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Cifra é um sistema de notação musical usado para indicar, por meio de símbolos gráficos ou
letras, os acordes a serem executados por um instrumento musical (como uma guitarra, ou um
violão por exemplo). As cifras são utilizadas principalmente na música popular, acima das
letras ou partituras de uma composição musical, indicando o acorde que deve ser tocado em
conjunto com a melodia principal, ou ainda para acompanhar o canto.
A imagem abaixo mostra dois exemplos de cifras sobre uma partitura. Sobre o primeiro
compasso, um diagrama (símbolo gráfico) de acorde indica os pontos no braço do violão em
que as cordas devem ser pressionadas para formar o acorde (neste caso um acorde
de Fá maior). No segundo compasso, é utilizada uma cifra em forma de texto. No caso da cifra,
é indicado apenas o símbolo do acorde (Lá sustenido maior).
Forma Gráfica
Quando indicadas através de símbolos gráficos, as cifras indicam as posições que os dedos
devem formar sobre as cordas do instrumento ou teclado para compor o acorde desejado.
Neste caso, a notação é similar à tablatura e só se aplica a instrumentos de cordas e
às partituras de teclados.
Formação
A nota fundamental é definida pelo sistema de notação alfabética em que o nome de cada nota
musical corresponde a uma letra de A a G, com sustenidos ou bemóis quando necessário:
Nome do acorde
Nome da nota
Naturais Sustenidos Bemóis
Lá A A# Ab
Si B B# ou C Bb
Dó C C#
Ré D D# Db
Mi E E# ou F Eb
Fá F F#
Sol G G# Gb
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Além do nome do acorde, sempre grafado em letra maiúscula, são acrescentados números ou
outros símbolos para indicar a estrutura do acorde. As tabelas abaixo mostram as estruturas
das cifras mais usuais:
Tríades
Cifra Descrição
G° ou Gdim ♭
Tríade diminuta (Sol, Sib, Ré )
Tétrades
Cifra Descrição
G7M ou Gmaj7 acorde com sétima maior (Sol, Si, Ré, Fá#)
Gm7 ou G-7 acorde menor com sétima (Sol, Sib, Ré, Fá)
G7°, G7dim ou
acorde com sétima diminuta (Sol, Sib, Réb, Fáb)
Gº
Gm(7M) acorde menor com sétima maior (Sol, Sib, Ré, Fá#)
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Maiores Menores Aumentados Diminutos
Inversão de Acorde
Além das formas indicadas nas tabelas acima, é possível indicar acordes em que a sequência
das notas é invertida e uma das notas mais agudas é usada como baixo. Para indicar a
inversão, utiliza-se a mesma notação acima, indicando qual das notas deve ser o baixo do
acorde, separada por uma barra. A primeira inversão é obtida movendo a nota fundamental
oitava acima, passando a segunda nota a ser o baixo. A segunda inversão é realizada,
movendo o baixo da primeira inversão oitava acima.
Por exemplo, se o acorde de Sol maior - G (Sol, Si, Ré) for invertido uma vez, teremos G/B (Si,
Ré, Sol oitava acima). Na segunda inversão o acorde é G/D (Ré, Sol oitava acima, Si oitava
acima). A terceira inversão não é indicada pois é igual ao acorde original, apenas todas as
notas são tocadas uma oitava acima. A inversão de qualquer acorde pode ser indicada da
mesma forma, bastando indicar o acorde original e a nota que será a mais baixa na inversão -
por exemplo um acorde com sétima G7 (tétrade) em sua segunda inversão seria G7/D (Ré, Fá,
Sol oitava acima, Si oitava acima).
Referências
GUEST, Ian. Arranjo - Método prático(página 33-41). Rio de Janeiro: Lumiar Editora,
1996. ISBN 85-85426-31-4
Curiosidades
Quem inventou a Pauta e criou as sete Notas Musicais?
Foi Guido d'Arezzo (viveu entre 950 e 1050), músico italiano e monge Beneditino (mosteiro de
Saint Galle - Alpes), nascido em Arezzo (Toscana) onde foi regente do coro da Catedral. Criou
o sistema de quatro linhas paralelas (Tetragrama) onde se podia indicar com exatidão a altura
de cada nota. Só posteriormente se acrescentou a quinta linha criando-se o Pentagrama que é
a pauta atual.
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Foi ele que deu o Nome às sete notas, que até então eram simbolizadas pelas primeiras letras
do alfabeto (A=lá, B=si, C=dó, D=ré, E=mi, F=fá,G=sol). Para tanto inspirou-se na sílaba inicial
de cada verso da primeira estrofe do antigo e popularíssimo Hino a São João Batista, cantado
pelas crianças do coral para que São João as protegesse da rouquidão:
UT queant laxis (a nota UT passou a chamar-se Dó posteriormente para facilitar o canto com a
terminação da sílaba em vogal, derivando-se provavelmente de DOminus (Senhor, em latim))
REsonare fibris
MIra gestorum,
FAmuli tuorum
SOLve polluti
LAbii reatum
Sancte Iohannes. ( =SI, por serem as inicias em latim de São João: Sancte Ioannes, facilitando
novamente o canto com a terminação de uma vogal)
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