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O nó borromeano não é uma proposta totalmente nova feita por Jacques Lacan. Usar
esta tríade para propor uma articulação ou um liame data de tempos muito antigos
Por exemplo, sabemos que os nórdicos utilizaram a tríade, bem como Michelangelo
(o artista marcava seus blocos de mármore com o símbolo triádico adjacente à letra M. Nessa
situação, os círculos representavam as três artes: escultura, pintura e arquitetura, que
deveriam permanecer juntas e inseparáveis)
Lacan viu pela primeira vez a imagem do nó borromeano durante um jantar, nas armas
de uma dinastia milanesa: a família Borromeu.
Temos três círculos em forma de trevo e que simbolizam uma tríplice aliança: se um
(qualquer um) dos anéis for retirado ou cortado, os outros três ficarão soltos, sem que
consigam formar um par.
Daí seu encontro com a topologia dos nós surgir como novo recurso para mostrar
como opera a clínica psicanalítica.
Através do nó, podemos pensar amplamente em efeitos subjetivos, oriundos tanto dos
significantes quanto do objeto e, desta forma, propor operações sobre o gozo (cortes, recortes,
suturas)
Trata-se uma clínica que vai do “algo a reparar‟ (Lacan nos anos 50) a “algo a
inventar‟ (Lacan nos anos 70)
O mais importante a destacar é que é do fato de duas rodelas serem livres uma da
outra que se suporta a ex-sistência da terceira, especialmente a do Real em relação à liberdade
do Simbólico e do Imaginário. A partir do momento em que o Real é enodado
borromeanamente aos dois outros registros, eles lhe resistem. Isso quer dizer que o Real só
tem ex-sistência na medida em que encontra no Simbólico e no Imaginário sua parada, seu
limite. Daí Lacan afirmar e reafirmar continuamente que o Real não é apenas uma rodela do
nó borromeu, mas o efeito da maneira como ele se amarra.
O que importa é essa operação real que, como veremos, desloca o gozo, permitido
por uma renomeação do sujeito.
2º) Nó a quatro:
1) Complexo de Édipo;
2) Realidade psíquica;
3) Sinthoma;
4) Fazer-se um nome;
5) O ego.
Bibliografia