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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal

Teoria e exercícios comentados


Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula 07

AULA 07: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

SUMÁRIO

MAIS UMA AULA!. .......................................................................................................................................... 2


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO.............................................................................. 3
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76. ............................. 3
DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 - ESTRUTURA
CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE........................................................................................... 4
ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 .... 7
RECEITA BRUTA DE VENDAS...................................................................................................................... 8
DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS............................................................................... 8
ABATIMENTO SOBRE VENDAS.................................................................................................................... 9
DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS................................................................................... 9
TRIBUTOS SOBRE VENDAS. ...................................................................................................................... 10
AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES................................................................................... 10
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E LUCRO BRUTO. ......... 12
DESPESAS OPERACIONAIS. ....................................................................................................................... 15
OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS..............................................................................................16
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO............................................................................ 19
IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA. .................................................................................................19
PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS. ............................................................................................................ 24
CÁLCULO DO LUCRO REAL COM PARTICIPAÇÕES............................................................................... 29
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO
RESULTADO PARA RESERVAS. .................................................................................................................. 35
JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO. ............................................................................................................. 36
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 2 6 ...................................................................39
COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76.................................................................42
PRINCIPAIS DIFERENÇAS............................................................................................................................ 42
RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA. ................................................................................................... 42
SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS. ...................................................................43
RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS............................................................................. 43
OUTRAS INSTRUÇÕES ................................................................................................................................. 44
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE. ..............................................................................47
QUESTÕES COMENTADAS. .......................................................................................................................... 49
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA. ............................................................................................... 79
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA..................................................................90

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Teoria e exercícios comentados
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MAIS UMA AULA!

Olá, meus amigos. Como estão?! Mais uma aula de Contabilidade Geral para
o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do B rasil.

A aula de hoje versará sobre os seguintes assuntos:

33. Demonstração do Resultado do Exercício, estrutura,


evidenciação, características e elaboração. 34. Apuração da receita
líquida, do lucro bruto e do resultado do exercício, antes e depois
da provisão para o Imposto sobre Renda, contribuição social e
Aula 7 participações. 30. Apuração do Resultado, incorporação e
distribuição do resultado, compensação de prejuízos, tratamento
dos dividendos e juros sobre capital próprio, transferência do lucro
líquido para reservas, forma de cálculo, utilização e reversão de
Reservas.

Estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que surjam através dos
emails:

gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br

Um abraço e excelentes estudos a todos nós.

GAB y í í í r a B eI o/ L u c ía n o R osa

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que


apresenta o cotejo entre receitas e despesas da entidade. Todas as mutações
do patrimônio líquido que não sejam resultantes das transações com os sócios
devem estar reconhecidas em duas demonstrações: demonstração do resultado
do exercício e demonstração de resultados abrangentes.

Se as receitas suplantarem as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao


contrário, sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.

Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as


receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de pagamento
ou recebimento.

A demonstração do resultado do exercício objetiva evidenciar a situação


econôm ica da entidade.

Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado
capital próprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do exercício
deverá compor o patrimônio líquido. Por isso, as contas que integram a
demonstração do resultado são zeradas ao fim do exercício. O resultado será
integrado ao patrimônio líquido, seja lucro, seja prejuízo.

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 (revisão 1) - Apresentação das


demonstrações contábeis:

81. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa


reconhecidos no período em duas demonstrações: demonstração do resultado
do período e demonstração do resultado abrangente do período; esta última
começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes._____

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI


6.404/76

De acordo com a Lei 6.404:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto;

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III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
(Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para
o imposto;
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem
como despesa; (Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

§ 1° Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua


realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos._________________________

DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 -


ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

O Pronunciamento conceitual básico da contabilidade (CPC 00) preleciona que a


demonstração do resultado do exercício relata o desempenho (performance) da
entidade. Para isso, há um confronto entre receitas e despesas. Mas o que vem
a ser receita? O que vem a ser despesa?

O próprio Pronunciamento esclarece a dúvida ao estatuir:

4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e
que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção
de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não
estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos
patrimoniais.______________________________________________________

Vejamos.

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(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período
contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e
que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;___________________________________________

Por exemplo, a empresa KLS mantém uma sala para aluguel. O inquilino paga
R$ 1.000,00 por mês. Pensemos sob a definição de receita. Desmembremos a
definição...

- RECEITAS SÃO AUMENTOS NOS BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DURANTE


O PERÍODO CONTÁBIL.

Pergunto, com a utilização da sala pelo inquilino, e conseqüente assunção da


dívida por parte dele, estamos aumentando o benefício econômico para a
entidade?! Sim, pois haverá recebimento em dinheiro ou surgimento de um
direito (a receber o aluguel).

- SOB A FORMA DA ENTRADA DE RECURSOS OU DO AUMENTO DE


ATIVOS OU DIMINUIÇÃO DE PASSIVOS.

