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SUMÁRIO
1 –Escola Marxista________________________________________________2
2-Escola Heterodoxa______________________________________________4
3-Escola Neoliberal_______________________________________________14
4-Escola Desenvolvimentista_______________________________________17
Referências
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Escola Marxista
Caio Prado
Político e historiador brasileiro nascido em São Paulo, um dos maiores intelectuais brasileiros e
que desenvolveu obras essenciais para a compreensão do processo de formação histórica do
Brasil, além de se destacar como ativista político.
Teve como principais obras: Evolução Política do Brasil (1933), História Econômica
do Brasil (1945), A Revolução Brasileira (1966),
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Evolução Política do Brasil: Esta é a primeira obra de Caio Prado Júnior, e também a primeira
análise marxista e materialista da história nacionalNo livro, Caio Prado, prega e prova a não
existência do feudalismo no Brasil (pois considera que desde o início da colonização nossa
estrutura econômica é capitalista). O que mais se pode destacar é que ele dá uma nova análise às
rebeliões regenciais, colocando-as como movimentos que tentaram romper a ordem colonial
Revolução Brasileira: O livro critica a atuação das forças de esquerda brasileiras. Ele aponta as
falhas das propostas políticas da esquerda e como isso compromete o destino nacional. Critica,
entre outros temas, a distância entre as análises do partido comunista brasileiro sobre o Brasil e
nossa realidade. Da mesma forma, abre espaço para ressaltar a importância do povo na
sociedade e história nacional.
FHC
Fernando Henrique Cardoso nasceu no Rio de Janeiro, numa família de militares de grande
tradição nacionalista. Mudou-se para São Paulo aos 8 anos, onde se formou em Ciências Sociais
pela Universidade de São Paulo (USP), completando seus estudos de pós-graduação na
Universidade de Paris.Nasceu em 19 de junho de 1931. Formou-se em Sociologia pela Universidade de
São Paulo.
Em 1962 publica o livro Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional. Na época da ditadura militar,
FHC vai para o Chile, onde continuaria trabalhando como professor e lança mais um livro: Dependência
e Desenvolvimento na América Latina. Em 1969, após 5 anos no exterior, volta para o Brasil, anistiado
pelo AI-5. Compulsoriamente aposentado pela USP, FHC junto com outros membros do seu partido funda
o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
Ainda que silenciado pela ditadura militar, Fernando Henrique continuou pesquisando, fazendo
palestras e escrevendo artigos na imprensa, sempre como crítico do regime militar e defensor de
uma transição pacífica para a democracia.
De 1978 a 1986, FHC disputa três eleições. Assume a vaga de senador suplente de Franco Montoro
quando este se elege governador de São Paulo em 1983. Perde a Prefeitura de São Paulo para Jânio
Quadros em 1985, quando se antecipou ao resultado, sentou-se na cadeira do prefeito e passou por um
vexame ao ouvir de Jânio que a cadeira iria ser desinfetada. Em 1986 é eleito senador por São Paulo com
6,2 milhões de votos. Em 1988, funda o PSDB. Com o impeachment de Fernando Collor de Melo, em
1992, e a posse de Itamar Franco, FHC é convidado para assumir o Ministério das Relações Exteriores e
em maio de 1993, o da Fazenda. Participa da elaboração do Plano Real e se lança candidato à presidência
da República em 1994. Fernando Henrique é escolhido presidente por 34,3 milhões de eleitores, com
54,28% dos votos válidos. Seu mandato vem sendo marcado por baixos índices de inflação, pela
crescente onda de desemprego e pelas privatizações de várias companias estatais.
