Você está na página 1de 70

Cardiopatias e

exercício

Prof. Nivaldo Higajo


Pesquisador em Ciências do Esporte – Celafiscs – 1990
Esp. Reabilitação Cardiovascular – UniFMU - 2001
Esp. Fisiologia do Exercício – UniFMU - 2003
Mestrando em Fisiologia do Exercício – Unifesp – EPM – 2006
Doenças Cardiovasculares

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

Doença Arterial Coronariana (DAC)

Insuficiência Cardíaca (IC)

Doença Valvar (DV)


Pressão Arterial

Pressão arterial sistêmica

Função básica da circulação:


manter o fluxo sanguíneo adequado às necessidades
do organismo.

Atender a demanda metabólica


Manter a circulação constante
Manter a pressão de perfusão adequada
Pressão Arterial
• Para o sangue circular pelo corpo, é
necessário que uma bomba (coração)
realize uma força (pressão) para empurrar
o sangue no interior das artérias.

• Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma


determinada resistência(pressão).

• Quanto mais estreita é a artéria, maior é a


resistência à passagem do sangue.
Pressão Arterial
• Pressão Arterial Sistólica – Na sístole cardíaca a
pressão atinge seu valor máximo e a entrada de
sangue nos vasos supera a drenagem.

• Pressão Arterial Diastólica – O sangue contido na


câmara elástica (vasos) é liberado, ocasionando
uma queda de pressão até o seu nível mínimo.

• Pressão Arterial Média – É a medida de pressão


que tende a empurrar o sangue pelo sistema
circulatório.
CÁLCULO DA PRESSÃO ARTERIAL
MÉDIA

PAM = PAD + [ (PAS - PAD) / 3 ]


Ex: Indivíduo normotenso Indivíduo hipertenso
120 x 80 mmHg 140 x 100 mmHg

120 - 80 = 40 140 - 100 = 40


40  3 = 13,3 40  3 = 13,3
13,3 + 80 13,3 + 100

PAM = 93,3 mmHg PAM = 113,3 mmHg


(HAS)
Hipertensão
Arterial
Sistêmica
Hipertensão Arterial Sistêmica

Hipertensão Arterial Sistêmica


É o aumento persistente da pressão arterial
acima dos limites de normalidade
PREVALÊNCIA E TIPOS DE
HIPERTENSÃO

 Atinge aproximadamente 15% a 20% da população

 Hipertensão primária (essencial) atinge 90% da população hipertensa

 Hipertensão secundária (causa conhecida) atinge 10% da


população

 A hipertensão, provoca lesões no sistema vascular e em órgãos

alvos (cérebro, coração e rins)

De acordo com o VII Consenso Brasileiro para o tratamento


de Hipertensão Arterial, (JAMA, 2003) cerca de 14milhões de
brasileiros são hipertensos
Classificação diagnóstica da
Hipertensão Arterial
Classificação da pressão arterial ( indivíduos > 18 anos)
_________________________________________________________________________
Pressão arterial Pressão arterial Classificação
sistólica diastólica
_________________________________________________________

<120 <80 normal

120-139 80-89 pré-hipertensão

140-159 90-99 hipertensão art. (estágio 1)

≥160 ≤100-109 hipertensão art. (estágio 2)


_________________________________________________________

VII Joint National Committee (Chobanian, et al, 2003)


INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
HIPERTENSÃO

 Hipertensão limítrofe (pré-hipertenso):

exercício físico + dieta

 Hipertensão moderada e severa (estágio I e II):

exercício físico + dieta + terapia farmacológica


Função Cardiovascular
• FC – FREQÜÊNCIA CARDÍACA

• VS – VOLUME SISTÓLICO

• DC – DÉBITO CARDÍACO – FC x VS

• RVP – RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA

• PA – PRESSÃO ARTERIAL

• DP – DUPLO PRODUTO – PAS x FC


Efeitos agudos do exercício
sobre a função cardiovascular

Exercício FC VS DC RVP PA Mecanismo

PAS Mecanorreceptores
Dinâmico musculares e
comando central
aumentam a
PAD atividade simpática
Ativação dos
Estático quimiorreceptores
aumentam a
atividade simpática

Resistido
EFEITO AGUDO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA
PRESSÃO ARTERIAL
Exercício progressivo AERÓBIO

