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UNIVERSIDADE DE TRÀS-OS-MONTES

E ALTO DOURO
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL

Índice
1. Introdução......................................................................2

2. Memória descritiva e justificativa................................3


 Localização..............................................................................3
 Aspectos funcionais.................................................................3
 Aspectos construtivos..............................................................4

3. Quantificação dos parâmetros térmicos......................7


 Coeficiente de transmissão térmica (K)..................................7
 Factor de concentração de perdas (fc).....................................9
 Inércia térmica (It)................................................................10
 Determinação do factor de obstrução (Ø).............................10
 Determinação do factor de utilização dos ganhos solares.....11
 Factor solar de vãos envidraçados (S)...................................11
 Dados climaticos...................................................................12
 Ganhos solares médios (Gj)..................................................14

4.Verificação automática dos requisitos mínimos.........15

5.Necessidades nominais de aquecimento......................17

6.Necessidades nominais de arrefecimento....................23

7.Diagnóstico....................................................................25

8.Estudo alternativo.........................................................26

9. Conclusão.......................................................................35

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FÍSICA DO EDIFICIOS I - 4º ANO
Comportamento térmico de habitação
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E ALTO DOURO
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL

1. Introdução

Este trabalho tem por objectivo avaliar a qualidade de uma moradia em


relação ao seu comportamento térmico de habitação seguindo regras
estabelecidas pelo Regulamento das Características de Comportamento
Térmico de Edifícios (RCCTE). Este estudo é feito para que seja assegurado o
conforto térmico no seu interior sem serem gastas grandes quantidades de
energia nem que os materiais sofrem patológias derivado a condensação.
Segundo o RCCTE, antes de calcular as necessidades nominais de
aquecimento e arrefecimento, é necessário a verificação de requisitos
energéticos mínimos através dos artigos 5.º e 7.º do Capitulo III,
nomeadamente o coeficiente de transmissão térmica da envolvente opaca e
protecção solar dos envidraçados no verão.
As necessidades nominais de aquecimento e arrefecimento serão calculadas
e justificadas através das folhas de cálculo FCIV.1, FCIV.2 e das folhas de
cálculo FCV.1, FCV.2 ; respectivamente, que se encontram anexadas (anexo IV
e V) no RCCTE. Para que essas necessidades nominais de aquecimento sejam
verificadas (aprovadas) terá que NIC  NI, assim como nas necessidades
nominais de arrefecimento em que NVC  NV .

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2. Memória descritiva e justificativa

 Localização

Pretende-se levar a obra de remodelação e ampliação de uma moradia


unifamiliar, no lugar de Torroeiras (Calvário), freguesia de Venda Nova,
concelho de Montalegre.

 Aspectos funcionais
O r/chão destinar-se á a zona social e a dois quartos e o andar possuirá
também dois quartos.

Área útil

A tipologia -T4- adoptada revela-se adequada ás necessidades da


requerente, quanto á disponibilidade de área útil, cuja distribuição terá para
parcelas, as seguintes:

Designação Áreas(m²)
Sala comum 18,92
Cozinha 14,07
Quarto (W.C) 12,30
Quarto (r/chão) 12,06
Quarto (andar) 12,20
Quarto (andar) 13,63
Hall de entrada 4,00
Circulações 22,58
Inst. Sanitárias- zona dos quartos 6,27
Inst. Sanitárias privadas 2,55
Inst. Sanitária- zona social 5,53
Armário- arrumo 1.2
Área total útil 125,31

Áreas de envolvente opaca exterior de pedra


Designação por orientação Áreas(m²)
Fachada norte 28,66
Fachada sul 13,25
Fachada poente(posterior) 31,16
Fachada nascente(frontal) 27,90
Área total fachadas pedra 100,97

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Área da cobertura 128,40

Áreas de envolvente opaca exterior de tijolo


Designação por orientação Áreas(m²)
Fachada norte 19,84
Fachada sul 12,27
Fachada poente(posterior) 7,83
Fachada nascente(frontal) 9,40
Área total fachadas de tijolo 49,34

Áreas de envidraçados exteriores


Designação por orientação Áreas(m²)
Fachada norte 1,60
Fachada sul 3,38
Fachada poente(posterior) 3,40
Fachada nascente(frontal) 6,70
Área total dos envidraçados 15,08

 Aspectos construtivos

O edifício será tradicional, quer nos processos e métodos construtivos, quer


nos materiais e acabamentos a utilizar.

Estrutura

A estrutura utilizará paredes exteriores em pedra de granito e elementos de


betão armado, no sistema tradicional de sapata-pilar-viga, sendo as lages
interiores aligeiradas, as da varanda e as das escadas serão maciças.

