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Resumo Constitucional
Resumo Constitucional
Organização do Estado
Federação:
Surgiu a partir da necessidade de preservar ao mesmo tempo, a unidade nacional e as
autonomias regionais.
A aliança dos Estados acaba fundando um único Estado, que acaba por preservar a
autonomia política de suas unidades, enquanto transferem a soberania para o Estado
Federal.
Características:
Origens do Federalismo:
Municípios: entidade federativa voltada para interesses locais. A CF admite sua criação,
incorporação, fusão e desmembramento. Com a vigência da Carta de 1988, foram criados
inúmeros Municípios em diversos Estados. Em razão dos abusos verificados com a criação
de vários Municípios deficitários, sem condições de assumir os encargos decorrentes da
autonomia reconhecida, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional n. 15, de
1996, que modificou o art. 18, § 4o, estabelecendo critérios mais restritivos para a
formação de novas entidades locais. Devem ser observados os requisitos a seguir descritos:
a) Lei complementar federal determinando o período para a criação de novos
Municípios e o conteúdo do estudo de viabilidade municipal;
Repartição de Competências
O princípio geral da repartição de competências é o da predominância de
interesses. Onde prevalecer o interesse geral e nacional, a competência será́
atribuída à União; onde preponderar o interesse regional, a competência será́
concedida aos Estados; onde predominar o interesse local, a competência será́ dada
aos Municípios.
Critérios adotados:
Forma:
Extensão:
Origem:
Intervenção
A intervenção é justificada pela manutenção do equilíbrio federativo. Serve para
estabilizar a ordem normativa. Não é regra geral, mas sim uma exceção para casos
específicos.
STF (Supremo Tribunal Federal), STJ (Superior Tribunal de Justiça) e TSE (Tribunal
Superior Eleitoral): na hipótese prevista no art. 34, inciso VI da CF, ou seja, em caso
de desobediência a ordem ou decisão judiciária. Ao STF, além de requisitar a
intervenção em virtude do descumprimento de suas ordens ou decisões judiciais,
deverá requisitar a intervenção para assegurar também a execução das decisões
judiciais advindas da Justiça Federal, Estadual, do Trabalho ou Militar, quando
necessário. Importante destacar que a legitimidade para solicitar intervenção ao STF
baseada em descumprimento de decisões judiciais de Tribunal Local é de exclusividade
deste. Já o STJ e o TSE deverão requisitar a decretação da intervenção diretamente ao
Presidente da República.
Estados Federados
Se a soberania é poder de fato, absoluto, capacidade plena de
autodeterminação, de decidir em última instância, uma das caracteri ́sticas
próprias do Estado, a autonomia é poder de direito, capacidade de
autodeterminação dentro de regras preestabelecidas pela Constituição. Os
Estados federados são dotados somente de autonomia poli ́tica. Não possuem
soberania, por isso não lhes são atribui ́das competências internacionais. Não
mantêm rela- ções com Estados estrangeiros, nem participam de organismos
inter- nacionais. Autonomia poli ́tica importa em: a) auto-organização (art. 25);
b) autolegislação (art. 25); c) autogoverno (arts. 27, 28 e 125); e d)
autoadministração.
IMPOSTOS: competência residual foi atribuída para a União, logo, somente ela pode
criar. A Constituição estabeleceu tributos para a União, Estados e Municípios.
Municípios
São regidos por Lei Orgânica, que são elaboradas a partir dos princípios da Constituição
Estadual e Federal e promulgadas pela própria Câmara.
A importância da promulgação é por esta dispensar a sanção ou o veto pelo Chefe do
Poder Executivo Municipal exigido no processo legislativo ordinário.
O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito Municipal, eleito em conjunto com o
Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, pelo voto direto, secreto e universal (CF, art.
29, I), admitida a recondução para um único período subsequente (CF, art. 14, § 5o).
A Constituição Federal de 1988 inovou ao atribuir o julgamento do Prefeito pela
prática de crimes ao Tribunal de Justiça, estabelecendo mais uma hipótese de competência
originaria em razão de foro por prerrogativa de função (CF, art. 29, X).
Distrito Federal
Sede do Estado Brasileiro. A Capital Federal foi fixada em um território à parte, em
área que não pertence a nenhum dos Estados-Membros. É uma forma de restringir
as influências dos governos estaduais sobre o governo central.
