Analise de Imagens e Estudo Processual Forense

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jusbrasil.com.br
5 de Junho de 2017

L au d o em d ocu m en t oscopi a / An al i se d e i m agen s e est u d o


pr ocessu al f or en se

L au d o em D ocu m en t oscop i a / An ál i se d e i m agen s e Est u d o


Pr ocessu al f or en se

Aos 04 de Março do ano de 2016, PROF. R I CARD O CAI RES D OS


SAN TOS, PERI TO JU D I CI AL PEL O TRI BU N AL D E JU STI ÇA D O
ESTAD O D E SÃO PAU L O CARGO POR N OM EAÇÕES EM
PROCESSOS CÍ V EI S, BACH AREL EM D I REI TO E PÓS GR AD U AD O
EM D I R EI TO PEN AL E PROCESSO PEN AL E PÓS GRAD U AN D O
PERÍ CI A CR I M I N AL E CI ÊN CI AS FOREN SES – I POG, I N SCRI TO N A
APEJESP – ASSOCI AÇÃO D OS PER I TOS JU D I CI AI S D O ESTAD O D E
SÃO PAU L O N º 156 8 – fui contrato pela Sr a. R u t e Jesu s Pi n t o, no uso
das atribuições legais e examinado documentos apresentados nos autos do
processo crime 00281071820148.260114 2ª Vara Criminal da Comarca de
Campinas- SP e demais documentos ora mencionados, expede o presente
laudo para que produza seus efeitos legais.

1 – H I STÓR I CO

A perícia foi encomendada pela Sr a. Ru t e Jesu s Pi n t o, esp osa do acusado


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D al m o Ar n al d o Pi n t o nos autos do processo crime 00281071820148260114


que tramita perante 2ª Vara Criminal da Comarca de Campinas –SP.

O objetivo da pericia e investigar a certeza e legalidade das imagens, tanto


quanto o processo de identificação do citado acusado.

Aconteceu em julho de 2014, no interior de São Paulo. Bandidos invadiram um


depósito lotado de celulares e computadores e levaram o equivalente a R$ 20
milhões. Agora, um ano depois do crime, nossos repórteres tiveram acesso às
imagens da ação dos criminosos. E vão contar a história de um homem,
acusado de ser um dos assaltantes, que jura inocência e se diz vítima de um
grande erro nas investigações.

As imagens são exclusivas do roubo dentro da fábrica da Samsung, em 2014,


em Campinas, interior paulista.

Os ladrões levaram R$ 20 milhões em celulares, tablets e computadores. Para

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a polícia, o crime está solucionado. Parte dos equipamentos foi recuperada.

Seis acusados estão presos. Cinco ainda não foram encontrados

O presente trabalho foi elaborado a partir dos conhecimentos técnicos e


jurídicos deste “expert” e com objetivo de responder os quesitos apresentados
para realização laudo pericial.

2 – D O M ATERI AL A SER EX AM I N AD O

Foi apresentado a este perito para ser examinados, copias

1. Copia da denuncia apresentada

2. Relatório do escrivão copia do processo

3. Copia do inquérito policial

4. Oitiva da autoridade policial

5. 30 Horas de imagens

3- TÉCN I CA U TI L I ZAD A N A PRESEN TE PER I CI A

Foi utilizado na presente laudo, os conhecimentos técnicos do Perito acerca de


documentoscopia, estudo processual forense e analise nas imagens

4 - D OS ESTU D OS

L ei 9 29 6 / 9 6 m ét od o cor r et o p ar a t r an scr ever ( áu d i o ou i m agen s) .

A utilização de gravações de conversas por meio de interceptações telefônicas,


de acordo com a Lei 9296/96, ou mesmo de gravações clandestinas,
ambientais ou realizadas com a anuência dos interlocutores torna-se cada vez
mais comum nos inquéritos policiais e nos processos penais.

Ocorre que o desenvolvimento tecnológico possibilita uma crescente facilitação

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do emprego dessa espécie de meio de prova e o legislador procura adaptar-se


às inovações e novas perspectivas, ajustando-as à legalidade e à
constitucionalidade de forma objetiva e proporcional.