Cobertura

A estrutura de suporte será em laje aligeirada, o revestimento em telha de


aba e canudo sobre ripado de madeira.

Pavimento térreo

Depois de regularizado o solo de base, será colocada uma camada de


enrocamento com 0,20m de espessura, constituída por brita e rachão, em
seguida, aplicar-se-á um massame de betão B15 com 0,12m de espessura,
queimado á colher.

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Alvenarias

As exteriores, ao nível do r/chão serão constituídas por paredes duplas de


granito da região de 20cm pelo exterior e em tijolo furado de 11cm de
espessura pelo interior, excepção feita á parede lateral esquerda da cozinha,
cujo pano exterior será em tijolo de 15cm, esta situação repetir-se-á
genericamente no andar, havendo contudo um pano exterior e cunhais de pedra,
conforme os alçados. Entre os dois panos de parede será intercalado um
isolamento constituído por lã mineral com 20mm de espessura, preenchendo
totalmente a caixa de ar, esta deverá Ter o fundo cerzitado e deverá dispor de
pequenos tubos de plástico que conduzam para o exterior quaisquer humidades
existentes.
As paredes interiores serão, genericamente, em tijolo furado 302011.

Revestimento de paredes e tectos exteriores

Todas as paredes exteriores de tijolo serão salpicadas, cerzitadas, com


adição de produto hidrófugo, embuçadas e rebocadas.
Conforme transparece das peças desenhadas, os panos de parede de granito
ficarão “á vista”. Os rebocos terão acabamento areado para pintar a tinta
plástica de cor branca, ou ténuamente colorida, sobre isolante, igual tratamento
sofrerão os tectos exteriores.
As ombreiras e padieiras dos vãos exteriores serão em peças de granito da
região.

Revestimento de paredes e tectos interiores

As paredes dos quartos, sala e circulação serão salpicadas, embuçadas,


rebocadas, estanhadas e pintadas. Na cozinha e nas instalações sanitárias, o
revestimento final das paredes será em mosaico, tais acabamentos funcionarão
a toda a altura do pé-direito livre
Todos os tectos do r/chão e andar serão salpicados, embuçados, rebocados,
estanhados e pintados, excepção feita ao hall de entrada cujo revestimento será
em madeira de câmbala envernizadas.

Revestimento de pavimentos

O pavimento da sala comum, das escadas de acesso ao andar, circulações e


quartos será em soalho de madeira de câmbala, envernizado, ladeado por um
rodapé com 0,10m de altura no mesmo material. Os pavimentos do hall de
entrada, cozinha e casa de banho serão em mosaico. O pavimento da varanda
será em mosaico antiderrapante tipo S. Paulo com rodapé de 0,10m de altura
em tijoleira cerâmica vermelha.

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Cantarias

As portas exteriores disporão de soleiras de granito serrado da região com


5cm de espessura média, as restantes molduras de portas e janelas serão
idênticas, mas terão 15cm de espessura.

Carpintarias

As portas interiores terão estrutura de favo recoberta a contraplacado de


ambos os lados, folhado a madeira de câmbala envernizada.
A porta exterior da entrada principal e guarnições serão em madeira maciça
de castanho, envernizada com verniz ignífuo, provida de duas almofadas.

Serralharia

Com excepção da porta exterior da entrada principal, todas as caixilharias


exteriores serão em alumínio “a imitar madeira”, sendo a espessura mínima dos
caixilhos de 2,5cm. Os vidros serão duplos de 5mm de espessura. Os estores
serão de plástico de enrolar, cor branca, cuja caixa possuirá tampo de câmbala
envernizada.

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3. Quantificação dos parâmetros térmicos

 Coeficiente de transmissão térmica (K)

1 = 1 + j Rj + Rar + 1 .
K hi he

Sendo: Rj=ej/j - resistência térmica da camada j (m² ºC / W)


ej – espessura da camada j (m)
j – condutibilidade térmica da camada j (W / m² ºC)
1/hi;1/he – resistência térmica superficial interior e exterior (m² ºC /
W)
Rar – resistência térmica de espaços de ar não ventilados (m² ºC / W)

Cálculo do K da envolvente opaca exterior

Parede dupla de pedra constituída por:


- Pano exterior em pedra com 0,20m de espessura;
- Isolamento de lã mineral com 0,02m de espessura;
- Pano interior em tijolo furado de 11;
- Reboco interior com 0,015m de espessura

1 0,20 0,02 0,015


 0,04    0,21   0,12
K 3,0 0,045 1,15

K = 1,118 W/m2 ºC

parede dupla de tijolo constituída por:


- Reboco exterior com 0.03m de espessura;
- Pano exterior em exterior furado de 15;
- Isolamento de lã mineral com 0,02m de espessura;
- Pano interior em tijolo furado de 11;
- Reboco interior com 0,015m de espessura.

