Diversidade de fungos

gasteroides em áreas de
preservação da Bahia, Brasil.
Rafael Rabello Fermiano;
Bianca Denise Barbosa da Silva.
Introdução
O que são?

◆ Os fungos gasteróides são caracterizados principalmente

pelo basidioma angiocárpico e/ou liberação passiva dos
basidiosporos.
◆ Antigamente classificados como monofiléticos na classe
Gasteromycetes Fr. e na ordem Gasteromycetales Rea.
◆ Atualmente: Classe Agaricomycetes Doweld.
O que são?

◆ Liberação passiva dos esporos: agentes externos

◆ Liberação ativa dos esporos: agentes internos
◆ Balitosporia: rápida troca de energia cinética liberada
da quebra de tensão superficial de gotículas de água
lança o esporo do basídio.
◆ Requer esporos assimétricos e esterígmas curvados.
Quem são?

◆ Puffballs (bufa de lobo): Gêneros Bovista, Calbovista,

Lycoperdon, Calvatia, entre outros.
◆ Earthstars (estrelas da terra): Gêneros Geastrum,
Astraeus e Sphaerobolus.
◆ Stinkhorns (“chifres fedidos”): Ordem Phalalles.
Como são?
Puffballs
Como são? Earthstars
Como são?
Stinkhorns
 “
Quotations are commonly printed as a
means of inspiration and to invoke
philosophical thoughts from the reader.

(Wilson et al., 2011)

Importância

◆ Importância ecológica: ciclagem de nutrientes.

◆ Importância farmacêutica: muitos produzem
substâncias antimicrobianas e antifúngicas,
antitumorais, antioxidantes e com propriedades de
redução de efeitos neurodegenerativos causados por
doenças como o mal de Alzheimer (Liu & Zhang 2004,
Kang et al. 2007, Petrova et al. 2007, Krzyczkowski et al.
2008).
Objetivo

◆ Este trabalho objetivou ampliar o conhecimento

micológico referente aos fungos gasteroides, que é
escasso para o estado da Bahia.
Materiais e Métodos
Localidades

Santa Terezinha

Mucugê Elísio Medrado Salvador

Coleta e armazenamento do material
Coleta e armazenamento do material

Marasmius amazonicus Henn. Basidioma fresco. Marasmius amazonicus Henn. Exsicata.

Foto: LABFUNGI. Foto: Mateus Ribeiro.
Coleta e armazenamento do material

Mutinus caninus (Huds.) Fr. Basidioma Mutinus caninus (Huds.) Fr. Exsicata.
fresco. Foto: LABFUNGI. Foto: Rafael Rabello
Análise do material

• Estereomicroscópio
• Microscópio

• Carta de cores -
Küppers (2002)
• Lâminas

• Lâminas e pinças • Lamínulas

• Paquímetro digital • KOH 5%

Análise do material

http://www.escoladeinverno.fis.ufba.br/
Resultados
 Resultados

◆Ao todo, 30 espécies foram identificadas, distribuídas em 13 gêneros:

Abrachium floriforme, Bovista sp., Clathrus sp., Cyathus sp., Cyathus earlei, C.
hortensis, C. limbatus, C. montagnei, C. morelensis, C. stercoreus, C. striatus,
Geastrum sp., Geastrum hirsutum, G. javanicum, G. lageniforme, G. lloydianum,
G. sacatum, G. schweinitzzi, G. triplex, Itajahya rosea, Lycoperdon sp.,
Morganella arenicola, M. fuliginea, Mutinus caninus, M. elegans, Phallus
indusiatus, P. merulinus, Pisolithus sp., Tulostoma sp., Vascellum hyalinum.
Resultados

Proporção de espécies nas famílias

identificadas
3%

21%

24% Agaricaceae

Geastraceae

Nidulariaceae

24% Phallaceae

Sclerodermataceae
28%
Resultados

◆Primeiras ocorrências para o Nordeste brasileiro:

Phallus merulinus (Berk.) Cooke Vascellum hyalinum Homrich

Resultados

◆Primeiras ocorrências para o Nordeste brasileiro:

Cyathus morelensis C.L. Gómez & Pérez-Silva

Resultados

◆Segunda ocorrência para o mundo:

Cyathus hortensis R. Cruz & Baseia

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Tulostoma sp. Pers. Bovista sp. Pers.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Morganella fuliginea (Berk. & M.A. Curtis) Morganella arenicola Alfredo & Baseia
Kreisel & Dring
Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Lycoperdon sp. P. Micheli Cyathus limbatus Tul. & C. Tul.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Cyathus stercoreus (Schwein.) De Toni Cyathus striatus (Huds.) Willd.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Cyathus montagnei Tul. & C. Tul. Cyathus earlei Lloyd

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Mutinus elegans (Mont.) E. Fisch. Mutinus caninus (Huds.) Fr.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Abrachium floriforme (Baseia & Calonge) Baseia Clathrus sp. P. Micheli ex L.

& T.S. Cabral
Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Phallus indusiatus Vent. Itajahya rosea (Delile) E. Fisch.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Geastrum saccatum Fr. Geastrum javanicum Lév.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Geastrum lageniforme Vittad. Geastrum lloydianum Rick

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Geastrum hirsutum Baseia & Calonge Geastrum triplex Jungh.

Resultados

◆Primeiras ocorrências para a Bahia:

Geastrum schweinitzii (Berk. & Pisolithus sp. Alb. & Schwein.

M.A. Curtis) Zeller
Resultados

◆Espécies novas:

Geastrum sp. nov.

Resultados

◆Espécies novas:

Cyathus sp. nov.

Resultados
Conclusão
Conclusão

◆ Os resultados obtidos até o momento já possuem grande

relevância, considerando que o conhecimento da
diversidade micológica no estado da Bahia ainda é escasso,
principalmente no que se refere à diversidade ou ocorrência
de fungos gasteroides.
◆ Os espécimes identificados foram tombados no Herbário
Alexandre Leal Costa da UFBA, contribuindo para o aumento
da coleção de fungos deste.
Referências
1. Andrew W. Wilson, Manfred Binder, and David S. Hibbett. Effects of gasteroid fruiting body morphology on
diversification rates in three independent clades of fungi estimated using binary state speciation and extinction
analysis. Department of Biology, Clark University, Worcester, Massachusetts. 2011. The Society for the Study of Evolution.
2. Cruz, R.H.S.F. 2017. Revisão morfológica e molecular do gênero Cyathus Haller (Nidulariaceae, Agaricales, Basidiomycota).
244f. Tese (Doutorado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
3. Liu, Y.J.; Zhang, K.Q. 2004. Antimicrobial activities of selected Cyathus species. Mycopathologia 157: 185 – 189.
4. Imagem MEV: http://www.escoladeinverno.fis.ufba.br.
5. Kang, H.S.; Jun, E.M.; Park, S.H.; Heo, S.J.; Lee, T.S.; Yoo, I.D.; Kim, J.P. 2007. Cyathusals A, B and C, antioxidants from
the fermented mushroom Cyathus stercoreus. Journal of Natural Products 70: 1043 – 1045.
6. Petrova, R.M.; Mahajna, J.; Reznick, A.Z.; Wasser, S.P.; Denchev, C.M.; Nevo, E. 2007. Fungal substances as modulator
of NF-kB activation pathway. Molecular Biology Reports 34 (3): 145 – 154.
7. Krzyczkowski, W.; Malinowska, E.; Herold, F. 2008. The structure, medicinal properties and byosynthesis of Cyathane
diterpenoids. Biotechnologia 1 (80): 146 – 167.
8. Alexopoulos, C.J.; Mims, C.W.; Blackwell, M. 1996. Introductory Mycology. 4ª ed. New York: John Wiley and Sons Inc. 869
p.
9. Baseia, I.G.; Silva, B.D.B.; Cruz, R.H.S.F. 2014. Fungos Gasteroides no Semiárido do Nordeste Brasileiro. 1ª. ed. Feira
de Santana – Bahia. Print Mídia Editora, 131 p.
10. Calonge, F.D. 1998. Gasteromycetes, I. Lycoperdales, Nidulariales, Phallales, Sclerodermatales, Tulotomatales. Flora
Mycologica Iberica. Madrid: CSIC – J. Cramer.
11. Species Link: http://www.splink.org.br (accessed 13 Sep 2017).
Obrigado!