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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
EQUIPE PEDAGÓGICA
BARRA DO GARÇAS - MT
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA NAZARETH MIRANDA NOLETO

PROFESSORA: VANUZA DE OLINDA LINHARES DE OLIVEIRA

PROJETO: PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS QUE


APRESENTAM DEFASAGEM NA APRENDIZAGEM

Barra do Garças – MT
2019
“Laboratório de Aprendizagem”

Público alvo: 3° ao 6° ano

Ano: 2019
1 - IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Escola Estadual Professora Maria Nazareth Miranda Noleto
Endereço: Francisco Alburquerque, nº 385
Bairro: Jardim Pitaluga
Município: Barra do Garças – MT
Telefone: (66) 3401 – 1178
e-mail: bga.ee.mariamnoleto@seduc.mt.gov.br
Diretora: Lais Banzoni
Coordenadora Pedagógica: Luciana Helena Souza Freitas
Apoio Pedagógico: Professora Sandra Maria Araújo
Secretário: Nilson Marcos Adorno Santos
Professora: Vanuza de Olinda Linhares de Oliveira
Projeto de Articulação: Laboratório de Aprendizagem

2 - FILOSOFIA DA ESCOLA
A E.E. Professora Maria Nazareth Miranda Noleto, inserida em um contexto local e
universal, concebe a Educação como um processo permanente e integral, em que educando o
sujeito é biopsicossocial e aprende interagindo com o meio sócio-econômico-cultural em que
vive. Desse modo, tem como compromisso oferecer aos educandos oportunidades de
desenvolver a autonomia, a ação-reflexão, a criatividade, a criticidade, buscando construir
conhecimentos de forma coletiva, a partir dos saberem intrínsecos vivenciando o respeito, a
cooperação, a afetividade e a responsabilidade como valores essenciais para si e para o grupo a
que pertence.

3 - OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO
A E.E Professora Maria Nazareth Miranda Noleto, tem como objetivo organizar e
coordenar juntamente com a comunidade escolar, todas as atividades administrativas e
pedagógicas de modo a realizar um trabalho eficiente que vise levar o educando ao
desenvolvimento de aptidões necessárias para sua integração ao meio social no qual está
inserido.
4 - JUSTIFICATIVA
A Unidade Escolar é organizada de modo a atender a proposta do Ciclo de Formação
Humana, que trouxe como inovação curricular a inclusão, a permanência e o desenvolvimento
do processo de escolarização com ensino e aprendizagem de qualidade. Dessa forma, de acordo
com a proposta do Ciclo de Formação Humana no estado de Mato Grosso, o Laboratório de
Aprendizagem deve contribuir para a superação da defasagem de aprendizagem para que esse
Ciclo se complete. Refletindo sobre a necessidade de considerar o universo de desenvolvimento
de uma educação significativa, onde por meio dessa educação aconteça a transformação de
forma mediada, e as tomadas de consciência que desencadeiem os processos de transformação
social, viu-se também a necessidade de construir uma metodologia baseada na investigação do
processo de construção de conhecimento e de desenvolvimento dos alunos e atuar junto a eles
a partir de dados e aspectos coletados nessas investigações diagnósticas.
Assim, esse projeto busca dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem,
intervindo de forma diferenciada e detectando os desafios e defasagem dos alunos que
necessitem de planejamento diferenciado, para que esses alunos não fiquem abaixo da
expectativa de aprendizagem, o que compromete a interação e o desenvolvimento em sala de
aula com seus pares. Vale ressaltar que, esse projeto acentua a importância de desenvolver um
trabalho, levando em consideração a realidade do aluno, planejando e realizando intervenções
de acordo com as necessidades diagnosticadas.
Há de se mencionar aqui a satisfação da professora articuladora ao realizar este projeto
no momento de elaborar o planejamento para a aplicação da prática de conteúdo, pois, é desta
forma que é feita a escolha da melhor didática para ministrá-los, e é com intuito de obter
resultados satisfatórios e garantir com isso que o educando retorne a sala de aula regular.

