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BARRA DO GARÇAS-MT
2016
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BARRA DO GARÇAS-MT
2016
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................5
1. APRESENTAÇÃO
O experimento Tubo de Rubens foi concebido como um recurso didático para apoio ao
ensino contextualizado da ondulatória, no ensino médio. Para realizar esta atividade com seus
alunos você deve agir como mediador, ou seja, aquele que auxiliará os participantes a
compreender o experimento e a seguir as etapas para recolhimento dos dados e fazer
corretamente as medições. O seu papel é o de um mediador ativo e participativo, sendo sua
ação imprescindível antes, durante e após a utilização do experimento.
Nossa proposta com esse produto foi de contribuir para o ensino de Física de uma
forma criativa, trabalhando com material concreto que têm por finalidade proporcionar aos
alunos através da sua riqueza visual, a compreensão dos fenômenos físicos e isso acontecendo
de uma maneira interessante e lúdica.
Sugerimos que realize esta atividade com as turmas do segundo ano do Ensino Médio
em 03 horas-aula. Caso o professor queira trabalhar com alguns conceitos sobre ondas
mecânicas e ondas sonoras antes do experimento, ao final deste texto sugerimos alguns
conceitos que devem ser trabalhados em cerca de 06 horas-aula. Caso você trabalhe em escola
onde o número de aulas é reduzido, pode adaptar o roteiro à sua realidade.
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2. INTRODUÇÃO
particular, os alunos podem, observando as alturas das chamas, medir o comprimento de onda
das ondas estacionárias no tubo e calcular a velocidade das ondas sonoras no gás GLP.
O estudo da parte da física denominado de ondas é importante, pois esta é a base para
o entendimento de ondas sísmicas que provocam fenômenos como terremotos, ondas sonoras,
ondas eletromagnéticas como a luz, os raios x, as ondas de rádio e as microondas que são a
base do funcionamento de nossa tecnologia. Serve também para entender sobre as vibrações
dos corpos e o fenômeno de ressonância. Esses estudos também servem como base no
entendimento de alguns aspectos envolvendo o fenômeno ressonância em outras áreas da
física como eletromagnetismo, óptica e física moderna.
3. TUBO DE RUBENS
Em 1858, John Le Conte descobriu que as chamas em um tubo cheio de gás eram
sensíveis ao som. Em 1862 Rudolph Koenig demonstrou que a altura de uma chama poderia
ser afectada pela transmissão do som no gás, e as alterações ao longo do tempo poderia ser
mostrado com espelhos rotativos. Kundt, em 1866, demonstrou a existência de ondas
acústicas estacionárias colocando sementes ou pó de cortiça em um tubo.
Em 1904, baseado nessas descobertas importantes, Heinrich Rubens (cujo nome
leva este experimento) usou um tubo de 4 metros de comprimento com 200 perfurados
pequenos buracos, com intervalos de 2 cm, com um gás inflamável (propano ) em seu interior.
Ele observou que o som produzido em uma extremidade do tubo pode criar uma onda
estacionária, cujo comprimento de onda é igual ao do som que a produziu. Esse tubo passou a
ser conhecido como tubo de chamas de ondas estacionárias, ou simplesmente tubo de chamas.
Através deste tubo é possível visualizar as ondas sonoras de pressão no gás, como um
osciloscópio primitivo.
ligado, a onda estacionária irá criar pontos com oscilação de pressão (antinodos de pressão) e
pontos com pressão constante (nodos de pressão) ao longo do tubo. Quando há uma pressão
oscila devido às ondas sonoras, menos gás irá escapar das perfurações no tubo, e as chamas
terão uma altura menor nesses pontos (fluxo de gás menor saindo pelo buraco). Nos nodos de
pressão, as chamas são mais elevados (fluxo de gás maior saindo pelo buraco). No final do
tubo de gás, a velocidade das moléculas é zero e a pressão oscilante é máxima , assim são
observados chamas baixas. O tubo de Rubens ilustra uma onda estacionária formado pelas
ondas sonoras da fonte que está produzindo o som (música ou um gerador de frequências).
