Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA 1
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários), verbais e não verbais.
Sinônimos e antônimos.
Sentido próprio e figurado das palavras.
Pontuação.
Linguagem literária:
- A linguagem literária é conotativa (sentido figurado), utiliza figuras (palavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem
sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
- Na linguagem literária há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza a um texto.
- Na linguagem literária é muito importante a maneira original de apresentar o tema escolhido.
- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio,
utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, complementos).
Exemplos
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na
calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável
banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.
(Veja São Paulo, 23-29/12/92)
(Texto 2) O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
O poema é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem carregada de significados, ao que chamamos de
plurissignificação. Cada palavra pode apresentar um sentido diferente daquele que lhe é comum.
No texto literário, a expressividade é o mais importante. O conteúdo, nesse caso, fica em segundo plano. O vocabulário bem
selecionado transmite sensibilidade ao leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística.
PONTUAÇÃO
Para a elaboração de um texto escrito deve-se considerar o uso adequado dos sinais de pontuação como: espaços, pontos, vírgula,
ponto e vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas etc. Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se
utilizados corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto.
Vírgula Algumas pessoas colocam vírgulas por causa de pausas feitas na fala. A vírgula, na escrita, não necessariamente é uma
pausa na fala, tampouco é usada para pausar quando se lê um trecho virgulado. Não pode haver vírgula entre sujeito e verbo. Não
se separa por vírgula:
Obs: O adjunto adnominal só se refere a substantivos (tanto concretos como abstratos). O complemento nominal refere-se a
substantivos (só abstratos), a adjetivos e a advérbios.
Aplicação da Vírgula - A vírgula marca uma breve pausa e é obrigatória nos seguintes casos:
1° Inversão de Termos. Ex.: Ontem, à medida que eles corrigiam as questões, eu me preocupava com o resultado da prova.
2° Intercalações de Termos. Ex.: A distância, que tudo apaga, há de me fazer esquecê-lo.
3° Inspeção de Simples Juízo. Ex.: “Esse homem é suspeito”, dizia a vizinhança.
4° Enumerações - sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos. Com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a
dor da despedida.
5° Vocativos e Apostos - vocativos: Queridos ouvintes, nossa programação passará por pequenas mudanças. - apostos: É aqui, nesta
querida escola, que nos encontramos.
6° Omissões de Termos - elipse: A praça deserta, ninguém àquela hora na rua. (Omitiu-se o verbo “estava” após o vocábulo
“ninguém”, ou seja, ocorreu elipse do verbo estava) - zeugma: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) relapsos.
(Supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”)
7° Termos Repetidos. Ex.: Nada, nada há de me derrotar.
8° Sequência de Adjuntos Adverbiais. Ex.: Saíram do museu, ontem, por voltas das 17h.
Dois Pontos - Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado
para:
- Antes de enumerações. Ex.: Compre três frutas hoje: maçã, uva e laranja.
- Iniciando citações. Ex.: “Segundo o folclórico Vicente Mateus: ‘Quem está na chuva é para se queimar’”
- Antes de orações que explicam o enunciado anterior. Ex.: Não foi explicado o que deveríamos fazer: o que nos deixa insatisfeitos.
- Depois de verbos que introduzem a fala. Ex.: “(...) e disse: aqui não podemos ficar!”
Ponto e Vírgula O ponto e vírgula é usado para marcar uma pausa maior do que a da vírgula. Seu objetivo é colaborar com a clareza
do texto.
Exemplos: Os dois rapazes estavam desesperados por dinheiro; Ernesto não tinha dinheiro nem crédito.
(pausa longa)
Enumeração com explicitação - Comprei alguns livros: de matemática, para estudar para o concurso; um romance, para me
distrair nas horas vagas; e um dicionário, para enriquecer meu vocabulário.
Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para marcar distribuição - Comprei os produtos no supermercado: farinha
para um bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã.
Parênteses - Os parênteses, muito semelhantes aos travessões e às vírgulas, são empregados para:
- Isolar datas. Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
- Isolar siglas. Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população economicamente ativa (PEA)...
- Isolar explicações ou retificações. Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha preocupação.
- Indicar dúvida ou hesitação. Ex.: Não sei... Acho que... Não quero ir hoje.
- Indicar omissão de palavras ou frases no período. Ex.: “Se o lindo semblante não se impregnasse constantemente, (...) ninguém
veria nela a verdadeira fisionomia de Aurélia, e sim a máscara de alguma profunda decepção.” (José de Alencar)
Travessão - O travessão é um sinal bastante usado na narração, na descrição, na dissertação e no diálogo, portanto, figura repetida
em qualquer prova; é um instrumento eficaz em uma redação. Pode vir em dupla, se vier intercalado na frase. Veja seus usos:
- No meio de sentenças, para dar ênfase em informações. Ex.: O garçom - creio que já lhe falei - está muito bem no novo serviço
- é o que ouvi dizer.
Ponto de Exclamação O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer frase com entonação exclamativa,
indicando altissonância, exaltação de espírito.
