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São Carlos
Março/1999
Clasa. í'6St - ( I -ç_c,
~415 '
('ljJ LL
Prof. Doutor NELSON AOKI
I
(Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo)
JOSÉ C OS A. CINTRA
Presidente da Comis - de Pós-Graduação da EESC
A minha tia, Eliza Rodrigues.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Fig. 3.15 - Deslocamento horizontal devido a uma carga lateral (60 kN) na
direção X1 e um momento (-69 kN.m) em torno de X2.......................... 55
Fig. 4.5 - Grupo de 4 estacas sujeitas à cargas horizontais nas duas direções...... 70
Fig. 4.9 - Distribuição das forças sobre a cabeça das estacas ............................... 75
Fig. 6.2 - Grupo com 4 estacas igualmente solicitadas por uma carga vertical. ..... 93
Fig. 6.6 - Sistema de coordenadas locais para uma seção da estaca. ................... 98
Fig. 6.7 - Estaca inclinada solicitada por cargas verticais e horizontais................ 100
Fig. 6.8 - Estacas inclinadas solicitadas por cargas horizontais. .......................... 101
Fig. 6.9 - Grupos com 4 estacas inclinadas solicitadas por cargas horizontais e
verticais. ............................................................................................... 103
vi
LISTA DE TABELAS
Tab. 6.4 - Forças causadas pelos deslocamentos verticais unitários nos respectivos
subgrupos. ............................................................................................. 96
LISTA DE SÍMBOLOS
X2.
RESUMO
ABSTRACT
MATOS FILHO, R. F.. Pile-soil interaction analysis by combination of the finite and
boundary element method. São Carlos, 1999. 116p. Dissertação (mestrado) -
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
INTRODUÇÃO
(MEC), sendo que apenas o carregamento vertical foi previsto, limitando suas
Forças essas, que podem ser causadas pelo vento, ondas marítimas,
pontes que são solicitados, pela ação do vento, pelo fluxo da água e pela frenagem
ter a capacidade de resistir a uma força lateral equivalente a 10% da carga axial
aplicada.
podem-se citar três principais. O primeiro desenvolvido por WINKLER (1867), prevê
apresentados por diferentes autores com base neste modelo de dois parâmetros.
entre as molas através de uma membrana delgada tencionada entre elas, de tal
por uma camada flexível apenas ao cisalhamento, fazendo com que agora a
introdução de uma viga elástica na interação entre as molas, visto que a equação
integral tem uma parcela da equação da placa e outra referente a base de Winkler.
Por fim pode-se citar o Modelo de Vlasov, sendo este um modelo híbrido, obtido
dois parâmetros.
dentre eles podem-se citar MATLOCK & REESE (1961) que apresentaram um
de solos foi analisado por duas formas gerais adequadas para expressar variação
por uma carga lateral e um momento fletor, com base nos diagramas de variação
& MATLOCK (1956), onde o módulo de reação horizontal do maciço de solos foi
reação. BROMS (1965) obteve soluções analíticas para estacas rígidas e flexíveis,
solo, sendo que estas variações foram escolhidas de modo a conter nos seus
placa sobre fundação elástica de Winkler pelo MEC, sendo que a integral de
com uma função para deslocamento e outra para a reação do maciço de solos. Em
elástica de Winkler.
solos foi representado pelo modelo de dois parâmetros, assim como foi levado em
linearmente.
ser citados.
6
superfície do maciço de solos e uma placa circular pelo método das diferenças
finitas (MDF).
foram aproximadas por séries de Fourier. KUKRETI & ISSA (1993), com
o maciço de solos como a placa são modelados pelo MEC. Neste caso, a matriz
que o modelo de Winkler é muito pobre e deve ser evitado neste tipo de análise,
peso é absorvido pelas estacas. Esta simplificação é feita devido ao fato de que a
ligadas por uma placa considerada rígida, podem ser citados os desenvolvidos por
BATTERFIELD & BANERJEE (1971b), DAVIS & POULOS (1972) e POULOS &
DAVIS (1980).
formulação proposta por POULOS & DAVIS (1971), para uma análise, via MEF, da
pontos localizados no topo das estacas são escritas através das relações carga-
Um caso particular de placa com rigidez finita foi apresentado por BROWN
& WIESNER (1975), onde se analisou uma longa sapata flexível apoiada em
da sapata.
fundamentais de Mindlin. A placa foi desenvolvida pelo MEF utilizando para isto os
maciço de solos.
tais como a adesão total entre a estaca e o maciço de solos, confirmaram-se visto
trabalho de Mindlin, como base para a solução. A estaca foi analisada pela teoria
campo.
Comparações foram feitas com testes de campo realizados por GLESER (1953)
para estacas com topo fixo cravadas em solo arenoso e por KÉRISEL & ADAM
(1967) para estacas com topo livre cravadas em solos argilosos, concluindo-se que
com testes experimentais dentro das suas limitações. Uma limitação importante em
escala real para obtenção deste. Dentre as vantagens deste método pode-se citar
do maciço de solos. Também puderam ser feitas significativas análises lógicas dos
citado acima (análises neste sentido já haviam sido estudadas por HRENNIKOFF,
1950; PRIDDLE, 1963; FRANCIS, 1964; SAUL, 1968) para grupos de estacas,
da superposição de efeitos.
como tendo duas camadas sob a ação de uma estaca. Foram feitos testes com
(1970) e DAVISSON & SALLEY (1970). Obteve-se com esta análise uma ótima
importante fator apresentado nesta análise foi a extensão desta solução para
avaliados com base nas soluções de NOVAK (1974) para o caso dinâmico e,
resultados foram comparados com vários métodos já existentes e até mesmo com
podem ser citados POULOS (1971a,b), GILL & DEMARS (1970), McCLELLAND &
para análises de uma estaca carregada lateralmente, onde tanto o maciço de solos
para estacas com topo livre e maciço de solos homogêneo. Também foram feitas
comparações como os resultados obtidos por BANERJEE & DAVIS (1978) para
tradicionais, além de sua idealização ser mais realística para o problema físico em
questão, visto que o maciço de solos pode ser linear, não-linear, homogêneo, não-
método pode ser utilizado, visto que, quando da comparação com outros métodos
cargas axiais sobre o deslocamento horizontal em solo argiloso. Este estudo foi
interação entre a resposta lateral e axial pode ser estudada pela análise não-linear
interação, pois uma carga axial aplicada em uma estaca “i” causa influência
15
deslocamento normal.
