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1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1 Caracterização da área de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Utilização do QGIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.3 Determinação do coeficiente de compacidade da bacia . . . . . . . . 8
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
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1 Introdução
O estudo de bacias hidrográficas envolve uma série de parâmetros e características
que interagem e se complementam. Dentre as características morfométricas das bacias
hidrográficas, as físicas e bióticas exercem influência significativa nos processos do ciclo
hidrológico, desde a evapotranspiração até o escoamento subsuperficial (TONELLO et
al., 2006). De acordo com Lima (2008), a área da bacia hidrográfica, por exemplo, tem
influência sobre a quantidade de água produzida como deflúvio. A forma e o relevo, no
entanto, atuam sobre a taxa ou sobre o regime dessa produção de água, assim como sobre
a taxa de sedimentação.
Para estudos morfométricos das bacias, deve-se priorizar o uso de métodos quan-
titativos, pois por meio da abordagem quantitativa, pode-se ter uma melhor noção do
comportamento hidrológico, tendo em vista que os parâmetros morfométricos são bons
indicadores da capacidade de escoamento superficial (ALVES; CASTRO, 2003; NUNES;
RIBEIRO; FIORI, 2006).
O uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) permite a integração das
informações do relevo em ambiente computacional, implementando velocidade em proces-
samento dos dados e praticidade na obtenção de informações relevantes para o estudo
morfométrico. O relevo é representado por um modelo numérico que corresponde à distri-
buição espacial da altitude e da superfície do terreno, denominado Modelo Numérico do
Terreno (MNT), o qual é obtido por meio de interpolações de curvas de nível extraídas
de uma carta topográfica ou através de imagens de sensores remotos (OLIVEIRA et al.,
2010).
As principais vantagens trazidas pela utilização do MNT são: velocidade, repetibi-
lidade, integração com outras bases de dados, redução de intervenções manuais, dentre
oturas. A aplicabilidade dos MNTs estende-se a estudos de recursos hídricos, como no
delineamento de redes de drenagem, limites de bacias hidrográficas, cálculo de declividade,
altitude, na verificação da direção de fluxo do escoamento superficial e como parte inte-
grante de modelos hidrológicos (VERDIN; VERDIN, 1999; VALERIANO, 2003; RIBEIRO
et al., 2008).
A delimitação de bacias hidrográficas através de programas computacionais em am-
biente SIG traz velocidade na obtenção de informações relevantes para estudos hidrológicos,
sendo de fundamental importância para a gestão de recursos hídricos.
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2 Objetivos
O objetivo principal deste relatório é a delimitação de uma sub-bacia dentro da
bacia hidrográfica do rio Sergipe, determinando três parâmetros morfométricos: área
(A), perímetro (P) e coeficiente de compacidade (Kc ). Para tanto, os seguintes objetivos
específicos foram traçados:
• Calcular a área (A) e o perímetro (P) da sub-bacia delimitada, para que se possa ser
calculado o coeficiente de compacidade (Kc ) da sub-bacia.
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3 Metodologia
3.1 Caracterização da área de estudo
A bacia hidrográfica do rio Sergipe (BHS) é uma das oito sub-bacias do estado
de Sergipe, sendo a que apresenta a maior diversidade de usos e conflitos, devido a sua
relevância em termos de dinâmica social e produtiva. Sua nascente mais elevada está em
uma altitude média de 280 metros, no município de Pedro Alexandre, Bahia, de onde
percorre cerca de 210 quilômetros até o Oceano Atlântico, desembocando em forma de
estuário entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros. A área superficial abrangida
pela BHS é de 3.673 km2 , o que representa cerca de 17% do território sergipano (SILVA,
2014).
Possuindo diversos riachos e afluentes, intermitentes e perenes, sua rede de drenagem
é bem diversificada. Entre seus afluentes, está o rio Poxim-Açu, principal corpo hídrico da
sub-bacia do rio Poxim e objeto de estudo deste relatório, devido a sua representatividade
para algumas atividades desenvolvidas nos municípios circunscritos na Grande Aracaju,
que infelizmente contribuem de forma decisiva para a degradação ambiental: deposição de
efluentes e resíduos sólidos não tratados, ocupação irregular de suas margens e supressão
da vegetação ciliar (SILVA, 2014).