Aspas As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o
itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:
- Isolam termos distantes da norma culta, como gírias, neologismos, arcaísmos, expressões populares entre outros. Ex.: Eles
tocaram “flashback”, “tipo assim” anos 70 e 80. Foi um verdadeiro “show”.
- Delimitam transcrições ou citações textuais. Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito”.
Ponto final - Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de uma frase declarativa de um período simples ou composto.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas: fev. = fevereiro, hab.= habitante, rod. = rodovia, etc. = etecetera.
O ponto do etc. termina o período, logo não pode haver outro ponto: “..., feijão, arroz, etc.”
Obs.: Estilisticamente, podemos usar o ponto para, em períodos curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do
texto:
“Era um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. Usa-se
muito em narrações em geral.
Ponto de Interrogação - O ponto de interrogação marca uma entoação ascendente (elevação da voz) com tom questionador.
Em perguntas diretas:
Asterisco Empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
Hífen Usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos. Exemplo: guarda-roupa.
01. (IFTO - Auditor) Marque a alternativa em que a ausência de vírgula não altera o sentido do enunciado.
02. (MPE/GO - Secretário Auxiliar) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da pontuação.
(A) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser uma extensão de nossa personalidade.
(B) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
(C) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
(D) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque você está junto; com os outros motoristas cujos comportamentos, são
desconhecidos.
(E) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
04. (TCM/RJ - Técnico de Controle Externo - IBFC) Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada.
05. (MPE/GO - Secretário Auxiliar) O período abaixo foi escrito por Machado de Assis em seu Conto de Escola. A alternativa
que apresenta a pontuação de acordo com a norma culta é:
(A) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu
útil: para escapar ao castigo do pai.
(B) Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu
útil para escapar ao castigo do pai.
(C) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que o Raimundo não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu
útil: para escapar ao castigo do pai.
(D) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que, o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria; a um meio que, lhe pareceu
útil, para escapar ao castigo do pai.
(E) Compreende-se que: o ponto da lição era difícil e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria; a um meio que lhe pareceu
útil: para escapar ao castigo do pai.
06. (Pref. São Bernardo do Campo/SP -Auxiliar em Educação I) Leia a figura.
(A) Enfermeiras, parabéns, pelo seu dia! Meu coração bate, pelo seu.
(B) Enfermeiras, parabéns pelo seu dia! Meu coração bate pelo seu.
(C) Enfermeiras parabéns pelo seu dia! Meu coração, bate pelo seu.
(D) Enfermeiras parabéns pelo, seu dia! Meu coração, bate pelo seu.
(E) Enfermeiras, parabéns, pelo seu dia! Meu coração, bate pelo, seu.
(Pref. São Bernardo do Campo/SP -Auxiliar em Educação I) Leia o trecho para responder às questões de números 07 a 17.
Cheguei domingo às oito da manhã, pé ante pé para não acordar minha mulher. Apesar do voo, que saíra de Manaus às três
da madrugada, estava disposto: havia dormido algumas horas no barco-escola e durante toda a viagem, até aterrissarmos em São
Paulo.
Desfiz a mala, providência adotada desde que comecei a viajar feito cigano e sem a qual não sinto haver chegado a lugar
nenhum, e fui correr no Minhocão.
“Alegria de paulista”, disse uma amiga carioca, quando contei que aproveitava a interdição do tráfego aos domingos para
correr na pista elevada que faz parte da ligação leste-oeste da cidade, excrescência do urbanismo paulistano acessível a quinhentos
metros de casa, no centro.
Minha amiga tem razão, talvez seja programa de quem vive numa cidade cinzenta, congestionada, gigantesca, na qual, para
enxergar uma nesga de céu, é preciso correr risco de morte debruçado na janela. Compreendo o encanto de morar em meio a
paisagens paradisíacas ou em cidades bucólicas onde todos se conhecem, mas para os neuróticos, fascinados pela velocidade do
cotidiano, pelo convívio com a diversidade étnica e com as manifestações de criatividade que emergem nos aglomerados humanos,
correr domingo de manhãzinha na altura do segundo andar dos prédios da avenida São João é um prazer.
No interior dos apartamentos, o olhar bisbilhoteiro entrevê mobílias escuras, guarda-roupas pesados, estantes improvisadas e,
claro, o televisor.
Duvido que exista paisagem dominical mais urbana. A mulher de camisola florida e cabelo desgrenhado abre a cortina e
boceja, despudorada; o senhor de pijama leva a gaiola do passarinho para o terraço espremido; o homem de abdômen avantajado
escova os dentes distraído na janela. Havia planejado completar vinte e quatro quilômetros, mas, depois de percorrer seis vezes os
três quilômetros de extensão, sucumbi ao peso da noite mal-dormida. Tomei água de coco, comprei pão e subi pela escada até o
décimo quarto andar do prédio onde moro, exercício aprendido com um de meus pacientes, que aos setenta e seis anos subia dez
vezes por dia doze andares. E, não satisfeito com a intensidade do esforço, fazia-o vestido com um blusão repleto de bolsos, nos
quais distribuía vinte quilos de chumbo.