1 0,03 0.02 0,015


 0,04   0,31   0,21   0,12
K 1,15 0,045 1,15

K = 0,859 W/m2 ºC

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Cálculo do K da cobertura
- Revestimento descontinuo (telha) e suporte;
- Estrutura contínua (laje aligeirada);
- Reboco interior .

Os valores são obtidos através das tabelas da publicação do LNEC;

Quadro 8.1/8.2
K (W/m2 ºC)
Isolamento térmico Estrutura das vertentes
Laje
Isolante Térmico
aligeirada
Loca- Laje
Solução blocos
lização esp. maciça
Produto cerâ-
(mm) betão
micos
Isolante
3.5 2.9 2.9
Exterior

sobre
laje
inclinada
2.3 2.0 2.0

Condições de inverno (fluxo ascendente):


K=2,9 W/m2 ºC

Condições de verão(fluxo descendente):


K=2,0 W/m2 ºC

Cálculo do K dos pavimentos


- Massame de betão com 0,20m de espessura
- Revestimento de madeira

Condições de inverno (fluxo ascendente):


1 0,20 0.02
 0,04    0,10
K 1,75 0,23

K=2,93 W/m2 ºC

Condições de verão(fluxo descendente):


1 0,20 0.02
 0,04    0,17
K 1,75 0,23

K=2,43 W/m2 ºC

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Cálculo do K dos envidraçados exteriores

envidraçados exteriores constituídos por:


- Vidro duplo de 5mm;
- Lamina de ar de 10mm;

1 0,05 1 0,05
 0,04     0,12
K 1,1 8,14 1,1

K = 2,675 W/m2 ºC

Valores retirados da publicação do LNEC “Coeficientes De Transmissão Térmica De


Elementos Da Envolvente Dos Edifícios”

Designação valor quadro pagina


1/he (m2.ºC/W) 0.04 3 I-10
1/hi (m2.ºC/W) 0.12 3 I-10
Rt tijolo furado de 15 (m2.ºC/W) 0.31 5 I-11
Rt tijolo furado de 11 (m2.ºC/W) 0.21 5 I-11
 granito (W/m.ºC ) 3,0 2 I-5
 reboco (W/m.ºC ) 1.15 2 I-7
 lã mineral (W/m.ºC) 0.045 1 I-4
 vidro (W/m2.ºC) 1.1 2 I-8

 Factor de concentração de perdas (fc)

fc das paredes exteriores

Admitindo que a área de heterogeneidade não seja superior a 30% da área


total então podemos recorrer aos valores convencionais do fc no “Quadro VI.5,
pag. 51,RCCTE”:

Quadro VI.5
Valores convencionais do factor de concentração de perdas (fc)

Tipo de parede fc
Parede dupla com isolamento leve entre panos, c/
1,3
correcção c/ 20mm de isolante

fc da cobertura e pavimentos

Pelo “regulamento das características de comportamento térmico dos


edifícios”, nos casos corrente de coberturas e pavimentos admitir-se-á que esse
factor é igual à unidade, ou seja fc = 1.

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 Inércia térmica (It)

M i Si
It =
Ap

Sendo: Mi – massa superficial útil do elemento i (Kg/m²)


Si – superfície do elemento i (m²)
Ap – área útil do pavimento (m²)

Quadro VI.6
Cálculo da massa superficial útil por metro quadrado da área de pavimento

Elemento de construção Mi (Kg/m²) Si (m²) Mi.Si (Kg)


Laje do tecto................................... 125 128.40 16050
Laje do pavimento.......................... 150 105.12 15768
Paredes exteriores........................... 125 150.31 18788.75
Paredes interiores............................ 150 138.06 20709
71315.75
It = 71315,75 / 125.31 = 569,11

Quadro VI.7
Inércia térmica

Classe de inércia Massa superficial útil por metro


quadrado da área de pavimento (kg/m2)
Fraca....................................................... It < 150
Média...................................................... 150 ≤ It ≤ 400
Forte........................................................ It > 400

Pelo Quadro VI.7 do “regulamento das características de comportamento


térmico dos edifícios”, conclui-se que a inércia é forte.

Quadro V.5
Factores de inércia

Classe de inércia I
Fraca ...................................................................... 1,2
Média ..................................................................... 1
Forte ....................................................................... 0,9

I = 0,9

 Determinação do factor de obstrução (Ø)

Ø = 0.7 *
*nos casos correntes de envidraçados não sombreados por obstáculos exteriores.