Nesse passo, a Lei 9296/96, diploma legal mais próximo do tratamento desse
meio de prova, determina a transcrição das gravações obtidas a fim de
propiciar uma documentação formal do teor dos diálogos (artigo 6º., § 1º., da
Lei 9296/96).

O questionamento que se faz neste trabalho refere-se à determinação da


natureza jurídica da diligência de transcrição. Indaga-se se a transcrição é uma
modalidade de prova pericial ou de prova documental.

Essa pergunta não é meramente teórica ou restrita ao aspecto terminológico.


Apresenta conseqüências práticas importantes.

Quando se define a transcrição como "prova pericial", sua produção deve


regrar-se de acordo como o Título VII (Da Prova), Capítulo II (Do exame de
corpo de delito e das perícias em geral), artigos 158 a 184, CPP. E, acaso tais
regras não sejam seguidas à risca, ensejar-se-á a ilicitude ou, no mínimo, a
ilegitimidade da prova, o que a tornará nula e inadmissível no processo (artigo
5º., LVI, CF). De outra banda, com as mesmas conseqüências, acaso se a defina
como "prova documental", deverão ser obedecidos os mandamentos do mesmo
Título, mas agora referentes ao Capítulo IX (Dos documentos), artigos 231 a
238, CPP.

Têm sido comuns basicamente dois procedimentos quanto à transcrição das


gravações:

a) O encaminhamento das fitas ou CDs com as gravações respectivas ao


Instituto de Criminalística, requisitando-se a transcrição em laudo pericial;

b) A transcrição dos diálogos formalizada diretamente pela Autoridade Policial


ou, mais comumente, por um policial por ela indicado, independentemente do
concurso do Instituto de Criminalística para tal fim.

Resta bastante nítido que, no primeiro caso, procede-se tendo em mente a


natureza de "prova pericial" da transcrição e no segundo sua natureza

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"documental". Ocorre que, se realmente a natureza jurídica da transcrição for


de "prova documental", não haverá prejuízo algum em que seja levada a efeito
por dois peritos oficiais ou mesmo nomeados. Nesse caso, estar-se-ia obrando
com zelo e formalidades acima das exigidas legalmente e, como ensina o velho
brocardo latino, "quod abundant non nocet". [01]Entretanto, se a verdadeira
natureza jurídica da transcrição for de "prova pericial", no segundo caso
estarão faltando relevantes formalidades, o que pode conduzir à ilegalidade
probatória.

Percebe-se, então, muito claramente, a importância da determinação da


natureza jurídica da transcrição, o que será levado a termo neste trabalho
perscrutando os conceitos de "prova pericial" e "prova documental" e
confrontando-os com a diligência de transcrição de acordo com sua dinâmica
própria e as referências legais.

CON CEI TU AN D O A PR OV A PERI CI AL

O Código de Processo Penal não conceitua prova pericial, de modo que tal
incumbência acaba recaindo na doutrina.

Pesquisando os pronunciamentos acerca da conceituação de "prova pericial"


ou de "perícia", verifica-se certa constância entre os autores em acenar com a
caracterização dessa espécie de prova quando se faz necessário o concurso de
"experts" dotados de especiais conhecimentos técnicos, científicos ou artísticos,
a fim de realizarem exames e apresentarem conclusões e explanações que,
naturalmente, não estariam ao alcance das pessoas leigas.

Dentre os clássicos, encontra-se Mittermaier asseverando:

E igualmente Malatesta, afirmando ser a perícia um testemunho especial, vez


que se distingue do testemunho comum, "sobretudo porque, ao contrário
deste, tem por objeto a percepção de coisas não perceptíveis, em geral, pelo
homem". Por isso não pode ser realizada por qualquer pessoa, mas tão

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somente por aquelas especialmente habilitadas. [03]

Mais modernamente não diverge a orientação doutrinária.

Tourinho afirma textualmente que "entende-se por perícia o exame procedido


por pessoa que tenha determinados conhecimentos técnicos, científicos,
artísticos ou práticos acerca de fatos, condições pessoais ou mesmo
circunstâncias relevantes para o desate da questão, a fim de comprová-los".
[04]

No mesmo sentido manifesta-se Bonfim:

E ainda chamando a atenção para a necessidade de especiais conhecimentos


técnicos, científicos ou artísticos para a caracterização da perícia, encontra-se o
escólio de Oliveira:

técnica

Portanto, sublinha a doutrina que a prova pericial é aquela necessariamente


produzida por especialistas, eis que imprescindível a presença de
conhecimentos técnicos para a realização de exames, exposição de resultados
e, principalmente, para a análise conclusiva do apurado.

