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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO MARANHÃO – IESMA

DISCIPLINA: Alimentação e Nutrição do Idoso


Prof.ª: Wilma Ramalho
Aluna: Quezia Penha

O Estado nutricional tem importantes implicações no contexto do


envelhecimento da população, visto que o controle de grande parte das doenças
crônicas ou infecciosas e a prevenção de complicações decorrentes das
mesmas dependem do estado nutricional. Nessa fase da vida, ocorrem
mudanças fisiológicas que associadas a outros fatores de risco, como
sedentarismo, alcoolismo, tabagismo e maus hábitos alimentares, insurgem ao
aparecimento das doenças crônicas.
Essas mudanças do estado nutricional interferem na capacidade
funcional dos idosos e contribuem para o aumento da morbidade. Sendo assim,
verifica a importância da nutrição em desempenhar um papel fundamental na
identificação de fatores de risco para mortalidade e desenvolvimento de diversas
doenças entre os idosos. Tendo como exemplo, o baixo peso, que tem sido
associado ao aumento da morbimortalidade por tuberculose, enfermidades
pulmonares obstrutivas crônicas e câncer de pulmão e estômago que levam a
maior dependência e comprometem a qualidade de vida desse grupo etário.

Os idosos representam um segmento populacional com


características próprias relacionadas ao estado nutricional. Projeções
demográficas da população geriátrica em constante crescimento tornam
obrigatório que, ao entrarmos no século XXI, sejamos experientes e bem
informados para detectarmos transtornos nutricionais precocemente. As
mudanças anatômicas e funcionais mais comuns são as perdas sensoriais com
diminuição da sensibilidade do paladar, do olfato, do tato, da audição, da visão
e da função motora e, consequentemente, a redução das secreções salivares,
gástricas e pancreáticas ricas em enzimas. Paralelamente também há redução
do metabolismo, o que implica em menor ingestão de alimentos, de modo que a
quantidade produzida de enzimas, ainda que diminuída, é suficiente para
atender as necessidades orgânicas do idoso estas alterações podem levar à
menor ingestão de alimentos como resultado da redução do apetite, do
reconhecimento do alimento e da habilidade em se alimentar, podendo
comprometer a nutrição A prevenção do acúmulo excessivo de gordura corporal
e a manutenção do IMC dentro da faixa de normalidade podem reduzir as
doenças crônicas e as incapacidades.

As mudanças e dificuldades no quadro nutricional nos idosos são


inúmeras podendo ser prejudiciais, se não houver Políticas Públicas
preocupadas e atender e promover qualidade de vida a esse segmento, estudo
mostram que existem poucas ou insuficientes. O Brasil inovou com políticas
públicas universais que respeitam a diversidade, formuladas e monitoradas com
participação social em espaços de concertação governo-sociedade civil, como o
Consea. Políticas públicas direcionadas prioritariamente às famílias de baixa
renda, tais como a valorização real do salário mínimo, a ampliação do acesso ao
trabalho, a transferência direta de renda (Programa Bolsa Família), a previdência
rural, o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa, dentre outras,
contribuíram para a ampliação do acesso a alimentos e a direitos sociais.

O Brasil entende a segurança alimentar e nutricional como um campo


complexo que articula um conjunto de dimensões não lineares e não
concorrentes para a organização de um sistema agroalimentar social e
ambientalmente justo, que dialoga com o sistema de produção, abastecimento,
comercialização de alimentos e, ainda, com os determinantes do consumo
alimentar.

REFERENCIAS

Acuña, K. Arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia. 2004, 48(3):


345-61.

Chaimowicz F. A Saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI:


problemas, projeções e alternativas. Rev. Saúde Pública 1997, 31(2):184-200.

Sampaio LR. Avaliação nutricional e envelhecimento. Rev. Nutr. vol.17, n.4,


Campinas, oct./dec. 2004.

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