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 Determinação do factor de utilização dos ganhos
solares (η)
K
η = 1 – exp { - GLR }
GLR = ganos solares brutos =
necessidades brutas de aquecimento

823.9
GLR = 37681.92 = 0,022

K = 1,3 W/m2 º C

Substituindo os valores na equção, obtemos:


η =1

 Factor solar de vãos envidraçados (S)

S= S’ Sv _
0,85

sendo: S’ – factor solar da protecção solar, obtido no “Quadro VI.8,RCCTE”;


Sv – factor solar do vidro, obtido no “Quadro VI.9,RCCTE”.

Quadro VI.8
Valores do factor solar da protecção solar

Tipo Vidro duplo


Cor clara
Persiana plástica.................................................... 0,04

Quadro VI.9
Valores do factor solar do vidro

Tipo Factor solar


Vidro duplo incolor (5mm+5mm) 0,75

S = (0,040,75)/0,85 = 0,035

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 Dados climaticos

zona climática

A moradia em questão está localizada no concelho de Montalegre,


consultando o “Quadro III.1, pag. 23, RCCTE” concluímos pela distribuição
dos concelhos de Portugal continental segundo as zonas climáticas, que
estamos perante uma zona climática de Inverno I3 e de Verão V1.

Distribuição dos concelhos de Portugal continental


Segundo as zonas climáticas

Concelho Zonas climáticas


Montalegre I3–V1

dados climáticos de inverno

Os dados climáticos de referência a considerar apresentam-se no “Quadro


III.2, pag.26, RCCTE”

Quadro III.2
Dados climáticos de Inverno

Energia solar média


Número médio de graus- incidente numa superfície
Zonas de Inverno dias de aquecimento na vertical orientada a sul na
estação de aquecimento estação de aquecimento

GD (ºC dia.ano) Esul (kWh/m2.ano)

I1:
Continente............ 400 400
Açores.................. 100 50
Madeira................ 50 50
I2............................. 800 500
I3............................. 1600 700

Esul = 700 (kWh/m2.ano)

GD = 1600 (ºC dia.ano)

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dados climáticos de verão

Insolação - os valores da duração média da insolação na estação de


arrefecimento (M) estão indicados a seguir, expressos em meses:

Continente:
Região Norte:
Zona V1 ------------------------------- 1,6
Zona V2 ------------------------------- 2,2
Zona V3 ------------------------------- 2,8
Região sul ------------------------------------- 3,4

Como a zona em questão é na região norte e pertence à zona V1, logo:


M= 1,6

Temperatura do ar – apresentam-se no “Quadro III.3, pag. 26, RCCTE” os


valores da temperatura exterior do projecto e da amplitude térmica diária a
considerar;

Quadro III.3
valores da temperatura exterior do projecto e da amplitude térmica diária

Temperatura exterior do Amplitude térmica


projecto diária
Zonas de Verão
Tp (ºC) D (ºC)
V1:
Continente............ 28 10
Açores.................. 26 6
Madeira................ 26 5
V2............................. 32 13
V3............................. 35 16

Tp = 28 (ºC)

D = 10 (ºC)

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 Ganhos solares médios (Gj)


Quadro V.4
Ganhos solares mensais médios por estação de arrefecimento
Nos períodos de sol descoberto (kWh/m2)

Orientação Gj
N. 26
N.E. 37
E. 67
Envidraçados verticais S.E. 75
S. 67
S.W. 83
W. 77
N.W. 43
Envidraçados horizontais……….. --- 135

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4.Verificação automática dos requisitos mínimos

 Artigo 7º, RCCTE

a) Coeficiente de transmissão térmica através de envolvente


opaca:

Quadro II.3
Coeficiente de transmissão térmica máximos admissíveis (K-W/m 2º C)

Elementos da envolvente Zona climática


I3
Elementos exteriores:
Zonas opacas horizontais........................... 0.90
Zonas opacas verticais............................... 1,45

Kpar. pedra=1,118  1,45 W/m2ºC  Verifica


Kpar. tijolo=0,859  1,45 W/m2ºC  Verifica

Kcobertura=2,9  0,9 W/m2ºC  Não verifica


Kpavimento=2,93  0,9 W/m2ºC  Não verifica

b) Protecção solares dos envidraçados no verão

Quadro II.4
Factores máximos admissíveis

Classe de inércia térmica Zona climática


V1
Fraca.......................................................... 0.15
Média ........................................................ 0.56
Forte ......................................................... 0.56

S=0,035  0,56  Verifica

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 Artigo 5º, RCCTE

5-a) Coeficiente de transmissão térmica

Quadro II.1
Coeficiente de transmissão térmica de referência (K-W/m2º C)

Zona climática
I3
Kfr............................................................... 0.95
Khr............................................................... 0.75
Kenv............................................................. 4.20