5 - OBJETIVOS GERAIS
Contribuir com os alunos que apresentem defasagem de aprendizagem e oferecer
suporte para que possam superar as dificuldades encontradas, tornando-os aptos a acompanhar
a turma. Para isso serão utilizadas novas metodologias, procedimentos e dinâmicas inovadoras
para ministrar os conteúdos, dos quais os alunos não tem domínio. Também serão agregados
multimodos na aplicação das aulas, a fim de aprimorar a prática pedagógica, oportunizando um
estudo diferenciado junto ao professor regente, além de proporcionar uma aprendizagem
sistêmica e significativa da linguagem e da matemática.

6 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Articular atividades pedagógicas com os professores regentes tendo a finalidade de
propiciar uma melhor aprendizagem para que juntos possam sanar as (necessidades)
dificuldades do aluno;
• Atender os alunos com desafios de aprendizagem, utilizando estratégias pedagógicas
diferenciadas e de acordo com as necessidades;
• Analisar os resultados do IDEB e PROVA BRASIL e buscar meios para amenizar as
dificuldades encontradas;
• Identificar relatório Perfil dos Alunos com Proficiência;
• Promover a autoestima, respeitando o aluno como sujeito sócio-histórico-cultural capaz
de desenvolver suas habilidades;
• Registrar em ata os resultados finais obtidos pelos alunos;
• Despertar no aluno atividade de raciocínio e concentração;
• Utilizar Jogos Recreativos e pedagógicos como metodologia de ensino, bem como, utilizar
materiais de ensino estruturados.

7 - METODOLOGIA
As aulas serão ministradas diariamente, de acordo com a necessidade específica de cada
aluno, sendo aplicadas metodologias variadas, integradas ao uso de recursos didáticos e
tecnológicos diversificados.
• O laboratório de aprendizagem visa realizar atividades pedagógicas, buscando estimular
e desenvolver as capacidades dos alunos em leitura de diversificados gêneros textuais, produção
escrita, interpretação, compreensão matemática: gráficos, tabelas, as quatro operações e
registros de regra de jogos.
• O professor do Laboratório de Aprendizagem desenvolverá seu trabalho em parceria
com o professor regente das turmas regulares, Coordenador Pedagógico e professora do apoio
pedagógico buscando estratégias que possam garantir o acompanhamento dos alunos que
apresentem defasagem de conteúdo, assim como os alunos que foram enturmados. Desta forma,
cabe a ele investigar o processo de construção de conhecimento e de desenvolvimento dos
alunos e atuar junto a eles a partir de dados e aspectos coletados nestas investigações
diagnósticas, realizadas pelo professor regente e pelo articulador.
Portanto, o Laboratório de Aprendizagem deverá oferecer:
• Atividades diversificadas que minimizem o fracasso escolar, como também valorizem
e eleve a autoestima do aluno;
• Atividades e ações que oportunizem aos estudantes a compreensão de seu potencial, o
resgate da autoestima e o desejo pelo conhecimento, de modo a tornar o trabalho no laboratório
um mecanismo favorável ao resgate do aluno e a superação de lacunas existentes no que se
refere à aprendizagem individual;
• Um processo de ensino diferenciado e individualizado com o aluno, de acordo com as
necessidades específicas, para que ele alcance a qualificação necessária para a sua promoção
ao final do ano letivo;
• Investigação, avaliação e registro contínuo das medidas adotadas durante os processos
de desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos atendidos no Laboratório de aprendizagem;
Um dos teóricos que temos como base é Paulo freire. A proposta básica da Metodologia
Freiriana é a de proporcionar aos alunos uma leitura de “mundo” antes de uma leitura de
“palavras”. Para isso, Paulo Freire estipulou 3 fases para desenvolver um pensamento crítico
de mundo e, através deste pensamento começar a ensinar a alfabetização em si.
A Metodologia é dividida em:
Investigação Temática: descobrir o significado das palavras, novos temas geradores, codificar
e decodificar novos temas presentes na vida de cada um.