métodos dos elementos finitos (técnica desenvolvida por YEGIAN & WRIGHT em
1973) e infinitos (técnica desenvolvida por DAMJANIC & OWEN em 1984). Foram
solos foi considerado como um meio elástico contínuo, isótropo, homogêneo, semi-
Mindlin. A estaca foi analisada pela teoria das vigas (consideradas como elemento
sendo a primeira areia fofa sobre uma segunda camada de areia compactada, sob
uma carga excêntrica e inclinada foi apresentado por SASTRY & MEYERHOF
testes de campo.
sido feitos (BRINCH HANSEN, 1961; CHARI & MEYERHOF, 1983; MEYERHOF &
SASTRY 1985, 1987; MEYERHOF et al., 1981, 1988; SASTRY & MEYERHOF
isoladas, assim como fatores chaves que influenciam na resposta destas estacas,
modelagem feita pelo método dos elementos finitos em 3-D. Os resultados foram
também do MDF com o MEC para a análise da interação de estacas verticais e/ou
inclinadas com o maciço de solo, com ou sem blocos de capeamento rígido sujeitas
deste ultimo método, várias funções polinomiais de graus diferentes são utilizadas
final de uma fundação enrijecida por estacas verticais e/ou horizontais. Após a
para análise da estaca (via teoria das vigas) com vários pontos nodais e
para duas direções (X1 e X2). Tanto neste capítulo, quanto no anterior, serão
apresentados exemplos numéricos para todos os casos, visto que neste capítulo é
presente estudo considera-se que não existe contato entre o capeamento e o solo.
19
outros autores.
somente com estacas isoladas, mas também com grupos destas. A utilização de
blocos rígidos (sem contato com o solo), bem como a formulação para a
estaca-solo.
CAPÍTULO 2
MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
2.1) Introdução
2.1.1) Generalidades
Ω (E, ν)
Ω*
Γ
Γ*
X1
R1
s
X2 1
R2 1
1
R3
r
p
X3
c
s’ X1
c R3
R1
s
R
X2 R2 r
p
X3
r2 *
u *23 = u (2.4f)
r1 13
r2 *
u *32 = u (2.4h)
r1 31
u 33 = Kd 3 + + + +
r r R5 R
(2.4i)
( 3 − 4ν ) R 23 − 2cz
+
R3
onde:
( )
1
2
r= rr (2.4j)
ii
R = (R R )
1
2
(2.4k)
i i
r = x (p) − x (s) (2.4l)
i i i
1+ν
Kd = (2.4p)
8πE(1 − ν )
Por simplicidade e devido a facilidade de serem encontradas na literatura
(NAKAGUMA, 1979; TELLES, 1986) as expressões de forças de superfície e
tensões deixaram de ser apresentadas nesta seção.
25
X1
p
Ri ≡ ri
s
X2
X3
[
u *11 = K (1 − ν ) + νr,12 ] (2.5a)
u * = K(0,5 − ν ) r,
13 1 (2.5c)
[
u *22 = K (1 − ν ) + νr, 22 ] (2.5d)
Onde:
1
K= (2.5j)
2πGr
e
X 3 (p) = 0 (2.5k)
• Teorema da Reciprocidade.
Devido a grande utilização da técnica dos resíduos ponderados em vários
métodos numéricos, esta será aqui apresentada.
A equação de equilíbrio de um corpo é dada por:
σ + b = 0 (i,j = 1,2,3) (2.6)
ij, j i
onde “bi” são as componentes das forças volumétricas segundos os três
eixos do sistema de coordenadas cartesianas.
Para que o equilíbrio do corpo esteja garantido, é necessário obter-se a
solução das equações diferenciais de equilíbrio (2.6). A solução exata é viabilizada
apenas em alguns casos particulares, de sorte que são adotadas soluções
aproximadas. A integração sobre o domínio Ω de um integrando formado pelo
produto de (2.6) por uma função ponderadora u * , pode ser escrito como:
ij
∫ (σ ij, j + b i ) u*ijdΩ = 0
Ω
(i,j = 1,2,3) (2.7)
− ∫ σ * u dΩ + ∫ u p * dΓ = ∫ b u * dΩ + ∫ p u* dΓ (2.9)
Ω
ij, j i Γ
i ij Ω
i ij Γ
i ij
u = − ∫ p * u d Γ + ∫ u * p dΓ + ∫ u * b dΩ (2.11)
i Γ
ij j Γ
ij j Ω
ij j
onde:
Γ = Γ1 + Γ2
Devido a necessidade da obtenção de equações integrais para pontos de
contorno, alguns artifícios matemáticos serão utilizados. Um artifício é ampliar o
domínio original (Ω + Γ), através da adição de uma superfície esférica de contorno
Γε e domínio Ωε , formando assim um novo domínio Ω + Ωε e um novo contorno
Γε
i
ε Γ
Γ-Γ
u = − ∫ p * u dΓ + ∫ u * p dΓ + ∫ u * b d Ω (2.13)
i Γ − Γ + Γε
ij j Γ − Γ + Γε
ij j Ω+Ω
ij j
ε
u = lim Γε →0 − ∫ p* u dΓ + ∫ u * p dΓ + ∫ u * b dΩ +
i Γ − Γ ij j Γ−Γ
ij j Ω
ij j
(2.14)
+ lim Γε →0 − ∫ p * u dΓ + ∫ u * p dΓ + ∫ u * b dΩ
Γε ij j Γε
ij j Ωε
ij j
Computando-se agora o limite dos termos referentes a Γ − Γ , obtém-se:
lim ε →0 ∫ p* u dΓ = ∫ p * u dΓ (2.15)
Γ − Γ ij j Γ ij j
lim ε →0 ∫ u* p dΓ = ∫ u * p dΓ (2.16)
Γ − Γ ij j Γ ij j
Para as parcelas de domínio, verifica-se que quando ε → 0 a integral de Ω
representa todo o domínio do problema, enquanto que Ωε tende a zero:
lim ε →0 ∫ u* b dΩ = ∫ u * b dΩ (2.17)
Ω + Ωε ij j Ω ij j
Considerando-se agora a primeira parcela do segundo termo, observa-se
lim ε →0 ∫ u* p dΓ = 0 (2.18)
Γε ij j
Restando agora analisar a segunda parcela do segundo termo da equação
(2.14), que apresenta forte singularidade ao contrário das duas outras parcelas
deste mesmo termo da equação em questão. Esta singularidade ocasiona uma
lim ε →0 ∫ p * u dΓ = u lim ε →0 ∫ p * dΓ = δ u (2.19)
Γε ij j j Γε ij ij j
C u = − ∫ p * u dΓ + ∫ u * p dΓ + ∫ u * b dΩ (2.20)
ij i Γ
ij j Γ
ij j Ω
ij j
Solução de Boussinesq-Cerruti:
(quando “s” se encontra no plano da superfície)
s ∈ X 3 (s) = 0 → C (s) = δ (2.21b)
ij ij
Para efeito de praticidade δ é colocado na forma matricial, isto é:
ij
δ = [ I] (2.22)
ij
onde a matriz [ I] é uma matriz identidade de ordem 3.