CON CEI TU AN D O A PR OV A D OCU M EN TAL

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O conceito de "prova documental" não apresenta grandes dificuldades,


podendo ser deduzido da definição legal de "documento" ofertada pelo artigo
232, CPP:

"Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis,


públicos ou particulares".

Acosta traz à colação os ensinamentos de João Monteiro e de Florian. O


primeiro afirma ser documento "qualquer escrito produzido em juízo pelas
partes litigantes em apoio das suas pretensões". O segundo aduz que
"documento é todo objeto que representa, em si, reunida e fixada, a
manifestação, por parte de uma pessoa, de um pensamento, de uma vontade,
ou a enunciação de um fato próprio, ou a narração de um acontecimento".

Tourinho apresenta o conceito de Fenech, explicando que "documento é o


objeto material em que se insere uma expressão de conteúdo intelectual por
meio de um escrito ou de quaisquer outros sinais, imagens ou sons".

Destaca o autor sob comento que o Código de Processo Penal Brasileiro adotou
uma definição "estrita" de "documento", restringindo-os aos "escritos" (artigo
232, CPP). Não obstante, tal dicção legislativa não tem o condão de excluir do
conceito de documento outras formas de manifestação e fixação material de
fatos, idéias etc., tais como "os esquemas, as fotografias, os desenhos, as
microfotografias, os vídeos etc.".

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N ATU REZA JU RÍ D I CA D AS TR AN SCR I ÇÕES

Observando-se atentamente os conceitos de "perícia" e "documento" expostos


nos itens anteriores, resta claro que a transcrição de gravações no processo
penal aproxima-se muito mais da prova documental do que da prova pericial.
Dessa forma, são legítimos os procedimentos nos quais as transcrições são
levadas a efeito diretamente por policiais sem o concurso de peritos do
Instituto de Criminalística.

É claro que também não é inválida a iniciativa adotada por alguns de valer-se
dos peritos para o trabalho de transcrição, embora isso não seja imprescindível
para a legalidade da prova.

Afinal, o trabalho de ouvir uma gravação e transcrever atentamente seu teor


não requer conhecimentos especializados, podendo ser perfeitamente
executado por qualquer pessoa dotada do sentido da audição e alfabetizada. E,
como visto, a prova pericial caracteriza-se pela necessidade do concurso de
pessoas dotadas de especiais conhecimentos.

A própria Lei 9296/96, em seu artigo 6º., § 1º., ao determinar a transcrição das
gravações, não menciona tratar-se de exame pericial ou que deva ser realizada
necessariamente por peritos ou "experts".

Na verdade trata-se de procedimento em que se "documentam" as gravações


obtidas, consistindo na reprodução do que foi dito no telefone, para o papel.

O que o legislador previu no dispositivo foi o revestimento do resultado da


interceptação de forma documental, sendo fato que a própria "gravação, de per
si, já constitui documento". [11]Como aduz Luiz Flávio Gomes, "a gravação é o
resultado de uma operação técnica (captação da comunicação). Mais
precisamente, é a documentação da fonte de prova. Fonte de prova é a
comunicação. A gravação atesta a existência dessa fonte, mas não é, por si só,
meio de prova. O meio de prova (documental) é a transcrição, porque é ela que
‘fixa a prova em juízo’". Tanto isso é verdadeiro, que esse não é o único meio
de fixar a prova da gravação em juízo, o que pode também ser feito por via da
"prova testemunhal".

Note-se que, seja como "prova documental", seja como "prova testemunhal", a

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fixação das gravações em juízo prescinde de conhecimentos técnicos


especializados, consistindo tão somente na documentação escrita ou narração
oral daquilo que foi captado e ouvido durante as diligências,
descaracterizando-se o requisito da especialização inerente ao conceito de
"prova pericial". Como bem adverte Paiva, a prova "literal ou documental"
nada mais é senão "uma asserção exprimida pelos caracteres visíveis e
permanentes da linguagem", de modo que não passa da "prova oral exposta
por outra forma e dirigida a outro sentido".

