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Escoamento em Curvas
Trabalho Mecânica dos Fluidos
Gustavo Correia
Igor Quadros
Lucas Brandão
Marcel Rezende
2019
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ)
Escoamento em Curvas
Trabalho Mecânica dos Fluidos
Gustavo Correia
Igor Quadros
Lucas Brandão
Marcel Rezende
2019
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RESUMO
2
SUMÁRIO
1. Introdução ...................................................................................................................................... 6
1.1 Tubulações, Escoamentos em Curvas e Perdas de Cargas ............................................................ 6
1.2 Objetivo ......................................................................................................................................... 7
1.3 Revisão Literal .............................................................................................................................. 7
1.3.1 Escoamentos Internos em Tubulações ................................................................................... 7
1.3.2 Linhas de Fluxo ...................................................................................................................... 8
1.3.3 Perdas de Carga .................................................................................................................... 10
2. Métodos ........................................................................................................................................ 12
2.1 Informações das Tubulações, Curvas e Fluidos Utilizados ................................................... 12
3. Desenvolvimento .......................................................................................................................... 13
4. Resultados e Discussão ................................................................................................................ 17
4.1 Tubulação Curva de 90º .............................................................................................................. 17
4.2 Tubulação curva de 60º ............................................................................................................... 19
4.3 Tubulação curva de 45º ............................................................................................................... 20
4.4 Tubulação curva de 30º ............................................................................................................... 21
4.5 Análise dos Resultados................................................................................................................ 23
5 Conclusão ..................................................................................................................................... 24
Anexos .................................................................................................................................................. 25
Apêndice ............................................................................................................................................... 26
Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 34
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LISTA DE FIGURAS
4
LISTA DE TABELAS
5
1. Introdução
Tubulações são conjuntos de tubos e acessórios, muito utilizados nas indústrias para a
distribuição de gases, óleos, líquidos e fluidos em geral. Essas tubulações podem ser abertas
para a atmosfera – conhecidas como canais, que são muito utilizadas para o transporte de água
– ou fechadas, onde a pressão interna é maior que a pressão atmosférica e o escoamento é
provocado por bombas hidráulicas.
Quando um fluido escoa internamente em uma tubulação sofre influência das paredes,
dissipando energia devido ao atrito. Isso acontece por que essas partículas em contato com a
parede aderem à velocidade da mesma (nula) e passam a influir nas partículas próximas através
de viscosidade e turbulência, dissipando energia. Essa perda de energia provoca uma redução
na pressão do fluido, denominada perda de carga (BARRAL, 2007). Essas perdas são ainda
maiores quando ocorrem acidentes durante o percurso do fluido pela tubulação. Quando
ocorrem curvas em tubulações, são ainda mais críticas, dependendo da angulação da curva
(UFLA, 2007).
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1.2 Objetivo
Este trabalho tem como objetivo a simulação e análise dos dados do escoamento de um fluido
em uma curva.
1. O conhecimento adquirido pelos alunos durante as aulas das disciplinas de mecânica dos
fluidos;
2. Capacidade do grupo de modelar/simular um sistema fluido mecânico simples;
3. Interpretar, analisar e comparar os resultados da simulação realizada com outros resultados
e com a literatura da disciplina.
Um dos maiores cientistas a estudar esse fenômeno foi Osborne Reynolds. Para identificar
o tipo de escoamento, Reynolds propôs um parâmetro adimensional, o número de Reynolds,
que relaciona: a massa específica e viscosidade do fluido; geometria do tubo e velocidade média
do escoamento. O número de Reynolds para tubulações circulares é dado pela seguinte relação:
𝜌. 𝑣. 𝐷
𝑅𝑒 =
𝜇
7
Onde:
D = Diâmetro [m];
Linhas de fluxo são linhas imaginárias que ilustram diferentes aspectos de um fluxo. Essas
linhas podem admitir várias formas e demonstrar diferentes comportamentos de um fluido ao
longo de uma trajetória e do tempo. Podem ser:
Linhas de Trajetórias: demonstra o caminho traçado por uma partícula que escoa de um
ponto para outro, ao longo do tempo. É um conceito Lagrangeano e pode ser visualizada a
partir de uma fotografia de longa exposição.
8
Linhas de Corrente: são linhas contínuas e são sempre tangentes à velocidade num ponto
do escoamento. Em um escoamento permanente, não muda com o tempo num ponto fixo,
nem o vetor velocidade, portanto, as linhas de corrente são fixas.
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Cada uma dessas linhas, citadas acima, ilustra um tipo diferente de fluxo. E todas essas
linhas serão coincidentes quando o fluxo de escoamento de um fluido for estacionário.
Estas linhas são de grande importância para a interpretação do comportamento e das
propriedades de um fluido ao longo de um escoamento.
