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INTRODUÇÃO

O sistema de alimentação é composto basicamente por um


tanque de combustível, linhas de combustível, um filtro, uma
bomba e um sistema injetor, podendo ser um carburador ou
injeção eletrônica.
Para começar apresentaremos o Carburador, o primeiro
sistema de alimentação de combustível, e que é a base para
que se possa entender um sistema de injeção eletrônica.

Carburador do Fusca
O Carburador é basicamente um tubo onde passa ar, e conforme a velocidade
do ar que nele passa, uma quantidade de combustível é injetada. Pensando no
carburador ainda como sendo um tubo, podemos falar que dentro dele existe
um estreitamento, ou chamado de “Venturi”, onde este estreitamento é capaz
de proporcionar uma diferença de pressão o qual faz com que a velocidade do
ar que passa nele aumente sua velocidade. Dentro deste tubo existe um
pequeno “caninho” chamado de Gicle, onde é ligado a um reservatório de
combustível com abastecimento automático através de uma boia e uma agulha.

Ilustração vista carburador em corte


A bomba de combustível mecânica, o qual é acionada pela rotação do motor
manda combustível para este reservatório chamado cuba.
Através da diferença de pressão do ar o qual passa pelo Gicle a medida que a
velocidade aumenta, mais combustível é sugado da cuba. A velocidade é
controlada através de uma válvula borboleta que esta logo após o
estreitamento ou “venturi”. A válvula abre e fecha com o apertar do acelerador,
regulando então a passagem de ar pelo carburador. Assim então o ar e
combustível é misturado, passando pelo coletor de admissão até chegar ao
cabeçote e por fim aos cilindros.

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Posição do carburador junto ao coletor de admissão
Agora com o conhecimento do funcionamento do
carburador fica mais fácil entender o funcionamento da Injeção eletrônica, o
qual realiza o mesmo processo porém completamente automático e ainda mais
eficiente.
Para a injeção eletronica, pelo próprio nome já diz, é um sistema o qual realiza
a injeção de combustível eletronicamente, graças a ECU (Engine Control Unit)
o qual é considerado o cérebro do motor, onde gerencia todo o seu
funcionamento.

Agora então explicaremos como funciona o sistema de Injeção eletrônica, tudo


inicia no momento o qual você gira a chave, antes mesmo de ligar o veículo,
neste momento é acionado a bomba elétrica, onde
envia o combustível do tanque passando pelas
linhas, filtro até chegar a flauta e por fim ao bico
injetor, e assim pressurizando todo o sistema. Após
isto, girado a chave dando a ignição, os sensores
de temperatura do motor, de pressão de ar no
coletor de admissão e de massa de ar enviam
informações a ECU determinando a quantidade
correta de combustível a ser injetada para
funcionamento do motor.

Após o funcionamento um sensor de oxigênio, a sonda Lambda, realiza a


leitura dos gases do escapamento, verificando a quantidade presente e assim
ajustando a perfeita quantidade de combustível a ser injetado, para que não
seja injetado combustível demais, tornando a mistura rica e alto consumo, ou a
mistura pobre com pouco combustível injetado. Da mesma forma que o
carburador, através da abertura da válvula borboleta, a ECU interpreta a
quantidade de ar admitido, enviando mais combustível pelos bicos injetores ou
menos quando está fechada. Em motores mais antigos com injeção eletrônica,
a abertura do corpo de borboleta é através de cabos de aço, e agora
atualmente, isto é realizado eletronicamente, onde no pedal de acelerador
possui um sensor de posição que realiza a leitura e envia ao corpo de
borboleta o qual abre ou fecha. Este conjunto de pedal e corpo de borboleta
eletrônico tornam ainda mais eficiente o sistema de injeção, podendo prever
com exatidão a quantidade necessária de combustível, e ainda proporcionando
respostas ainda mais rápidas. Todo este sistema eletrônico garante uma
mistura correta por todo o tempo, sobre todas as circunstancias, de
temperatura, pressão e umidade, corrigindo a cada instante.
Talvez tenha ficado alguma duvida, pensando de como o ar passa para dentro
do motor mesmo sem ele estar funcionando, bem, isto é possível através do
vácuo que é criado no momento em que o motor de partida é acionado, girando
o virabrequim e movendo os pistões de cima a baixo. Neste movimento, cria
uma pressão negativa o qual aspira o ar, criando um fluxo de ar continuo no
momento em que se inicia a combustão.

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Para que fique mais claro isto, pense em uma seringa, (sem agulha de
preferencia) quando você puxa o embolo no intuito de sugar um liquido, seria o
equivalente ao pistão. A seringa sem liquido ao puxar esta aspirando ar assim
como o pistão.