Escola Heterodoxa
(ii) os preços foram congelados, por decreto, por tempo indeterminado. A taxa de
câmbio também foi fixada. Essas duas ações tiveram por base a idéia de que a meta de
inflação zero seria imediatamente atingida e mantida;
(iii) na conversão dos contratos salariais vigentes para cruzados, os valores iniciais
(entry values) deveriam ser iguais à média do poder de compra nos seis meses
anteriores, acrescidos de um abono de 8% (15% para o salário mínimo). Anualmente, os
salários seriam ajustados em pelo menos 60% da taxa de inflação acumulada desde o
ajuste anterior. Os outros 40% deveriam ser negociados entre trabalhadores e patrões;
(iv) criou-se uma cláusula de indexação determinando que, toda vez que as taxas
mensais de inflação acumuladas atingissem 20% ou mais, todos os salários seriam
automaticamente ajustados pela taxa total de inflação acumulada (gatilho);15
(v) depósitos, cédulas de cruzeiro e ações nos fundos financeiros públicos foram
convertidos em cruzados imediatamente. A Tablita — um mecanismo de desvalorização
diária baseado no desconto de valores indexados implícitos nos contratos futuros — foi
estabelecida para a conversão dos passivos com vencimentos futuros. Passivos
indexados explicitamente não estavam sujeitos à Tablita;
Embora tanto Arida quanto Lara Resende fossem teoricamente contra a idéia de um
congelamento de preços, especialmente devido a seus efeitos de longo prazo na
economia, eles aceitaram sua inclusão no Plano como instrumento de curto prazo. Eles
estavam convencidos da importância do sistema de preços para determinar uma
alocação eficiente de recursos entre diferentes setores da economia, mas escolheram o
congelamento de preços por três razões. Primeiramente, havia problemas
constitucionais envolvidos na idéia de criar um período de transição, durante o qual a
nova e a antiga moedas fossem válidas. Pode um país ter duas moedas diferentes?
Apenas em 1992, depois do fracasso de quatro choques de estabilização não-ortodoxos,
Arida planejou uma forma de evitar esse debate por meio de uma idéia muito criativa: a
nova moeda seria apenas virtual, isto é, ela não precisaria circular na economia como
meio de troca — essa foi a lógica aplicada no Plano Real.
Ignácio Rangel
Realiza dois trabalhos inspirados em suas atividades, dando origem ao longo artigo
Desenvolvimento e projeto e à obra Elementos de economia do planejamento. Um
apanhado de sua monografia escrita no Chile encontra-se em Introdução ao
desenvolvimento econômico brasileiro. Rangel publica Apontamentos para o 2° Plano
de Metas e A questão agrária brasileira, ambos em 1961, e o clássico Inflação
Brasileira (1963). Em 1965, Rangel é acometido de enfarte e se licencia do
BNDE, mas três anos após retorna. Apesar de se aposentar em 1976, continua a dar
consultoria ao banco até a véspera do governo Collor. Redigiu, então, mais três coleções
de ensaios – Recursos ociosos e política econômica (1980), Ciclo tecnologia e
crescimento (1982) e Economia brasileira Contemporânea (1987) – e uma análise da
economia brasileira no período autoritário: Economia, milagre e antimilagre.
No início dos anos 90, a Universidade do Maranhão publica uma entrevista biográfica
de Rangel. Após a publicação de diversos artigos na Revista de Economia Política e
tornar-se colaborador assíduo da Folha de S. Paulo, com a saúde bastante debilitada,
Ignácio Rangel falece em março de 1994 na cidade do Rio de Janeiro.
Pensamento econômico:
Contudo, ainda fica por esclarecer onde e em que condições originam-se esse segmento
modernizador do capital mercantil. Seria
necessário debater a lógica da reprodução da esfera clássica, com traços econômicos e
político e aspectos ideológicos e operacionais. Este trabalho foi o primeiro de um
economista contemporâneo a considerar a questão agrária como
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parte da dinâmica inerente aos interesses do capital. Sendo assim, esta questão não é um
problema rural, mas é um componente do movimento do capital, uma vez que ele se
desdobra no espaço nacional e apoia-se nas estruturas tradicionais de poder. “Não há um
problema agrário fixo, que permanece ou se resolve, se não um espaço de conflito de
interesses que se desloca segundo varia a mobilidade dos trabalhadores e flexibiliza o
acesso aos recursos humanos.”