Destaca-se na sub-bacia a presença do recém-construído barramento no rio Poxim-
Açu, construído e operado pela DESO (Companhia de Saneamento de Sergipe) nos arredores
do povoado Timbó, no município de São Cristóvão, com a finalidade de regularizar a vazão
do rio Poxim e garantir o abastecimento de água da Grande Aracaju. Sua idealização
justifica-se na necessidade de redução de custos com o tratamento de água na estação de
tratamento de água Poxim, em Aracaju, que, devido à antropização ocorrida nas proximida-
des da captação, às margens do rio Poxim, próximo á Cidade Universitária da Universidade
Federal de Sergipe, onerou o processo de potabilidade da água de abastecimento humano.
Com uma nova tomada de água, a montante do antigo ponto de captação, e uma adutora
de aproximadamente 14 km de extensão, contorna-se o efeito da antropização, garantindo
maior segurança hídrica (SILVA, 2014).
Assim, a região considerada para a delimitação da sub-bacia foi uma parte da
sub-bacia do rio Poxim-Açu, nas proximidades do recém-construído barramento.
5. Criação de novo shapefile (“layer > create layer > new shapefile layer”) para delimiter
a sub-bacia. Na caixa de diálogo da ferramenta, definiu-se o nome da nova camada,
o local de destino, o tipo de geometria (“polygon”), o sistema de referência (SIRGAS
2000 UTM zona 24S) e foram inseridos 2 campos na tabela de atributos da camada:
Capítulo 3. Metodologia 7
7. Delimitada a sub-bacia, utilizou-se a edição do vetor para calcular sua área e seu
perímetro, utilizando a ferramenta “calculadora de campo”. Na caixa de diálogo da
ferramenta, selecionou-se a opção de atualizar campo existente, sendo inserida a
expressão de cálculo a depender do parâmetro a ser calculado:
a) Área: “$Area/106 ”
b) Perímetro: “$Perimeter/103 ”.
a) O vetor da hidrografia foi representado com simbologia na cor azul, com efeito
neon e espessura de 0,8 mm para que fosse destacado;
b) O vetor das curvas de nível da sub-bacia foi representado de forma categorizada
de acordo com a elevação e com a palheta de cor “oranges”. Para as curvas de
nível múltiplas de 50 m, foi alterada, manualmente, a espessura da linha para
0.80 pontos, a fim de facilitar a visualização dos intervalos de 5 curvas de nível
consecutivas. A rotulação desse vetor foi simplificada para demonstrar apenas
os valores das curvas de nível em intervalos de 20 m, objetivando a redução da
quantidade de informações demonstradas. Para tanto, foi utilizada uma função
condicional, tal que:
CASE
Capítulo 3. Metodologia 8
Além dessa rotulação condicional, formatações no texto dos rótulos foram feitas
(adicionou-se buffer, posicionamento do texto em cima da linha, e renderização
baseada em centralizar linhas conectadas para evitar rótulos duplicados); e
c) O vetor da sub-bacia foi representado na simbologia 2.5 D, onde se definiu uma
altura de parede de 250 e ângulo de inclinação de 45 ◦ .
4 Resultados
Para a elaboração do layout, foram inseridos mapas representativos, com suas
devidas escalas e coordenadas, assim como a legenda, as informações do sistema de
referência de coordenadas utilizado e a orientação do Norte geográfico. Assim, o mapa de
localização da sub-bacia delimitada está representado na (Figura 2), juntamente com as
curvas de nível formatadas com as regras de visualização detalhadas na metodologia.
5 Conclusão
A delimitação de bacias hidrográficas com o uso de ferramentas computacionais
como o Quantum GIS ficou facilitado, quando comparado aos métodos manuais, que
estão caindo em desuso, tendo em vista as funcionalidades trazidas pelo processamento
computacional das informações geográficas. Ressalta-se que o conhecimento dos processos
hidrológicos na região de estudo pode facilitar a tarefa, o que não restringe sua aplicação
quando se dispõe apenas das informações da hidrografia e elevações no terreno.
Utilizando-se informações georreferenciadas (vetores e rasters) da bacia em estudo,
a bacia hidrográfica do rio Sergipe, foi possível elaborar um mapa de localização da
delimitação de uma sub-bacia aplicando o método dos divisores topográficos e as ferra-
mentas computacionais do Quantum GIS de forma satisfatória, obtendo uma sub-bacia
relativamente pequena, com baixo coeficiente de compacidade e amplitude altimétrica
mediana.
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Referências
ALVES, J. M. P.; CASTRO, P. T. A. Influência de feições geológicas na morfologia da
bacia do rio do tanque (mg) baseada no estudo de parâmetros morfométricos e análise de
padrões de lineamentos. Revista Brasileira de Geociências, v. 33, n. 2, p. 117–124, 2003.
ISSN 0375-7536.