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Fichamento ensaio sobre o sacrificio mauss

Introdução

“ Segundo esse autor (Tylor), o sacrifício é originariamente uma dádiva que o selvagem faz a seres
sobrenaturais aos quais lhe convem se ligar. Depois quando os deuses se alçaram e se afastaram dos
homens, a necessidade de continuar a transmitir-lhes essa dávida fez nascer os rituos sacrificiais,
destinados a fazer chegar até esses seres espirituais as coisas espiritualizadas. p. 8

Chegamos então à seguinte formula: o sacrificio é um ato religioso que mediante a consagração de
uma vítima modifica o estado da pessoa moral que o efetua ou de certos objetos pelos quais ela se
interessa. p. 16
Para brevidade da exposiçao, denominaremos sacrificios pessoais aqueles em que a personaldiade
do sacrificante é diretamente afetada pelo sacrificio e sacrificios objetivos aqueles em que objetos
reais ou ideiais, recebem imediatamente a ação sacrificial. p. 16

O esquema do sacrificio

O sacrificio é um ato religioso que só pode efetuar unum meio religioso e por intermedio de agestes
essencialemnte religiosos. Ora, antes da cerimonia, em geral, nem o sacrificante, nem o sacrificador,
nem o lugar, nem os instrumentos, nem a vitima tem esse carater no grau que convem. Assim, a
primeira fase do sacrificio tem por objeto conferir-lhes esse carater. Eles são profaneos, e é preciso
que mudem de estado. “ p. 21

“ A cena está agora disposta. Os atores estão prontos, e a entrada da vitima dará inicio a peça. Mas
antes de introduzi-la precisamos assinalar um carater essencial do sacrificio: a perfeita continuidade
que ele deve ter. A partir do momento em que começou, deve prosseguir até o final sem interrupção
e na ordem ritual. É preciso que todas as operações de que se compoe se sucedam sem lacuna e
estejam em seu lugar. As forças em ação, se não se diregem exatamente no sentido prescrito,
escapam do sacrificante e do sacerdote e se voltam contra eles, terriveis. “ p. 27u

Com essa aniquilação efetuava-se o ato essencial do sacrifico. A vitima separava-se definitivamente
do mundo profano; estava consagrada, sacrificada, no sentido etimologico da palavra, e as diversas
línguas chamavam santiicação o ato que a elevava a esse estado. Ela mudava de natureza, como
demofonte. “ p. 32

Por fim, os numeroros ritos praticados sobre a vitima podem ser resumidos em seus traçõs
essenciais, num esquema bastante simples. Começa-se por consagrá-la. Depois faz -se que as
energias nela suscitadas e concentradas por essa ocnsagraçao escapem umas em direçao aos seres
do mundo sagrado, outras em direção aos seres do mundo profano. A série de estados pelos quais
passa a vitima poderia então ser figurada por uma curva que se eleva a uma grau máximo de
religiosidade, no qual permanece só um instante, e dai torna a descer progressivamente. Veremos
que o sacrificante passa por fasses homologas.

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