O Distrito Federal não se confunde com Brasília, por possuir uma realidade jurídica
diversa, tendo a natureza de entidade federativa, dotada de autonomia poli ́tico-
administrativa, com competências, rendas e caracteri ́sticas próprias.
Supremo Tribunal Federal revogou a Súmula 394, que estabelecia que, “Cometido
o crime durante o exerci ́cio funcional, prevalece a competência especial por
̃ , ainda que o inquérito ou a açao
prerrogativa de funçao ̃ penal sejam iniciados após
̃ daquele exerci ́cio”. A prerrogativa de foro não se estende ao suplente
a cessaçao
de Senador ou Deputado, salvo quando esteja no exerci ́cio do cargo.
A perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
parti- do poli ́tico representado no Congresso Nacional, assegurada ampla de- fesa,
nos casos previstos no art. 55, incisos I, II e VI: violação de um dos impedimentos,
falta de decoro parlamentar e condenação criminal transitada em julgado.
Poder Executivo
A função do Poder Executivo é administrar e implementar poli ́ticas públicas nas
mais diversas áreas de atuação do Estado de acordo com as leis elaboradas pelo
Poder Legislativo.
Poder Judiciário
A função legislativa é de elaboração de leis. A lei pode ser definida como a norma
geral e abstrata, imposta coativamente a todos, emanada do Poder Legislativo. A
função executiva é de formulação de poli ́ticas governamentais e implementaçao
̃
dessas poli ́ticas, de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo. A funçao
̃
jurisdicional é de aplicação das normas, por um ó rgão independente do Estado, em
caso de conflitos de interesses surgidos no seio da sociedade (lides).
O Poder Judiciário, além da função ti ́pica, jurisdicional, exerce funções ati ́picas
como organizar suas secretarias e serviços auxiliares (CF, art. 96, I, b).
SISTEMA DE CRISES
a própria Constituição estabelece mecanismos de salvaguarda da ordem juri ́dica,
com a suspensão ou restrição de diversos direitos individuais. Se estes, as
denominadas liberdades negativas, são claros li- mites impostos à atuação do
Estado, o estado de defesa e o estado de si ́tio são formas extraordinárias de
preservação da ordem para a supe- ração de momentos de grave crise institucional,
com o fortalecimento do poder do Estado e a restrição de direitos individuais.
Estado de Defesa - O estado de defesa pode ser decretado, pelo Presidente da Re-
pública, em locais restritos, por tempo determinado, para preservar ou
prontamente restabelecer a “ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e
iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes
proporções na natureza”. O estado de defesa é sempre em local determinado e por
prazo não superior a trinta dias, prorrogáveis, uma única vez, por igual peri ́odo, se
persistirem as razõ es que justificaram a sua decretação.
Pressupostos formais.
Estado de Sítio
É a forma mais grave de legalidade especial ou extraordinária. São duas as modalidades de
estado de si ́tio previstas em nossa Constituição: repressivo e defensivo.
a) Estado de si ́tio repressivo é o que tem como pressuposto material “comoçao
̃ grave de
repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa” (CF, art. 137, I).
No estado de si ́tio repressivo podem ser adotadas medidas coercitivas previstas no art. 139
da Constituição. O estado de si ́tio repressivo poderá ser decretado por peri ́odos sucessivos
de trinta dias.
Pressupostos formais.
a) Prévia oitiva dos Conselhos da República e de Defesa Nacional, cujas manifestações não
são vinculantes;
b) decreto do Presidente da República, indicando, no caso de estado de si ́tio repressivo, a
duração, as garantias constitucionais suspensas e o executor das medidas especi ́ficas e das
áreas abrangidas;
c) autorização concedida por maioria absoluta do Congresso Nacional, após exposiçao
̃ pelo
Presidente da República dos moti- vos determinantes do pedido. No estado de si ́tio, por
sua maior gravidade e consequências, a manifestação do Congresso Nacional é anterior ao
decreto do Presidente da República, autorizando ou não a medida. No caso do estado de
defesa, o decreto do Presiden- te da República, já expedido, é que será submetido à
aprovação ou rejeição do Congresso.