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Tema TIG: A Dicotomia entre o glamur e o

chão de fábrica.

Objeto de pesquisa:

Serra Pelada

Alunas:

Diciplina: Desejo de jóias

Professora: Jaqueline Emerick


O silêncio dos inocentes

Sim, uma coleçao da qual o nome já ouvirao falar, e porque o


silêncio dos inocentes?

O garimpo em Serra Pelada já foi um sìmbolo de felicidade


suprema, mais o descaso dos governos, leva a uma situaçao de
preocupaçao com a pobreza, a miséria, a violência, o espantoso
consumo de drogas e álcool pelos menores, os crimes de
violência sexual contra nossas crianças e adolescentes e as
mortes em Serra Pelada.

Além de esses seres humanos estarem claramente expostos à


miséria e à exploração por parte do interesse capitalista, ainda
são vítimas de um massacre psicológico, devido as mentiras e
as ameaças que sofrem por pistoleiros, marreteiros,
oportunistas, representantes da Vale, políticos e pela polícia
militar.

Qual a ligação? A comparação pode ser feito pelo psicológico


abalado desses garimpeiros com a vida desumana em que
levam e simplesmente continuar de mãos atadas, todos sabem
o que se passa mais ninguém consegue uma solução para o
problema, sim inocentes silenciados.
Miseria

capitalismo Pobreza

SERRA
violencia PELADA esploraçao

assassinatos corrupçao
SERRA PELADA
A história de Serra Pelada .começa em 1976, quando um
geólogo do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral)
encontrou amostras de ferro no sul do Pará, segundo o
jornalista Ricardo Kotscho.

Em 1979, um garimpeiro encontrou ouro no local. O ministro de


Minas e energia, Shigeaki Ueki, fez o anúncio oficial da
existência do metal em Carajás. A partir de 1980, levas de
migrantes se deslocaram para o Pará e ocuparam o garimpo,
que pertencia a fazenda, Três Barras, pertencente a Genésio
Ferreira da Silva.

Em 21 de maio de 1980, o governo federal promoveu uma


intervenção na área,já ocupada por 30 mil garimpeiros. Áreas de
lavra e garimpeiros foram registrados pela Receita Federal, e
todo ouro encontrado deveria ser vendido à Caixa Econômica
Federal. A intervenção foi comandada pelo militar Sebastião
Rodrigues de Moura, o major Curió.

Em 1981, os depósitos de ouro na superfície se esgotaram, e a


Vale tentou reaver a posse da área. Mas os interesses eleitorais
(havia 80 mil garimpeiros na área) levaram o governo a fazer
obras para prorrogar a extração manual. Em 1982, o garimpo é
reaberto, e Curió foi eleito deputado federal.

Curió tomou posse na Câmara em 1983 e propôs uma lei que


dava permissão para que garimpeiros continuassem explorando
o ouro de Serra Pelada por cinco anos. Em 1984, a Vale recebeu
indenização de US$ 59 milhões.

O apogeu do garimpo ocorreu em 1983, quando foram extraídas


13,9 toneladas de ouro. De 1984 a 1986, a extração se manteve
em torno de 2,6 toneladas anuais. Caiu para 2,2 em 1987, ano
em que os garimpeiros interditam a ponte rodoferroviária sobre
o rio Tocantins: eles queriam que o governo rebaixasse a cava
do garimpo. No dia seguinte, uma operação da PM do Pará para
desimpedir a ponte deixou três garimpeiros mortos, segundo a
PM. De acordo com os garimpeiros, o número de mortos passou
de 60.
A extração continuou caindo. Em 1988, foi de 745 kg, e, em
1990, de menos de 250 kg. Em março de 1992, o governo não
renovou a autorização de 1984, e o garimpo voltou a ser
concessão da Vale. Em 1996, os garimpeiros restantes
invadiram a mina, mas uma operação do Exército e da Polícia
Federal pôs fim à obstrução de 171 dias nos acessos a Serra
Pelada.

A Vale manteve concessão do garimpo até 2007. Em Fevereiro


do mesmo ano, o Ministério de Minas e Energia concedeu à
COOMIGASP - uma das cooperativas do Distrito Mineral de Serra
Pelada - a licença de exploração da área (processo DNPM
850.425/90). Em julho, COLOSSUS e COOMIGASP formaram uma
parceria de exploração. Colossus Minerals Inc., é uma empresa
de mineração canadense, registrada na Bolsa de Valores de
Toronto, Canadá (TSX).

A disputa envolve interesses políticos, sindicais, mineradoras e


antigos garimpeiros. A reabertura do subsolo de Serra Pelada
pode significar a exploração de quase R$ 3 bilhões em metais.
Segundo um relatório parcial entregue pela Cooperativa de
Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) ao
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), pesquisas
indicam pelo menos 50 toneladas de ouro, platina e paládio
restantes na região.

Atualmente o IDH da região é baixo: 0,682. Serra Pelada


transformou-se numa favela com cerca de mil habitantes.

A atividade garimpeira realizada sem estudos no impacto


ambiental causa erosão, poluição de rios, arrasa a mata nativa
e gera complexas implicações sócio-econômicas e na saúde
pública.

Os donos dos garimpos brasileiros investem seus lucros


principalmente em rebanho bovino.
O dinheiro que sobra aos garimpeiros é gasto com drogas, jogo,
prostituição e na compra de quinquilharias.

O sonho do enriquecimento rápido tornou-se um pesadelo para


os migrantes que se estabeleceram em Curionópolis.

É possível realizar a extração de minérios com responsabilidade


social, impacto ambiental controlado e promover a auto-
sustentabilidade, que dá melhores condições de vida para a
população local, quando os recursos financeiros provenientes
da comercialização dos minérios extraídos são investidos na
própria comunidade, na educação ambiental e financeira e na
formação de cooperativas.

A história de Serra Pelada é lição ambiental e sócio-econômica


para sempre ser lembrada - nela se encontra a tudo o que não
deve ser praticado com o meio ambiente e com trabalhador.

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