PAS aumenta
PAD mantêm-se ou diminui
PAM aumenta

Recuperação
queda na pressão arterial abaixo dos valores de pré-
exercício variando entre 5 a 7 mmHg

(ACSM, 2004; Forjaz et al, 1998, 1995)


EFEITO CRÔNICO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA
PRESSÃO ARTERIAL

REPOUSO:

 Em indivíduos normotensos, o exercício físico parece não


provocar alteração na pressão arterial (Gettman et al., 1976)

 Em indivíduos com hipertensão leve e moderada, o


exercício físico diminui a PA (Whelton, 2002)

diminuição de 11 mmHg – sistólica


6 a 8 mmHg - diastólica

(WORLD HYPERTENSION LEAGUE, 1991; HAGBERG, 2000; ACSM, 1993)


EFEITO CRÔNICO DO EXERCÍCIO FÍSICO
NA PRESSÃO ARTERIAL

Mecanismos:

 atividade nervosa simpática

 níveis de catecolaminas circulantes

 excreção urinária de sódio

 resistência vascular sistêmica


Prescrição de Exercícios

• Prescrição individualizada

• Verificar condições clínicas e cardiológicas

• Baseado em teste ergométrico – curva de PA


Recomendações de atividade
física para hipertensos
• Freqüência – maioria dos dias da semana,
preferencialmente todos.

• Intensidade – Moderada 40 a 60% do VO2 max. ou da


FCr.

• Tempo – maior ou igual a 30 minutos de forma contínua


ou acumulada.

• Tipo – Endurance (primeiro)

• Exercícios Resistidos (complemento)

(American College of Sports and Medicine, 2004)


Recomendações de Atividade
Física para Hipertensos
• Recomendação Populacional
Todo adulto deve realizar pelo menos 30 min. de
atividade física leve a moderada de forma
continua ou acumulada na maioria dos dias da
semana, com pequenas mudanças no cotidiano,
tais como:utilizar escadas em vez do elevador,
caminhar em vez de usar o carro e praticar
atividades de lazer, como dançar.

IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão ,2004


Recomendações de Atividade
Física para Hipertensos
Recomendação Individualizada

• Tipo – Exercícios dinâmicos (caminhada, corrida,


ciclismo, dança, natação)
• Freqüência – 3 a 5 vezes por semana
• Duração – 30 a 60 minutos contínuos (indivíduos
com pressão limítrofe ou obesidade 50 a 60
minutos)

Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2004


Recomendações de Atividade
Física para Hipertensos
• Recomendação Individualizada
Intensidade Moderada estabelecida da seguinte
forma:
• Simples – conseguir falar durante o exercício

• Precisa – controlar a FC durante o exercício:

Sedentários- de 50 a 70% da FCres.

Condicionados – de 60 a 80 % da FCres.
Recomendações de atividade
física para hipertensos
• Recomendação individualizada

Para o cálculo da FC de treino, utilizar a seguinte


fórmula:

FC treino = (FC max. - FC rep.) x % recom. da FCres + FC rep.


(Karvonen, 1957)

• FC de reserva = FC max. – FC rep.


• FC max. = estabelecida por ergometria ou 220 – idade
• Fc repouso = após 5 min. em repouso

Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2004


Recomendações de atividade
física para hipertensos
Indivíduo de 40 anos – (com FC repouso 80 bpm)
FC treino = (FC max - FC rep.) x % FCres + FC rep
FC treino = (180 – 80) x 50% + 80
FC treino = 100 x 50% +80
FC treino = 50 + 80
FC treino = 130 bpm 50-70% sedentário

Indivíduo de 40 anos – (com FC repouso 65 bpm)


FC treino = (180-65) x 50% FCres + FC rep
FC treino = 115 x 50% + 65
FC treino = 58 + 65
FC treino = 123 bpm 50-70% sedentário
(Karvonen, 1957)
Risco do Stress agudo no
Exercício
• Parada abrupta do exercício
• Diminui retorno venoso
• Diminui débito cardíaco
• Diminui pressão arterial
• Diminui perfusão coronariana – isquemia
• Alteração na velocidade de condução e na
despolarização e repolarização
• Aumenta atividade ventricular ectópica
Recomendações de atividade
física para hipertensos
• Exercícios Resistidos

Podem ser realizados, mas em associação


aos exercícios aeróbios, pois seus efeitos
sobre a prevenção em hipertensos não
são conclusivos.

Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2004


Recomendações de atividade
física para hipertensos
Exercícios Resistidos

Duplo produto – (FC x PAs)

Possui forte correlação com o consumo de


O2 do miocárdio.

Representa um preditor de esforço


cardiovascular.
Influência da FC e da PAS no
duplo produto
PAS x FC = DP

Repouso 120 mmHg x 80 bpm = 9.600

Exercício 160 mmHg x 150 bpm = 24.000


Dinâmico

Exercício 180 mmHg x 110 bpm = 19.800


Resistido

Exercício 180 mmHg x 170 bpm = 30.600


Resistido com
Cargas Elevadas
Sugestões de Exercícios
Resistidos para hipertensos
• Iniciar com pesos baixos e com série única de 10 a 15 rep.
até fadiga moderada utilizando de 8 a 10 exercícios e PSE
de 11 a 13 de Borg (ACSM, 2006)

• Cargas submáximas e rep. submáximas


(Haslam et al, 1988; Farinatti, 2000; Assis, 2000)

• Evitar séries sucessivas para um mesmo exercício ou


grupamento muscular ( D’avila et al, 2001)

• Aplicar intervalos de recuperação longos (2 min.) em


programas com mais de 2 séries por exercício (D’avila et al,
2001; Polito, 2004)

• Evitar a manobra de valsalva


??????????
(DAC)
Doença
Arterial
Coronariana
DOENÇAS ARTERIAL
CORONARIANA
FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA

As artérias coronárias

 Camada adventícia: fibroblastos


e colágeno

Camada média: grande


quantidade de células musculares
lisas, colágeno e fibras elásticas

 Camada íntima: formada por


células endoteliais que
promove uma proteção entre o
fluxo sangüíneo e a
camada íntima da parede do
vaso
Substâncias secretadas pelo
endotélio
Substâncias vasodilatadoras:

óxido nítrico (ON) - inibição da agregação e


adesão plaquetária, da ativação leucocitária
e da proliferação muscular lisa

prostaciclina (PGI2) - também inibe a agregação


plaquetária, diminui a quantidade de
colesterol que penetra nos macrófagos e
células musculares lisas e previne a
liberação de fatores de crescimento que
provocam o espessamento da parede
vascular
Substâncias secretadas pelo
endotélio

Substâncias
vasoconstritoras:

endotelina I
prostaglandina (PGH2)
tromboxano (TXA2)
Angiotensina II
Fisiopatologia DAC
Danos nas células endoteliais (ex.: substâncias anormais
no sangue ou aumento na PA sobre a parede do vaso)

Plaquetas e células do sistema imunológico (monócitos)
são atraídas para o local da lesão, liberam fator de cresci-
mento derivado das plaquetas (PDGF), que por sua vez
promove a migração das células musculares lisas da média
para a íntima

A placa é composta basicamente de células musculares
lisas e tecido conectivo; os lipídios sangüíneos LDL-C e o
colesterol são depositados na placa
Fisiopatologia DAC
Fatores de risco DAC
FATORES PRIMÁRIOS
 Hereditariedade

 Hipertensão

 Fumo

 Colesterol elevado

 HDL- C baixo

 LDL- C elevado

 Sedentarismo

FATORES SECUNDÁRIOS
 Obesidade

 Diabetes

 Estresse
INFARTO DO MIOCÁRDIO
Obstrução repentina da artéria coronária, com alterações
bioquímicas, histológicas e funcionais.
Desvio do metabolismo aeróbio para o metabolismo
anaeróbio:
 aumento na produção de ácido lático
 diminuição nos fosfatos de alta energia (ATP e CP)
 aumento do fosfato inorgânico (Pi)
 aumento do cálcio e sódio intracelular
 aumento do potássio extracelular
 edema nas mitocôndrias
 rupturas da membrana citoplasmática
 necrose celular
 perda da contratilidade
SÍNDROMES ISQUÊMICAS
CORONÁRIAS
São classificadas de acordo com a duração e
os sintomas precipitantes.