Além dos estudos feitos sobre a questão agrária em nosso país, Ignácio Rangel
preocupou-se em fazer análises voltadas às transformações do capital e ao sistema
institucional – a influência do capital financeiro na construção do bloco de poder no
capitalismo monopolista. Além das implicações imediatistas, a inflação também deveria
ser analisada pela sua função de acumulação de capital. Neste
modelo disposto os aspectos monetários e os aspectos de distribuição de renda são
diferentes. O Brasil é representado para Rangel como uma economia complementar às
economias mais desenvolvidas, sendo formada por três níveis econômicos: a) economia
natural, indicando uma produção cujo consumidor seria o próprio produtor; b) economia
de mercado, que é parecida com o sistema capitalista do século XIX, e; c) economia de
monopólio, semelhante ao capitalismo contemporâneo.
1934-1996
Contribuição
Foi o principal economista da EPGE, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e
um dos principais economistas com contribuições na área de Teoria Econômica.
Realçou, entre outras idéias, a importância da educação para o desenvolvimento
econômico.
Linha de Pensamento
Obras Principais
O Brasil 2001
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Os 142 artigos reunidos neste livro foram publicados após o retorno de Mario Henrique
Simonsen às atividades acadêmicas e empresariais, entre 1981 e 1996, em periódicos de
alcance nacional, revistas especializadas e publicações de circulação dirigida. Nessa
fase de sua vida, Simonsen havia consolidado a reputação de arguto observador da cena
econômica e congregava um conjunto significativo de leitores e seguidores, que
buscavam em suas análises a clareza sintética e a forma incisiva com que apresentava
suas propostas.
Nesse cenário, marcado pela imprevisibilidade e pelo caráter provisório das diretrizes
econômicas, o texto de Simonsen funcionava como uma clara e precisa cosmografia do
universo econômico, combinando as variáveis econômicas com um exato senso de
percepção das conjunturas políticas e sociais.
Talvez essas características fiquem ainda mais explícitas no formato escolhido para a
apresentação desta coletânea, sem dúvida influenciado por nosso próprio perfil de
organizadores. Em vez de buscarmos uma forma de observar a obra de Mario Henrique
Simonsen a partir de um referencial interno ao próprio campo da economia, que ele
ajudou a constituir com seus textos, abordamos sua produção a partir de uma percepção
histórica, referenciando seus discursos aos contextos específicos e aos lugares sociais de
sua elaboração. Usando as ferramentas próprias de nosso ofício de historiadores,
procuramos referenciar o indivíduo e a obra a conjunturas históricas determinadas. O
critério de seleção dos artigos foi a possibilidade de estabelecer sólidas referências entre
os textos e o ambiente social, político e econômico em que eles tiveram circulação. Essa
estratégia de organização acabou por evidenciar a clareza argumentativa com que Mario
Henrique Simonsen buscava associar os diversos referenciais que galvanizavam o
debate econômico, e permitiu compreender a aura de "guru" com que passou a ser
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Pérsio Árida
Foi um dos diretores Opportunity Fund, ao lado de Daniel Dantas e Verônica Dantas na
versão de 1998 do Private Placement Memorandum (que foi arquivado na CVM e lá
pode ser consultado) daquele fundo internacional.
Em 2008, fundou, junto com André Esteves, alguns sócios do Banco Pactual e diretores
do Banco suíço UBS, o BTG, firma de investimentos globais com mais de 100
empregados e escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova York, Londres e Hong
Kong. (consulta pode ser feita no site do BTG Pactual). Também faz parte do conselho
executivo do Instituto Moreira Salles.
Persio Arida participou do esforço coletivo de formulação de política de estabilização
em dois momentos especialmente marcantes de nossa história econômica recente: fez
parte da equipe responsável pela elaboração do Plano Cruzado em 1986 e do bem-
sucedido Plano Real em 1994. O que se mostra singular nesta trajetória é a presença da
mesma base conceitual nos dois Planos, ou seja, o diagnóstico da inflação inercial,
apesar da solução experimentada em 1986 não ser a proposta "Larida".1 Esta última
propunha estabilizar a inflação brasileira por meio de uma reforma monetária com
indexação plena, estratégia que acabou sendo adotada no Plano Real.