Na atualidade deve-se ter sempre em mente um conceito amplo de documento,


pois que a tecnologia inova continuamente, ampliando sobremaneira a
casuística, apontando para uma necessária interpretação progressiva dessa
noção.

O documento dever ser hoje entendido de forma bem mais abrangente do que
a limitada dicção do artigo 232, CPP. Deve ser interpretado como "qualquer
manifestação mater ializada, por meio de grafia, de símbolos, de desenhos, e,
enfim, que seja uma forma ou expressão de linguagem ou de comunicação, em
que seja possível a compreensão de seu conteúdo". [14]Se as bases de registro
das idéias e da sua expressão já se limitaram à pedra lascada, ao papiro e, mais
recentemente, ao papel, hodiernamente não se podem desprezar as bases
magnéticas e informáticas em suas diversas conformações.

Vale transcrever a lição de Mirabete:

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documento doceo

Código de Pr ocesso Penal

Observe-se que mesmo o documento que retrata apenas indiretamente uma


idéia, um sentimento, um fato etc., prescinde, normalmente, de conhecimentos
especializados para sua constatação e interpretação. O documento já constitui,
em si, a prova, prescindindo de perícia, a não ser que se questione sua
autenticidade. Caso contrário, exprime-se sozinho, sem necessidade da
intermediação de "experts", exames, laudos etc.

As gravações em bases magnéticas e informáticas são documentos modernos e


exprimem-se por si mesmas de forma direta, independendo o Juiz e os demais
sujeitos processuais da intermediação de peritos para tomarem contato com
seu teor. Assim sendo, a transcrição não é perícia, mas diligência de produção
de prova documental, que pode ser executada sim pelo Instituto de
Criminalística, mas que pode, sem qualquer prejuízo, ser levada a efeito por
policiais. O concurso de peritos somente será imprescindível para a realização
de exames que demandem conhecimentos técnicos especializados, como por
exemplo, casos de aferição de autenticidade das gravações, presença de cortes
ou inclusões nos diálogos, montagens de conversas, análise espectográfica da
voz, dentre outros.

A i n con st i t u ci on al i d ad e d a p r i são p r even t i va d ecr et ad a sob o


f u n d am en t o d o cl am or p ú bl i co
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O presente artigo se propõe a demonstrar a inconstitucionalidade da prisão


preventiva em decorrência do clamor público, na medida em que este suposto
fundamento, além de encontrar-se intimamente ligado à influência da mídia,
acaba por se revelar flagrante afronta aos direitos e garantias fundamentais do
indivíduo. Partindo-se do pressuposto constitucional de que ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória,
verificar-se-á que a Constituição Federal, enquanto norma fundamental do
arcabouço jurídico vigente, atua como verdadeiro limitador das prisões
cautelares. Como consequência, conclui-se, que a prisão preventiva somente
poderá ser decretada quando respaldada em fundamentos idôneos, bem como
quando reputada essencial para garantia do normal desenvolvimento da
investigação criminal ou do processo penal. Assim, para a consecução do
objetivo proposto, será realizada a análise legal e a abordagem doutrinária
acerca da perspectiva apresentada, bem como será produzida uma breve
retrospectiva jurisprudencial relatando o posicionamento dominante dos
Tribunais Superiores até chegar aos dias atuais.

PRI SÃO PR EV EN TI V A: GR AV I D AD E D O CR I M E EM ABSTR ATO


COM O FU N D AM EN TO PARA A PR I SÃO PR EV EN TI V A.

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A pesquisa foi r ealizada atr avés do método dedutivo. O pr esente tr abalho


tem como objeto analisar os fundamentos par a pr isão pr eventiva.
I niciando com a conceituação desta pr isão cautelar . Podendo ser decr etada
sempr e que houver extr ema e compr ovada necessidade, uma vez que se
decr etada ilegalmente lesa o exer cício do dir eito de ir e vir de um acusado.
Assim, compr ovada a necessidade de se ater às hipóteses legais, e pr esentes
os r equisitos necessár ios par a efetivação da pr isão poder á o acusado ser
r ecolhido ao cár cer e. Ser á abor dado também as jur ispr udências dos
Tr ibunais Super ior es analisando seus posicionamentos quanto à
per iculosidade do cr ime em abstr ato como fundamento par a pr isão, bem
como dos r equisitos elencados no ar tigo 312 do Código de Pr ocesso Penal.

No pr esente estudo analisar -se-á a pr isão pr eventiva e o fundamento par a


sua decr etação. Este tema foi escolhido pelo fato de alguns magistr ados
estar em decr etando a pr isão pr eventiva, tão somente pela gr avidade do
delito, como também da r eper cussão ao meio social, esquecendo-se dos
pr essupostos indispensáveis par a que possa antecipar a custódia cautelar .
O método utilizado foi o dedutivo. Quanto à técnica da pesquisa foi a
documental indir eta, r ealizando-se pesquisas em doutr inas r efer entes ao
tema abor dado, bem como o uso de entendimentos jur ispr udências atr avés
de pesquisas nos Tr ibunais de Justiça, Super ior Tr ibunal de Justiça e
Supr emo Tr ibunal Feder al.

O objetivo desse estudo é dar enfoque ao cr ime em abstr ato como


fundamento par a pr isão pr eventiva, esclar ecendo que as medidas
cautelar es, em r egr a, são decr etadas no intuito de gar antir eficácia e
utilidade da pr estação jur isdicional. No pr ocesso penal, em se tr atando de
pr ivação da liber dade em momento investigatór io, ser ve especialmente
par a apur ar pr ova contr a o indivíduo objeto da constr ição, e isso impor ta
em um gr ave r isco, posto que, no momento em que é decr etada, ainda não
se tem cer teza da existência ou não da pr esença do dir eito acautelado.
Dessa for ma os magistr ados ao decr etar a pr isão cautelar devem
fundamentar suas decisões de um modo explicativo e não apenas colocar
as pr oposições estabelecidas no Código de Pr ocesso Penal, ou seja, elencar
clar amente as r azões que o levar am a decidir daquele modo. Entr etanto,
por se tr atar de medida excepcional, a pr isão pr eventiva somente pode ser
decr etada em casos de extr ema necessidade, quando pr esentes os
pr essupostos ger ais e específicos, que devem ser abor dados, e
fundamentados pela decisão que a decr etar . I sto posto, o pr esente tr abalho
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tr atar á especificamente do instituto da pr isão pr eventiva no intuito de ser


decr etada injustamente, o que acaba acar r etando gr avíssima violação ao
dir eito à liber dade do acusado. Nessa linha, é necessár io o estudo dessa
modalidade, envolvendo seus limites dogmáticos fr ente ao poder punitivo
estatal. Consider ando que a pr isão pr eventiva pode significar em alguns
casos uma pr ovidência gr ave, infr ingindo os dir eitos fundamentais postos
na Constituição da Republica Feder ativa do Br asil de 1988. PRI SÃO
PREVENTI VA A pr isão pr eventiva é uma espécie de pr isão cautelar ,
r egr ada na Constituição Feder al. Pode ser decr etada pelo juiz em qualquer
fase do inquér ito policial ou da instr ução cr iminal, não havendo qualquer
obstáculo à sua decr etação antes da conclusão do inquér ito, assim como
nos casos de ação pública, quanto de ação pr ivada, sempr e que estiver em
pr eenchidos os r equisitos legais e motivos autor izador es.

CON CL U SÃO

A pericia assistente realizou seu trabalho nos depoimentos, provas, imagens,


inquérito policial e laudo da IC pela autoridade policial. Ficando uma lacuna
sobre essas imagens. Com efeito, no caso, acolher a tese (simplista) de que a
exceção constitucional contida na expressão “salvo no último caso”, somente
permite a interceptação do fluxo das comunicações telefônicas, sendo vedada
toda e qualquer interceptação de outras formas (novas) de comunicação, é
privilegiar, exclusivamente, a interpretação literal e a temporal do Texto e
ignorar não só a finalidade da norma, mas principalmente a necessária
sincronia que deve existir entre o direito e a evolução social, especialmente
quando decorrente do avanço tecnológico. Daí o brocardo “ j u s ex f act o
or i t u r ” (o direito nasce no fato). No decorrer deste trabalho, procurou-se
deslindar a verdadeira natureza jurídica das imagens utilizadas no processo
penal. Duas hipóteses foram aventadas, questionando tratar-se de modalidade
de prova pericial ou documental. Foram expostos os conceitos e principais
caracteres da prova pericial e da prova documental, concluindo-se, ao final,
que as transcrições são, em verdade, modalidade de prova documental, assim
como as próprias gravações em si mesmas constituem documentos em sentido
amplo.

