Você está na página 1de 8

COLÉGIO JARDIM PAULISTA

JULIA NADEGE CORRÊA CRUZ


LARISSA NUNES MARQUES

OS MALES CAUSADO PELO USO DO CRACK

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi analisar as publicações científicas que tratam do


uso do crack e servem de parâmetro para futuros estudos em saúde mental,
visando uma melhor compreensão dessa substância psicoativa, suas
implicações e repercussões em humanos. O uso prolongado desta substância
pode causar danos graves e até irreversíveis aos seres humanos. Uma
maneira de observar a existência de problemas neurológicos e baixo
desempenho cognitivo é avaliar o estado mental.

PALAVRAS-CHAVE: Droga. Vício. Destruição. Crack.

ABSTRACT

The objective of this work was to analyze the scientific publications that deal with
the use of crack and serve as a parameter for future studies in mental health,
aiming at a better understanding of this psychoactive substance, its implications
and repercussions in humans. Long-term use of this substance can cause severe
and even irreversible damage to humans. One way of observing the existence of
neurological problems and poor cognitive performance is by assessing mental
state.

KEYWORDS : Drug. Addiction.Undoing.Crack.


1 INTRODUÇÃO

De acordo com FREIRE ,Josenilton o crack é visto como modo de fuga da


realidade os fatores que podem levar o indivíduo a se tornar dependente da
droga são tão complexos e variáveis quanto a própria Constituição da sociedade
o uso e dependência do crack estão longe de ser apenas um problema
consequente como de polícia essa diversidade e complexidade social coloca o
problema originário Nas questões voltadas não apenas para a segurança mas
também para uma série de déficits sociais na diversas áreas da sociedade.

Segundo as Diretrizes gerais Médicas, a epidemia de uso de crack que se


apresenta no país preocupa a todos os brasileiros. A estimativa da OMS para o
Brasil é que existam 3% de usuários, o que implicaria em 6 milhões de
brasileiros. O Ministério da Saúde trabalha com 2 milhões de usuários e estudo
da Unifesp patrocinado pela SENAD demonstra que um terço dos usuários
encontra a cura, outro terço mantém o uso e outro terço morre, sendo que em
85% dos casos relacionados à violência Não existe ainda uma droga específica.
Os psiquiatras preconizam internação para desintoxicação de cerca de 7 a 14
dias, drogas usadas comumente como opióides e tratamento das comorbidades
constituem-se em medidas iniciais, devendo o paciente ter acesso à rede de
tratamento ambulatorial bem como aos processos integrados; É preciso
mobilizar toda a sociedade (sindicatos, conselhos, movimentos sociais, religioso,
estudantil) e meio empresarial para criar uma consciência de responsabilidade
compartilhada para o sucesso dessa grande ação de cidadania.

https://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/cartilhacrack2.pdf
2 Produção do Crack
De acordo com, Maria Cristina Venâncio, psicóloga e coordenadora do Cape da
Divisão de Narcóticos (Dinarc) de Curitiba (PR) O crack é feito através de uma
mistura de cocaína em forma de pasta não refinada com bicarbonato de
sódio. Ela se apresenta na forma de pequenas pedras e pode ser até cinco vezes
mais potente que a cocaína. Ao contrário da maioria das drogas, o crack não tem
sua origem ligada a fins medicinais, ele já nasceu como uma droga para alterar
o estado mental do usuário. O nome "crack" vem do barulho que ele faz quando
está sendo queimado para ser consumido. A pasta de coca é um produto
grosseiro, com muitas impurezas, que é obtido das primeiras fases de extração
da cocaína das folhas da planta Erythroxylon coca, quando tratadas com bases
fortes, com ácido sulfúrico e solventes orgânicos. O cloridrato da cocaína é a
forma mais estável dessa substância, que pode ser deslocada por meio de bases
fracas, como o bicarbonato de sódio. O crack é comercializado na forma de
pequenas pedras porosas. Ele não é solúvel em água, mas os usuários fumam
o crack aquecendo essas pedras em “cachimbos” improvisados, já que essa
substância passa do estado sólido para o vapor em uma temperatura
relativamente baixa, a 95ºC.

https://www.google.com/amp/s/www.terra.com.br/amp/vida-e-estilo/saude/voce-
sabia-o-que-e-como-e-feito-e-como-age-o-
crack,4e50a37d9082d11e8fe38819463f464amh9bzlom.html