(O Médico Doente, Drauzio Varella, Companhia das Letras. Adaptado)
(A) suspeito, já que os cariocas avaliam São Paulo sem conhecê-la devidamente.
(B) cúmplice, a amiga tem pena do autor por ele viver em uma cidade gigantesca.
(C) neutro: é possível morar em uma cidade onde não se enxerga o céu.
(D) provocativo, pois o paulista não dispõe de um cenário aprazível para viver.
(E) pesaroso, porque os cariocas lamentam o tráfego intenso e desumano de São Paulo.
09. De acordo com o texto, para o autor, correr no Minhocão, aos domingos de manhã, é
13. Se usadas no plural as palavras destacadas nas frases – Talvez seja programa de quem vive em uma cidade cinzenta, na qual
é difícil enxergar o céu. / Duvido que exista paisagem dominical mais urbana. – elas assumem versão correta em
(A) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzenta na qual é difícil enxergar o céu./ Duvido que exista paisagens
dominical mais urbanas.
(B) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, na qual é difícil enxergar o céu./ Duvido que existam paisagens
dominicais mais urbana.
(C) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais são difíceis enxergar o céu./ Duvido que existam
paisagens dominical mais urbana.
(D) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais é difícil enxergar o céu./ Duvido que exista paisagens
dominicais mais urbanas.
(E) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais é difícil enxergar o céu./ Duvido que existam paisagens
dominicais mais urbanas.
14. As formas verbais em – Desfiz a mala, ... / ... disse uma amiga carioca, ... –, se convertidas para o presente do indicativo,
assumem versão correta em:
– “Alegria de paulista”, disse uma amiga carioca, quando contei que aproveitava a interdição do tráfego aos domingos para correr
na pista elevada que faz parte da ligação leste-oeste da cidade, excrescência do urbanismo paulistano, acessível a quinhentos metros
de casa, no centro. (3.º parágrafo)
16. Se no segmento – ... disse uma amiga carioca, quando contei que aproveitava a interdição do tráfego aos domingos para
correr na pista elevada ... – fosse introduzido um pronome pessoal, seu emprego e colocação estariam corretos em:
(A) ... disse uma amiga carioca, quando lhe contei que ...
(B) ... disse uma amiga carioca, quando contei-lhe que ...
(C) ... disse uma amiga carioca, quando contei-a que ...
(D) ... disse uma amiga carioca, quando contei-la que ...
(E) ... disse uma amiga carioca, quando a contei que ...
17. A ideia contrária à da palavra “excrescência” que, no contexto, significa alguma coisa que está em desequilíbrio com o
espaço em que se encontra, é a de
(A) descompasso.
(B) abstração.
(C) harmonização.
(D) desalinhamento.
(E) divergência.
Leia o trecho, extraído do livro O Médico Doente, para responder às questões de números 12 a 14.
O ofício da enfermagem exige mais altruísmo que o nosso. Por mais atenção que dediquemos aos pacientes, quanto tempo
passamos com eles? Nossas visitas duram minutos, enquanto esses profissionais ficam encarregados de administrar-lhes os
medicamentos prescritos, puncionar veias invisíveis, fazer curativos, cuidar da higiene, ouvir reclamações, incitá-los a reagir e a
enfrentar o desconforto, consolá-los, orientar e amparar os familiares, tarefas que requerem competência profissional, empatia e
desprendimento.
19. Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o
acento indicativo da crase, tem-se:
20. A frase – Por mais atenção que dediquemos aos pacientes, pouco tempo passamos com eles. – reescrita em conformidade
com o sentido expresso, está correta em:
(A) Dedicamos muita atenção aos pacientes, além de passarmos muito tempo com eles.
(B) Passamos muito tempo com os pacientes e dedicamos a eles muita atenção.
(C) Pouco tempo passamos com os pacientes e pouca atenção dedicamos a eles.
(D) Embora dediquemos muita atenção aos pacientes, não passamos muito tempo com eles.
(E) Nem dedicamos bastante atenção aos pacientes nem passamos muito tempo com eles.
21. (Auxiliar Administrativo/Itatiba SP/2015) Leia o poema para responder à questão.
Poeminha Sentimental
(A) compara Maria, o maior amor de sua vida, a uma andorinha que canta, empregando palavras com sentido próprio.
(B) compara seu amor a um fio telegráfico da estrada, fazendo uso do sentido figurado das palavras.
(C) ama igualmente todas as mulheres, mas expressa sua paixão especial a uma delas com palavras de sentido próprio.
(D) teve muitos amores duradouros em sua vida e os compara a andorinhas, empregando palavras com sentido figurado.
(E) confessa, com palavras de sentido próprio, que seu amor se desgastou com o tempo.
22. (Auxiliar Administrativo/Itatiba SP/2015) Na frase – A febre chicungunha, que emergiu na África, (…) – a forma verbal
em destaque pode ser substituída, corretamente, sem alteração de sentido do texto, por
(A) surgiu.
(B) se extinguiu.
(C) desapareceu.
(D) esmoreceu.
(E) se desfez