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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE ENSINOS SUPERIORES DE BALSAS


CURSO DE ENFERMAGEM
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO
PRECEPTOR: WENYSSON NOLETO

GEMINA BRITO FERREIRA DA ROCHA

ESTUDO DE CASO: LEISHMANIOSE VISCERAL

BALSAS_MA

2019.2
GEMINA BRITO FERREIRA DA ROCHA

ESTUDO DE CASO: LEISHMANIOSE VISCERAL

O estudo de caso tem como objetivo contribuir no


conhecimento acadêmico em relação ao papel do
Enfermeiro na Saúde do Adulto e do Idoso. Curso de
Enfermagem.
Preceptor: Wennyson Noleto

BALSAS-MA

2019.2
INTRODUÇÃO

Segundo o Ministério da Saúde a Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença


causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi. O ciclo evolutivo
apresenta duas formas: amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em
mamíferos, e promastigota, presente no tubo digestivo do inseto transmissor. É
conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundum.

As leishmanioses são consideradas primariamente como uma zoonose podendo


acometer o homem, quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do
parasito. Atualmente, encontra-se entre as seis endemias consideradas prioritárias no
mundo. Dada a sua incidência e alta letalidade, principalmente em indivíduos não
tratados e crianças desnutridas, é também considerada emergente em indivíduos
portadores da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), tornando-se
uma das doenças mais importantes da atualidade.

Na América Latina, a doença já foi descrita em pelo menos 12 países, sendo que
90% dos casos ocorrem no Brasil, especialmente na Região Nordeste. Doença crônica e
sistêmica, que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
Agente etiológico: Protozoários tripanosomatídeos do gênero Leishmania.

Nas Américas, a Leishmania chagasi é a espécie comumente envolvida na


transmissão da leishmaniose visceral (LV). Reservatórios na área urbana: O cão
(Canis familiaris) é a principal fonte de infecção. A enzootia canina tem precedido a
ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no
homem. No ambiente silvestre: Os reservatórios são as raposas.

SINTOMAS

Os principais sintomas são: febre de longa duração;


Aumento do fígado e baço; perda de peso, fraqueza, anemia, redução da força muscular.

TRANSMISSÃO

É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado,


denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura,
tatuquiras, birigui, dentre outros.

No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia


longipalpis. Esses insetos são pequenos e têm como características a coloração
amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e
semiabertas. O ciclo biológico do vetor ocorre no ambiente terrestre e passa por
quatro fases: ovo, larva, pupa e adultos (forma alada).
Desenvolvem-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica
(folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo).
O desenvolvimento do ovo à fase adulta ocorre em cerca de 30 dias. As formas adultas
abrigam-se nos mesmos locais dos criadouros e em anexos peridomiciliares,
principalmente em abrigos de animais domésticos. Somente as fêmeas se alimentam
de sangue, pois necessitam de sangue para o desenvolvimento dos ovos, o que
justifica o fato de sugarem uma ampla variedade de animais vertebrados.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da leishmaniose visceral pode ser realizado por meio de técnicas


imunológicas e parasitológicas.

Diagnóstico Imunológico

Baseia-se na detecção de anticorpos anti Leishmania. Existem diversas provas


que podem ser utilizadas no diagnóstico da LV, e dentre elas podemos citar duas
técnicas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde.

Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) – consideram-se como positivas


as amostras reagentes a partir da diluição de 1:80. Nos títulos iguais a 1:40, com
clínica sugestiva de LV, recomenda-se a solicitação de nova amostra em 30 dias.
Teste rápido imunocromatográfico – são considerados positivos quando a linha
controle e a linha teste C e/ou G aparecem na fita ou plataforma (conforme Nota
Informativa Nº 3/2018-CGLAB/DEVIT/SVS/MS.

Diagnóstico Parasitológico

É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas do


parasito, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea – por ser
um procedimento mais seguro. Examinar o material aspirado de acordo com esta
sequência: exame direto, isolamento em meio de cultura (in vitro), isolamento em
animais suscetíveis (in vivo), bem como novos métodos de diagnóstico. Outras
amostras biológicas podem ser utilizadas tais como o linfonodo ou baço. Este último
deve ser realizado em ambiente hospitalar e em condições cirúrgicas.

TRATAMENTO

Para o tratamento, vem sendo utilizado os antimoniais pentavalentes e, no Brasil,


o comercializado é o antimoniato N-metil glucamina (Glucantime®) como droga de 1ª
escolha, e a anfotericina B e derivados como drogas de segunda escolha, segundo o
Ministério da Saude.