Angina: angere = sufocar/ pectus = peito


Dor toráxica subesternal que pode irradiar-se
para mandíbula ou braço e associar-se à
falta de ar, náusea ou vômito.
Angina estável: é um padrão de dor toráxica
que não altera a gravidade, duração, limiar
ou fatores desencadeantes, pelo menos por
um período de 6 a 8 semanas.
Angina
Tratamento farmacológico
 Nitratos (nitroglicerina sub-lingual) - produz ON que é um potente vasodilatador
 (nitroglicerina translingual)
 (nitroglicerina transmucosa)

 B-bloqueadores - antagonizam a atividade simpática


 atenolol
 propanolol

 Bloqueadores dos canais de cálcio –


 verapamil
 felodipina

 Aspirina - reduz a agregação plaquetária (está associada à uma redução de 70 a


80% do risco de infarto). (Aspirina prevent)

 Inibidores da enzima conversora da angiotensina –


 captopril
 enalapril
Intervenção farmacológica no IAM

 Trombolíticos (dissolvem ou provocam a “lise” do trombo) -


estreptoquinase, uroquinase.
 Anti-plaquetários (reduzem a agregação plaquetária) - aspirina
 Heparina - anticoagulante
 B-bloqueadores – redução da FC

Intervenção Cirúrgica
 Angioplastia – insuflação de balão – esmaga a placa de gordura
 Cirurgia de revascularização miocárdica – safena ou mamária
Prescrição de Exercícios para
pacientes com angina - 1
• O exercício pode não ser apropriado para
indivíduos com angina de esforço < 3 MET.

• Obj. aumentar o limiar anginoso e o ECG


isquêmico diminuindo o prod. frequência /pressão
para qualquer esforço submax.

• O exercício deve ser interrompido quando o


desconforto atinge nível moderado (> 2 em uma
escala de 1-4)
(ACSM, 2006)
Prescrição de Exercícios para
pacientes com angina - 2
• Aquecimento e volta a calma prolongados(≥ 10 min.)
efeito antianginoso (alongamentos e aeróbio de baixa
intensidade (elevar de 10 a 20 bpm do limite inferior)

• A isquemia pode ser arritmogênica, a FC treino deve ser


segura (≥10 bpm do limiar ECG isquêmico ou anginoso)

• Pacientes com angina estável apresentam sintomas


maiores no frio

• Exercícios com MS apresentam maior angina do que com


MI devido a maior resposta pressórica
(ACSM, 2006)
Prescrição de Exercícios para
pacientes com angina - 2

• Qualquer aumento ou mudança nos


sintomas anginosos deve ser registrado e
receber atenção médica imediata, pois
pode refletir alterações nas coronárias.
(ACSM, 2006)
(IC)
Insuficiência
Cardíaca
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Incapacidade do coração em bombear sangue
suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais
e de oxigênio do miocárdio, em virtude de uma
deficiência no débito cardíaco.
Estado crônico da Insuficiência Cardíaca (compensada)
 DC menor
 Atividade nervosa simpática aumentada
 menor filtração glomerular
 ativação do sistema renina-angiotensina
 maior secreção de aldosterona
 maior reabsorção de água e sal pelos rins
 maior retorno venoso
 maior pressão atrial direita
 DC normal
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
SOBRECARGA DE PRESSÃO
HIPERTROFIA CARDÍACA CONCÊNTRICA

HAS
Estenose aórtica

Espessamento da parede ventricular sem aumento do seu diâmetro

As fibras musculares são aumentadas em volume e não em quantidade

Espessamento de septo e músculos papilares

Adição de novos sarcômeros em paralelo

Aumento do tecido conjuntivo e fibroblastos

Número de mitocôndrias reduzido

(MOORE et al, 1980; FRANCIS et al, 1992)


INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
SOBRECARGA DE VOLUME

HIPERTROFIA CARDÍACA EXCÊNTRICA


Regurgitações valvares
Anemia crônica


Dilatação cavitária e hipertrofia miocárdica compensatória
Espessamento da parede cardíaca
A disposição das fibras estão em paralelo

(GROSSMAN et al, 1980)


INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
DESCOMPENSADA
É a incapacidade do coração em alcançar o nível crítico de DC
exigido para uma função renal normal.

