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Este nível de proteção deve ser realizado pelos Centros de Referência da Assistência
Social - CRAS - através da oferta de:
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Di Giovanni (^1998, põe) propõe a seguinte forma de conceber a proteção social nas
chamadas sociedades complexas:
Assim, chamo de sistemas de proteção social as formas - ás vezes mais, às vezes menos -
institucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de
seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural ou social.
(...) Incluo, neste conceito, também, tanto as formas seletivas de distribuição e
redistribuirão de bens materiais Como a comida e o dinheiro), quanto bens culturais
(como os saberes), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas, na
vida social Incluo ainda, os principios reguladores e as normas que, com intuito de
proteção, fazem parte da vida das coletividades.
Uma das estratégias para se romper com a lógica da fragmentação que vem sendo
debatida há algum tempo, põe a família no foco das ações e não mais no indivíduo
isoladamente pelo fato dessa representar uma unidade de referencia mais abrangente que
implica que implica articular ações e políticas diferentes no enfrentamento das
necessidades do grupo familiar. Buscando perceber como ocorre essa centralidade da
familia. Através do levantamento de algumas questões atuais e históricas pretende-se aqui
indicar alguns limites e possibilidades dessa abordagem dessa abordagem para uma
intervenção mais articulada , necessária para que a assistência cumpra com essa funcção
agregadora (Pag. 60)
indo nessa direção, a atual Política Nacional de Assistência Social (PNAS) elege a família
como seu focos de intervenção, institui a matricialidade sócio-familiar na definição e
estruturação das ações assistenciais e estabelece Sua centralidade no âmbito das ações da
política de assistência social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e
socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa
também ser cuidada e protegida." (PNAS, 2004, p. 39).
Cumpre salientar que a priorização da família, como unidade estruturadora das políticas
de assistência, não e novidade, embora pareça haver um deslocamento na forma e nos
objetivos que a tomam como referencial, diferentemente dos que orientaram sua
abordagem no passado. Também é preciso reconhecer que existem duas perspectivas na
contemporaneidade que tomam a centralidade na família sob vieses diferentes. Para
analisarmos a abordagem da família atualmente nessas diferentes perspectivas é preciso
compreender como historicamente essa tem sido objeto das ações do Estado para , apartir
de então perceber o que há de novo e o que se mantém nas atuais orientações. (Pag. 62-
63)
A focalização das políticas sociais também compõe essa reorientação para diminuir o
papel do Estado na proteção social. O discurso dos governos alega o mau gerenciamento
dos recursos como justificativa para a ineficiência dos programas sociais, uma vez que
eles seriam destinados para a parcela da população considerada como não pobre, em vez
de serem gastos apenas com os pobres. Assim, de acorde com essa orientação, há
recursos suficientes, mas não há uma “boa focalização” ou uma gerência eficiente. Na
estratégia neoliberal, a políticas sociais são relegadas a um papel secundário diante do
esforça pela diminuirão dos gastos públicos, de forma que se criam os argumentos
ideológicos para sustentar essa orientação em detrimento das necessidades sociais. (Pag.
73)