Tematização: descobrir o significado das palavras, descobrir novos temas geradores, codificar
e decodificar novos temas presentes na vida de cada um.

Problematização: desenvolver com os alunos uma visão crítica do problema e, de fato, realizar
uma transformação no contexto. Primeiro serão definidas quais das possibilidades de soluções
discutidas na fase anterior podem realmente se concretizar, e, feito isso, convidar os alunos a
colocarem a mão na massa e dar autoridade e autonomia para que eles mesmos possam mudar
aquela realidade. Nas palavras de Freire:

O professor desafia seus alunos com problematizações e não entrega conceitos prontos
e acabados. A pergunta deve encaminhar para a liberdade, para a curiosidade e na
busca de soluções para os problemas. Neste aspecto o professor passa a ser um
mediador do processo de ensino e aprendizagem.
transformando.com.vc/metodologia-paulo-freire/
• Encaminhamento dos Relatórios de Metodologia que são divididos por aluno
descriminando as situações de aprendizagens dos alunos atendidos, relatando as medidas
adotadas, destacando os avanços no processo e os desafios de aprendizagem já superados por
cada aluno;
• Orientação ao aluno sobre como identificar suas dificuldades para superá-las;
• Orientação ao aluno sobre como compreender seu potencial para melhor desenvolvê-lo.
“Montessori mudou os rumos da educação tradicional, que dava privilégio a formação
intelectual. Emprestou um sentido vivo e ativo à educação. Destacaram-se pela criação de casas
de crianças, instituições de educação e vida e não apenas lugares de instrução. Maria Montessori
foi à primeira mulher a se formar em Medicina em seu país, particularmente interessada nos
estudos do médico francês Édouard Séguin, um dos desbravadores dos mecanismos do
aprendizado infantil, criou sua filosofia e seu método com o objetivo de desenvolver o potencial
criativo desde a primeira infância, associando-o a vontade de aprender que existe em cada um
de nós. Especialmente voltado para a educação pré-escolar, o Método Montessori tem como
principais objetivos as atividades motoras e sensoriais da criança, num trabalho individual que
abrange também o aspecto da socialização. Partindo do concreto para o abstrato, está baseado
no fato de que as crianças aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta do
que pela imposição do conhecimento.

Para Maria Montessori, “o espírito da criança se forma a partir de estímulos


externos que precisam ser determinados”. Em seu método de ensino a criança
é livre, mas livre apenas para escolher os objetivos sobre os quais possa agir.
Por isso, Montessori criou materiais didáticos simples e muito atraentes,
projetados especialmente para provocar o raciocínio e auxiliar em todo tipo de
aprendizado, do sistema decimal à estrutura da linguagem, tornando todo o
processo muito mais rico e interessante. (MACHADO, 1986)

Quando uma criança se auto educa e o próprio material lhe indica seus erros, resta à professora
observar e dirigir a atividade psíquica das crianças e o seu desenvolvimento fisiológico, tal
concepção justifica sua preferência pelo termo “diretora”, em substituição “professora”. Os
objetivos individuais que o método propõe são fazer com que a criança encontre um lugar no
mundo, desenvolva um trabalho gratificante e nutra paz e densidade interiores, para ter
capacidade de amar. Neste contexto, o papel do educador é criar condições para que a criança
atinja essas metas e desenvolva sua personalidade integral por intermédio do trabalho, do jogo,
de atividades prazerosas e da formação artística e social. No Método Montessoriano, a escola
não é apenas um lugar de instrução, mas também de educação para a vida. Nesse sentido,
buscamos compreender como surgiu o Método Montessoriano e quais os principais objetivos e
contribuições do Método, e qual o diferencial da criança que passa por ele.
 desenvolver na criança a independência, confiança em si mesma, a concentração, a
coordenação e a ordem;
 gerar e desenvolver experiências concretas estruturadas para conduzir, gradualmente, a
abstrações cada vez maiores;
 fazer a criança, por ela mesma, perceber os possíveis erros que comete ao realizar uma
determinada ação com o material;
 trabalhar com os sentidos da criança.