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Arida (1999) identifica como quatro os princípios da proposta "Larida"2 que nortearam
o plano de 1994: o pré-anúncio do programa, a introdução da moeda alternativa na fase
de transição, a livre conversão de contratos para a nova moeda via mercados, o uso da
reforma monetária como instrumento para remover a inércia inflacionária. Ressalta
somente duas diferenças do Plano Real com a proposta "Larida": a moeda indexada
existiu apenas virtualmente na fase de transição; e o papel atribuído à âncora dos preços.
A crise da dívida externa de 1982, e sua conseqüente restrição à liquidez internacional,
impossibilitavam a adoção do câmbio para esse papel.
Filho do escritor mineiro Otto Lara Resende, criado em meio à fina flor da
intelectualidade carioca, André era professor da Pontifícia Universidade Católica, PUC,
do Rio de Janeiro, em 1985, quando foi convidado a ser diretor do Banco Central.
Economista brilhante, um dos melhores no Brasil na formulação teórica, André Lara
Resende ajudou a criar o Plano Cruzado, juntamente com o colega Persio Arida. Sua
competência no trato da coisa pública levou-o para a iniciativa privada. Daí por diante,
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sua vida obedeceu a um movimento pendularmente incestuoso entre uma área e outra,
como acontece com muitos economistas competentes que passam pelos órgãos
financeiros do governo. Depois de passagens pelos bancos Garantia e Unibanco, Lara
Resende fundou o banco de investimentos Matrix, justamente ao lado de Mendonça de
Barros. O desempenho da instituição foi nada menos do que excepcional em matéria de
lucros. Voltou ao governo, teceu as bases do Plano Real, outra vez na companhia de
Persio Arida, e retornou ao banco, de onde finalmente se desligou para, uma vez mais,
voltar ao governo.
Escola Neoliberal
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Octávio Bulhões
Considerado um modelo de liberal brasileiro, teve uma atuação marcante como servidor
público. Criador do Banco Central e da SUMOC e ministro da Fazenda entre 1964 e
1967, notabilizou-se pela constante preocupação com questões monetárias e financeiras,
principalmente com o problema da inflação. Filiado à corrente de pensamento que teve
como líder Eugênio Gudin, apresenta uma produção acadêmica que trata das questões
de política econômica com o foco central sobre a estabilidade, que considerava fator
fundamental para o crescimento econômico. É classificado como neoliberal dentro do
pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do
economista Adam Smith. Professor universitário e membro do Instituto Brasileiro de
Economia, Octavio Gouvêa de Bulhões, tanto pela vida como pela obra, é uma
referência das mais relevantes para o entendimento da economia brasileira.
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A escola Desenvolvimentalista
Biografia
Celso Monteiro Furtado foi reconhecido mundialmente como um dos principais
economistas e pensadores sociais latino-americanas de nosso tempo.
Nascido em 1920 na Paraíba, Brasil. Ele se formou em Direito no Rio de Janeiro (1944)
e obteve um doutorado em economia pela Universidade de Paris (1948), e esteve entre
os primeiros membros da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe).
Escreveu "Formação Econômica do Brasil", uma das principais, se não a principal,
análises da história econômica brasileira.
Em 1958 e 59 é diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,
onde concebeu e criou a SUDENE, da Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste, uma agência governamental de desenvolvimento econômico pioneiro no
Nordeste. Ele era superintendente da agência 1959-1964. O trabalho desenvolvido por
Celso Furtado na SUDENE foi objeto de um estudo de muitos teóricos do
desenvolvimento.
Em 1962, 63 anos, Furtado foi ministro do Planejamento no governo João Goulart. O
golpe militar de 1964 foi privado de direitos políticos e conduziu a sua migração e sua
dedicação ao ensino na Universidade de Yale, Cambridge e Paris.