CAPÍTULO 3
ESTACAS VERTICAIS ISOLADAS SUBMETIDAS À
CARREGAMENTOS LATERAIS EM UMA DIREÇÃO
3.1) Introdução
X1 X3 = Superfície livre
X2 de forças
X3
q1(p)
q2(p)
q3(p)
Γe
Ω*
Γ *→ ∞
Onde:
[ ]
Ne
{u} = ∑ ∫ U* {φ } dΓ {P}
T
(3.3)
e =1
onde:
{u}: é o vetor de deslocamentos dos pontos de colocação.
[U*]: é a matriz de soluções fundamentais de Mindlin.
Onde:
[ ]
Ne
[ G ] = ∑ ∫ U* {φ } T dΓ (3.5)
e = 1 Γe
Visto que não haverá singularidade na integração da estaca, uma vez que, a
menor distância entre o ponto fonte e o campo será o raio da estaca, e também
admitindo-se que a estaca para diversos casos a serem analisados no capítulo
subseqüente será tratada como um único elemento, pode-se então dividi-la em
vários sub-elementos conseguindo assim diminuir o número de pontos de Gauss a
serem utilizados sem perder o número de contribuições decorrentes dos
coeficientes de influência dos deslocamentos no solo. A este processo dá-se o
nome de Sub-Elementação da Integração (MENDONÇA, 1997; MON-MA, 1996).
Como pode ser visto na figura 3.2, a estaca é assumida como uma barra
vertical, com largura (ou diâmetro no caso de estaca circular) “d”, comprimento “L” e
constante de flexibilidade “EpIp”.
M
H
1 p1 p1 1
2i 2
i i
j pj L pj j
n L n
δ=
n
n +1 pn+1 pn+1 n+1
(a) (b)
Onde:
[G]: é a matriz de ordem (n + 1) x (n + 1) e
j: é o número de pontos de colocação nas linhas de cargas
Os vetores e a matriz da equação anterior (3.6) já foram descritos na
equação (3.4 e 3.5), faltando apenas mencionar que os coeficientes de influência
de deslocamentos no solo contidos na matriz “[G]” serão obtidos pela integração da
equação de Mindlin utilizando-se a “Regra da Quadratura de Gauss” (BREBBIA &
DOMINGUES, 1984).
Apesar da equação (3.6) ser para um solo com Es uniforme (constante), o
caso de Es variando ao longo da profundidade (estaca imersa em areias ou argila
mole) pode também ser considerado assumindo-se que a mesma equação de
Mindlin é válida, mas utilizando agora o valor de Es para o ponto de colocação em
questão (POULOS & DAVIS, 1980).
A equação diferencial de flexão das vigas, é:
∂ 4u
E pI p + { P} = 0 (3.7)
∂z 4
Esta equação pode ser transformada em um sistema de equações lineares
utilizando-se o método das diferenças finitas englobando pontos de 2 a “n”.
Admite-se que:
∂ 3u
Cortante = EpIp 3 = H
∂z
isto é,
HL3
− u −2 + 2u −1 − 2u 2 + u 3 = (3.8)
E pI pn3
e
∂ 2 u
Momento = EpIp 2 = M
∂z
36
ou seja,
ML2
u 2 − 2u 1 + u −1 = (3.9)
E pI p n2
Para este caso também é válida a equação (3.8) e sendo fixo o topo
admite-se que:
∂u
Rotação = E p I p =0
∂z
isto é,
u 2 − u −1 = 0 (3.10)
∂ 2 u
Momento = EpIp 2 = 0
∂z
ou seja,
u n − 2u n+1 + u n + 2 = 0 (3.12)
Os índices dos parâmetros de deslocamentos laterais podem ser
observados na figura 3.2.
A seguir serão descritos os sistemas de equações para os casos de estacas
com topo livre e com topo fixo.
EpIpn 4 EpIpn 4
− {Pp }= [D]{u p }+ {A} (3.13)
L4 L4
onde:
{up}: é o vetor n -1 de deslocamentos da estaca
[D]: é a matriz (n -1) x (n + 1) de coeficientes das diferenças finitas
− 2 5 −4 1 0 0 ...... 0 0 0 0 0
1 −4 6 −4 1 0 ...... 0 0 0 0 0
0 1 − 4 6 − 4 1 ...... 0 0 0 0 0
[ D] = .... .... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .....
..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .....
0 0 0 0 0 0 0 1 −4 6 −4 1
0 1 − 4 5 − 2
0 0 0 0 0 ...... 0
{A}: é o vetor de forças externas decorrentes das condições de contorno
ML2
2
n EpI p
0
0
{A} =
.
.
0
0
[[ I] + K R ]
n 4 [ D][ G ] { P} = { B} (3.14)
onde:
{B}: é o vetor n - 1 de forças decorrentes das condições de contorno.
Mn 2
−
L2
0
0
{ B} = .
.