Quando o gás fluindo pelos buracos entra em ignição, as chamas terão aproximadamente a
mesma altura, devido à pressão constante. Entretanto, uma vez que o som é transmitido
através do tubo, as chamas começam a variar em altura porque há mudança de pressão
(ANDERSON et. al., 2015). A figura 4 ilustra o fenômeno. Mais adiante demonstraremos
como estas ondas estacionarias de pressão podem ser modeladas no tubo.
ocorre uma condensação de gás formando os picos da onda de chama (Kirchner, 2006). O
diagrama sinuoso das chamas é a variaçao na pressão média ao longo do tubo.
Figura 2: Esquema mostrando as ondas de chama no tubo de Rubens. Figura adaptada oriunda do site:
http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem1_2006/ElvinW_Dirceu_
RF1.pdf. Acesso 15/01/16
No tubo, a onda estacionária é formada quando duas ondas de mesma amplitude e mesmo
comprimento de onda se propagam em sentidos opostos produzindo interferência mútua.
Essas as duas ondas, incidente e refletida são representadas pelas equações III e IV:
X 1 x, t xm sen kx t 3
2 x, t xm senkx t 4
2
, respectivamente. Na equação acima, k é o número de onda angular, é a
v
frequência angular e é comprimento de onda. De acordo com o princípio de superposição,
a onda resultante é dada por
X x, t X 1 x, t + X 2 x, t 5
2
onde é uma constante a ser determinada k e A 2 xm é a amplitude. Assim a
v
condição de contorno em x = 0 é escrita como:
X 0, t Asen0 cost 10
X 0, t B cost 12
Temos:
B 17
B Asen A
sen
B 18
A
L
sen n
v
e assim
L
X x, t
B
sen kx n cost
L v
sen n
v
L 19
X x, t
B
sen kx n cost
L v
sen n
v
A função nos permite ver que, a amplitude das perturbações se tornará virtualmente
infinita quando L / v n , não obstante a amplitude da perturbação inicial B ser pequena.
Isso caracteriza um comportamento ressonante. Essa divergência só não se manifesta na
prática devido à existência de forças dissipativas não consideradas nesse tratamento.
As condições de ressonância são, portanto:
11
2 2L 20
kL n L n
n
P( x, t ) P0 cos kx cost 21
Sendo assim, como entre dois nós (pontos sem vibração), teremos sempre um ventre ou
2L
antinodo, poderemos generalizar e escrever que n , onde n é o número de modos.
n
Temos que a sobrepressão total (descontada a pressão atmosférica) dentro do tubo
devido a presença do gás e das ondas estacionárias de pressão é
e assim
kx n
e.
24
xn
2
Quando cos kx 1 , de acordo com o efeito Bernoulli (admitindo sua validade), a
velocidade de saída do gás, nesses pontos dados pela Equação 24, será menor do que aqueles
pontos onde cos kx 0 , ou seja, nos antinodos de deslocamento (nodos de pressão). E assim
as chamas serão mais baixas. Nesses pontos de nodos de pressão, a equação da pressão indica
que pressão do gás será a pressão manométrica (constante) e a velocidade do gás e portanto,
as chamas serão mais altas. Isso explica a distribuição de chamas no tubo de Rubens na
chamada “operação normal” onde a pressão média do gás é mantida constante ao longo do
tubo e as amplitudes de ondas de pressão são baixas (FICKEN AND STEPHENSON, 1979).
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Essa distribuição também pode ser explicada em termos do fluxo médio temporal do gás,
como veremos a seguir.