Para finalizar este assunto, vamos apresentar o os sistemas de injeção


eletrônica, o qual podem ser de forma direta e no port. Na maioria dos carros
de hoje possuem o sistema de injeção eletrônica multiponto, ou seja, existem
vários pontos onde são injetados combustível, o que significa que tem mais de
um bico injetor. Neste caso temos um bico injetor para cada cilindro. Estes
bicos ficam presos ao cabeçote e conectados ao duto que vai para a válvula de
admissão, assim no momento em que o combustível é injetado, é misturado ao
ar que esta entrando pelo duto de admissão e assim passa pela válvula
chegando a câmara de combustão, dentro do cilindro. Antigamente, no inicio
das injeções eletrônicas, elas eram monoponto, ou seja, existiam apenas um
bico injetor o qual era posicionado como um carburador, bem ao centro no
coletor de admissão responsável por mandar combustível para todos os
cilindros do veículo.
Com o inicio das injeções eletrônicas, ficavam evidentes com siglas nos
veículos, como EFI, Electronic Fuel Injection, MPFI, Multi Point Fuel Injection.

E com o avanço das tecnologias e aperfeiçoamento veio então a injeção direta


de combustível, trazendo muito mais eficiência para os motores. A Injeção
direta injeta combustível diretamente dentro da câmara de combustão, no
cilindro, assim proporcionando muito mais potencia, torque, e ainda a redução
de consumo. Isto se dá devido a maior precisão na dosagem de ar e
combustível dentro da câmara de combustível, além de que no sistema
convencional onde a injeção é realizada antes da válvula, pode haver
condensação do combustível na garganta do duto de admissão ou até mesmo
nas válvulas. O combustível em forma liquida, em grandes gotículas provoca
uma redução de temperatura na câmara de combustão, devido ter que realizar
uma troca térmica para aquecer o combustível para torna lo em vapor para a
combustão.

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O Sistema de alimentação dos motores de combustão é responsável pelo
suprimento de ar e combustível ao motor. Existem basicamente dois tipos de
sistemas de acordo com o ciclo de funcionamento dos motores: o sistema para
motores otto e o sistema para motores diesel. No sistema de alimentação otto o
combustível é mistura ao ar antes de ser admito nos cilindros, enquanto que no
sistema diesel, o combustível é injetado nos cilindros por um circuito diferente
do percorrido pelo ar. Tanto num sistema quanto no outro a admissão ocorre
quando o pistão se desloca do ponto morto superior para o ponto morto inferior
com a válvula de admissão aberta. O sistema de alimentação diesel é
composto por dois circuitos: o circuito de ar e o circuito de combustível. A
Figura 17 ilustra o fluxo do ar e do combustível em um sistema de alimentação
diesel turbinado com intercooler.

Fluxo de ar e do combustível em um sistema de alimentação diesel turbinado


com intercooler.

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CIRCUITO DE AR

O circuito de ar tem como função conduzir o ar do meio ambiente até o interior


dos cilindros e depois eliminar os resíduos da combustão. É constituído das
seguintes partes: pré-filtro, filtro de ar, coletor de admissão, coletor de descarga
e abafador.

Filtros de ar seco

Os filtros de ar seco são constituídos por dois elementos filtrantes descartáveis:


o elemento
primário de papel e o
elemento secundário
de feltro.

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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL DO MOTOR DIESEL

Nos motores Diesel rápidos utilizados em tractores agrícolas a alimentação de


combustível toma o nome de Sistema de Injecção.
Na actualidade os sistemas podem subdividir-se nos seguintes 3 tipos:
1 – Bomba de injecção → linha de alta pressão → injector (Injection pump →
pressure line→ nozzle);
2 – Colector comum (common rail);
3 – Injector-bomba (Pump nozzle).

BOMBA DE INJECÇÃO → LINHA DE ALTA PRESSÃO → INJECTOR

Na sua concepção este sistema é constituído pelos componentes


esquematizados na figura seguinte, os quais se podem agrupar em
componentes do Circuito de Baixa Pressão e em componentes da Derivação
de Alta Pressão.

Circuito de Baixa Pressão


Fuel tank (Depósito de gasóleo); Feed pump (Bomba de alimentação); Fuel
filter (Filtro(s) de gasóleo); Fuel pump (Bomba de injecção); Retorno ao
depósito.
Derivação de Alta Pressão
Fuel pump Bomba de injecção; High-pressure pipes (Tubo(s) de alta pressão);
Injection nozle (Injectores); Return pipe (Retorno dos injectores).