1) Retenção progressiva de líquidos



2) Elevação progressiva da pressão atrial direita

3) Hiperdistensão muscular cardíaca e edema

4) DC menor
EXERCÍCIO FÍSICO E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

FATORES LIMITANTES DO EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO


NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COMPENSADA

 Débito cardíaco diminuído = intolerância ao exercício


 Menor perfusão muscular durante o exercício
 Início precoce do metabolismo anaeróbio
 Redução no conteúdo de enzimas aeróbias na
musculatura esquelética
 70 % dos indivíduos param o exercício por fadiga
periférica
(MANCINE et al., 1989)
EFEITO CRÔNICO DO EXERCÍCIO FÍSICO
DINÂMICO NA INSUFUCIÊNCIA CARDÍACA

 Maior consumo máximo de oxigênio


 Menor consumo de oxigênio em cargas submáximas de
trabalho
 Aumento da tolerância ao exercício
 Aumento das enzimas que participam do processo oxidativo
 Aumento da dif a-v oxigênio
 Aumento do débito cardíaco máximo
 Aumento do limiar anaeróbio
 Redução da dispnéia
 Menor ativação neuro – humoral (simpática)
Prescrição de Exercícios para
pacientes com ICC
• Pacientes estáveis (terapia clinica) e sem
contra indicações absolutas (obstrução
ventricular esq., ICC descompensada,
disritmias) com capacidade de se exercitar
acima de 3 METS.

• Se possível com pico de VO2 estabelecido


por Ergoespirometria direta, pois a
capacidade aeróbia pode ser
superestimada a partir do tempo de
exercício (Myers, 2003).
Prescrição de Exercícios para
pacientes com ICC
• Disritmias ventriculares é causa comum
de morte súbita em ICC, deve-se estar
atento ao agravamento dos sintomas no
exercício (fadiga, dispnéia, angina de
esforço incompatível)
• Em casos mais graves – edema, aumento
súbito de peso, até disritmias
ventriculares, o exercício físico deve ser
monitorado – ECG e PA.
Prescrição de Exercícios para
pacientes com ICC
• A intensidade do exercício baseada na
ergoespirometria (avaliação dos sintomas) de 40 a
75% do VO2 max de 3 a 7 dias por semana de 20 a 40
min. por sessão.

• Aquecimento e volta a calma ampliados de 10 a 15


min, deve-se evitar qualquer esforço isométrico.

• Inicialmente as sessões devem ser curtas de 10 a 20


min, e prolongados sucessivamente de acordo com a
tolerância ao exercício.

• Esforços de 2 a 6 min. com 1 a 2 min de intervalo de


repouso.
Prescrição de exercícios para
pacientes com ICC
• Exercícios como a caminhar, pedalar
(estacionária), e exercícios para os MS em
geral são recomendados

• Exercícios resistidos somente para


pacientes estáveis.

• Borg 11 a 14 (esforço percebido e


dispnéia)
PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO DE BORG
6
7 Muito, muito leve Muito fácil
8
9 Muito leve Fácil
10
11 Leve Relativamente fácil
12
13 Um pouco difícil Ligeiramente cansativo
14
15 Difícil Cansativo
16
17 Muito difícil Muito cansativo
18
19 Muito, muito difícil Exaustivo
20
Lesões
Orovalvulares
Valvas cardíacas
Valvas Cardíacas
LESÕES OROVALVARES

Estenose mitral: O orifício da valva Mitral é reduzido e o fluxo


sangüíneo do átrio para o ventrículo esquerdo é feito através de
um gradiente anormal de pressão.

Estenose Aórtica: O DC normal é mantido devido a hipertrofia


ventricular esquerda.

Insuficiência Mitral: Nesse tipo de lesão o orifício da valva mitral


encontra-se regurgitante.

Insuficiência Aórtica: o DC é mantido devido à dilatação do VE.


LESÕES OROVALVARES

Prolapso de valva Mitral (PVM): É a


anormalidade cardíaca valvar mais freqüente,
que ocorre predominantemente em jovens do
sexo feminino. A valva apresenta superfície
irregular e são redundantes, sofrendo
abaulamento (prolapso) para o interior do átrio,
durante a sístole ventricular.
LESÕES OROVALVULARES
• Cirurgia com circulação extra corpórea
Obrigado
Prof. Nivaldo Higajo
higajo@ig.com.br

Você também pode gostar