Aplicando-se a equação de Bernoulli para pontos dentro (com sobrepressão mais a
pressão atmosférica) e fora (pressão atmosférica) do orifício no tubo, temos que a velocidade
média temporal v (x) do gás pelos furos ao longo do tubo é dada por (BARATTO, 1998)
1/ 2
2 Pman 1 P 2 25
v ( x)
1 0 cos2 (kx)
16 Pman
2 Pman
1/ 2
1 P 2 26
( x) Av ( x) A 1 0 cos2 (kx)
16 Pman
Essa expressão mostra que a velocidade de saída e fluxo do gás pelos furos é constante nos
nodos de pressão (antinodo de deslocamento) da onda,localizada nos pontos onde
conforme podemos ver na equação da onda estacionária de pressão. Nesses nodos de pressão,
a pressão permanece igual a pressão manométrica do gás conforme podemos ver na equação
da pressão no interior do tubo e as chamas serão maiores nesses pontos. A velocidade média
temporal de saída do gás e o fluxo médio temporal do gás pelos furos são menores em pontos
de antinodos de pressão
cos2 (kx ) 1 28
O tubo de Rubens foi construído através de três etapas: A primeira foi à construção do
suporte de madeira. Essa tarefa foi realizada por um marceneiro. Além de construir o suporte
de madeira o marceneiro também fixou as braçadeiras e a tampa cega para cano PVC. A
segunda etapa foi perfurar o tubo de alumínio. Devido à dureza do material e a grossura da
broca essa atividade teve que ser realizada por um especialista em concerto de armas de fogo.
A última etapa, que foi fazer o encaixe de cada peça e colocar a luva foi realizada pela autora.
Segue abaixo cada etapa da construção:
Usando a régua foi traçada uma linha reta no meio do tubo e com a furadeira foram
feitos furos de 2 mm de diâmetros com espaçamento de 1cm. Nas extremidades foram
deixados uma distância de 8 cm sem furos;
Foi feito uma marca na tampa cega do tamanho do adaptador de PVC para caixa de
água rosqueável;
Usando a furadeira e a broca de 5 mm foram feitos um furo na tampa cega seguindo a
marca feita com adaptador de PVC para caixa de água rosqueável;
Foi feito o acabamento no furo da tampa cega usando a lixa de 150;
Usando a lixa, foi feito um polimento na tampa cega e no tubo de alumínio para
facilitar o encaixe;
O adaptador para caixa de água de 0,5 pol foi encaixado na tampa cega e esta
encaixada no tubo;
Para finalizar o encaixe da tampa cega no tubo de alumínio foi usado um martelo;
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A outra extremidade do tubo foi coberta com uma luva de látex. Esta foi presa com o
uso de fita crepe;
Em uma das pontas de mangueira de gás foi colocado o registro e adaptador para
botija e na outra ponta foi colocada um adaptador rosqueavel para cano de 0,5 pol;
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Depois foi encaixada a mangueira no adaptador de PVC para caixa de água apertando
com alicate;
Depois de todas essas etapas a mangueira foi encaixada no botijão de gás com a
certificação que não havia vazamento.
Figura 10: Tubo de Rubens pronto e com a caixa de som próxima a uma extremidade. Fonte:
Arquivo pessoal
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Após o tubo de Rubens montado, propomos o seu uso pelo professor em sala de aula em
03 horas-aula, conforme o seguinte roteiro:
1) Com a válvula de gás desligada, aproxime a caixa de som amplificada (ou um alto-
falante ligado à um amplificador) à extremidade do tubo contendo a membrana. Ligue
a caixa de som à um gerador de frequências ou à saída de um computador com um
cabo apropriado. Ao usar o computador, é necessário que este contenha o programa
Audio SweepGen (gratuito) ou outro similar e um programa para executar músicas.
Mantenha a caixa de som desligada.
2) Abra a válvula do gás GLP e após 1minuto, acenda o gás saindo nos furos com um
isqueiro ou palito de fósforo e observe se as chamas aparecem. Acenda começando da
região próxima da entrada de gás na extremidade do tubo. Certifique-se que todos os
furos estão acesos, com as chamas visíveis, antes de começar o experimento. Nesse
momento, as chamas terão alturas constantes e distribuídas uniformemente ao longo
do tubo.
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Figura 12: Tubo de Rubens ligado. As chamas têm altura constante distribuídas
uniformemente ao longo do tubo. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 13: Programa Audio SweepGen com frequências entre 20 e 20000 Hz. Fonte: Arquivo
pessoal
7) Abra o programa Audio SweepGen e escolha uma onda senoidal e por exemplo, uma
frequência inicial de 300 Hz. Peça aos alunos para observarem o comportamento da
distribuição de chamas.
Figura 14: Formação de ondas estacionárias com frequência de 300 Hz. Fonte: Arquivo pessoal
Figura 15: Aluno contando os furos para saber o comprimento de onda da onda estacionária.