Antes de se iniciar o tratamento, alguns cuidados devem ser observados:


avaliação e estabilização das condições clínicas e co-morbidades presentes no
diagnóstico da leishmaniose visceral, além da realização do eletrocardiograma (ECG).
O Glucantime®é contra indicado em pacientes que fazem uso de beta-
bloqueadores e drogas antiarrítmicas, com insuficiência renal ou hepática, em mulheres
grávidas nos dois primeiros trimestres de gestação. Não há contraindicações absolutas
ao uso da anfotericina B; entretanto, complicações renais são as complicações mais
importantes.

PREVENÇÃO

A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao inseto


transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no
que diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza deve ser feita por meio de:

Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição


(folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo,
locais onde os mosquitos se desenvolvem).

Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das


larvas dos mosquitos.

Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais


domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a
atração dos flebotomíneos para dentro do domicílio.

Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais).


No entanto, a indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como
municípios de transmissão intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima
de 4,4), moderada (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 2,4) ou em
surto de leishmaniose visceral.

Atualmente existe uma vacina antileishmaniose visceral canina em


comercialização no Brasil. Os resultados do estudo apresentado pelo laboratório
produtor da vacina atendeu às exigências da Instrução Normativa Interministerial n°
31 de 09 de julho de 2007, o que resultou na manutenção de seu registro pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. No entanto, não existem estudos
que comprovem a efetividade do uso dessa vacina na redução da incidência da
leishmaniose visceral em humanos. Dessa forma, o seu uso está restrito à proteção
individual dos cães e não como uma ferramenta de Saúde Pública.

A vacina está indicada somente para animais assintomáticos com resultados


sorológicos não reagentes para leishmanioses visceral. Cabe destacar que o
imunobiológico não é o único instrumento de prevenção individual da leishmaniose
visceral canina (LVC) e que outras medidas devem ser adotadas, conforme
normatização do Ministério da Saúde. Os animais que apresentarem sinais clínicos
compatíveis com LVC e/ou reações sorológicas reagentes estarão passíveis das
medidas sanitárias vigentes.

DESCRIÇÃO DO CASO

Identificação do Paciente
Paciente E.M.N. sexo masculino, 27 anos, brasileiro, negro, solteiro, natural e
residente do município de Balsas-Ma.

Antecedentes clínicos

Paciente com histórico de recidiva de hanseníase há ± 4anos, o mesmo relata que


finalizou o tratamento para efeito adversos da medicação há ± 5meses. Refere
internação no Socorrão de Imperatriz-Ma por 08 dias com suspeita de leucemia.
(Diagnóstico negativo).

Relata ter sido internado na Instituição Beneficente São Camilo anteriormente


com diagnóstico de Leishmaniose Visceral (LV) tratou na unidade hospitalar, tendo alta
nega tratamento domiciliar. Deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no
dia 22.08.2019 com crise renal, foi realizado uma USG Renal com confirmação de
nefrolitiase unilateral, devido ao estado clinico foi encaminhado para a Clínica Dr. José
Euvaldo na Instituição Beneficente São Camilo.

Antecedentes familiares

Relata histórico familiar de HAS e DM.

Hábitos de vida e hábitos sociais

Paciente relata não praticar exercícios físicos, Nega ser etilista, tabagista,
mantem uma alimentação adequada com ingestão de frutas e verduras diariamente.

História da doença atual

O paciente E.M.N, deu entrada na Clínica Dr. José Euvaldo no dia 22 de agosto
de 2019, com queixa de febre a domicilio, diarreia, lombalgia, inapetência, astenia e
contração involuntária da musculatura corporal. Paciente já fez tratamento de LV com
Anfotericina B Lipossomal intra-hospitalar no mês de Fevereiro do ano corrente. O
mesmo não realizou tratamento domiciliar. Refere alergia medicamentosa aguda a
Dipirona e grave a Butilbrometo de escopolamina (Buscopan).

EXAME FÍSICO

Cabeça e pescoço: Crânio normocefálico, couro cabeludo higienizado, ouvidos com


presença de cerúmen, sobrancelhas integras pálpebras e cílios íntegros, pupilas
isocóricas, esclerótica ictérica, nariz integro, lábios íntegros e boca hidratada, gengiva
íntegra, face redonda. Turgência jugular presente bilateralmente, linfonodos não
palpáveis.