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Depois da restauração da democracia no Brasil, Celso Furtado foi nomeado embaixador
do Brasil junto das Comunidades Europeias em Bruxelas (1985-86) e mais tarde
Ministro da Cultura do Brasil (1986-90). Mais tarde trabalha na Comissão da Cultura e
Desenvolvimento UNESCO, quando criou a primeira legislação de incentivos fiscais à
cultura. Nos anos seguintes, retomou a vida acadêmica e participou de diferentes
comissões internacionais. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1997. Foi
duro crítico da era FHC. Embora apoiador de Lula, em 2003, recusou convite do
governo para reformular a Sudene.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 2004. No dia 25 de setembro de 2009
foi inaugurada a Biblioteca Celso Furtado contendo os 7542 livros que pertenceram ao
autor.
Contribuições
O instrumental teórico importado, no caso de Furtado, era o keynesianismo ativista
típico do pós-guerra (Furtado foi condecorado pela Força Expedicionária Brasileira, na
qual lutou na Itália). Furtado reinterpretou a história econômica brasileira como uma
série de oportunidades de desenvolvimento catalisadas por um Estado em formação. A
sua "Formação Econômica do Brasil" (1959) - um dos mais importantes livros da
história econômica do país, que pode ser lido como uma história das possibilidades de
intervenção racional do Estado no processo de desenvolvimento.
A receita de Celso Furtado: planejamento estatal. O economista sugeria, numa época em
que a ortodoxia já recomendava as políticas tradicionais de ajuste fiscal e combate à
inflação, uma ação mais efetiva do Estado, ao qual caberia o papel de direcionar os
recursos e apoiar a diversificação econômica.
Celso Furtado faz parte dos pensadores que consideram o subdesenvolvimento como
uma forma de organização social no interior do sistema capitalista, sendo contrário à
idéia de que seja uma etapa para o desenvolvimento, como podem sugerir os termos de
país "emergente" e "em desenvolvimento". Na verdade, o subdesenvolvimento é um
processo estrutural específico e não uma fase pela qual tenham passado os países hoje
considerados desenvolvidos.
Os países subdesenvolvidos tiveram, segundo Furtado, um processo de industrialização
indireto, ou seja, como consequência do desenvolvimento dos países industrializados.
Este processo histórico específico do Brasil criou uma industrialização dependente dos
países já desenvolvidos e, portanto, não poderia jamais ser superado sem uma forte
intervenção estatal que redirecionasse o excedente, até então usado para o "consumo
conspícuo" das classes altas, para o setor produtivo. Note-se que isto não significava
uma transformação do sistema produtivo por completo, mas um redirecionamento da
política econômica e social do país que levasse em conta o verdadeiro desenvolvimento
social.
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Biografia
Engenheiro, empresário, historiador e economista brasileiro nascido em Santos, SP, um
dos fundadores da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (1933), a primeira
do país, onde ministrou o curso de história da economia nacional. Estudou como interno
no Colégio Anglo-Brasileiro, no Rio de Janeiro, e formou-se em engenharia pela Escola
Politécnica de São Paulo, estado onde destacou-se pelo espírito progressista e
empreendedor, tornando-se também industrial e atuante na política paulista e brasileira.
Fundou a Companhia Construtora de Santos (1910), e representou o Brasil em missões
comerciais e congressos no exterior. Como político apoiou o movimento
constitucionalista que eclodira em São Paulo (1932), participou da fundação do Serviço
Social da Indústria (SESI) e foi eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte
(1934). Tornou-se membro da Academia Paulista de Letras (1939), foi eleito senador
por São Paulo (1946) e também neste ano ingressou na Academia Brasileira de Letras,
sucedendo a Filinto de Almeida, o segundo ocupante da Cadeira n. 3. Faleceu, no salão
nobre da Academia Brasileira de Letras, em 25 de maio (1948), quando saudava o
primeiro-ministro belga, Paul van Zeeland, em visita oficial ao Brasil.
Contribuições
No entendimento Simonsen, a participação do Brasil na origem do capitalismo advém
de nossos produtos sendo o motor do sistema capitalista. Afirma que devido ao sistema
econômico capitalista foi difícil a nossa capacidade de evolução, cujo fato escreveu: “É
fruto também desse sistema econômico, a adoção, pelos grandes Estados, de definidas
políticas coloniais, cuja interferência sofremos no passado e que ainda hoje atuam de
modo inequívoco em nossa evolução, devido, principalmente, à natureza tropical da
maioria de nossas produções”.