Fonte: Arquivo pessoal
Questões propostas aos alunos
a) Determine a distância entre os nodos de pressão (chamas altas)
b) Determine a distância entre os antinodos de pressão (chamas baixas)
10) Se for usada apenas uma frequência para determinar a velocidade do som, repita o
procedimento 03 vezes com a mesma frequência e peça ao grupo para distância entre
os nodos de pressão.
11) Percorra outras frequências possíveis através do programa Audio SweepGene encontre
outros modos de ressonância no tubo.Para cada frequência de ressonância ou modo de
oscilação, peça aos alunos para anotarem o número de harmônicos contando o número
de nodos ou antinodos (ventres) de pressão. Peça aos alunos para contarem o número
de furos entre os nodos de pressão (chamas altas) e determinarem as distâncias entre
esses nodos. As medidas precisam ser rápidas, pois o tubo aquece muito e isso pode
prejudicar as medidas ou mesmo danificar o experimento.
Questões propostas aos alunos:
a) Existe uma relação entre a distribuição de chamas e os nodos ou antinodos das
ondas estacionárias?
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Segundo passo: Medir com a régua a distância entre os nodos ou antinodos para cada
frequência, como mostra a foto. Determinar o valor do comprimento de onda ;
Figura 16: Exemplo de como contar os furos para medir o comprimento de onda da onda estacionária.
Fonte: Arquivo pessoal
Quinto passo: Contar os nós ou ventres de acordo com cada frequência registrada. Verificar
qual harmônico corresponde a cada frequência.
A seguir, faremos de forma detalhada a apresentação dos conceitos físicos que devem
ser trabalhados antes de se usar o tubo de Rubens. Estes conteúdos são requisitos necessários
para que os alunos possam compreender como é formada a onda estacionária no tubo. Todos
esses conceitos foram tirados dos livros Física II: Termodinâmica e Ondas de Hugh D. Young
(2003), Fundamentos de Física de Halliday e Resnick (2012) e Os Alicerces da Física:
Termologia, Óptica e Ondulatória de Fuke, Carlos e Kazuhito (2007). Sugerimos que estes
conceitos sejam trabalhados em 06 horas-aula. Todas as imagens foram retiradas da internet e
legendadas com os respectivos endereços eletrônicos, seguidos da data de acesso.
6.1. ONDAS
Ondas mecânicas: As principais características de todas as ondas mecânicas são que, além de
governadas pelas Leis de Newton necessitam de um meio físico como o ar, a água para
existir. Temos como exemplo as ondas do mar, as ondas sonoras e as ondas sísmicas
Ondas eletromagnéticas: São resultados da combinação de campo elétrico com campo
magnético. Sua principal característica é que não precisam de um meio físico para existir. A
luz das estrelas, por exemplo, propaga em nossa direção através do quase vácuo do espaço
profundo. Todas as ondas eletromagnéticas se propagam através do vácuo com velocidade c,
dada por c 299.792.458m / s
A mais familiar das ondas eletromagnéticas é a luz visível, mas quase tão familiar temos os
raios X, as micro-ondas e as ondas de rádio.
Ondas da matéria: Essas ondas são mais usadas nos laboratórios. Estão associadas a
elétrons, prótons e outras partículas elementares e mesmo a átomos e moléculas. São
chamadas ondas da matéria porque normalmente pensamos nas partículas como elementares
da matéria.
Aparte elevada da onda denomina-se crista da onda e a cavidade entre duas cristas
chama-se vale.
Período: O período T é definido como o espaço de tempo necessário para uma onda caminhar
um comprimento de onda.
Frequencia: Chama-se freqüência f o número de cristas consecutivas que passam por um
mesmo ponto, em cada unidade de tempo. O número de oscilações por segundo. A frequência
1 1
é medida em Hertz e é o inverso do período. f = =
T s
Comprimento de onda: é o tamanho de uma onda, que pode ser medida em três pontos
diferentes: de crista a crista, do início ao final de um período ou de vale a vale. Crista é a parte
alta da onda, vale, a parte baixa. É representada no SI pela letra grega lambda (λ)
Amplitude: é a "altura" da onda, é a distância entre o eixo da onda até a crista. Quanto maior
for a amplitude, maior será a quantidade de energia transportada.