Neurológico: Com abertura ocular: espontânea (4), resposta verbal: orientada (5),
resposta motora: obedece a comandos (6).
Tórax: Tórax normolíneo, mamas simétricas, ausência de massas tumorais palpáveis,
dispneico, expansibilidade preservadas, som claro pulmonar e murmúrios vesiculares
presentes.
Abdômen: Abdome globoso, hepatoesplenomegalia, ruídos hidroaéreos presentes, sons
abdominais timpânicos.
Membros superiores e inferiores: MMSS e MMII ictéricos. Eliminações vesicais e
instestinais preservadas. Avaliação Locomotora: Mantém capacidade de realizar
atividades diárias como levantar da cama, se alimentar, higienização e movimentação,
apresenta Glasglow 15. SSVV: PA 110X60 mmHg.

EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM
Evolução de Admissão:
No dia 22.08.2019 admitimos na enfermaria 401-1 da clínica médica Dr. José
Euvaldo, paciente de 27 anos de idade, na companhia de seu irmão, procedente da UPA.
Encontra-se calmo, lúcido orientado no tempo e espaço. Deambula com auxilio (Foi
encaminhado até o quarto em cadeira de rodas, verbaliza suas necessidades. Queixa
principal, motivo da internação: Histórico de febre no domicilio, diarreia, dor lombar,
relata astenia, inapetência e tremura. Paciente já fez tratamento com LV Anfotericina B
Lipossomal, no mês de fevereiro do ano corrente. Ao exame físico: Tórax simétrico
com boa expansibilidade, abdômen flácido e indolor à palpação superficial, pele e
mucosas anictéricas, acianótico, normocorado, afebril, eupneico em AA SpO2: 98%
taquicardíaco FC:110 bpm. Refere ser alérgico a Dipirona e Buscopan. Nega o uso de
medicação contínua. CD: Acolhido no leito + classificado no leito. Medicado CPM.
Segue aos cuidados e rotinas da equipe de enfermagem.
PA: 100 X 60 mmHg.

SpO2: 98%

FC:110

T: 37.8 °C

Evolução do dia 27.08.2019

Paciente em repouso absoluto no leito, na companhia de seu familiar. Encontra-


se calmo, lúcido, orientado em tempo e espaço. Deambula sem auxílio, verbalizando
suas necessidades. Mantém AVP em MSD. Ao exame: Pele e mucosas anictéricas,
acianótico, normocorado, hidratado, afebril, eupnéico em AA. SpO2 96%,
normocardico FC 69bpm, níveis pressóricos PA: 100x60 mmHg. Diurese espontânea.
Aceita a dieta oferecida. Padrões de sono e repouso insatisfatórios. Segue aos cuidados
e rotinas da equipe enfermagem.

PA: 100x60 mmHg

FC: 69 bpm

Evolução do dia 28.08.2019


Às 11hrs, paciente no 7° DIH em repouso no leito, calmo, consciente,
verbalizando, orientado em tempo e espaço. Mantém AVP em MSD. Sem queixas
álgicas. Ao exame físico: Higienizado, ictérico, febril, hipotenso, taquicardíaco,
eupneico, ventilação espontânea em AA. Sono e repouso insatisfatório. Aceita a dieta
oferecida. Diurese espontânea, evacuações diarreicas leve de aspecto pastoso. Segue aos
cuidados de enfermagem.

PA: 110x70 mmHg

FC: 114

T: 38.7 °C

FR: 18

EVOLUÇÃO CLÍNICA:

 Paciente com Lombalgia, GEA, anemia importante, tratamento recente para LV.
CD: Aguardando exames.
 Paciente admitido com quadro de diarreia e anemia grave. Paciente com
histórico de tratamento de LV há 7 meses. Enteroinfecção, pancitopenia,
Recidiva de Leishmaniose Visceral? Com melhora clínica ainda com calafrios
recorrentes. CD: Aguardo exames para avaliar retratamento de LV.

PRESCRIÇÃO MÉDICA

DIETA LIVRE: Sem restrições.

SSVV de 6/6 Horas: Monitoramento dos sinais vitais.

SORO FISIOLÓGICO: É utilizada para hidratar e restabelecer fluidos e eletrólitos.

CEFTRIAXONA®: Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções


causadas por microrganismos sensíveis à mesma, como por exemplo: - Sepse; -
Meningite; Infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e
biliar); Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas; - Infecções em
pacientes imunocomprometidos; - Infecções renais e do trato urinário; -Infecções do
trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas;

RANITIDINA®: É indicado no tratamento de úlcera duodenal, úlcera gástrica benigna,


úlcera pós-operatória, esofagite de refluxo e outros estados hipersecretores patológicos,
sempre que for recomendável a administração parenteral.

