS SPT COMPACIDADE

<4 Fofa
Pedregulhos, areias e siltes
arenosos 5a8 Pouco compacta

9 a 18 Medianamente compacta

19 a 40 Compacta

>40 Muito Compacta

SOLOS ARGILOSOS SPT CONSISTENCIA

<2 Muito mole

Argilas e siltes argilosos 3a5 Mole

6 a 10 Média

11 a 19 Rija

>19 Dura
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

O valor do SPT de um solo depende essencialmente das


condições em que foi obtido. Sua variação é condicionada
por diversos fatores como a seguir relacionados:

a) Fatores ligados ao equipamento:

- Forma, dimensões e estado de conservação do


amostrador;

- Peso e estado de conservação das hastes;


3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

a) Fatores ligados ao equipamento (continuação):

- Peso de bater com massa diferente da padrão;

- Natureza da superfície de impacto inadequada;

- (inexistência ou deficiente estado de conservação do


coxim de madeira dura);

- Diâmetro do tubo de revestimento inferior ao requerido;


3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

a) Fatores ligados ao equipamento (continuação):

- Diâmetro do trado helicoidal ou do trépano


insuficientes;

- Bomba d'água com inadequada vazão e ou pressão.


3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

b) Fatores ligados à execução:

- Variação da energia do golpe em função de variação na


altura de queda do martelo e ou presença de atritos no
cabo de sustentação do mesmo;

- Incorreções no processo de perfuração, resultando em


furo não suficientemente alargado para livre passagem
do amostrador;
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

b) Fatores ligados à execução (continuação):

- Perfuração com nível d'água dentro do furo abaixo do


NA;
- Má limpeza do furo antes da descida do amostrador;
- Presença de pedregulhos no interior da escavação;
- Excesso de lavagem para cravação do revestimento;
- Erro na contagem do número de golpes.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Tendo em vista a importância da correta determinação do


SPT, pois o mesmo, na maioria das vezes, é a única
avaliação disponível da resistência dos solos, conclui-se
da importância que as sondagens sejam executadas por
empresas bem conceituadas no mercado, que exerçam
rígidos controles sobre seus equipamentos e processos e
que possuam sondadores qualificados.
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Inexoravelmente a manutenção de tais requisitos implica


em preços algo superiores àqueles ofertados por
empresas que não cumprem os mesmos.

$$$
3.6 SONDAGENS SPT

3 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DINÂMICA - SPT:

Sendo as sondagens um produto de preço desprezível


quando comparado ao da obra, enfatiza-se as
desvantagens e, mesmo riscos que se acham envolvidos
na escolha do executor de sondagens, com base somente
nos preços ofertados, sem garantia da qualidade do
serviço.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

A determinação da correta posição do nível d'água (NA)


no subsolo revela-se de extrema importância, pois,
interfere de maneira decisiva na escolha do tipo da
fundação e em diversos outros condicionantes executivos
de uma obra.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

Durante a execução das sondagens, se a presença do NA


é observada ainda na fase de perfuração a seco, a
precisão da determinação é grande e, em geral, bastante
confiável.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

Entretanto, se ocorre após o início da perfuração por


lavagem, a correta posição do NA pode ficar mascarada e,
exigir que medidores (tubos de PVC perfurados e envoltos
em tela de malha fina e areia), sejam deixados no interior
do furo, ao seu término, para que medições posteriores
possam confirmar a correta posição do lençol freático.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

A determinação da posição do NA durante a execução do


furo consiste no esvaziamento do mesmo ao final do dia,
através de ferramenta especial (baldinho), registrando-se
o nível final de equilíbrio que é novamente aferido no dia
seguinte, pela manhã, antes do início dos trabalhos.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

Esta operação é repetida diariamente e, no mínimo 12


horas após o término da sondagem, desde que o furo
permaneça estável (sem fechar).

Adota-se como NA final aquele observado em cota mais


elevada.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

Esta determinação pode , no entanto, conter erros, às


vezes grosseiros, principalmente em solos de baixa
permeabilidade onde a obtenção do nível final de
equilíbrio pode exigir tempos muito maiores.

Alem disto, infiltrações de águas pluviais, esgotos, fossas


próximas ou chuvas podem induzir a enganos.
3.6 SONDAGENS SPT

4 – DETERMINAÇÃO DO NA:

Finalmente, muitas vezes a determinação final, após 12


horas do término das sondagens, não se mostra possível
por desmoronamento das paredes do furo.