0
0
38
onde:
( )
rotação v ′(solo/estaca) e a correspondente distribuição de tensões ao longo da estaca,
com isso a equação de equilíbrio de momento pode então ser escrita da seguinte
maneira:
{C }1
T
{ P} = 0 (3.18)
onde:
{C }1
T
: é um vetor linha n + 1 com
2
C1j = C + K R n 4 − g 2j + g 3j (3.19)
j 3
M ui ’
ui ui
i
H L
3
uj uj
j
L
3 uk uk
k
L
3 ul ul
(a) (b) l (c) (d)
i
Px1(z)
j
0 0 0 0 1
0 A u
0 0 1 0 u ′i
4 B
L L3 L2 L i
1 C u
81 27 9 3 = j (3.21g)
16L4 8L3 4L2 2L u
1 D k
814 27 9 3 E u
L L3 L2 L 1 l
[ C]{α } = {δ e } (3.21h)
u ap (z) = { z 4 z 1}[C] {δ }
−1
z3 z2 e (3.21i)
ou
Este polinômio pode ser escrito em função dos valores das forças da
interface nos pontos de colocação da seguinte forma:
Px ( z) = φ1 P1 + φ2 P2 + φ3 P3 + φ4 P4 ..... (3.23)
1
ou
Px (z) = {φ } { P}
T
1
43
φ1
1
φ3
φ2
1
φ4
φ1 − 4.5ξ 3 + 9ξ 2 − 55 . ξ + 1
φ
2 135 . ξ 3 − 22.5ξ 2 + 9ξ
{φ } = φ = − 135. ξ 3 + 18ξ 2 − 4.5ξ (3.24)
3
φ4 4.5ξ 3 − 4.5ξ 2 + ξ
14444244443
funções de forma
Sabendo-se que:
z
ξ= , sendo “z” a cota do ponto de colocação e “L” o comprimento total
L
da estaca.
A energia potencial total de uma estrutura é dada pela soma da energia
potencial de deformação com a energia potencial do carregamento externo
aplicado.
Π = U + Ω′ (3.25)
Onde:
U: representa a energia potencial de deformação
Ω’: representa a energia potencial das cargas externas.
Portanto, para a estaca, pode-se escrever:
E pI p L
″ 2
Π= ∫ u ap ( z) dz + ∫ Px1 (z)u ap (z)dz − F1 u − M 2 u ′ (3.26)
2 0 i i
onde:
F1: Força lateral externa aplicada no topo da estaca na direção X1;
M2: Momento externo aplicado no topo da estaca;
e
44
Admitindo-se que:
E pI p L −1
[K ] = c [ C] −T
∫ {φ ′′} {φ ′′}dz[C]
T
(3.29)
2 0
L
[ Q] = ∫ {φ} {φ }[ C] T −1
dz (3.30)
0
Chegando-se finalmente em:
[ ]
Kc =
pp
− 42876 − 6912L 81648 − 55404 16632
40L3
(3.33)
26838 3996L − 55404 42282 − 13716
− 7684 − 1168L 16632 − 13716 4768
{δ } = {u } { }
T T
e i u ′i uj uk ul = up
{ F} = {F T
1 M1 0 0 0}
{ P} = {P T
1 P2 P3 P4 }
Com base nas deduções anteriores, pode ser feita agora a interação
MEC/MEF.
45
Para que haja compatibilidade entre as matrizes e vetores dos dois métodos
é necessário que seja feita a expansão dos que possuírem menor ordem. Este
procedimento será descrito a seguir.
Da equação geral de deslocamentos do MEC (eq. 3.6), tem-se que a
equação do solo é:
{u }s 4x1
= [G] 4x4 {Ps } 4x1 (3.35)
onde,
{us} 4x1
: representa apenas os deslocamentos laterais no solo;
[ K ] {u }
c 5x5 p
5x1
{ }
= { F} 5x1 − [Q]5x4 Pp
4x1
(3.36)
onde,
elemento finito;
elemento de finito;
{P } s 4x1
= [ G ] 4x4 {u s }4x1
−1
(3.37)
Levando-se em consideração as condições de compatibilidade de
deslocamentos e de equilíbrio ao longo da interface estaca-meio contínuo, isto é:
{u } = {u }
s p
e ..... (3.38)
{P } + {P } = 0
s p
[K ] {u }
c 5x5 p
5x1
= {F} 5x1 − [Q]5x4 [G ]4x4 { u s } 4x1
−1
(3.39)
Onde:
[Q] 5x4
[ G ] 4x4
−1
= [ M ] 5x4 (3.40)
{u } = {u
s i u ′i uj uk ul } (3.42)
[[K ] c 5x5 ]
+ [ M ]5X5 {U} 5x1 = { F} 5x1 (3.43)
Finalizando:
sendo,
a) Exemplo 1
E
k = estaca . O coeficiente de Poisson do solo é igual a 0,2 .
E solo
M2 = -95,826 kN.m
X1 F1 = 181,60 kN
X2
X3
6,096 m
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-2
-3
-6
-7
Deslocamento Lateral (mm)
Fig. 3.7a) - Deslocamento horizontal devido a carga de 181,60 kN.
0
-0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
-3
VALLABHAN & SIVAKUMAR (1986)
-4
FERRO (1993)
-5 POULOS MODIFICADO
-6
-7
Deslocamento Horizontal x 10-2 cm
b) Exemplo 2
0
-2 0 2 4 6 8 10 12
-0,5
-1
Profundidade da Estaca (m)
-1,5
-2
-2,5
KÉRISEL & ADAM (1967)
-3 FERRO (1993)
POULOS MODIFICADO
-3,5
-4
-4,5
-5
Deslocamento Lateral (mm)
c) Exemplo 3
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Profundidade da Estaca - Cotas (m) -1
-2
-3
-5 MEF_5PAR_FÇ3º
POULOS MODIFICADO
-6
-7
Deslocamento Lateral (mm)
0
-0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
-3
-4
VALLABHAN & SIVAKUMAR (1986)
-5 FERRO (1993)
MEF_5PAR_FÇ3º
-6 POULOS MODIFICADO
-7
Deslocamento Lateral x 10-2 cm
d) Exemplo 4
0
-2 0 2 4 6 8 10 12
-0,5
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-1
-1,5
-2
-2,5
-5
Deslocamento Lateral (mm)
e) Exemplo 5
0,35
0,15
0,1
0,05
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Comprimento da Estaca (pés)
f) Exemplo 6
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-1
Profundidade da Estaca (m)
-2
-3
-6
-7
Deslocamento Lateral (mm)
g) Exemplo 7
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-1
Profundidade da Estaca (m)
-2
-3
-7
Deslocamento Lateral (mm)
h) Exemplo 8
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
-3
-4
-7
Deslocamento Lateral (mm)
0
-0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
-3
-4
-5
VALLABHAN & SIVAKUMAR (1986)
-6 FERRO (1993)
MEF_5PAR_FÇ_CTE
POULOS MODIFICADO
-7
Deslocamento Lateral x 10-2 cm
3.14b) - Deslocamento horizontal devido ao momento de -95,826 kN.m.