𝑘. 𝑣 2 . 𝜌 2. ∆𝑃
∆𝑃 = , 𝑙𝑜𝑔𝑜 … 𝑘 = 2
2 𝑣 .𝜌
Equação 2 − Perda de Carga Pontual
Onde:
∆𝑃 = Variação de pressão ao longo do ponto [Pa];
𝑘 = Coeficiente empírico de perda de carga, relacionado ao número de Reynolds;
𝑣 = Velocidade média do fluido no ponto [m/s];
𝜌 = Massa específica do fluido [kg/m³].
10
Algumas literaturas sugerem valores pré-determinados para estes coeficientes de perda de
carga citado na equação acima, para o escoamento de água em uma tubulação, conforme
mostrado na tabela abaixo (UFLA, 2007).
11
2. Métodos
Para a realização deste trabalho utilizou-se o software CAD SolidWorks 2018, para o
desenho das tubulações, e a extensão Flow Simulation do mesmo software, para realizar a
simulação da passagem de fluido pelas tubulações desenhadas.
O fluido escolhido para realização deste trabalho foi água, a temperatura de 20ºC, terá
velocidade inicial de 0,01m/s (velocidade na entrada da tubulação) e pressão externa de 1atm
(101,1kPa).
As simulações do escoamento do fluido serão feitas em tubulações com 90º, 60º, 45º e 30º,
e depois, a partir de cálculos e análises feitas, será feita a comparação entre a variação de
velocidade do fluido ao longo da tubulação, a variação de pressão interna ao longo da tubulação
e da perda de carga conferida pela curva.
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3. Desenvolvimento
O primeiro passo é selecionar a opção “create lids”- disposto na barra de opções do software
- para criar tampas nas extremidades da tubulação desejada. Em seguida, clicar nas duas
extremidades da tubulação para tampá-las. Em seguida, deve-se salvar o projeto e selecionar a
opção “Wizard”, onde se cria um novo projeto de simulação de fluidos.
Figura 6 - Opções Selecionadas para Iniciar um Projeto de Simulação de Fluidos no Software SolidWorks 2018
Após esta etapa, uma nova janela irá se abrir, onde devem-se inserir as informações
desejadas para o projeto. Avança-se até a janela de parâmetros do fluido, como mostrado na
figura 7, abaixo, onde deve-se escolher os fluidos a serem utilizados na simulação e os
parâmetros da mesma.
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Para a seleção do regime de escoamento da simulação, utilizou-se a fórmula do número de
Reynolds, citada acima. Onde a massa específica da água é de 1000 kg/m³, a velocidade de
entrada do fluido na tubulação é de 0,01, o diâmetro da tubulação é 323,81mm e a viscosidade
da água é de 0,001.
Logo:
Então, o regime a ser adotado pelas simulações neste trabalho será turbulento.
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Após realizar os cálculos da simulação, pode-se agora pegar as informações necessárias
para estudo da mesma. Para realização desse estudo, obteve-se: linhas de fluxo, para indicar a
velocidade e posição de uma partícula ao longo da tubulação; mapas de contornos, para indicar
a variação de pressão ao longo da tubulação; e a plotagem de gráficos pressão x posição e
velocidade x posição, ao longo da tubulação para realização dos cálculos e análises de perdas
de carga. Para obtenção desses dados, foram usadas as opções “Flow Trajectories”, “Cut Plots”
e “XY Plots” consecutivamente, disponíveis na aba “Result” no menu lateral inferior, como
mostrado abaixo.
Logo, com esses dados obtidos na etapa acima, serão utilizados para realização de análises
e comparação da constante “k”, referente a perda de carga em curvas e peças especiais, com os
valores obtidos na literatura, em tubulações com diferentes ângulos de curva.
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Figura 11 - Seleção das Superfícies e do Parâmetro de Pressão para Cálculos de Perda de Carga
Em seguida, para realizar os cálculos, clicar novamente em goals, porém agora, selecionar
a opção “Insert Equation Goals”, conforme demonstrado na figura 11, acima. Na opção,
devemos selecionar as 2 superfícies novamente, a opção “Pressure & Stress” e inserir a equação
“Pressure Drop”.
Após esses passos é possível obter os valores de perda de carga na curva indo em
“Results”, em seguida na seção “Goal Plot”.
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4. Resultados e Discussão
Ao realizar os passos da seção 3, em tubulações com diferentes ângulos de curva (90º, 60º,
45º e 30º), os resultados foram obtidos em forma de linhas de fluxo, mapas de contorno e
gráficos com valores de pressão e velocidade ao longo das tubulações, e esses dados serão
utilizados nesta seção para análise e comparação com os valores da literatura citada na seção 2.