Kpar. pedra=1,118  0,95 W/m2ºC  Não verifica


Kpar. tijolo=0,859  0,95 W/m2ºC  Verifica

Kcobertura=2,9  0,75 W/m2ºC  Não verifica


Kpavimento=2,93  0,75 W/m2ºC  Não verifica

Kenvidrçados=2,675  4,20 W/m2ºC  Verifica

b) Factor de concentração

fc=1,3 Verifica

c) Ap  0,15 = 125,31  0,15 = 18,80 m2


Aenv=15,08

Aenv  Ap  Verifica

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5.Necessidades nominais de aquecimento


Folha de Cálculo FCIV.1
Cálculo das necessidades Nominais de Aquecimento do Edifício

Necessidades Nominais
Especificas de Aquecimento do
Edifício (W/ºC)
Envolvente Opaca Exterior
860.19
(da FCIV.1a)
Envolvente Interior
-
(da FCIV.1b)
Envidraçados
10.34
(da FCIV.1c)
Renovação de Ar
110.77
(da FCIV.1d)
Total 981.30 ----- 981.30


Graus-Dias de Aquecimento na Base 15ºC para a Zona Climática
1600
Respectiva


0.024

=
Necessidades Brutas de Aquecimento ( Para o Calculo do Factor de
37681.92
Utilização dos Ganhos Solares – FCIV.1e)

-
Ganhos Solares Úteis (da FCIV.1e) 823.9

=
N= Necessidades Nominais de Energia Útil por Estação de
39858.02
Aquecimento

Nc 39858.02
NIC= = = 294.13kWh/ m2 ano
Ap (útil ) 125.31

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Folha de Cálculo FCIV.1a

Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento do Edifício devidas à


Envolvente Opaca Exterior

1-Perdas pelas paredes

Área K fc KA
(m2) (W/m2 º C) (-) (W/ º C)
100.97  1.118  146.75
Paredes 1.3 =
49.34  0.859  55.10
Total = 201.85 179.83

2-Perdas pela Cobertura +

Área K fc KA
( m2) ( w/m2 ºC ) (-) ( W/ºC )
Coberturas 128.40  2.9  1 = 372.36
Total = 372.36 372.36

3- Perdas pelo Pavimento :


+

Área K fc KA
( m2) ( w/m2 ºC ) (-) ( W/ºC )
Pavimentos* 105.12  2.93  1 = 308
Total = 308 308
* não se considera haver perdas de calor pelos pavimentos devido a ausência de zonas
exteriores em contacto com pavimentos
=

Total da envolvente opaca exterior


860.19W/º C
(para a FCIV.1)

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Folha de Cálculo FCIV.1b


Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento do Edifício devidas à
Envolvente Opaca Interior

A fc K KA
(m2) (-) (W/m2 º C) (W/ º C)
Envidraçados -  -  - = -
Paredes Interiores -  -  - = -
Coberturas -  -  - = -
Pavimentos -  -  - = -
Total -


0.75

=
TOTAL da envolvente opaca interior (para a FCIV.1) (W/ -
º C)

Folha de Cálculo FCIV.1c


Cálculo das Necessidades Nominais Especificas de
Aquecimento
devidas aos Envidraçados

Tipo de A K KA
envidraçado (m2) (W/m2ºC) (W/ºC)
Sem protecção 15.08  2.675 = 40.339
Com Protecção -  - = -
TOTAL de perdas pelos
40.339
envidraçados
(Para a FCIV.1) (W/ º C)

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Comportamento térmico de habitação
UNIVERSIDADE DE TRÀS-OS-MONTES
E ALTO DOURO
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL

Folha de Cálculo FCIV.1d


Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento devidas à Renovação
do Ar

Área útil do Pavimento (m2) 125.31



Pé direito médio (m) 2.6

Taxa de Renovação Nominal 1

0.34
=
TOTAL das Perdas para renovação do ar (Para a FCIV.1)
110.77
(w/ºC)

Folha de Cálculo FCIV.1e


Cálculo dos Ganhos Solares Úteis

Orientação Tipo de A Sv Ø f Ae
Env. (m2) (-) (-) (-) (m2)

S Simples
com 3.38  0.75  0.7  1.0 = 1.177
protecção

=
Área Equivalente total de vidro a Sul ( m2) 1.177

Energia solar média incidente ( kWh/m2.ano) 700
=
Ganhos Solares Brutos ( kWh/ano) 823.9

Factor de Utilização dos Ganhos Solares 1
=
Ganhos Solares Úteis ( kWh/ano) (Para a FCIV.1) 823.9

20
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Comportamento térmico de habitação
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E ALTO DOURO
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
Folha de Cálculo FCIV.2
Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Inverno)

1- Valor Máximo Imposto no Artigo 5º do Regulamento:

NI ={1.3 Kfr Af + Khr Ah + Kenv Aenv +0.34 Pd}(0.024).GD


Ap
1,3  0,95  150,31  0,75  233,52  4,2  15,08
N   0,34  2,6  0,024  1600
125,31
NI =163,91 KWh/m2ano

Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95
Khr 1.10 0.85 0.75 NI =163,91 KWh/m2ano
Kenv. a) 4.2 4.2 4.2
b) 5.8 5.8 5.8
Em que
a) Zonas de edifícios com ocupação nocturna;
b) Zonas de edifícios de ocupação diurna dominante.

