Você está na página 1de 4

Carros híbridos: taxas de tributação

autónoma para 2018


Os carros híbridos com autonomia mínima de 25 km em modo elétrico
mantêm vários benefícios fiscais em 2018, como a redução da taxa de
tributação autónoma.

Os carros híbridos com autonomia mínima de 25 km em modo elétrico mantêm vários


benefícios fiscais em 2018, como a redução da taxa de tributação autónoma.

Tal como os carros elétricos, comprar um carro híbrido também traz benefícios fiscais
para as empresas, em termos de IVA, ISV, IUC e, claro, tributação autónoma.

O que são tributações autónomas de Imposto Sobre o


Rendimento das Pessoas Coletivas?
São taxas sobre determinados encargos de sujeitos passivos de IRC e devem ser
interpretadas como um pagamento independente da existência ou não de matéria
coletável. Incidem sobre despesas consideradas duvidosas quanto à mais-valia da
necessidade das mesmas para a produção da empresa. Ou seja, aqueles gastos que
facilmente se transpõem do âmbito empresarial para a esfera pessoal dos sócios ou
funcionários.

A tributação autónoma foi criada com a reforma fiscal de 2001 e tem como objetivo
dissuadir o abuso de despesas que não contribuam diretamente para o funcionamento
das empresas e representem uma renumeração extra encapotada para sócios e/ou
funcionários, como, por exemplo, automóveis para uso particular. Porém, se serve para
dissuadir, a aplicação da tributação autónoma também serve para incentivar certo tipo
de comportamentos.

É o caso da aquisição de carros elétricos ou híbridos, que, entre outros benefícios, têm
isenção ou redução das taxas de tributação autónoma.

Tributação autónoma para carros híbridos


No caso dos híbridos, veículos que combinam um motor elétrico a um de combustão
interna, só os denominados plug-in (em que a bateria pode ser recarregada por ligação
direta à rede elétrica de abastecimento) com uma autonomia mínima de 25 quilómetros
em modo 100% elétrico gozam de redução na tributação autónoma (além de outras
vantagens fiscais) no Orçamento do Estado de 2017. Para 2018, até pela política de
incentivos à mobilidade elétrica do atual Governo, não se preveem alterações no quadro
fiscal (a não ser no sentido positivo).

Taxas de tributação autónoma para carros híbridos


plug-in para empresas
• Carros com custo de aquisição inferior a 25.000€ - taxa de 5%;

• Carros com custo de aquisição entre 25.000€ e 35.000€ - taxa de 10%;

• Carros com custo de aquisição igual ou superior a 35.000€ - taxa de 17,5%.

Como termo de comparação, nos mesmos escalões de custo de aquisição, os veículos


com motor de combustão pagam, respetivamente, 10%, 27,5% e 35%. Melhor mesmo
só os carros 100% elétricos, que estão sempre isentos de tributação autónoma,
independentemente do seu custo.

Outras vantagens fiscais para empresas na compra de


carros híbridos plug-in
As vantagens fiscais não se limitam à tributação autónoma. As empresas beneficiam de
100% das depreciações das carros híbridos plug-in aceites como gasto fiscal em sede de
IRC. Além disso os híbridos plug-in com um custo de aquisição até 50.000€ podem
deduzir a totalidade de IVA. Todos os híbridos plug-in, sem exceção, beneficiam de um
incentivo direto de redução do ISV até 562,50€ na sua aquisição e, como têm menores
emissões declaradas de CO2, também pagam menos Imposto Único de Circulação
(IUC).

Este quadro fiscal torna particularmente vantajosa a aquisição de veículos híbridos plug-
in pelas empresas: embora não ofereçam tantos benefícios como as viaturas 100%
elétricas, os híbridos plug-in têm a mesma autonomia que um veículo com motor de
combustão interna, com o “brinde” de poderem circular em modo elétrico durante
algumas dezenas de quilómetros (o suficiente muitas vezes para as deslocações do dia a
dia).

E, mesmo com um preço-base inicial superior, as isenções e deduções na compra e


utilização dos híbridos plug-in fazem com que estes fiquem mais baratos a curto/médio
prazo que os veículos apenas a gasolina ou gasóleo. Por isso, a venda de viaturas
híbridas plug-in para empresas tem subido exponencialmente em Portugal. Já para os
clientes particulares as vendas são muito menores, pois eles não desfrutam do grosso
das vantagens concedidas às pessoas coletivas - apenas a redução do ISV e do IUC.

Você também pode gostar