2.1 Efeitos das substâncias


O crack causa um barato intenso de curta duração que é imediatamente seguido
pelo oposto — uma depressão, paranoia e uma fissura por mais droga. As
pessoas que a usam não comem nem dormem adequadamente. Elas podem
experimentar taquicardia, espasmos musculares e convulsões. A droga pode
fazer as pessoas sentirem-se paranoicas, zangadas, hostis e ansiosas —
mesmo quando não estão sob o efeito do barato. Independentemente da
quantidade ou da frequência que a droga é usada, o crack aumenta a
probabilidade de o usuário vir a experimentar um ataque cardíaco, derrame
cerebral, ataque epiléptico ou insuficiência respiratória, qualquer uma destas
coisas pode resultar em morte súbita. Fumar crack apresenta uma série de riscos
à saúde. O crack é muitas vezes misturado com outras substâncias que criam
gases quando é queimado. Como a fumaça do crack não permanece forte por
muito tempo, os canudos de crack são geralmente muito pequenos. Isto
frequentemente causa rachaduras e bolhas nos lábios, causadas porque os
usuários pressionam os lábios num canudo muito quente. Além dos riscos
comuns associados ao uso da cocaína, os usuários de crack podem sofrer de
problemas respiratórios severos, incluindo tosse, dificuldades na respiração,
danos e sangramento pulmonares. Os efeitos do uso do crack a longo prazo
incluem danos graves ao coração, fígado e rins. Os usuários ficam mais
propensos a ter doenças infecciosas. O uso diário contínuo causa insônia e
perda de apetite, o que faz a pessoa ficar malnutrida. Fumar crack também pode
causar um comportamento agressivo e paranoico. Como o crack interfere com a
forma como o cérebro processa os elementos químicos no corpo, uma pessoa
precisa de mais e mais da droga para se sentir apenas “normal”. Os dependentes
de crack (como ocorre com dependentes de outras drogas) perdem o interesse
em outras áreas da vida. Quando o efeito da droga passa, isso causa depressão
grave, que fica cada vez mais profunda depois de cada uso. Isto pode ficar tão
sério que uma pessoa fará quase qualquer coisa para conseguir a droga, até
cometer assassinato. Caso ela não consiga a droga, a depressão pode tornar-
se tão intensa que pode levá-la a cometer o suicídio.

https://www.mundosemdrogas.org.br/drugfacts/crackcocaine/effects-of-crack-
cocaine.html

2.2 A chegada no Brasil


De acordo com o pesquisador americano Ney Jansen, o surgimento do crack
ocorreu na década de 1970, mas se tornou popular na década seguinte entre
moradores de bairros pobres de grandes cidades dos Estados Unidos, como
Nova York, Los Angeles, Miami, e principalmente entre os jovens negros.
No Brasil, ele chegou no início da década de oitenta, entrando no país através
da Colômbia, pelas fronteiras com Acre, Roraima e Amazonas. A droga se
disseminou, inicialmente, no estado de São Paulo e acabou se popularizando. O
Uso da droga no Brasil Inicialmente foi disseminado nas classes mais baixas da
sociedade, embora atualmente já não se restrinja somente a elas. Nos centros
das grandes cidades é comum ver os moradores de rua - de todas as idades,
inclusive as crianças - fazendo uso desta droga. Cabe a reflexão sobre a origem
daquelas pessoas: muitos já nasceram em condições de miséria comparáveis a
aquela em que estão, mas certamente muitas daquelas pessoas, hoje a margem
da sociedade, tinham toda uma vida estruturada, vida essa que trocaram pelo
crack. No Brasil, acreditasse que o surgimento do crack se deu na década de
1980. Em 1989, é relacionado o primeiro relato de uso, na cidade de São Paulo.
Dois anos depois, foi feita a primeira apreensão. O uso da cocaína apresentava
uma escalada em todo o mundo. O crack era a versão da droga usada por grupos
marginalizados, muitos deles vivendo nas ruas. Àquela época, segundo
pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
(Cebrid), os principais consumidores de crack eram homens de 17 a 38 anos, de
baixa renda e sem vínculos sociais ou familiares. Porém, com o passar do tempo,
as mulheres também passaram a consumir a droga, a se prostituir e a traficar
para obtê-la. Desde o surgimento do crack, o seu mercado se caracteriza pela
violência do tráfico, agravada pelos efeitos causados pela droga nos
consumidores, que se tornam, ao mesmo tempo, agressivos e vulneráveis.
Atualmente, segundo os pesquisadores Solange Nappo e Lúcio Garcia de
Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o crack está
amplamente disponível em lugares públicos. Há viciados em todas as faixas
socioeconômicas e culturais e a droga vem ganhando adeptos na classe média.
Casos notórios foram o do prefeito de Washington, capital americana, e o do
primeiro advogado do ex-goleiro Bruno, do Flamengo, flagrados em vídeo
usando a droga. Segundo o médico Carlos Vital Corrêa Lima, vice-presidente do
Conselho Federal de Medicina, desde o surgimento do crack, seu consumo vem
aumentando por conta de o Brasil ser rota para o tráfico internacional de cocaína
e da vulnerabilidade social de grande parcela da população, sobretudo dos mais
jovens.

https://www.google.com/amp/s/ricmais.com.br/noticias/seguranca/a-origem-do-
crack-e-sua-chegada-ao-brasil/amp/

2.3 Cracolândia

De acordo com Juca Guimarães, jornalista e repórter do R7, O drama que a


população de São Paulo vem enfrentado com o consumo desenfreado do crack
está perto de completar três décadas. A primeira apreensão de crack na cidade
aconteceu há 27 anos, no dia 22 de junho de 1990, quando a polícia prendeu
um rapaz na zona Leste da capital com 220 gramas do entorpecente.