NAUSEDRON®: É indicado para o controle de náuseas e vômitos.

FLORAX®: É destinado ao tratamento da restauração da microbiota intestinal


fisiológica, desequilibrada por infecções intestinais, provocada por agentes patógenos
ou devido ao uso de antibióticos e quimioterápicos.
METRONIDAZOL®: Está indicado na profilaxia e tratamento das infecções causadas
por bactérias anaeróbicas septicemia; bacteremia; abscesso cerebral; pneumonia
necrotizante.
DEXAMETASONA: É destinada ao tratamento de condições nas quais os efeitos anti-
inflamatórios e imunossupressores dos corticosteroides são desejados, especialmente
para tratamento intensivo durante períodos mais curtos. Indicada para o tratamento de
gastroenterite, hemopatias entre outras doenças.

PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Diagnósticos de Intervenções de Resultados Esperados


Enfermagem Enfermagem
Ansiedade relacionada ao Esclarecer dúvidas do Espera-se controle da
processo de internação, paciente em relação ao ansiedade,
caracterizado por tratamento, estabelecer enfrentamento.
apreensão. relação de confiança,
oferecer um ambiente calmo
e agradável, oferecer
informações sobre
diagnóstico tratamento e
prognóstico, proporcionar
bem estar. Transmitir
atitude isenta de julgamento
e ouvir com atenção.
Estilo de vida sedentário Explicar ao paciente a Espera-se que o paciente
relacionado à falta de importância da atividade mantenha uma de rotina
interesse e caracterizado por física para a saúde, diária com exercícios
escolha de rotina diária sem principalmente na idade do físicos recomendados de
exercícios físicos. mesmo; acordo com a sua idade.
Ajuda-lo a escolher um
horário para pratica de
exercício que se adeque a
sua rotina diária.
Risco de função hepática Medir circunferência Melhora do quadro da
prejudicada relacionado à abdominal pelo menos função hepática.
infecção por Leishmania sp. 1X/dia
Avaliar coagulograma.
Ficar atento aos sinais de
acidose metabólica.