8 - RECURSOS
Recursos Humanos:
 Professora Articuladora: Vanuza de Olinda Linhares de Oliveira;
 Alunos selecionados para participarem do Projeto;
 Profissionais da educação lotados na Unidade Escolar.

8.1 - RECURSOS MATERIAIS


• Livros paradidáticos;
• Jogos diversos;
• Papéis variados;
• Fotocópias de textos dos gêneros textuais;
• Cantinho da Leitura;
• Livros, jornais, revistas para recorte;
• Papel ofício A4;
• Mural;
• Uso do som (CD ou pendrive), do aparelho de TV e do DVD;
• Uso do Laboratório de Informática;
• Entre outros.

8.2 - INSTRUMENTOS DE REGISTRO DE APRENDIZAGEM:


• Diário de Classe;
• Caderno de campo;
• Ficha de acompanhamento.

9 - AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é um ato dinâmico onde o professor e o aluno assumem
uma prática colaborativa, por meio da implementação do diálogo e da interação respeitosa,
comprometendo-se com a construção do conhecimento e a formação de um cidadão consciente.
Neste contexto, Fernandes ressalta que:

“A avaliação formativa é aquela que orienta os estudantes para a realização de seus


trabalhos e de suas aprendizagens, ajudando-os a localizar suas dificuldades e suas
potencialidades, redirecionando-os em seu percurso.” (Fernandes, 2007, pág. 22)

A avaliação a ser empregada no Laboratório de Aprendizagem terá por objetivo auxiliar


o aluno no seu crescimento e integrá-lo como sujeito existencial e como cidadão auxiliando-o
no seu crescimento e na apropriação dos conteúdos propostos.
• Será diária, através de atividades práticas que permitam a visualização do rendimento
de cada educando.
• Relatório descritivo das situações de aprendizagens dos alunos atendidos, relatando as
medidas adotadas, destacando os avanços no processo e os desafios de aprendizagem já
superados por cada aluno;
• Avaliação no SigEduca/GED (Sistema Integrado de Gestão Educacional) para o
professor articulador.

9.1 - AVALIAÇÃO DO PROJETO


O projeto será avaliado pelos: Assessores pedagógicos, coordenadora do CEFAPRO e
durante o ano letivo pelos professores regentes da unidade escolar, equipe gestora e membros
do conselho deliberativo, por meio de reuniões, encontros e diagnósticos apresentados pela
Professora Articuladora.

10 – RESULTADOS ESPERADOS
Têm-se por objetivo que o processo de aprendizagem na sala de articulação seja um dos
instrumentos mais eficazes para a reconstrução e reavaliação por parte daqueles que dela se
utilizam, sendo capaz de proporcionar a formação de alunos capazes de usar adequadamente a
Lingua Portuguesa em suas modalidades escritas e oral, e refletir criticamente sobre o que lêem
e escrevem, bem como, que os alunos possam desenvolver a habilidade de encontrar estratégias
para a resolução de problemas matemáticos.

11 - CRONOGRAMA
O projeto será desenvolvido no decorrer no ano letivo, conforme calendário escolar,
sendo 04 horas semanais, por aluno, com possibilidade de atendimento de acordo com a
necessidade do mesmo, até que atenda os objetivos propostos e possa dar continuidade na
construção de sua aprendizagem com maior autonomia, considerando as 30 horas do professor
articulador pedagogo.

12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito&desafio – uma perspectiva construtivista. Porto


Alegre: Mediação, 2003.

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Escola Ciclada de Mato Grosso: novos
tempos e espaços para ensinar aprender a sentir, ser e fazer. Cuiabá: SEDUC, 2000.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação da excelência à regulação das aprendizagens – entre


duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

FERNANDES, Cláudia de Oliveira (org.). Indagações sobre currículo: currículo e


avaliação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.

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