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CONCEITO E JURISPRUDÊNCIA
Claro que tal definição não nos satisfaz juridicamente, e por isso,
podemos extrair da obra de Rubens Limongi França que a propriedade
resolúvel é aquela que pode ser extinta pelo implemento de condição
ou o advento de termo. A condição é caracterizada pelo evento
acidental, futuro e incerto. Enquanto que o termo é caracterizado por
ser acidental, futuro e certo.
B) Na venda a contento.
Enunciado 509
Portanto,
Observação:
O Desembargador Relator determinou “(...) a suspensão do andamento de todos
os processos pendentes, individuais ou coletivos, referentes à matéria discutida
no presente incidente, que tramitam no âmbito de jurisdição deste E. Tribunal de
Justiça, pelo prazo de um ano, salvo decisão deste Relator em sentido diverso (art.
982, I, do CPC), excetuando-se as situações de urgência, a serem solucionadas pelo
juízo da causa ou do correspondente recurso (art. 982, § 2º, do CPC) (...).”
Para melhor compreensão do caso, tem-se que, antes do advento da Lei nº 13.465
de 2017, admitia-se jurisprudencialmente a purgação da mora até a data da
assinatura do auto de arrematação (REsp nº 1462210/RS).
A Lei 13.465/2017, por sua vez, incluiu, dentre outros, o §2º do artigo 26-A e §2º-
B do artigo 27, na Lei original, estabelecendo expressamente um limite para a
purgação da mora, sendo: (a) até a data da averbação da consolidação da
propriedade fiduciária, o equivalente às parcelas das dívidas vencidas e as
despesas de que tratam o art. 27, §3º, II poderão ser pagas pelo devedor fiduciante
e; (b) entre a data da averbação da consolidação e somente até a data da realização
do segundo leilão, é assegurado ao devedor fiduciante o direito de preferência
para adquirir o imóvel por preço correspondente ao valor da dívida, somado aos
encargos previstos em lei.
RELATOR(A)
ÓRGÃO JULGADOR
T3 - TERCEIRA TURMA
DATA DO JULGAMENTO
11/12/2018
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 13/12/2018
EMENTA
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,
acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Moura Ribeiro (Presidente), Nancy Andrei, Paulo de
Tarso Sá severino e Ricardo Villas Boas Coeva votaram com o Sr.
Ministro Relator.
PROCESSO
REsp 1418593 / MS
RECURSO ESPECIAL
2013/0381036-4
RELATOR(A)
ÓRGÃO JULGADOR
S2 - SEGUNDA SEÇÃO
DATA DO JULGAMENTO
14/05/2014
DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE
DJe 27/05/2014
EMENTA
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os
Ministros da SEGUNDA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, dar
provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Para os efeitos do artigo 543-C, do Código de Processo Civil, foi definida a seguinte tese: "Nos
contratos firmados na vigência da Lei n° 10.931/2004, compete ao devedor, no prazo de cinco
dias após a execução da liminar na ação de busca e apreensão, pagar a integralidade da
dívida - entendida esta como os valores apresentados e comprovados pelo credor na inicial
-, sob pena de consolidação da propriedade do bem móvel objeto de alienação fiduciária". Os
Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo
Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, João Otávio de Noronha e Sidnei Beneti votaram com o Sr.
Ministro Relator. Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Nancy Andrighi. Presidiu o julgamento
o Sr. Ministro Raul Araújo.
NOTAS
no âmbito do STJ.
Aplica-se a Lei 10.931/2004, que determina ao devedor fiduciante, no prazo de cinco dias
contados da execução da liminar em ação de busca e apreensão, o pagamento da integralidade do
débito remanescente a fim de obter a restituição do bem livre de ônus, apenas aos contratos
celebrados após a sua vigência. Isso porque a norma que disciplina a purgação da mora tem
conteúdo de direito material e não processual. O direito material já exercido não pode ser afetado
por eficácia retroativa de lei superveniente.
TESE JURÍDICA
REFERÊNCIA LEGISLATIVA
LEG:FED RES:000008
ANO:2008
JURISPRUDÊNCIA CITADA
RESP 1197255-MS
STF - RE 205999