i) Exemplo 9
0
-2 0 2 4 6 8 10 12
-0,5
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-1
-1,5
-2
-2,5
-4,5
-5
Deslocamento Lateral (mm)
Fig. 3.15 - Deslocamento horizontal devido a uma carga lateral (60 kN) na
direção X1 e um momento (-69 kN.m) em torno de X2.
56
j) Exemplo 10
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
-3
-7
Deslocamento Lateral (mm)
k) Exemplo 11
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-2
-3
-7
Deslocamento Lateral (mm)
4.1) Introdução
F2 vi p5 p5
F1 X1 u’i v’i p1 p1
1
ui
X2 M2 vj p6
M1 p6
uj p2 p2
2
vk p7 p7
uk p3 p3
3
vl p8 p8
4 ul p4 p4
e para as rotações:
+ ∫ Px (z)v
L
(z)dz − F1 u 1 − F2 v 1 − M 2 u1′ − M 1 v 1′ ( 4.4)
0 2 ap
Na determinação da matriz de rigidez [Kc], tem-se já determinados os seus
coeficientes (eq. 3.33), havendo apenas algumas alterações nos sinais de alguns
termos referentes à direção X2 devido a rotação em torno de X1 ser positiva,
portanto:
60
{ F} T = {F1 F2 M 1 M 2 0 0 0 0 0 0} (4.6)
{u } = {u }
T
p i vi u ′i v ′i uj vj uk vk ul vl (4.7)
Havendo aqui também uma pequena alteração com relação à direção X2,
sendo esta somente nos sinais da quarta linha.
Para o caso de se ter forças de interação agindo nas duas direções, a matriz
[Q] pode ser montada da seguinte maneira:
q 11 0 q 12 0 q 13 0 q 14 0
0 q 11 0 q 12 0 q 13 0 q 14
q 21 0 q 22 0 q 23 0 q 24 0
0 - q 21 0 - q 22 0 - q 23 0 - q 24
q 0 q 32 0 q 33 0 q 34 0
[Q] = 031 (4.9)
q 31 0 q 32 0 q 33 0 q 34
q 0 q 42 0 q 43 0 q 44 0
41
0 q 41 0 q 42 0 q 43 0 q 44
q 0 q 52 0 q 53 0 q 54 0
51
0 q 51 0 q 52 0 q 53 0 q 54
E o vetor de forças de interação é dado por:
{ P} T = {p 1 p 5 p 2 p 6 p 3 p 7 p 4 p 8 } (4.10)
{u } = [ G ]{P }
s s (4.11)
onde:
{u } = {u
s
T
i vi uj vj uk vk ul vl } (4.12)
e
{P } = {p
s
T
1 p5 p2 p6 p3 p7 p4 p8 } (4.13)
L Ng *
u (s) = ∑ u (s, p)φ T (p).w .P (p) (4.15)
i 2 m=1 ij j m j
sendo que:
Ng: é o número de pontos de Gauss
62
u* u*12
*
u (s, p) = *11 (4.16)
ij u 21 u*22
As soluções fundamentais citadas na equação (4.16) assim como as
funções de forma φ i ( ) que serão utilizadas no presente caso são descritas nos
p1
p
5
p 2
u*
u 1 u*12 φ1 0 φ2 0 φ3 0 φ4 0 p 6
= 11
φ4 p 3
(4.17)
v 1 u *21 u *22 0 φ1 0 φ2 0 φ3 0
p 7
p 4
p 8
onde:
v1: representa o deslocamento horizontal na direção X1 para o ponto “1” e
v5: representa o deslocamento horizontal na direção X2 para o ponto “1”
Sendo este ponto “1” o ponto no topo da estaca.
Fazendo-se agora a interação MEC/MEF, onde, como já visto
anteriormente, a equação do solo será:
{u } s 8x1
= [ G ] 8x8 {Ps }8x1 (4.18)
e a equação da estaca:
[ K ] {u }
c 10x10 p
10x1
= { F} 10x1 − [Q]10x8 Pp{ } 8x1
(4.19)
Invertendo a matriz de [G] do solo como já feito anteriormente:
{P } s 8x1
= [ G ] 8x8 {u s }8x1
−1
(4.20)
Substituindo na equação da estaca:
[K ] {u }
c 10x10 p
10x1
= {F}10x1 − [Q]10x8 [G ]8x8 { u s } 8x1
−1
(4.21)
Onde:
[Q] 10x8
[ G ] 8x8
−1
= [ M ]10x8 (4.22)
63
Com o intuito de se obter a mesma ordem da matriz [Kc] para a matriz [M]
para que haja compatibilidade de deslocamentos, são colocadas agora duas
colunas de zeros na matriz [M] referentes a não consideração das rotações em
torno dos eixos X1 e X2 na equação do solo, e sendo assim a colunas à serem
deslocadas serão a terceira e demais posteriores:
{u } = {v
s 1 v5 v 1′ v 5′ v2 v6 v3 v7 v4 v8 } (4.24)
[[K ] c 10x10 ]
+ [ M ]10X10 {U}10x1 = { F} 10x1 (4.25)
a) Exemplo 1
b) Exemplo 2
3 3
j pj j pj
i i
n n
pn+1 pn+1
n+1 n +1
estaca 1 estaca 2
M
H
s
M
(a) H
1 1
p1 p1
2 2
pi j pi j
n
n
(b)
pn+1 pn+1
n+1 n+1
Fig. 4.2 - Forças e tensões interagindo no Problema; a) Forças e tensões
agindo nas estacas; (b) Tensões agindo no solo.