Velocidade: todas as ondas possuem uma velocidade, que sempre é determinada pela
distância percorrida, sobre o tempo gasto. Nas ondas, essa equação fica: s = vt.
Fazendo s = λ, temos t = T. Logo:
1
S v.t v.T v. v . f
f
As ondas sonoras são ondas mecânicas, isto é, precisam de um meio para se propagar
e longitudinais (são aquelas que a direção do movimento vibratório coincide com a de
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Aos pontos de interferência totalmente destrutiva (N) damos o nome de nós ou pontos
nodais, que não oscilam, permanecendo, portanto, em equilíbrio. A distância entre dois
ventres consecutivos, ou entre dois nós consecutivos, é igual à metade do comprimento de
onda da onda estacionária.
Como os nós estão em repouso, não pode haver passagem de energia por eles, não
havendo, então, em uma corda estacionária o transporte de energia. Algumas observações
sobre as medidas envolvendo o comprimento de onda:
a) A distância entre dois nós consecutivos vale .
2
b) A distância entre dois ventres consecutivos vale .
2
c) A distância entre um nó e um ventre consecutivo vale
4
De acordo com Halliday e Resnick a velocidade de uma onda mecânica, seja ela
transversal ou longitudinal, depende tanto das propriedades inerciais do meio ( para
armazenar energia cinética) como das propriedades inerciais do meio(para armazenar energia
potencial) generalizar que a velocidade de uma onda transversal em uma corda é:
T propriedade elática
v
propriedade inercial
Por ser uma onda mecânica longitudinal, o som se propaga por meio de pequenas
variações do meio material, ou seja, microscópicas contrações e expansões dos materiais que
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provocam esse tipo de onda. Dessa forma, conclui-se que o meio em que o som se propaga
afeta a sua velocidade, da mesma forma que a temperatura e a pressão.
Quando uma onda sonora se propaga no ar, a energia potencial está associada à
compressão e expansão de pequenos elementos de volume do ar. A propriedade que
determina quanto um elemento do meio muda de volume quando é submetido a uma pressão
(força por unidade de área) é o módulo de elasticidade volumétrico B.
A equação da velocidade fica:
B
v
Onde: v = velocidade de propagação do som,
B= módulo de elasticidade volumar do meio
ρ = densidade do ar.
Quanto mais denso o meio, maior a energia para perturbar suas partículas. Como a
velocidade depende da densidade, essa é maior nos sólidos, em seguida nos líquidos e possui
menor velocidade nos gases.
Na tabela apresentada abaixo, estão indicadas as diferentes velocidades de propagação
do som consoante o meio material em que este se propaga.
De acordo com Kazuhito (2007) da mesma forma que existem cordas vibrantes o ar
(ou gás) contido em um tubo pode vibrar de modo estacionário, com determinada frequência,
produzindo ondas sonoras. Instrumentos musicais de sopro, como flauta, pistão, corneta, tuba,
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etc., são essencialmente constituídos por tubos sonoros, nos quais uma coluna de ar é posta a
vibrar, soprando-se a extremidade chamada de embocadura, que possui dispositivos vibrantes
apropriados.
Os tubos sonoros mais simples, podem ser abertos ou fechados. No caso do tubo
aberto, as duas extremidades são abertas, e, no caso tubo fechado, uma das extremidades é
fechada e a outra é aberta.
Se uma fonte sonora for colocada na extremidade aberta de um tubo, as ondas sonoras
emitidas irão superpor-se às que se refletirem na outra extremidade, produzindo ondas
estacionárias com determinadas frequências. Nessas condições, a coluna de ar no tubo entra
em ressonância com a frequência emitida pela fonte.
Uma extremidade aberta sempre corresponde a um ventre (interferência construtiva), e a
fechada, a um nó (interferência destrutiva).
Nas figuras a seguir, têm-se tubos sonoros de comprimento L, cujas ondas propagam-
se com velocidade v.
n 2L
n. L n , onde n= 1, 2, 3,...
2 n
v v v
fn f n n. , onde n= 1, 2, 3,...
n 2L 2L
n
f n n. f1
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS