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Prof.

Francisco Paulo Graziano – 1o semestre 2005

1
Reforço em Vigas
CONCRETO ARMADO
FLEXÃO

1. Determinação da capacidade resistente das seções:

a) Seção Retangular:

3,5‰
b B c 0,85.fcd
Rscd
2 0,8x
x
d Md 3
Md
h z
s Fstd
d’ d’
C A
yd
As 10‰
sd
fyd
Diagrama Tensão
sd Deformação do Aço
yd

a.1) Hipóteses admitidas:

1) Aço escoado a tração → compatível com domínios 2 e 3

x 34  x  0

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2) Diagrama de tensões do Concreto: Diagrama retangular


Com fcd = fck/c
3) Diagrama tensão deformação do Aço: com fyd = fyk/s

f yd
 yd  c / Es  210 GPa
Es

3,5 0 00
 x34  d
3,5 0 00   yd

a.2) Determinação de xln = x (profundidade da linha neutra)

Aço escoando: Fstd  As . f yd

Equilíbrio de normais: Rccd  Fstd c / Rccd  0,8.x.0,85. f cd .b


 0,68. f cd .b.x
As . f yd
Donde: x   x34 [ Hipótese 1]
0,68. f cd .b

a.3) Determinação de Md res,I : momento de calculo resistente de seção antes do reforço

z  d  0,4.x

M d res, I  Fstd .(d  0,4.x)

Md x
 ; x 
0,85. f cd .b.d 2 d


0,8x 
 em forma reduzida
 
1 0,8z = 1-0,4x 

  0,8. x (1  0,4. x ) 
fyd  
0,85.fcd  

* Caso esta condição não seja cumprida, o dimensionamento original da seção não é
considerado adequado e este por si só indica e necessidade de reforço (provavelmente
acréscimo da seção na zona comprimida).

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DOM. 3

LUGAR GEOMÉTRICO DOM. 2


DOS DIMENSIONAMENTOS
EM E.L.U A FLEXÃO SIMPLES 3,5‰ + yd 13,5‰ 
10‰
d c
 curvatura reduzida
r
  c   s s

a.4) O Diagrama (momento-curvatura)reduzido pode ser aproximadamente obtido com as


seguintes posturas simplificadoras

Com x obtido pelos procedimentos de análise em E.L.U respeitados os domínios de


dimensionamento; y corresponde à curvatura na qual s = yd.

 y   x   RES , I

EST. III DOM. 3


res,I
A B

EST. II DOM. 2
atual

0 atual y x

a.5) Deformações Específicas e Curvaturas

A transição entre o trecho AO e OB do diagrama onde a seção passa do estado elástico


linear (por adoção simplificadora) para o estádio plástico depende da determinação de
c.

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Em E.L.U tanto c quanto s são conhecidos sendo a base para a simplificação adotada,
ou seja:
Em B: (ELU)
c ELU
c x Rccd
P 0,8x
x
z
Fstd
s

Rccd  f yd . As
x  0,4.x ELU
c
c  ( x ELU  x )
x ELU
 c  0,6. c , ELU

Adota-se z = d - 0,4.x constante em todo o trecho BA. Isto corresponde a que Rccd e
Fstd também se mantenham constantes, pois A = B = RES,I por hipótese.

Em A: (Limites entre EST. I e EST. II)

cA
Kc
c x Rccd
P xII
xII
d zII=d-x zII Md
Fstd
s Ks

Admite-se x II  x III  x ELU  z II  z III  z ELU

SIMPLIFICAÇÃO
c,ELU cA
Em A:

Rccd c,ELU x
kc  x,ELU
 c , ELU

Fstd z, ELU
ks 
 yd

yd s,ELU

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z ELU  c, ELU   yd
com  zELU  tem  se :  y  e  cA   y   yd
d z ELU

Portando, no trecho AO (EST. II) do diagrama ()

M d ,atual
 atual  . y
M d , RES , I

z ELU k
x II   x como Fstd  Rccd  c  cte
k ks
1 c
ks

e portanto xII = constante e todo o trecho AO

z ELU
x II  x
 yd
1
0,6. c , ELU

M d ,atual
ou  Fstd  Rccd
z

Fstd Rccd
 s ,atual   c,atual 
ks kc

 c 
x II  x    .z
 c  s  atual

z c
x II  x  c  .x II
  x II  x
1   s 
 c  atual

Como por equilíbrio Fstd = Rccd

 s kc
  cte  x II  cte
 c ks
20 cm

1) EXEMPLO
45 cm

fck = 20MPa

5 cm

216
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174
Fstd  174 kN ; 0,8.x, ELU   0,07165
20000
0,85 0,2
1,4
x ELU  0,08956 cm ;  x , ELU  0,199  0,259  DOM . 2
10 0 00
 s , ELU  10 0 00 por tan to;  c , ELU   0,199  2,484 0 00
1  0,199

 c , ELU   c , A  0,6.2,484 0 00  1,490 0 00 ; z , ELU  0,414 m


Fstd 174 Fstd 174
ks   .10 3  84.058 kN kC   .10 3  116.778 kN
 yd 2,07  c, A 1,49
z ELU 0,414
x II  x  0,03582  0,2092 m
kc 116.778
1 1
ks 84.058

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2) EXEMPLO

Para a viga do exemplo anterior desenhar o diagrama momento x curvatura-relativa


aproximado.

Md (kN.m)

A B
72,07
60
40
20
‰
0 2 4 6 8 10 12
3,87‰ 12,484‰

0,07165
z ELU  d  0,4 x ELU  0,45   0,414 m
2

M d , ELU  Fstd .z ELU  174.0,414  72,07 kN.m


com  x , ELU   c , ELU   s , ELU  (2,484  10) 0 00  12,484 0 00

Como

 c , ELU   yd
y  .d
z ELU
e
 c , ELU  0,6. c , ELU  0,6.2,484 0 00  1,49 0 00

1,49  2,07
 y  .0,45  3,87 0 00
0,414

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3) EXEMPLO

Reforçar a viga anterior para uma capacidade de Md = 110kN.m, sabendo que


atualmente a sua seção está solicitada em 36 kN.m, valor de cálculo.

Tomando-se o diagrama momento curvatura anterior para o momento de 36 kN.m

3,87 0 00
 atual  .36  1,933 0 00 por semelhança de triângulos
72,07

0,414 0,07165
x II    0,2091 m recalculan do pela 2 a exp ressão
2,07 2
1
1,49
x 0,2091
 c ,atual   atual . II  1,933 0 00 .  0,8982 0 00
d 0,45

(d  x II ) (0,45  0,2091)
 s ,atual   atual .  1,933 0 00 .  1,0347 0 00
d 0,45

0,8982‰
3,5‰
0,85.fcd.b

0,4x
Rccd

0,8x
x

z = d-0,4.x
2
Md
3

yd Fstd
d’
yd,REF 10‰ Fst,REF
1,0347. (0,5-0,2091)
 1,249‰
0,45-0,2091
Reforço
em Chapa

Supondo que o aço existente e o aço de reforço estejam escoados para a situação de
dimensionamento ao E.L.U:

Fstd  As . f yd (conhecido )
Fstd, REF  As , REF . f yd , REF (c/ A s a ser derminado )

Portanto,

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M d  Rccd .(h  0,4.x)  Fstd .d ' ; Donde :

Rccd 0,4x
M d  Fstd .d '
'  e 0,8.b.x.0,85. f cd .(h  0,4.x)  M d '
0,85. f cd .b.h 2
z h
M d  M d'
 
'

0,85. f cd .b.h 2
Fstd


0,8.x  h. 1  1  2. '  ou 0,8.
x
h

 1  1  2. '  Fstd,REF
d’

Para que se cumpra a hipótese de que os aços estejam escoados:

 s   yd e  s , REF   yd , REF

c
Para DOMÍNIO 3 : c = 3,5 ‰

x Para DOMÍNIO 2 : s,REF = 10 ‰

Assim:

Supondo DOMÍNIO 3:
(h-x)
 c , REF 3,5 0 00
s 
hx x
c,REF hx
 c , REF  3,5 0 00
x

Com  c , REF  10 0 00 , do contrário DOMÍNIO 2

Aplicando o acima exposto ao exemplo

110  174.0,05
'  0,196
20000 2
0,85. .0,20.0,50
1,4

 
0,8.x  0,50. 1  1  2.0,196  0,11 m  x  0,138 m

0,50  0,138
 c, REF  3,5 0 00  9,18 0 00  10 0 00
0,138

Portanto confirmado DOM. 3

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 s , REF   c , REF   c , REF ,atual  Deformação existente no concreto antes do reforço

No nosso exemplo:

1,0347 0 00
 s , REF  9,18 0 00  .(0,50  0,2091)
0,45,2091

 s , REF  9,18 0 00  1,249 0 00  7,93 0 00

Se o aço utilizado no reforço for de fyk = 250 MPa

250
 yd ,REF   1,035 0 00 Caracterizando que o aço do reforço escoou
1,15.210.103

s Es

Para o aço existente:

 c , REF
s  .d  x 
hx

.0,45  0,138  7,92 0 00   yd


9,18 0 00
s 
0,50  0,138

Portanto o aço existente também escoa!

0,8.x.d .0,85 f  As . f yd 
As , REF 
cd

f yd , REF

 20000 
 0,11.0,20.0,85.  174 
   4,29 cm 2
1,4
As , REF
25
1,15

Para um reforço de chapa:

t  0,24 cm
18 cm

10

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