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Figura 14 - Mapa de Pressão ao Longo da Curva de 90º
2 ∗ 0,055
𝑘90º = = 1,1
0,012 ∗ 1000
18
4.2Tubulação curva de 60º
19
Assim como na curva de 90º, é possível observar a relação inversa entre os pontos de
pressão e velocidade de uma partícula ao longo da tubulação, confirmada pela equação de
Bernoulli.
Agora, nesta curva, temos uma diferença de pressão de 0,037MPa, onde a pressão varia
de 101325,037MPa a 101325MPa. Logo, inserindo os valores novamente na equação 2,
teremos:
2 ∗ 0,037
𝑘60º = = 0,74
0,012 ∗ 1000
Temos então que o fator “k” de perda de carga para uma tubulação curva de 60º é de 0,74.
O valor encontrado de perda de carga para esse problema utilizando o método de cálculo
do software utilizado foi de 0,043.
Novamente, ao realizar-se o procedimento, porém, agora com uma tubulação com uma
curva de 45º teremos como resultado:
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Ao visualizarmos o mapa de pressão, obtém-se:
Neste caso, tem-se uma variação de pressão de 0,017Pa, onde a pressão no início da
tubulação é de 101325,017Pa e na saída é de 101325Pa. Novamente, equacionando para obter
um valor para o coeficiente “k” de perda, tem-se:
2 ∗ 0,017
𝑘45º = = 0,34
0,012 ∗ 1000
Logo, quando comparado com o valor obtido na literatura, disponível na tabela 1, vemos
que o valor do coeficiente de perda - 0,4 - está próximo do valor obtido através da simulação.
O valor encontrado de perda de carga para esse problema utilizando o método de cálculo
do software foi de 0,021.
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E ao estudarmos os valores de variação de pressão, para obter o valor do coeficiente de
perda de carga, tem-se:
2 ∗ 0,0085
𝑘45º = = 0,17
0,012 ∗ 1000
Quando comparado ao valor da literatura, que é de 0,2, pode-se observar que os valores
mais uma vez estão próximos.
O valor encontrado de perda de carga para esse problema utilizando o método de cálculo
do software foi de 0,00584.
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4.5 Análise dos Resultados
Ao realizar a simulação, pode-se obter os valores da perda de carga para cada uma das
curvas e o valor do coeficiente k, que estão listados na tabela abaixo:
Então, pode-se comparar os valores do coeficiente “k” calculados com os valores dados
na literatura.
Tabela 3 - Comparação com os Valores de "k" Calculados e da Literatura
Coeficiente K Coeficiente K
Literatura Calculado
0,90 até 1,50 1,1
- 0,74
0,4 0,34
0,2 0,2
É possível então, comparar os valores de perda de carga em cada uma das tubulações
obtidos pelo software com os valores calculados pelo coeficiente “k”, utilizando a equação 2,
disponível na página 10.
Tabela 4 - Comparação Entre os Valores de Perda de Carga Calculados e Obtidos Pelo Software
23
5 Conclusão
Após o desenvolvimento do trabalho, pode-se observar que quando um fluido, que esteja
escoando internamente por uma tubulação, passa por uma curva, há uma variação de pressão.
Essa variação é chamada de perda de carga, e através dos cálculos realizados e dos resultados
obtidos pelas simulações, foi possível confirmar que a perda de carga em uma curva está
diretamente ligada ao ângulo da curva.
Através de cálculos e de valores obtidos pelas simulações realizadas, foi possível obter o
valor da constante de perda de carga para peças específicas “k”, e ao comparar os valores
obtidos através de cálculos com os valores dados pela literatura, foi possível obter resultados
próximos. E ao comparar os valores de pressão com os valores de “k” obtidos através dos
cálculos, com os valores obtidos pelo software, pode-se observar que ambos os valores estão
próximos, para ambas as curvas.
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Anexos
25
Apêndice
26
Apêndice B – Gráfico Velocidade x Posição Tubulação Curva 90º
27
Apêndice C – Gráfico Pressão x Posição Tubulação Curva 60º
28
Apêndice D – Gráfico Velocidade x Posição Tubulação Curva 60º
29
Apêndice E – Gráfico Pressão x Posição Tubulação Curva 45º
30
Apêndice F – Gráfico Velocidade x Posição Tubulação Curva 45º
31
Apêndice G – Gráfico Pressão x Posição Tubulação Curva 30º
32
Apêndice H – Gráfico Velocidade x Posição Tubulação Curva 30º
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Referências Bibliográficas
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<http://www.acoscontinente.com.br/secao/33/tubo-sch-40-e-80---nbr-5590>. Acesso em:
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Disponivel em: <http://www2.eesc.usp.br/netef/Oscar/Aula10p.pdf>. Acesso em: 11 Junho
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SOUZA, R. P. A. D. Cálculos de perdas de carga para selação de uma bomba de alimentação
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UFLA, A. D. deg UFLA. Perdas de Carga Localizadas em Canalizações, - - 2007. Disponivel em:
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