O autor Simonsen considerou que a História do Brasil é recente, uma tentativa de
conseguir um empenho para obter as condições necessárias ao seu desenvolvimento,
que se identifica num “do aperfeiçoamento dessas condições, resultará o fortalecimento
do Estado, numa linha ascendente de progresso, e a segurança de uma posição
respeitável, econômica e politicamente, no concerto das demais nações.
Simonsen busca o entendimento das dificuldades da evolução do Brasil, e afirmava que,
industrialização está diretamente ligada à construção da nação, significando
instrumentalizar o país com mecanismos econômicos racionais, elaborados com base
em uma certa imagem mitificada da Ciência, como também na utilização de um amplo
artefato técnico.
Como intelectual, seus mais importantes livros foram Orientação industrial brasileira
(1928), As crises no Brasil: outubro de 1930 (1930), As finanças e as indústrias (1931),
Ordem econômica e padrão de vida (1934), a coleção Brasiliana sua História econômica
do Brasil: 1500-1820 (1936), obra clássica da historiografia brasileira, A indústria em
face da economia nacional (1940) e Evolução industrial do Brasil (1973), publicado
postumamente.
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Biografia
Maria da Conceição de Almeida Tavares, nascida em Portugal, foi uma das economistas
de maior influência sobre o pensamento econômico brasileiro desde os anos 60.
Após estudar matemática em Lisboa, veio para o Brasil onde se formou economista pela
então Universidade do Brasil, hoje UFRJ, influenciada por três clássicos do pensamento
econômico brasileiro: Celso Furtado (1920-2004) Caio Prado Jr. (1907-1990) e Ignácio
Rangel (1908-1994), que a despertou para as questões relacionadas ao capital
financeiro. Trabalhou na cepal e tornou-se professora da UFRJ e, mais tarde, da
Unicamp. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores, Maria da Conceição já foi deputada
federal pelo estado do Rio de Janeiro e é autora de diversos livros sobre
desenvolvimento econômico.
Seu espírito de luta acabou por levá-la a pleitear uma cadeira na Câmara de Deputados,
mandato obtido e exercido de 1995 a 1999. Entretanto sentiu não ser ali que melhor
poderia servir às suas idéias e voltou às lides acadêmicas após esse período, formando
gerações de economistas e líderes políticos brasileiros.
Contribuições
Economista, professora, uma referência para gerações de intelectuais. Maria da
Conceição Tavares é por não poucos considerada uma das mais influentes pensadoras
brasileiras da história recente.
Dona de sólido trabalho acadêmico uniu à produção intelectual o intenso engajamento
político. Compromissada desde sempre com a construção de um país mais justo. Suas
obras relacionava-se com os problemas do financiamento na economia do país e como
se articulavam ao funcionamento do capital financeiro internacional, sempre procurando
identificar quais os interesses da grande maioria da população, excluída dos frutos do
desenvolvimento, e tomar o seu partido.
Sua obra é bastante diversificada: escreveu artigos e livros influentes, tanto no campo
teórico quanto acerca de aspectos variados da economia brasileira.
Seu primeiro trabalho relevante foi "Auge e declínio do processo de substituição de
importações no Brasil". Neste artigo já estavam presentes as questões que priorizaria
mais adiante. A compreensão da dinâmica própria de economias como as latino-
americanas, em particular a brasileira, foi o que o norteou: como se inserem essas
economias no mercado internacional, como evolui sua distribuição de renda, como se dá
o progresso técnico, como é possível financiar o investimento e o consumo, superando a
precariedade dos sistemas financeiros locais. Uma preocupação fundamental,
característica de seu pensamento, já estava aí presente: a assimetria de poder existente
entre as diversas economias.
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Referências:
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_b_roberto_simonsen.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki
http://www.consciencia.net/arquivo/celsofurtado.html
http://www.historianet.com.br/conteudo/
http://www.fpabramo.org.br/blog/maria-da-conceicao-tavares-80-anos-sobre-
esperancas-democracia-e-nova-esquerda-brasileira