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Felipe Prestes
A educadora Guiomar Namo de Mello não tem dúvidas quanto ao que deve ser o foco das melhorias
na educação básica no Brasil. “Se você me dissesse que só dá para fazer uma coisa daqui para a
frente, eu diria: reformula completamente o sistema de formação de professores”. Para isto, ela
acredita que é preciso uma formação mais prática e a definição de metodologias claras, com
materiais que deem indicativos concretos ao professor.
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Guiomar explica que a maior parte dos professores hoje é formada no ensino superior privado, de
baixa qualidade. Subsidiar este ensino é, para ela, outro ponto fundamental na melhoria da
formação de professores. Fundadora do PSDB, ex-secretária municipal da Educação de São Paulo, a
professora defende a utilização de provas para os professores avançarem na carreira, aos moldes do
que fez Paulo Renato Souza em São Paulo. “Na carreira, o indivíduo vai progredindo de acordo
com o tempo. Ele criou um caminho alternativo: se você não quiser esperar, pode fazer um exame e
pular algumas referências. Mas isso não prejudica aqueles que não querem fazer o exame”.
Sul21 — Nos próximos anos, qual deve ser o foco da educação básica? Diz-se que já temos
vagas para todos, mas não há qualidade de ensino.
Guiomar Namo de Mello — É, isto já é praticamente um consenso entre os diferentes educadores.
Estamos na etapa de conclusão do processo de universalização — ainda tem muita coisa para fazer
–, e sabemos que tem que melhorar a qualidade, até porque quanto mais você estende a quantidade,
mais você tem que melhorar a qualidade.
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Editoria: Geral, Noticias Palavras-chave: algabetização, aprendizado, conteúdo, Educação básica,
educadora, escola, Esther Grossi, Guuiomar Namo de Mello, João Batista Oliveira, Mariza Abreu,
ONG, Paulo Renato de Souza, professores, tempo integral, universidade