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 0.95 W/m2.ºC

Área Af = 150.31 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das coberturas e Khr 0.75 W/m2.ºC


pavimentos

Área Ah = 233.52 m2

Kenv – coeficiente de transmissão térmica dos Envidraçados Kfr 4.2 W/m2.ºC

Área Aenv = 15.08 m2

Ap = 129.35 m2

21
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1) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento
Valor calculado ( FCIV.1 ) NIc = 294.13  NI = 163.91

Verificação automático do regulamento:


NI = 163.91 KWh/m2 ano
 NIC > NI Não Verifica
2
NIC= 294.13 KWh/m ano

22
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6.Necessidades nominais de arrefecimento
Folha FCV.1
Cálculo das Necessidades Nominais de Arrefecimento Resultantes da
Transmissão de Calor através da Envolvente
S Ganhos
Área Factor Solares Ganho
Orientação 2
(m ) Solar Médios Incidente
(anexo VI) (Quadro (kWh)
V.4)
(kWh/m2)
N 1.6  0.7  0.035  26 = 1.02
NE -  0.7  -  - = -
E 6.7  0.7  0.035  67 = 11.00
SE -  0.7  -  - = -
Envidraçados S 3.38  0.7  0.035  67 = 5.55
SW -  0.7  -  - = -
W 3.4  0.7  0.035  77 = 6.41
NW -  0.7  -  - = -
HORIZ. -  0.7  -  - = -
∆T=
Area F= K (Quad.
(FCIV.1a) (Quad.) (FCIV.1a) V.1 a V.3)
(m2) (VI.5) (W/m2=C) (kWh.
C/W)
28.66  1,3  1.118  2.50.36= 37.49
Paredes N 19.84  1,3  0.859  2.50.36= 19.94
13.25  1.3  1.118  60.36= 41.60
S 12.27  1.3  0.859  60.36= 29.60
27.90  1.3  1.118  10.50.36= 153.29
E
9.40  1.3  0.859  10.50.36= 39.68
31.16  1.3  1.118  70.36= 120.45
W
7.83  1.3  0.859  70.36= 22.03
Coberturas 128.40  1  2.0  20.36= 184.90
Total 648.98

Factor de inércia ( Quadro V-5 ) 0.9

Duração Média da Insolação na Estação de arrefecimento 1.6
(M- Anexo III)
=
Necessidade globais 934.53
kWh/ano

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Nec.globais 934.53
Necessidade nominais, NVC = Ap
= = 7.46kW/m2ano
125.31

Folha de Cálculo FCV.2


Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Verão)

1) Valor Máximo Imposto no Artigo 6º do Regulamento:

Nv =0.36(1.3 Tf Kfr Af + Th Khr Ah) + Graf Aenv . M


Ap

Nv =0.36(1.3 4.50.95150.31+ 1.50.75128.4) + 2515.08  1.6


125.31
2
Nv = 9.32 kWh/m .ano
Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95 W/m2.ºC
Khr 1.10 0.85 0.75 Nv =9.32 kWh/m2ano
Em que:

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 0.95 W/m2.ºC


exteriores (da FCIV. 1a)

Área Af = 150.31 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das Khr 0.75 W/m2.ºC


coberturas (da FCIV. 1a)

Área Ah = 128.40 m2

Área Aenv = 15.08 m2 (da FCIV. 1C)

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento:


Valor calculado ( FCIV.1 ) Nvc = 7.46  Nv = 9.32

Verificação automático do regulamento:


NV = 11.80 KWh/m2 ano
 NVC < NV Verifica
NVC = 6.25 KWh/m2 ano

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7.Diagnóstico

O estudo realizado sobre as necessidades nominais de aquecimento conclui


que as opções construtivas propostas não são as melhores para a zona climática,
não verificando as condições impostas pelo RCCTE, colocando assim em causa
o conforto térmico, que só será obtido com auxílio de gastos adicionais
(aquecimento). A solução seria de sugerir novas opções construtivas, que se
adapte melhor a zona climática e calcular outra vez as necessidades nominais
de aquecimento para verificar se estas opções seriam ou não aprovadas pelo
RCCTE. Uma das soluções mais evidente seria de colocar um isolamento
térmico na cobertura e no pavimento.
Quanto as necessidades nominais de arrefecimento, após o estudo verifica-
se que cumpre o regulamento. Dai podemos concluir que as soluções
construtivas adoptadas são aceitáveis para a zona não sendo necessário propor
nenhuma solução alternativa.