Deve-se ter em consideração que, modernamente, somente um conceito amplo


de documento pode satisfazer a vasta gama de possibilidades ensejadas pelo
desenvolvimento tecnológico para a captação, armazenamento e registro das
mais variadas informações de interesse probatório.
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A per icia assistente não conseguiu identificar pelas infor mações tr azidas
pelas autor idades policiais, sobre a identificação do senhor D AL M O. Sendo
assim, fica claro a incerteza da identificação do acusado através de “das
imagens e mesmo pelas testemunhas” é gritante e inexoravelmente ilegal, na
medida em que os autos e o depoimento da autoridade policial, contém dados
variáveis acerca da identificação do acusado e, não podemos aceitar uma
condenação pela possibilidade de um “ imagem ou mesmo testemunha”, que
como afirmado pela autoridade policial, poderia ser utilizado por qualquer
pessoa, podemos falar (fúmus bôni iúris) é a expressão latina que significa
sinal de bom direito ou aparência de bom direito.

A autoridade policial apresenta uma foto de 20 anos atrás do senhor hoje


encarcerado, técnico, especialista e com os conhecimentos e meios à sua
disposição, NÃO pode afirmar que é a mesma pessoa encarcerada, como nas
imagens das câmeras de segurança captadas no dia dos fatos. O perito, nessa
hipótese tem o dever de responder afirmativamente e com certeza e não fazer
conjecturas de que peças podem ser trocadas com facilidade etc, fúmus bôni
iúris.

Foto 10 anos atrás do Sr. Dalmo foto atual da Vitima Sr. Dalmo

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O perito fez analise nas imagens da reportagem exibida ao programa


FANTASTICO da rede globo de televisão do Sr. DALMO em dia 23/08/2015.
Deve dizer se a pessoa na foto é ou não DALMO e não sair pela tangente, f ot o
ap r oxi m ad am en t e 10 an os, n a ép oca d o assal t o N ÃO COM ETEU
n en h u m CRI M E, m as SI M as au t or i d ad es e t est em u n h a q u e
au t en t i cou o Sr . D AL M O. Nunca com as imagens e provas ora apresentadas
pela autoridade policial poderia fazer analise dele em cima do Sr . D AL M O,
fora dela e, tecnicamente, a pericia oficial está eivadas de vícios,
TESTEM U N H AS CR I M I N OSA E PR OV A CR I M I NOSA, “ FUMUNS BONI
IÚRIS” FUMAÇA DO BOM DIREITO.

Por fim, de suma impor tância os depoentes Ruan Felipe, diz ter sido o
funcionár io que por or dem de seu ENCARREGADO João Car los, foi quem
acompanhou os assaltantes no car r egamento dos caminhões e das
empilhadeir as. Desta for ma no dia do assalto só 1 (UMA) empilhadeir a
tr abalhou os pr ópr ios depoentes e imagens atesta essa infor mação.

Nada mais havendo, aos 05 de Março de 2016, encerro Laudo Pericial,


afirmando que as imagens “testemunhas” NÃO há condições de identificar
“AUTENTICAR” o Sr. D AL M O AR N AL D O PI N TO, conforme á Pericia
Assistente deixa claro igual Sol do meio dia em solarado, erros e incertezas nas
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informações colhida pela prisão do Sr . D AL M O ARN AL D O PI N TO.

PROF. R I CARD O CAI RES D OS SAN TOS

PERI TO JU D I CI AL / CR I M I N AL FOREN SE

ASSOCI AÇÃO D OS PER I TOS JU D I CI AI S D O ESTAD O D E SÃO


PAU L O APEJE-SP

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