Dor aguda: relacionada a Oferecer alívio com Espera-se o controle da


agentes biológicos, medicação analgésica dor
caracterizada por relato observando prescrição Promover conforto e bem
verbal do sujeito. médica e horários, avaliando estar.
o resultado. Reavaliar dor
após administração da
medicação.
Eliminação intestinal Determinar o histórico da Recuperar volume de
excessiva caracterizada por diarreia. Obter fezes para líquidos adequado,
aumento do número de cultura e testes de Restabelecer hábito
evacuações realizadas ao sensibilidade se a diarreia intestinal regular.
dia e de aspecto aquoso. continuar. Avaliar os
medicamentos normalmente
ingeridos na busca de
efeitos secundários
gastrointestinais. Ensinar ao
paciente o uso apropriado de
medicamentos
antidiarreicos. Mensurar o
Índice de Massa Corpórea
(IMC), solicitação de
avaliação nutricional,
orientação quanto aos
hábitos alimentares
saudáveis, hidratação
oral/venosa, balanço hídrico
e monitorização do estado
hidroeletrolítico.
Hipertermia: relacionada à Monitorar temperatura, Prevenir alteração da
infecção por Leishmania sp, padrão respiratório, pressão temperatura.
caracterizada pela elevação arterial e pulso - Avaliar Estabilização da
na temperatura corporal cor, temperatura e umidade temperatura corporal.
acima dos parâmetros da pele - Monitorar sinais e
normais sintomas de hipotermia
(queda de temperatura,
tremor,) e de hipertermia
(aumento de temperatura,
rubor facial, sudorese.
Medo: relacionado ao Usar abordagem calma e Espera-se o
estado de saúde, segura, buscar compreender encorajamento do
caracterizado por relato a perspectiva do paciente paciente e uma postura
verbal de apreensão em relação a situação segura.
temida permanecer com o
paciente para promover
segurança a situação temida
e reduzir o medo
Náusea: relacionada aos Observar e registrar dados Prevenção e alívio da
distúrbios bioquímicos, sobre o vômito quanto a cor, náuseas.
caracterizada por gosto consistência, presença de
ácido na boca. sangue e horários. Realizar
balanço hídrico. Orientar a
realização da higiene oral
após episódios eméticos.
Monitorar exames
laboratoriais, atentando para
distúrbios eletrólitos.
Administrar medicação
antiemética conforme
prescrição médica.
Promover o repouso
adequado para facilitar o
alívio da náusea e vômito.
Disposição para Estabelecer comunicação. Promoção de melhora da
conhecimento aumentado: Aumentar a orientação do capacidade e do desejo
caracterizado pelo interesse paciente para a realidade, de receber informações.
por sobre a patologia (LV) conforme apropriado.
Estabelecer um ambiente de
aprendizagem que
estabeleça contato o mais
rápido possível com o
paciente. Organizar as
informações em sequência
lógica.
Risco de reação de Identificar alergias Garantir segurança do
hipersensibilidade a conhecidas a medicamentos. paciente ás reações
fármacos Notificar os cuidadores e os alérgicas
provedores de atendimento medicamentosas e
de saúde sobre alergias alimentares.
conhecidas Documentar
todas as alergias no
prontuário clínico, conforme
o protocolo. Colocar
pulseira identificadora de
alergia no paciente,
conforme apropriado.
Monitorar o paciente quanto
a reações alérgicas a novos
medicamentos, fórmulas,
alimentos. Orientar o
paciente com alergias
medicamentosas a
questionar todas as novas
prescrições em relação ao
potencial para reações
alérgicas.
Risco de infecção Instalar Curva Térmica de Controle de riscos,
relacionado a 4/4h. Monitorar sinais e detectação de riscos,
imunossupressão sintomas sistêmicos e locais integridade tissular,
de infecção. Realizar a Prevenir infecção
higiene das mãos antes de evitável.
qualquer procedimento.
Avaliar estado nutricional,
locais de inserção de
cateteres quanto à presença
de hipertermia, controlar os
líquidos e eletrólitos,
monitorar sinais vitais.
Sono e repouso Monitorar padrão de sono, Espera-se o
prejudicados Registrar o padrão do sono e restabelecimento do
quantidade de horas padrão de sono e repouso
dormidas; Identificar e para níveis satisfatórios.
reduzir estressores
ambientais; Planejar as
rotinas de cuidados de
enfermagem para que
procedimentos
desagradáveis ou dolorosos
não ocorram após as 20 h;
Observar as circunstâncias
físicas - apneia do sono, via
aérea obstruída, dor/
desconforto; Proporcionar
um ambiente calmo e
seguro; Orientar a
acompanhante a manter
regularidade nos horários de
deitar.
Risco de desequilíbrio do Administrar hemoderivados Manter o equilíbrio
volume de líquidos fatores se necessário e segundo hídrico - Manter
de risco diarreia e vômito. prescrição médica - equilíbrio eletrolítico e
Verificar condições de ácido-básico.
hidratação do paciente
(mucosas, edema, pulso e
frequência cardíaca) -
Monitorar níveis de
eletrólitos séricos - Verificar
presença de sangramentos -
Realizar balanço hídrico.

CONCLUSÃO

O estudo de caso é um método qualitativo que geralmente consiste em


aprofundar uma unidade de forma individual algo que o pesquisador não tem controle
sobre o fenômeno estudado, o mesmo contribui para compreender melhor os processos
organizacionais e políticos da sociedade, é a ferramenta utilizada para entendermos a
forma e os motivos que levaram a determinada decisão. No que se refere aos cuidados
de enfermagem prestada ao paciente do estudo, foi observado à importância de manter
um bom relacionamento com a equipe de enfermagem e, a confiança é um fator
fundamental para manter o vínculo e conseguir a confiança do paciente para o
acompanhamento adequado do tratamento. O estudo proporcionou observar a
importância do papel do enfermeiro na assistência hospitalar, pois através da anamnese
e exame físico pode-se evidenciar achados determinantes que auxiliam no processo da
elaboração de um adequado plano de cuidados de enfermagem ao paciente, melhorando
assim a qualidade da assistência.
REFERENCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose
visceral – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_leish_visceral2016.pdf
Acessado em 29 de agosto de 2019.

GOLDENZWAIG, C.S.R.N. Administração de Medicamentos na Enfermagem.


6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2016.

North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de Enfermagem da


NANDA: Definições e classificação – 2018/2020 [tradução de Regina Machado
Garcez. Porto Alegre (RS): Artmed; 2017.

TAYLOR, C.M.; RALPH. S.S. Manual de diagnóstico de enfermagem. 6. ed. In:


CRUZ.I.C.F.; FIGUEIREDO. J.E.F.; Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2016.

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