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8.Estudo alternativo
Cálculo do K da cobertura
- Revestimento descontinuo (telha) e suporte;
- Isolamento de lã mineral com 0,06m de espessura;
- Estrutura contínua (laje aligeirada);
- Reboco interior .

Os valores são obtidos através das tabelas da publicação do LNEC;


Quadro 8.1/8.2
K (W/m2 ºC)
Isolamento térmico Estrutura das vertentes
Laje
Isolante Térmico
aligeirada
Loca- Laje
Solução blocos
lização esp. maciça
Produto cerâ-
(mm) betão
micos
Isolante
Lã mineral 60 0.70 0.70 0.70
Exterior

sobre
laje
inclinada
Lã mineral 60 0.65 0.65 0.65

Condições de inverno (fluxo ascendente):

K=0,70 W/m2 ºC

Condições de inverno (fluxo descendente):

K=0,65 W/m2 ºC

Cálculo do K dos pavimentos


- Isolamento de lã mineral com 0,02m de espessura
- Massame de betão com 0,20m de espessura
- Revestimento de madeira

Condições de inverno (fluxo ascendente):


1 0,02 0,20 0.02
 0,04     0,10
K 0,045 1,75 0,23

K=1,28 W/m2 ºC

Condições de verão(fluxo descendente):


1 0,02 0,20 0.02
 0,04     0,17
K 0,045 1,75 0,23

K=1,76 W/m2 ºC

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 Artigo 7º, RCCTE

c) Coeficiente de transmissão térmica através de envolvente


opaca:

Quadro II.3
Coeficiente de transmissão térmica máximos admissíveis (K-W/m 2º C)

Elementos da envolvente Zona climática


I3
Elementos exteriores:
Zonas opacas horizontais........................... 0.90
Zonas opacas verticais............................... 1,45

Kpar. pedra=1,118  1,45 W/m2ºC  Verifica


Kpar. tijolo=0,859  1,45 W/m2ºC  Verifica

Kcobertura=0,70  0,9 W/m2ºC  Verifica


Kpavimento=1,28  0,9 W/m2ºC  Não verifica

d) Protecção solares dos envidraçados no verão

Quadro II.4
Factores máximos admissíveis

Classe de inércia térmica Zona climática


V1
Fraca.......................................................... 0.15
Média ........................................................ 0.56
Forte ......................................................... 0.56

S=0,035  0,56  Verifica

27
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 Artigo 5º, RCCTE

5-a) Coeficiente de transmissão térmica

Quadro II.1
Coeficiente de transmissão térmica de referência (K-W/m2º C)

Zona climática
I3
Kfr............................................................... 0.95
Khr............................................................... 0.75
Kenv............................................................. 4.20

Kpar. pedra=1,118  0,95 W/m2ºC  Não verifica


Kpar. tijolo=0,859  0,95 W/m2ºC  Verifica

Kcobertura=0,65  0,75 W/m2ºC  Verifica


Kpavimento=1,76 0,75 W/m2ºC  Não verifica

Kenvidrçados=2,675  4,20 W/m2ºC  Verifica

b) Factor de concentração

fc=1,3 Verifica

c) Ap  0,15 = 125,31  0,15 = 18,80 m2


Aenv=15,08

Aenv  Ap  Verifica

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Folha de Cálculo FCIV.1


Cálculo das necessidades Nominais de Aquecimento do Edifício

Necessidades Nominais
Especificas de Aquecimento do
Edifício (W/ºC)
Envolvente Opaca Exterior
401.11
(da FCIV.1a)
Envolvente Interior
-
(da FCIV.1b)
Envidraçados
10.34
(da FCIV.1c)
Renovação de Ar
110.77
(da FCIV.1d)
Total 522.22 ----- 522.22


Graus-Dias de Aquecimento na Base 15ºC para a Zona Climática
1600
Respectiva


0.024

=
Necessidades Brutas de Aquecimento ( Para o Calculo do Factor de
20053.25
Utilização dos Ganhos Solares – FCIV.1e)

-
Ganhos Solares Úteis (da FCIV.1e) 823.9

=
N= Necessidades Nominais de Energia Útil por Estação de
19229.35
Aquecimento

Nc 19229.35
NIC= = = 153.45Wh/ m2 ano
Ap (útil ) 125.31

29
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Folha de Cálculo FCIV.1a

Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento do Edifício devidas à


Envolvente Opaca Exterior

1-Perdas pelas paredes

Área K fc KA
(m2) (W/m2 º C) (-) (W/ º C)
100.97  1.118  146.75
Paredes 1.3 =
49.34  0.859  55.10
Total = 201.85 179.83