Neste caso, a cota de tal ocorrência pode ser interpretada


como provável posição do NA.
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

A paralisação de uma sondagem ocorre por um dos


seguintes motivos:

5.1- Ocorre material não perfurável pelas ferramentas e


processo empregados.

Os seguintes critérios são adotados para caracterização


dos limites máximos das ferramentas:
- Amostrador: 5 golpes sem nenhuma penetração ou 50
golpes independentemente da penetração conseguida, ou
30 golpes para 15 cm de penetração.
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

Os seguintes critérios são adotados para caracterização


dos limites máximos das ferramentas (continuação):
- Trépano ou peça de lavagem: pelo denominado ensaio
de lavagem por tempo que consiste em medir, em 3
intervalos sucessivos de 10 minutos cada um, as
penetrações do trépano, durante a perfuração por
lavagem. O material será dito impenetrável à perfuração
quando as penetrações medidas no ensaio mostrarem-se
inferiores a 5cm por 10 minutos, ou, quando após a
realização de 4 ensaios consecutivos não se atingir a
profundidade de realização do próximo ensaio
penetrométrico.
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

A paralisação de um furo por impenetrabilidade é, pois,


sempre definida pelo ensaio de lavagem por tempo.
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

Ocorrida a paralisação, sem que tenha sido atingida


profundidade adequada à resolução do problema em
questão, até 4 deslocamentos ao redor do furo
impenetrável, em posições diametralmente opostas
deverão ser tentados, no intuito de ultrapassar o
obstáculo.
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

Caso negativo é recomendada a execução de sondagem


rotativa ou mista para que a investigação atinja o limite
julgado satisfatório, tendo em vista o problema envolvido.
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

5.2- É atingida profundidade julgada satisfatória aos fins a


que se destina a sondagem.

Neste caso, se critérios particulares de paralisação,


ditados pela finalidade a que se destinam os resultados
das sondagens foram obtidos, o furo é dado por
concluído.
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

Na falta de critérios particulares específicos os seguintes


são indicados, denominando-se índice de penetração o
número total de golpes aplicado, relacionado à penetração
total do amostrador:

- Ocorrência em 3 penetrações sucessivas de índices de


penetração iguais ou superiores a 30 golpes para os
15cm iniciais de penetração;

- Ocorrência em 4 penetrações sucessivas de índices de


penetração iguais ou superiores a 50 golpes para os 30
cm iniciais de penetração;
3.6 SONDAGENS SPT

5 – PARALISAÇÃO DAS SONDAGENS:

- Ocorrência em 5 penetrações sucessivas de índices de


penetração iguais ou superiores a 50 golpes para os 45
cm de penetração.
3.6 SONDAGENS SPT

6 – NÚMERO DE FUROS:

O número de furos de sondagem a ser executado deve


ser o mínimo requerido ao adequado conhecimento do
terreno, levando em conta o porte e importância da obra e
a própria heterogeneidade do subsolo no local.
3.6 SONDAGENS SPT

6 – NÚMERO DE FUROS:

A Norma Brasileira NBR 8036 (1983) fornece algumas


indicações sobre o número mínimo a ser adotado, as
quais se encontram a seguir resumidas:

- Um furo para cada 200m2 , ou fração, de área


construída em projeção horizontal (planta) da
construção, para áreas de até 1200 m2.

- Um furo adicional para cada 400 m2, ou fração, que


exceder a 1200m2, para áreas entre 1200 e 2400m2.
3.6 SONDAGENS SPT

6 – NÚMERO DE FUROS:

- Para áreas maiores que 2400m2 a fixação deverá ser


feita a critério do projetista da obra;

- Não se aconselha a realização de um único furo, pois,


não permite a obtenção de uma secção do subsolo.
Mesmo dois furos, por estarem alinhados e não
definirem adequadamente, eventuais inclinações das
camadas constituintes do subsolo, devem ser evitados.
Assim o número mínimo recomendado é de 3 furos, não
alinhados.
3.6 SONDAGENS SPT

6 – NÚMERO DE FUROS:

- A NBR 8036 indica que o número mínimo de furos, em


qualquer circunstância, deve ser 2 (dois) para áreas de
projeção da edificação de até 200m2 e, 3 (três) para
áreas entre 200 e 400 m2, neste caso, não alinhados;

- A máxima distancia entre furos deve se situar entre


aproximadamente 25 a 30m, tolerando-se até 100m nos
casos de sondagens preliminares, como para os
estudos de viabilidade ou, escolha de local. Nestes
casos a disposição em planta das edificações não esta
ainda definida.
3.6 SONDAGENS SPT