66
[ G ]16x16 =
[
MEC11 ] [MEC ] 12 8X8
[ MEC ] [ MEC ]
8X8
(4.27)
21 8X8 22
8X8 16X16
Onde:
MEC11: representa os coeficientes de rigidez provenientes do solo relativos
a influência da estaca 1 sobre ela mesma.
MEC12: representa os coeficientes de rigidez provenientes do solo relativos
a influência da estaca 1 sobre a estaca 2.
MEC21: representa os coeficientes de rigidez provenientes do solo relativos
a influência da estaca 2 sobre a estaca 1.
MEC22: representa os coeficientes de rigidez provenientes do solo relativos
a influência da estaca 2 sobre ela mesma.
Para o MEF, basta apenas aumentar corretamente as matrizes
(10Ne x 10Ne) e vetores (10Ne) compatibilizando assim o problema, visto que não
há influência entre os elementos, ou seja, de uma estaca na outra.
Para um problema composto por duas estacas, a matriz de rigidez será:
[ ]
[ c] [ 0]10X10
MEF11
=
[ ]
10X10
K (4.28)
20x20 [ 0] 10X10 MEF22 10X10
20X20
67
Onde:
MEF11: representa os coeficientes de rigidez provenientes da estaca
relativos à influência da estaca 1 sobre ela mesma.
MEF22: representa os coeficientes de rigidez provenientes da estaca
relativos à influência da estaca 2 sobre ela mesma.
E a matriz de forças de transformação ficará assim:
[ ]
Q 11 [ 0]10X8
[Q] = 10X8
[Q ]
(4.29)
20X16
[ ]
0 10X8 22 10X8 20X16
Sendo,
Q11: os coeficientes das forças de interação relativos somente à estaca 1.
Q22: os coeficientes das forças de interação relativos somente à estaca 2.
Enfatizando ainda o caso de se ter duas estacas, pode-se dizer que,
fazendo as devidas combinações e expansões entre os métodos, chegar-se-á a
seguinte matriz de fundação para o sistema:
[MEC11 + MEF11 ]10X10 [MEC12 ]10X10
[T]20x20 =
[MEC22 + MEF22 ]10X10 20X20
(4.30)
[MEC21 ]10X10
Que nada mais é do que a superposição de efeitos existentes da
combinação entre o MEC e MEF. Este processo pode ser estendido para grupos
gerais de estacas.
a) Exemplo 1
181,60 kN 181,60 kN
181,60 kN 181,60 kN
s = 1,50 m
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
-3
Uma Estaca
-4
Duas Estacas
-5
-6
-7
Deslocamento Lateral na direção X1 (mm)
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-1
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-2
Uma Estaca
-3 Duas Estacas
-4
-5
-6
-7
Deslocamento Lateral na Direção X2 (mm)
b) Exemplo 2
H H
c) Exemplo 3
1 2 1
1,5 m
L = 15 m
d = 0,35 m
Ep = 107 kN/m² 3 4 3
Es = 103 kN/m² 1,5 m
νs = 0,2 1 2 1
1,5 m 1,5 m
0
0 10 20 30 40 50
-2
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-4
-6
-8
Sub-Grupo 1 (estacas: 1,3,5 e 7)
-10
Sub-Grupo 2 (estacas: 2 e 6)
Sub-Grupo 3 (estacas: 4 e 8)
-12
Sub-Grupo 4 (estaca: 9)
-14
-16
Deslocamento Lateral (mm)
[ K]{U} = { F} (4.31)
e reiterando novamente que:
k 11 k 12 k 13 k 14 k 15 u i 1 0 0 0 0 F1
k ′
21 k 22 k 23 k 24 k 25 u i 0 1 0 0 0 M 1
k 31 k 32 k 33 k 34 k 35 u j = 0 0 1 0 0 0 (4.32)
k 41 k 42 k 43 k 44 k 45 u k 0 0 0 1 0 0
k 51 k 52 k 53 k 54 k 55 u l 0 0 0 0 1 0
1 4444 4244444 3 144 42444 3
Matriz de Fundacao Matriz Identidade
Supondo-se agora que foram prescritos o deslocamento e a rotação na
cabeça da estaca (ui e u’i), neste caso faz-se a troca de colunas de coeficientes de
rigidez multiplicáveis pelos valores prescritos no primeiro termo por coeficientes da
matriz identidade multiplicáveis pelas respectivas forças externas do segundo
termo, trocando-se também os sinais.
Fazendo-se as substituições para o caso suposto, obtém-se que:
73
− 1 0 k 13 k 14 k 15 F1 - k 11 - k 12 0 0 0 u i
0 −1 k k 24 k 25 M 1 - k 21 - k 22 0 0 0 u ′i
23
0 0 k 33 k 34 k 35 u j = - k 31 - k 32 1 0 0 0 (4.33)
0 0 k 43 k 44 k 45 u k - k 41 - k 42 0 1 0 0
0 0 k 53 k 54 k 55 u l - k 51 - k 52 0 0 1 0
14444 4244444 3 123 1444424444 3{
[ K ′] {U ′} [I ′] {F′}
Onde todos os coeficientes do segundo termo da equação (4.33) são
conhecidos, visto que:
• [ K ′] e [ I ′] são matrizes que possuem coeficientes de rigidez e
coeficientes oriundos a matriz identidade, respectivamente, sendo todos
conhecidos.
• { U ′} é o vetor de forças e deslocamentos incógnitos.
• { F′} é o vetor de forças e deslocamentos prescritos.
Pode-se multiplicar a matriz [ I ′] pelo vetor { F′} chegando-se agora ao
seguinte sistema:
[ K ′]{ U ′} = {W} (4.34)
onde:
{W} = [ I ′]{ F′} (4.35)
Resolvendo-se o sistema (4.34) obtém-se os valores incógnitos tanto de
forças quanto de deslocamentos.