Existem dois tipos diferentes de bomba de injecção:


Bomba de injecção individual (Individual pump);
Bomba de injecção radial (tipo distribuidor)
(Distributor injection pump).
Com a Bomba de Injecção Individual cada
cilindro tem a sua bomba. Contudo, estas
encontram-se agrupadas numa mesma unidade,
a qual se dá o nome de bomba de injecção em
linha. O número de tubos de alta pressão que
saem da bomba, um para cada cilindro,
confirmam o facto de, num componente único,
estarem agrupadas várias bombas. Porém, há

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casos, em que as bombas de injecção não estão agrupadas, mas
individualizadas, cada uma junto do seu cilindro.

A Bomba de injecção radial (tipo distribuidor)


(Distributor injection pump) identifica-se exteriormente
pelas saídas dos tubos de alta pressão, as quais estão
em disposição radial na extremidade da bomba:

Apresentam-se seguidamente algumas concretizações


do sistema Bomba de injecção → linha de alta
pressão → injector, no sentido de se poderem apreciar
eventuais diferenças:

Sistema de injecção do Tractor John Deere 4045 DRT


1 - Injector; 2 - Filtro de combustível; 3 - Conduta de baixa pressão; 4 - Bomba
de alimentação (de membrana); 5 - Bomba de injecção (tipo distribuidor); 6 -
Tubo de alta pressão; 7 - Retorno de gasóleo ao depósito.

COLECTOR COMUM (COMMON RAIL)

Na sua concepção este sistema compreende os componentes esquematizados


na figura seguinte: uma bomba eléctrica impulsiona o gasóleo a baixa pressão
(2bar), através do filtro até à bomba de alta pressão (1600bar). Esta
comandada pela unidade electrónica de controlo do motor Diesel (Electronic
Diesel Control - EDC), bombeia gasóleo para o colector comum (common rail)
que é mantido constantemente sobre pressão e de onde saem tubos, um para
cada cilindro. O gasóleo é injectado nos cilindros pelos electro-injectores.

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5.4.1. Sistema de injecção com controlo mecânico
Este sistema encontra-se quase exclusivamente ligado a sistemas de injecção
de tractores da gama baixa (baixa potência) e a sistemas do tipo bomba de
injecção individual, linha de alta pressão, injector (Individual pump –
pressure line – nozzle).
No comando mecânico, a bomba de injecção encontra-se ligada
mecanicamente (barras ou cabo) ao pedal do acelerador. Quanto ao
acelerador de mão, este está ligado mecanicamente a um órgão anexo da
bomba de injecção conhecido por regulador.
Através do acelerador de mão, o operador selecciona a rotação a que quer
trabalhar, a qual é lida no conta-rotações.

O regulador tem a função de manter o motor a


funcionar num intervalo estreito em torno da
rotação escolhida.
Se a rotação tender a baixar (por exemplo
devido ao aumento da resistência externa) o
regulador actua, automaticamente,
aumentando o caudal da bomba de injecção,
tentando manter a rotação de referência.
Se, ao contrário a rotação tender a aumentar
(por exemplo devido à diminuição da
resistência externa) o regulador actua,
automaticamente, diminuindo o caudal da
bomba de injecção, tentando manter a rotação de referência.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que a finalidade de fornecer combustível pressurizado aos


dispositivos pulverizadores de combustível (carburador ou bicos injetores) do
motor é delegada ao sistema de alimentação. Com a crescente evolução dos
motores e eletrônica, alterações importantes no funcionamento do sistema
foram realizadas. Saíram de cena o carburador e bomba mecânica, para dar
lugar aos atuadores, sensores e unidade de controle eletrônico(ECU).

Estes aos poucos vão sendo substituídos por uma variação de seu sistema de
injeção, antes indireta, com o combustível sendo pulverizado no fim do coletor
de admissão, para os sistemas de injeção direta, com o combustível sendo
pulverizado dentro da câmara de combustão. Assim, o sistema de alimentação
possui três variações:

 Sistema de alimentação por carburador;


 Sistema de alimentação por injeção eletrônica;
 Sistema de alimentação por injeção eletrônica direta.

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BIBLIOGRAFIA

Fonte:
UEPG
Veja também
Wikipédia
Google
automoveshttp://www.motorespping.com.br/index.php?option=com_conteudo&t
ask=listProdutoshttp://www.motores
hopping.com.br/index.php?option=com_conteudo&task=listProdutosmotoreshtt
p://www.motoespping.com.br/index.php?option=com_conteudo&task=listProdut
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http://www.cec.com.br/mecanicas/suporte/puxador/bola/puxador-bola-pequeno-
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