Cada pedra de crack pesa, aproximadamente, 0,25 grama e é vendida por R$ 5.


A quantidade aprendida pela primeira vez pela polícia, com um homem que se
identificou como barbeiro, era equivalente a 880 pedras e daria um lucro, com
valor atualizado, de R$ 4.400.

A droga, já naquela época, era distribuída para diversos pontos da cidade, entre
eles a região central. Foi ali que o crack, por conta do preço baixo e efeito
potente, ganhou espaço e passou a substituir outros tipos de entorpecentes
como cola de sapateiro, éter, maconha e cocaína. O surgimento da Cracolândia,
na região da Luz, tem ligação também com a degradação urbana pela qual
passou o bairro após a desativação do Terminal Rodoviário da Luz. Entre 1961
e 1982, a rodoviária foi um dos principais pontos de chegada em São Paulo para
quem vinha de ônibus do interior e também de outros estados.

Em torno da rodoviária, se estabeleceu uma zona comercial vigorosa com hotéis,


pensões, lojas, lanchonetes e restaurantes. Com a desativação do terminal e
sem um plano de reurbanização da área, boa parte dos imóveis fechou as portas.
Em junho de 1986, quatro anos após o fechamento da rodoviária, a prefeitura
decidiu demolir as marquises do antigo terminal. Na época, o entorno do prédio
abandonado já era ocupado por moradores de rua. O então secretário de
administração regional, Welson Barbosa, comentou a decisão dos donos do
imóvel de transformar o local em um albergue. "Achamos a ideia louvável e
merece o nosso respeito, mas dentro das posturas municipais. Ninguém vai abrir
um prédio aí e transformar num depósito de ser humano que isso não vamos
permitir. Gostaríamos de ter um albergue noturno organizado, orientado", disse
o secretário que completou dizendo que após a demolição das marquises o local
seria "transformado em uma grande área de lazer daquele setor tão carente da
cidade".

O terminal rodoviário faz parte da história do tenente-coronel da reserva da


Polícia Militar de São Paulo Adilson Paes de Souza. Ele entrou na corporação
em 1982 e foi assessor no Comando de Policiamento da capital.

"Eu morava em Sorocaba e diversas vezes desci na antiga rodoviária da Luz.


Era muito movimentada a região e tinha muito comércio. Depois, todo o
movimento dos ônibus intermunicipais e interestaduais foi transferido para o
Terminal Tietê e a região ali da Luz ficou abandonada. O eixo de expansão da
cidade se deslocou para a região da Paulista e o Centro Velho ficou feio numa
situação de abandono", disse o tenente-coronel; autor do livro O Guardião da
Cidade: reflexões sobre casos de violência praticados por policiais
militares (Escrituras Editora).

Os anos de degradação urbana que se seguiram após 1986 na região da Luz se


agravaram a partir de 1990 com a chegada do crack. "O policiamento na região
não era suficiente para combater o problema. Dentro dos quartéis, trabalhar na
área central, naquela época, era condição não prestigiada, era de certa forma
considerado um castigo trabalhar num batalhão da área central", disse.

Outro problema enfrentado na Cracolândia era a prisão dos traficantes de crack.


"Os PMs sentiam como se estivessem 'enxugando gelo'. Pois a cada prisão
efetuada, surgiam vários outros traficantes", disse Souza.

Entre 2003 e 2006, o tenente-coronel Adilson trabalhou como assessor no


Comando de Policiamento da Capital. "Já naquela época, os policiais militares
queixavam que nunca houve um investigação específica e efetiva para prender
os grandes traficantes de crack. Ou seja, aqueles que abasteciam os demais
traficantes", disse.

"O mais importante é entender a organização e a logística do grande traficante


que envia a droga para lá, pois está evidenciado desde há muito tempo que há
um comércio a céu aberto, 24 horas por dia e todos os dias da semana", disse.
https://www.google.com/amp/s/noticias.r7.com/sao-paulo/onda-de-devastacao-
pelo-crack-comecou-ha-27-anos-em-sao-paulo-19052019%3famp
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Item considerações finais, deve conter a trajetória e as


considerações da pesquisa, as possíveis respostas do(s) problema(s), refutando
ou propondo soluções e principalmente fazer recomendações para a
comunidade acadêmica dar continuidade ao estudo do tema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 36.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,


2003.

Você também pode gostar