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Disciplina na Igreja.

Introdução

 Poucas igrejas praticam a disciplina.


Justificam essa prática com a frase “Não
julgueis”. No entanto, essa é uma
interpretação errada deste versículo.

 A disciplina é uma das 3 marcas da


igreja. Sem disciplina a igreja morre.
Sem disciplina não há discípulos.

 Essencialmente, a disciplina é o jeito


certo de tratar com o pecado. Mas antes
de vermos o jeito certo, vejamos qual é
o jeito errado de tratar o pecado.
Desenvolvimento

O pecado: incesto. Dt 22.30: “Nenhum


homem tomará a sua madrasta e não
profanará o leito de seu pai”.

Era um pecado “famoso”: ‘Geralmente, se


ouve que há entre vós...”

Era um pecado “terrível”: ‘imoralidade e


imoralidade tal que, como nem mesmo
entre os gentios”.

I. O jeito errado de tratar o pecado:

Não houve profunda tristeza: “Não se


chegastes a lamentar”.

“Bem-aventurados os que choram,


porque serão consolados” Mateus 5.4

“Afligi-vos, lamentai e chorai” Tiago 4.9


Não houve expulsão: “para que fosse tirado
do vosso meio quem tamanho ultraje
praticou”

“Nós vos ordenamos irmãos, irmãos, em


nome do Senhor Jesus Cristo, que vos
aparteis de todo irmão que ande
desordenadamente e não segundo a
tradição que de nós recebestes” 2
Tessalonicenses 3.6.

A razão:

Orgulho: “andais vós ensoberbecidos” v.2;


“Não é boa a vossa jactância” v.6
II. O jeito certo de tratar o pecado:

Quando o pecado é público a repreensão


deve ser pública e quando a honra da igreja
foi dilacerada, uma atitude radical precisa
ser tomada:

A excomunhão: ‘Entregar a Satanás’ v.5;


Não se associar, v.11, Expulsar o malfeitor
da comunhão, v.13.

Quem deve ser expulso:

“aquele que dizendo-se irmão, for impuro,


ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou
roubador; com esse tal, nem ainda comais”,
v.11.
A razão:

É uma sentença: “já sentenciei”, v.3. Isto é:


já julguei, decidi, ordenei.

É um meio de santificação: “seja salvo no


dia do Senhor”, v.5.

O pecado contamina toda a igreja: “um


pouco de fermento contamina toda a
mossa”

A prática:

Numa reunião: “reunidos vós e o meu


espírito”, v.4

Numa reunião solene: “em nome do Senhor


Jesus”, v.4.

Numa reunião autoritativa: “com o poder de


Jesus, nosso Senhor”, v.4.
“Em verdade vos digo que tudo o que
ligardes na terra terá sido ligado nos céus,
e tudo o que desligardes da terra terá sido
desligado nos céus” – Mateus 18.18

Todo vínculo deve ser cortado: “não vos


associeis com alguém que dizendo-se
irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra,
ou maldizente, ou beberrão, ou roubador;
com esse tal nem ainda comais” v.11;
“Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor”,
v.13.

Conclusão:

A excomunhão é o último nível da disciplina.

Após o pecador ser repreendido e


disciplinado, se ele permanecer no pecado,
não demonstrando arrependimento, este
deve ser julgado e expulso da igreja.

Quando Jesus nos diz para “não julgar”, o


princípio é não julgar com maldade, mas
com retidão. A igreja não apenas pode
julgar, a igreja deve julgar.

A Confissão de Westminster declara:


As censuras eclesiásticas são
necessárias para chamar e ganhar
para Cristo os irmãos ofensores e
para impedir que outros pratiquem
ofensas semelhantes, para purgar o
velho fermento que poderia
corromper a massa inteira, para
vindicar a honra de Cristo e a santa
profissão do Evangelho e para evitar
a ira de Deus, a qual com justiça
poderia cair sobre a Igreja, se ela
permitisse que o pacto divino e os
selos dele fossem profanados por
ofensores notórios e obstinados.
(XXX.3)1

Sem disciplina uma igreja morre.

Por amor à Deus, por amor às pessoas, a


igreja precisa disciplinar seus membros
rebeldes.

Que eu e você não estejamos entre os tais.

1
Packer, J. I. (2014). Teologia Concisa: Um Guia de Estudo das Doutrinas Cristãs Históricas. (R.
Castilho, Trad.) (3a edição, p. 188). São Paulo: Editora Cultura Cristã.

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