6 – NÚMERO DE FUROS:

- Cabe ainda realçar que estas indicações devem ser


encaradas como mínimo recomendado, lembrando-se
sempre que quanto mais detalhado for o conhecimento
do subsolo melhores serão as chances de que o projeto
das fundações seja mais econômico;

- A maior parte das vezes o pouco conhecimento do


subsolo condiciona que as fundações sejam super
dimensionadas, acarretando gastos muito maiores que
os correspondentes à execução de investigações mais
detalhadas.
3.6 SONDAGENS SPT

7 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS:

Os resultados das sondagens são apresentados em


relatórios contendo:

a) Planta de locação:

Compreende desenho em planta, contendo as posições


dos diversos furos executados, devidamente amarrados,
tanto horizontal como verticalmente, a referencias
notáveis e não facilmente removíveis. Em zonas urbanas
tais referencias são em geral tomadas nos limites do
terreno (divisas e alinhamentos das ruas), sendo a
referencia de nível (RN) adotada em um ponto do passeio.
3.6 SONDAGENS SPT

7 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS:

Os resultados das sondagens são apresentados em


relatórios contendo:

b) Perfis individuais dos furos executados:

Compreendem os perfis do subsolo observados nos locais


das sondagens realizadas, contendo, no mínimo:

- Identificação da obra;
- Número do furo;
- Cota da boca do furo na data da execução referida ao
RN adotado;
3.6 SONDAGENS SPT

7 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS:

- Posição (profundidade de ocorrência) das diversas


camadas constituintes do subsolo até a profundidade de
paralisação da sondagem;
- Classificação tátil-visual dos solos constituintes das
camadas;
- Posição e identificação (número) das amostras
coletadas;
- Convenção gráfica dos diversos solos constituintes das
camadas;
- Resultados dos ensaios SPT e indicação do valor do
SPT de cada camada, quando definido;
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

7 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS:

- Gráfico de variação do SPT com a profundidade;


- Posição do NA e data da medição (se não observado
dentro dos limites sondados tal fato é realçado);
- Diversas informações de interesse como: datas de início
e término do furo, profundidade máxima alcançada,
ocorrência de material impenetrável, resultados do ensaio
de lavagem por tempo, profundidade revestida,
profundidade de início da perfuração por lavagem, escala
do desenho, etc.
3.6 SONDAGENS SPT

TORQUE (kgf x m)
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº-
CLIENTE CLIENTE
LOCAL LOCAL
3.6 SONDAGENS SPT

TORQUE (kgf x m)
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº-
CLIENTE
LOCAL
3.6 SONDAGENS SPT
3.6 SONDAGENS SPT

8 – ESTIMATIVA DE PARÂMETROS DE SOLO COM BASE


NOS VALORES DE SPT:

O dimensionamento de fundações exige, muitas vezes, o


conhecimento de parâmetros dos solos não diretamente
determinados através das sondagens.

Correlações entre estes parâmetros e valores de SPT


medidos em sondagens, têm sido obtidas, permitindo que
estimativas razoavelmente confiáveis sejam feitas.
3.6 SONDAGENS SPT

8 – ESTIMATIVA DE PARÂMETROS DE SOLO COM BASE


NOS VALORES DE SPT:

Estas estimativas, embora representando valores


aproximados, em geral, a favor da segurança, constituem
a base para a grande maioria dos dimensionamentos de
fundações executados na prática da engenharia.

Ressalta-se aqui a importância que decorre da correta


medição do SPT para que estas correlações possam ser
utilizadas com segurança.
3.6 SONDAGENS SPT

8 – ESTIMATIVA DE PARÂMETROS DE SOLO COM BASE


NOS VALORES DE SPT:

8.1 – Peso específico de solos arenosos:


SPT 0a4 5a8 9 a 18 19 a 40 >40
COMPACIDADE Fofo Pouco compacto Medianamente Compacto Muito compacto
compacto

g (t/m3) 1,60 1,80 1,90 2,00 2,10


3.6 SONDAGENS SPT

8 – ESTIMATIVA DE PARÂMETROS DE SOLO COM BASE


NOS VALORES DE SPT:

8.2 – Peso específico de solos argilosos:


SPT 0a2 3a5 6 a 10 11 a 19 >19

CONSISTÊNCIA Muito mole Mole Médio Rijo Duro

g (t/m3) 1,30 1,50 1,70 1,90 2,00


3.6 SONDAGENS SPT

8 – ESTIMATIVA DE PARÂMETROS DE SOLO COM BASE


NOS VALORES DE SPT:

8.3 – Parâmetros de resistência:

SOLOS ARGILOSOS (argilas e siltes argilosos)

c = N (t/m2)

SOLOS ARENOSOS (areias e siltes arenosos)

f = 15 + (20*N)1/2 (º)

N = valor do SPT
3.6 SONDAGENS SPT

8.4 – Módulo de deformabilidade ou elasticidade (E)


expresso em t/m2:
Areia com pedregulhos 330*N
Areia 270*N
Areia siltosa 210*N
Areia argilosa 165*N
Silte arenoso 225*N
Silte 175*N
Silte argiloso 125*N
Argila arenosa 210*N
Argila siltosa 100*N

N = valor do SPT
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

A sondagem rotativa emprega equipamentos e processos


que se mostram capazes de perfurar materiais
impenetráveis para as sondagens à percussão, tais como
rochas, pedras (matacões) ou outros obstáculos
encontrados no subsolo, inclusive concreto.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA
3.6 SONDAGEM ROTATIVA
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

Coroa diamantada Coroa de widea


3.6 SONDAGEM ROTATIVA
3.6 SONDAGEM ROTATIVA
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

A execução da sondagem rotativa consiste na perfuração


do material através da realização de manobras
consecutivas, nas quais a composição de perfuração
formada pelas hastes e barrilete, conectado à sua
extremidade inferior, é girada pela sonda, ao mesmo
tempo que é empurrada ( pull down ) na direção e sentido
do furo.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

Por abrasão, a coroa vai assim cortando o material, sendo


durante todo o processo, mantida a circulação de água
injetada pela bomba, que tem como função a remoção dos
resíduos oriundos do corte, bem como a refrigeração do
sistema.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

Ao fim de cada manobra o barrilete é alçado do furo e a


amostra obtida no seu interior (testemunho), é retirada e
colocada em caixas especiais com separação e,
obedecendo a ordem de avanço da perfuração.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO

Define-se a percentagem de recuperação de uma amostra


como sendo a relação percentual entre seu comprimento
medido, após arrumação na caixa, e o comprimento da
manobra realizada.

Este índice foi originariamente criado objetivando avaliar a


qualidade da rocha. Assim elevadas percentagens de
recuperação denotariam rochas sãs ou quase sãs, não
fraturadas ou pouco fraturadas, enquanto que baixos
valores indicariam material extremamente alterado ou
decomposto, extremamente fraturado ou em fragmentos.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

RQD (ROCK QUALITY DESIGNATION)

Com o desenvolvimento dos barriletes, principalmente


após a introdução dos barriletes duplos giratórios, onde o
testemunho fica totalmente protegido no interior da camisa
interna e, assim não sujeito à ação destrutiva causada
pelo giro da camisa externa, nem em contacto direto com
a água de perfuração (no barrilete simples tais fatos
ocorrem), altas percentagens de recuperação podem ser
obtidas em rochas de baixa qualidade e, mesmo em solos.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

RQD (ROCK QUALITY DESIGNATION)

Isto veio a tornar a percentagem de recuperação um


índice, às vezes não adequado, para designar a qualidade
da rocha. Foi então criado o índice denominado RQD
(abreviação de Rock Quality Designation) que é definido
como a percentagem de recuperação obtida quando se
eliminam da amostra as porções de solo e os fragmentos
de rocha menores que 10cm.
3.6 SONDAGEM ROTATIVA
3.6 SONDAGEM ROTATIVA

GRAU DE FATURAMENTO DAS ROCHAS


Grau de fraturamento Número de fraturas por metro

Ocasionalmente fraturado <1

Pouco fraturado 2a5

Medianamente fraturado 6 a 10

Muito fraturado 11 a 20

Extremamente fraturado >20

Em fragmentos Pedaços de diversos tamanhos caoticamente dispersos


3.6 SONDAGEM MISTA

A sondagem mista é aquela realizada com a sonda


rotativa, executando-se, nos trechos em solo, a
amostragem com o amostrador padrão de percussão e o
ensaio SPT e, nos trechos em rocha, ou material
impenetrável, emprega-se os processos de perfuração e
amostragem próprios das sondagens rotativas.

O diâmetro mínimo do furo deverá ser BW ou BX para que


o amostrador de percussão possa ser utilizado.

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