O presidente da República interino, Raimundo Pereira, foi preso na sua residência por
militares,[4] tal como o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. Desconhece-se o
paradeiro de Adiato Djaló Nandigna, a primeira-ministra interina da Guiné-Bissau. O evento sucede ao conflito militar de 2010 e a uma tentativa de golpe de Estado falhada em 2011.[6][7][8] O Exército da Guiné-Bissau atribuiu o golpe a um suposto acordo militar secreto entre os governos da Guiné-Bissau e Angola.[9] O porta-voz do Comando Militar que tomou o poder na Guiné-Bissau no passado dia 12 disse hoje que qualquer força estrangeira enviada para o país seria considerada pelos militares uma força invasora «porque o país não está em guerra».
Segundo o tenente-coronel Daba Na Walna, não se justifica o envio de uma força
estrangeira «seja de interposição como de manutenção da paz» para a Guiné-Bissau porque «o país não se encontra em nenhuma guerra».
O porta-voz do Comando Militar guineense falava numa conferência de imprensa para
«responder às declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau e do senhor Georges Chicoti (chefe da diplomacia angolana)», na quinta-feira, na sede das Nações Unidas.[10] Manuel Serifo Nhamadjo, designado presidente da República de transição na Guiné- Bissau após o golpe de Estado, anunciou que havia recusado esta nomeação, considerando que estava fora da legalidade.[11]