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LORENA – 2019
RESUMO
O método das quatro pontas, desenvolvido por Wernner (1915), é um dos mais confiáveis e
precisos para a determinação da resistividade elétrica de materiais. O presente relatório visa
demonstrar a análise de resistividade de quatro amostras de alumínio e compará-las com a
informação encontrada na literatura. O resultado final obtivo foi factível, mesmo possuindo um
erro experimental na faixa dos 12%.
Sucintamente, a variação de tensão entre dois pontos, distantes 1cm um do outro, foi medida a
partir de uma variação gradual e padronizada de corrente aplicada. A partir disso, os dados foram
plotados e o resultado foi trabalhado algebricamente para determinarmos a resistividade do
material em questão.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Objetivos
O presente relatório visa analisar a resistividade de placas de alumínio de diferentes dimensões a
partir do método das quatro pontas.
Porém, há outra propriedade, padronizada e, portanto, mais confiável, que também está
relacionada com a “restrição” de passagem de corrente por um material: a Resistividade Elétrica
(GIROTTO; SANTOS, 2001). Essa grandeza não depende das dimensões do material, é uma
propriedade intrínseca da matéria. No caso do alumínio, a sua resistividade de acordo com
Newnham (2005), encontra-se em 2,5 ∗ 10−8 Ω. 𝑚.
De acordo com Halliday, Resnick e Walker (2009), a relação entre a resistência e a resistividade
pode ser dada por
𝑙
𝑅= 𝜌∗
𝐴
Nessa equação, 𝑅 é a resistência do material, 𝜌 é a resistividade intrínseca ao material, 𝑙 é a
distância entre as duas pontas de medição de tensão e 𝐴 é a área da secção transversal do material
em análise. Rearranjando, temos que
𝐴
𝜌=𝑅∗
𝑙
A partir da variação de corrente, a tensão em cada ponto foi medida e os dados foram plotados
utilizando a plataforma Microsoft Excel. Com auxílio dessa plataforma, os dados foram
linearizados e equacionados para que fosse obtido a resistência média da cada uma das quatro
amostras. Após isso, a resistividade para cada amostra foi calculada, a média das resistividades
foi obtida e comparada com o encontrado na literatura.
2.4 Resultados
As dimensões medidas foram apresentadas pela Tabela 1 e os dados obtidos de tensão a partir da
variação da intensidade de corrente foram apresentados pelas tabelas de 2 a 5
Tabela 1 – Dados de largura e espessura das amostras, em metros, e área da secção transversal calculada, em metros
quadrados.
Área da Secção
Transversal
Nº da Amostra Largura Espessura
(Largura x
Espessura)
1 0,00390 0,0007 0,00000273
2 0,00385 0,0010 0,00000385
3 0,00300 0,0008 0,00000240
4 0,00300 0,0006 0,00000180
Fonte: o Autor.
Tabela 2 – Dados de corrente versus tensão da amostra 1 Tabela 3 – Dados de corrente versus tensão da amostra 2
Tabela 4 – Dados de corrente versus tensão da amostra 3 Tabela 5 – Dados de corrente versus tensão da amostra 4
Fonte: o Autor.
A partir desses dados, foi realizada uma plotagem, mostrada pela Figura 2, e posterior linearização
para que encontremos a resistência média (em 𝑚Ω). Tal linearização gerou as seguintes equações:
V (MV) X I (A)
0,35
Tensão
0,3 (mV)
0,25
Tensão
0,2 (mV)
0,15 Tensão
0,1 (mV)
0,05 Tensão
(mV)
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Fonte: o Autor.
A distância entre os terminais de leitura de tensão foi mantida em 𝑙 = 1 𝑐𝑚. Aplicando os valores
obtidos de área e resistência de cada amostra, obteve-se o valor de resistividade para cada uma
delas.
2.5 Discussão
Em comparação com a literatura, o resultado possui um erro aproximado de 12%. Apesar de
relativamente grande, o resultado é factível tendo em vista algumas dificuldades ocorridas. No
desenvolver do experimento, não foi possível realizar uma correta fixação das pontas de corrente
e tensão, porque, por algum motivo não compreendido pelo grupo, a solda com tintura de prata
não funcionou. Então foi necessário fixar os terminais de corrente com as pontas do tipo “jacaré”
e as pontas de tensão foram seguradas na mão com terminais finos na própria amostra.
A fixação provavelmente colaborou para essa porcentagem de erro, além disso, os valores de
resistividade característicos são dados para temperaturas próximas a 20ºC e um controle de
temperatura não foi estabelecido para a realização do experimento.
2.6 Conclusão
O experimento foi realizado com certo sucesso, porém alguns detalhes, como os já discutidos
anteriormente, não possuíram a atenção necessária. Além disso, ao analisar o trabalho de Girotto
e Santos (2001), pode-se perceber que talvez uma outra relação de resistividade que leva em
consideração também a distância entre as pontas de corrente poderia ter sido utilizada para
diminuir o erro experimental.
REFERÊNCIAS
GIROTTO, Emerson; SANTOS, Ivair. MEDIDAS DE RESISTIVIDADE ELÉTRICA DC EM
SÓLIDOS: COMO EFETUÁ-LAS CORRETAMENTE. Química Nova, São Carlos, v. 25, n. 4,
p.639-647, 24 ago. 2001.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. 8. ed. S.l:
Ltc, 2009.