Este processo é normalmente utilizado para, através da prescrição de um
deslocamento qualquer para um grupo de estacas, descobrir a carga que nela
deverá ser aplicada para que este grupo desloque igualmente no caso de estacas
sob blocos de capeamento rígido.
a) Exemplo 1
1 2 3
3’
HG
4 5 6
3’ 3’
25’
Es = 500 lb/pol.²
então:
H1 ≅ 1,505 H2
Substituindo na equação de equilíbrio, obtém-se:
H2 = 12,4667 kips e portanto
H1 = 18,7666 kips.
Colocando estes valores nas suas respectivas estacas, ou seja:
H1 H2 H1
H1 H2 H1
b) Exemplo 2
1 2 1
s
3 4 3
s
1 2 1
s s
1.6
1.4
1.2
1
Hi/Hmédio
0.8
0.6 Sub-Grupo 1
Sub-Grupo 2
0.4 Sub-Grupo 3
Sub-Grupo 4
0.2
0
0 2 4 6 8 10
s/d
5.1) Introdução
V
wi
i
L
3 wj
j
L
3 wk
k
L
3
wl
l
(a) (b) (c)
Fig. 5.1 - Discretização do Problema; a) Força vertical no topo da estaca;
b) Pontos de colocação na estaca; c) Parâmetros nodais no
elemento.
78
Superfície τp1
do
solo L
3 τp2
L
τ
3 τp3
L
3
σb
ou
τ (z) = {ϕ } {τ }
T
e conseqüentemente:
w ′ap (z) = 3Az 2 + 2Bz + C (5.6)
2 0
0
Ap
onde:
Ap: área da seção transversal da estaca;
V: força vertical externa aplicada no topo da estaca.
Por analogia aos procedimentos utilizados na seção 3.4.2 determina-se a
matriz de rigidez do problema, bem como as matrizes de transformação para o
presente caso, chegando-se ao seguinte sistema:
[ K ]{δ } = { F} − [Q]{ P}
c e (5.8)
onde:
148 − 189 54 − 13
E p A p − 189 432 − 297 54
[K ] c =
2 54 − 297 432 − 189
(5.9)
− 13 54 − 189 148
7 2 1 0
L 3 36 − 9 0
[Q] = 80 3 − 18 45 0 (5.10)
80
7 − 20 23 L
80
Sendo ainda todos os termos desta última matriz , [Q], multiplicados pela
área lateral da estaca, com exceção do último termo, q4x4, que será multiplicado
pela área da base da mesma.
Os demais termos do sistema ficam da seguinte forma:
{δ } = {w
e
T
i wj wk wl } (5.11)
{ F} T = {V 0 0 0} (5.12)
{
{ P} T = τ p1 τ p2 τ p3 σ b } (5.13)
∴ g ij = ∫ u *33ϕ Tj dΓ (5.15)
Γ
onde:
L
Γ= ξ , e sendo assim:
2
L * T
2 ∫ξ 33 j
g ij = u ϕ dξ (5.16)
∑
L
g ij = u *33 ϕ T w m (5.17)
2 m =1
• Para o caso dos pontos (fonte e campo) serem iguais, situação que
ocorre na obtenção do coeficiente de influência do solo, g44 (referente a
contribuição da tensão normal, σb, no ponto de colocação “l”), a integral
deve ser resolvida analiticamente, no sentido circunferencial do
comprimento do elemento, devido a ocorrência de singularidade. Este
81
1 1
onde:
1− ν 2
K s1 = (5.20)
πEs
R 1 = 4L2 + R 2o (5.21)
diametro
Ro = (5.22)
2
A interação MEC/MEF também pode ser descrita por analogia a seção
3.4.2, mas não havendo necessidade agora de expansão da matriz [G] coeficientes
de influência do solo, visto que não ocorrem rotações em torno do sistema, não
aumentando assim o vetor de parâmetros nodais.
Portanto o sistema final de equações fica da seguinte forma:
onde:
[ K] : matriz de rigidez final do sistema de interação (MEC/MEF);
{ U} : vetor de deslocamentos considerados no problema;
{ F} : vetor de carregamento externo.
82
a) Exemplo 1
A figura 5.3 apresenta um exemplo citado por FERRO (1993), onde uma
estaca é solicitada por um carga vertical de 726.40 kN.
V = 726,40 kN
X1
X2
X3
6,096 m
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
-1 FERRO (1993)
-2 MEF_4PAR_FÇ2²
-3
-4
-5
-6
-7
Deslocamento Vertical (mm)
b) Exemplo 2
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
-2
Profundidade da Estaca (m)
-4
-6
FERRO (1993)
-8 MEF_4PAR_FÇ2º
-10
-12
-14
Deslocamento Vertical (mm)
Fig. 5.5 - Comparação entre os modelos - deslocamentos verticais ao longo
da estaca.
c) Exemplo 3
Ep
transversal do solo foi assumido igual a 6000.
Gs
bloco rígido
Superfície
do
terreno maciço
de
solos
L
estaca
70
60
50
Kd=P/(Gs.w.D)
40
30
BUTTERFIELD & BANERJEE (1971a)
20 MEF_4PAR_FÇ2º
10
0
0 20 40 60 80 100
L/d
L
relação comprimento-diâmetro .
D
CAPÍTULO 6
ESTACAS ISOLADAS E GRUPOS DE ESTACAS VERTICAIS E INCLINADAS
SOLICITADAS POR CARREGAMENTOS VERTICAIS E HORIZONTAIS
6.1) Introdução
wi P5
V vi
F2 ui P1
F1 X1 i τp1
v’i u’i
X2 M2 wj vj P6
M1 j P2
uj τp2
wk vk P7
k P3
uk τp3
wl vl P8
l ul P4
(a) (b) (c) (d) (e)
X3
e
σb = 1 (6.7)
Sabendo-se que:
Π = U + Ω′ (6.8)
Tem-se que:
88
[ K ]{ U} = { F} − [Q]{ P}
c (6.10)
Tendo ainda os coeficientes “dij” e “eij” que devem ser multiplicados pela
L L
constante e os coeficientes “fij” multiplicados por .