2-Perdas pela Cobertura +

Área K fc KA
( m2) ( w/m2 ºC ) (-) ( W/ºC )
Coberturas 128.40  0.7  1 = 89.88
Total = 89.88 89.88

3- Perdas pelo Pavimento :


+

Área K fc KA
( m2) ( w/m2 ºC ) (-) ( W/ºC )
Pavimentos* 105.12  1.28  1 = 131.4
Total = 131.4 131.4
* não se considera haver perdas de calor pelos pavimentos devido a ausência de zonas
exteriores em contacto com pavimentos
=

Total da envolvente opaca exterior


401.11W/º C
(para a FCIV.1)

30
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Folha de Cálculo FCIV.1b


Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento do Edifício devidas à
Envolvente Opaca Interior

A fc K KA
(m2) (-) (W/m2 º C) (W/ º C)
Envidraçados -  -  - = -
Paredes Interiores -  -  - = -
Coberturas -  -  - = -
Pavimentos -  -  - = -
Total -


0.75

=
TOTAL da envolvente opaca interior (para a FCIV.1) (W/ -
º C)

Folha de Cálculo FCIV.1c


Cálculo das Necessidades Nominais Especificas de
Aquecimento
devidas aos Envidraçados

Tipo de A K KA
envidraçado (m2) (W/m2ºC) (W/ºC)
Sem protecção 15.08  2.675 = 40.339
Com Protecção -  - = -
TOTAL de perdas pelos
40.339
envidraçados
(Para a FCIV.1) (W/ º C)

31
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
Folha de Cálculo FCIV.1d
Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento devidas à Renovação
do Ar

Área útil do Pavimento (m2) 125.31



Pé direito médio (m) 2.6

Taxa de Renovação Nominal 1

0.34
=
TOTAL das Perdas para renovação do ar (Para a FCIV.1)
110.77
(w/ºC)

Folha de Cálculo FCIV.1e


Cálculo dos Ganhos Solares Úteis

Orientação Tipo de A Sv Ø f Ae
Env. (m2) (-) (-) (-) (m2)

S Simples
com 3.38  0.75  0.7  1.0 = 1.177
protecção

=
Área Equivalente total de vidro a Sul ( m2) 1.177

Energia solar média incidente ( kWh/m2.ano) 700
=
Ganhos Solares Brutos ( kWh/ano) 823.9

Factor de Utilização dos Ganhos Solares 1
=
Ganhos Solares Úteis ( kWh/ano) (Para a FCIV.1) 823.9

Folha de Cálculo FCIV.2


Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Inverno)

2- Valor Máximo Imposto no Artigo 5º do Regulamento:

32
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NI ={1.3 Kfr Af + Khr Ah + Kenv Aenv +0.34 Pd}(0.024).GD
Ap
1,3  0,95  150,31  0,75  233,52  4,2  15,08
N   0,34  2,6  0,024  1600
125,31
NI =163,91 KWh/m2ano

Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95
Khr 1.10 0.85 0.75 NI =163,91 KWh/m2ano
Kenv. a) 4.2 4.2 4.2
b) 5.8 5.8 5.8
Em que
c) Zonas de edifícios com ocupação nocturna;
d) Zonas de edifícios de ocupação diurna dominante.

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 0.95 W/m2.ºC

Área Af = 150.31 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das coberturas e Khr 0.75 W/m2.ºC


pavimentos

Área Ah = 233.52 m2

Kenv – coeficiente de transmissão térmica dos Envidraçados Kfr 4.2 W/m2.ºC

Área Aenv = 15.08 m2

Ap = 129.35 m2

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento


Valor calculado ( FCIV.1 ) NIc = 153.45  NI = 163.91

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Verificação automático do regulamento:
NI = 163.91 KWh/m2 ano
 NIC < NI Verifica
2
NIC= 153.45 KWh/m ano

9. Conclusão

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Comportamento térmico de habitação
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
O estudo alternativo revela que a utilização de novas opções construtivas,
introduzindo um isolamento térmico (lã mineral) na cobertura e pavimento
melhoram substancialmente o comportamento térmico destes elementos. Assim
o conforto térmico da habitação é assegurado sem necessidade de recorrer a
gastos adicionais de aquecimento não regulamentares.
Após a verificação das necessidades nominais de aquecimento impostas
pelo RCCTE, concluímos que estas soluções se adaptam melhor a zona
climática na qual o edifício se encontra.

35
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Comportamento térmico de habitação

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