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Funções
Harmônicas
Comumente
explicamos
a
movimentação
harmônica
como
uma
situação
que
se
reveza
entre
um
estado
de
repouso
com
um
de
movimento,
esta
dualidade
também
é
simbolizada
por
uma
situação
de
tensão/relaxamento.
Realmente
estas
duas
imagens
são
um
bom
ponto
de
partida.
No
entanto,
quando
não
complementadas
e
desenvolvidas,
já
nos
colocam
em
uma
situação
de
dúvida,
por
exemplo,
ao
relacionarmos
as
três
funções
harmônicas
Tonica
(T),
Subdominante
(S)
e
Dominante
(D)
à
esta
dualidade.
Relacionar
a
função
T
com
o
repouso
e
com
a
ausência
de
tensão
parece
não
só
óbvio
como
necessário.
É
de
onde
partimos
e
para
onde
retornamos,
o
nosso
porto
de
origem
e
volta.
Já
para
lidarmos
com
as
outras
duas
funções
devemos
nos
orientar
por
um
“afastamento
do
repouso”
e
por
uma
“aproximação
do
repouso”.
A
primeira
sensação
promovida
pela
Subdominante
e
a
última
pela
Dominante.
No
quadro
abaixo
elaborado
por
Sergio
Freitas
podemos
ver
como
interagem
as
três
funções
(FREITAS.
1995):
Progressões
Harmônicas
Básicas
Como
vimos
no
início
deste
texto,
Schoenberg
postula
que
a
partir
do
momento
que
uma
sucessão
apresenta
uma
certa
ordenação
nós
temos
uma
“progressão”.
A
progressão
tem
um
foco,
um
alvo,
que
pode
ser
atingido
ou
não.
As
progressões
mais
simples
são
chamadas
de
“Progressões
Harmônicas
11
Básicas”.
São
as
formas
primárias
de
combinação
das
três
funções
harmônicas
que
sintetizam
a
força
e
o
modo
como
funciona
todo
o
sistema
harmônico.
São
elas:
1) T
S
D
T
2) T
D
T
3) T
S
T
Segundo
Sérgio
Freitas
as
progressões
acima
se
caracterizam
das
seguintes
maneiras:
“
A
progressão
T
S
D
T
sugere
um
plano
teórico
discursivo
do
tipo
“repouso
–
movimento
(afastamento
do
repouso
+
aproximação
do
repouso)
–
repouso,
é
um
giro
completo
pelas
três
funções
e
compara‐
se
a
um
episódio
dramático
com
começo,
meio
e
fim.
Na
progressão
T
D
T
a
função
de
movimento
fica
apenas
a
cargo
da
dominante;
e
em
T
S
T,
esse
efeito
contrastivo
é
atribuído
a
Subdominante”
(FREITAS,
1995.
P.
24)
Classificação
e
Uso
das
Dominantes
Como
vimos,
no
V
grau
da
escala
maior
é
formado
um
acorde
maior
com
sétima
menor,
que
possui
função
de
dominante.
Vimos
também
que
a
principal
característica
da
função
Dominante
é
o
movimento
que
tende
ao
repouso,
ou
de
uma
tensão
que
pede
uma
resolução.
E
por
fim,
que
a
resolução
clássica,
ideal
para
este
acorde
se
dá
uma
quarta
acima,
no
acorde
de
I
grau,
ou
de
Tônica.
Vamos
relembrar
os
fatores
desta
“dominância”.
O
acorde
dominante
possui
três
notas
na
sua
estrutura
que
tendem
a
caminhar
para
notas
do
acorde
de
tônica.
Elas
são
a
sua
fundamental,
a
sua
terça
e
a
sua
sétima
menor.
Se
pensarmos
em
Dó
maior,
cujo
o
G7
é
o
dominante,
essas
notas
seriam
sol,
si
e
fá.
A
nota
sol
move‐se
numa
quarta
ascendente
para
o
dó;
a
nota
si
move‐se
meio
tom
ascendente
para
o
dó
e
a
nota
fá
move‐se
meio
tom
descendente
para
o
mi.
Abaixo
os
dois
acordes,
e
o
movimento
de
cada
uma
de
suas
notas