6720 80
E os vetores são dados da seguinte forma:
{F}T = {F1 F2 F3 M1 M2 0 0 0 0 0 0 0 0 0} (6.13)
{u } = {u
p
T
i vi wi u ′i v′i u j v j w j u k vk wk ul vl wl } (6.14)
{P } = {P
p 1 P5 P9 P2 P6 P10 P3 P7 P11 P4 P8 P12 } (6.15)
termo u *33 no ponto nodal “4” que é singular e portanto resolvida analiticamente
(Cap. 5).
Fazendo-se agora a interação MEC/MEF, onde, o presente caso de
idealização do maciço de solos, apresenta matrizes e vetores de ordem (12x12) e
(12x1) respectivamente, isto é:
{u s }12x1 = [G ]12x12 {Ps }12x1 (6.20)
onde:
[M]14x12 = [Q]14x12 [G ]12x12
−1
(6.24)
Expande-se agora a matriz [M] com a finalidade de se obter-se a mesma
ordem desta matriz para com as demais através da compatibilidade deslocamentos
existente entre a estaca e o solo. Para o caso em questão, colocadas duas colunas
de zeros, a partir da terceira coluna, referentes as rotações em torno dos dois eixos,
ou seja:
Portanto:
[[K ]
c 14 x14 [ ]]
+ M14x14 {U}14x1 = {F}14x1 (6.27)
91
E finalmente:
[K ] {U}
14x14 14x1 = {F}14x1 (6.28)
a) Exemplo 1
a) Exemplo 1
νs = 0,5
Ep 2,5D
= 6000
Gs
Fig. 6.2 - Grupo com 4 estacas igualmente solicitadas por uma carga
vertical.
Os resultados obtidos pelo modelo proposto neste trabalho
(MODELO_14PAR) são apresentados graficamente na figura 6.3 e mostram um
P
aumento da rigidez do sistema de acordo com o aumento da relação
G s wD
comprimento-diâmetro (L/d).
94
120
80
Kd=P/(Gs.w.D)
40
MODELO_14PAR
BUTTERFIELD & BANERJEE (1971)
0
0 10 20 30 40 50 60
L/d
H H
H H
Ep = 2,1.107 kN/m²
νs = 0,5
Es = 21000 kN/m² s
D = 0,40 m
H H
H = 150 kN
V = 200 kN
H H
Lp = 15 m
s = 1,0 m
s
Fig. 6.4 - Grupo de estacas submetidas à cargas horizontais e verticais
simultaneamente.
Dada a simetria de carregamentos, conseqüentemente os deslocamentos
também serão simétricos, sendo esses apresentados na tabela 6.3.
95
1 2 3
5’
4 5 6
5’ 5’
V = 300 kips
Argila
25’
Média
p = ( x1p , x 2p )
λ
x1
s = ( x 1s , x 2s )
{x } = {x } + { M} r
p s
f (6.34)
cos λ
{ M} = sen λ (6.35)
0
As coordenadas do ponto “p” no sistema global podem ser expressas, como:
{x } = [ R ] { x }
p T p
(6.36)
onde:
− CXCY − CXCZ
CY + CZ
2 2
CY + CZ 2 2
CY + CZ
2 2
CZ − CY
[ R] T = 0 (6.37)
CY 2 + CZ 2 CY + CZ
2 2
CX CY CZ
Sendo:
xk − x j yk − y j zk − z j
CX = ; CY = ; CZ =
Lp Lp Lp
e os índices “k” e “j”, das coordenadas x, y, z, referentes aos nós final e
inicial dos elementos, respectivamente.
Substituindo o vetor de coordenadas locais do ponto “p” (eq. 6.34) na
equação 6.36, tem-se que:
{x } = [ R] ({x } + [ M]r )
p T s
f (6.38)
As coordenadas do ponto “s”, escritas no sistema global, ficam da seguinte
maneira:
{x } = [ R] ([ R]{x } + { M} r )
p
T
s f (6.39)
e finalizando:
{x } = ({x } + { N} r )
p s
f (6.40)
onde:
CY 2 cos λ + CZ 2 cos λ − CXCY sen λ
CY 2 + CZ 2
CZ
{ N} = sen λ (6.41)
CY + CZ
2 2
CX cos λ + CY sen λ
Desta maneira qualquer ponto “campo” na superfície lateral de lateral de
uma esta cilíndrica, tem sua posição definida em relação a um ponto “fonte” no eixo
da estaca.
Para o caso do MEF, o tratamento das estacas inclinadas será feito de tal
forma que a matriz de rigidez da cada uma delas será obtida inicialmente em
relação ao sistema de coordenadas local e posteriormente as variáveis locais serão
transformadas em variáveis globais através da matriz de rotação entre os sitemas
de coordenadas, ou seja:
[ K ] = [ R][K ][ R]
g
c c
T
(6.42)
{u } = [ G ]{P }
s s (6.43)
[[ R][K ][ R]
c
T
]
+ [ M ] {U} = { F} (6.44)
a) Exemplo 1
H2
H1
X1
7
Ep = 2,1.10 kN/m²
Es = 10500 kN/m² λ = 45º
νs = 0,5
Lp = 15 m
D = 0,35 m X2
V
H1
X1
γ = 15º
X3
b) Exemplo 2
2,5D
Ep = 2.107 kN/m²
Es = 10000 kN/m²
νs = 0,5 1 2
H H X1
D1 = D2 = 0,4 m
λ1 = 0º
λ2 = 180º
Lp1 = Lp2 = 10 m
X2
H H
X1
X3
γ1 = 10º γ2 = 10º
Fig. 6.8 - Estacas inclinadas solicitadas por cargas horizontais.
102
c) Exemplo 3
1,5 m
1 2
X1
1,5 m
3 4
X2
V V
H H
X1
γ X3 γ
Fig. 6.9 - Grupos com 4 estacas inclinadas solicitadas por cargas horizontais
e verticais.
Os demais dados do problema são citados abaixo:
Es = 10500 kN/m² γ1 = γ2 = γ3 = γ4 = 12º
Ep = 2,1.107 kN/m² λ1 = 225º λ2 = 315º
Lp1 = Lp2 = Lp3 = Lp4 = 25 m λ3 = 45º λ4 = 135º
D1 = D2 = D3 = D4 = 0,40 m H = 250 kN V = 400 kN
Na tabela 6.7 são mostrados estes deslocamentos lineares, bem como as
rotações no topo das estacas.
104
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