Esse aluguel gera entrada de recurso? Sim. Como? Pela entrada de dinheiro no
caixa ou reconhecimento de direito a receber (aluguéis a receber).

Imagine-se, agora, que este inquilino é um fornecedor nosso. A empresa KLS


não possui dinheiro para saldar sua dívida, no montante de R$ 12.000,00. O
fornecedor, por seu turno, pretende ampliar as suas atividades, querendo, para
tanto, alugar um novo espaço, pelo período de um ano. Uma alternativa para a
KLS seria oferecer o espaço, abatendo a dívida proporcionalmente (R$
1.000,00/mês).

Desta forma, a dívida estaria registrada no passivo da empresa do seguinte


modo:

PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores ^ 12.000,00

Com o transcurso do prazo, e utilização da sala da KLS pelo novo inquilino


(fornecedor), lançaremos:

D - Fornecedores (passivo circulante) 1.000,00


C - Aluguéis ativos (receita) 1.000,00

E assim o faremos mês a mês, até que toda a conta esteja zerada.

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-QUE RESULTAM EM AUMENTOS DO PATRIM ÔNIO LÍQUIDO, E QUE NÃO
ESTEJAM RELACIONADOS COM A CONTRIBUIÇÃO DOS DETENTORES
DOS INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS;

Essa receita de aluguel aumenta o PL, pois, como já dissemos, as contas de


resultado integram o chamado capital próprio. Ademais, não se relacionam com
a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais (basicamente, os
sócios).

Analisemos agora a definição de despesas. Imagine-se que a minha empresa


procedeu à circulação de mercadorias, ocorrendo, nesta hipótese, fato gerador
do ICMS, e conseqüente surgimento da obrigação tributária.

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção
de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não
estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos
patrimoniais.______________________________________________________

- DESPESAS SÃO DECRÉSCIMOS NOS BENEFÍCIOS ECONÔMICOS


DURANTE O PERÍODO CONTÁBIL

Com o surgimento da obrigação tributária haverá decréscimo nos benefícios


econômicos? Sim, pelo pagamento do imposto ou pela assunção da obrigação
de pagar o tributo.

- SOB A FORMA DA SAÍDA DE RECURSOS OU DA REDUÇÃO DE ATIVOS


OU ASSUNÇÃO DE PASSIVOS.

Com o lançamento do ICMS para pagamento posterior:

D - ICMS sobre venda (despesa) XX,XX


C - ICMS a recolher (passivo) XX,XX

Ou, se o recolhimento se der no momento do fato gerador

D - ICMS sobre venda (despesa) XX,XX


C - Caixa/Bancos (ativo) XX,XX

Assim, haverá saída de recurso (dinheiro) ou assunção de passivo.

- QUE RESULTAM EM DECRÉSCIMO DO PATRIM ÔNIO LÍQUIDO, E QUE


NÃO ESTEJAM RELACIONADOS COM DISTRIBUIÇÕES AOS DETENTORES
DOS INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS.

O reconhecimento da dívida acarretará redução no PL, pois não é um benefício


que se incorpora ao patrimônio.

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ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
SEGUNDO A LEI 6.404/76

A demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro ou prejuízo obtido


no exercício, tem a estrutura seguinte:

ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto_______________________________________
Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta
(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS,
COFINS)
____ Ajuste a valor presente sobre clientes_____________________________
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. - Est. final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras - receitas financeiras)
Outras despesas operacionais
_____+ Outras receitas operacionais___________________________________
Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido
(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)_____________________
Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL__________________
Resultado após o Imposto de Renda/C SLL e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
_____Fundo de assistência/previdência a empregados_____________________
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Estudemos, agora, cada um dos itens da DRE amiúde.

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RECEITA BRUTA DE VENDAS

A contabilização das vendas é feita pelo valor bruto, incluindo impostos. As


reduções das vendas são feitas em contas específicas, deduzindo a conta
receita bruta.

Para registrar a receita é necessário saber quando ela é registrada e, também,


por quanto deve ser registrada.

A resposta para esta questão, quanto ao quantum a ser registrado, está no


item 9 do CPC 30 - Receitas, que prega: a receita deve ser mensurada pelo
valor justo da retribuição recebida ou a receber.

Já o momento em que o registro se dá é o da transferência dos riscos e


recompensas da propriedade dos bens ao comprador, o que coincide com a
entrega da mercadoria ao cliente.

DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS

Representa todas as devoluções de vendas ocorridas dentro do exercício social.


As devoluções de vendas de exercícios anteriores são consideradas como
despesas operacionais.

Suponhamos a venda de mercadorias pela empresa KLS a Joãozinho, pela


quantia de R$ 1.000,00, à vista, a custo de R$ 700,00. O ICMS do Estado
possui uma alíquota de 15%. A venda se deu em 10.01.X1.

Lançamentos quando da entrega da mercadoria:

D - Caixa (ativo) 1.000,00


C - Receita de vendas (resultado) 1.000,00

D - Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00


C - Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00

D - ICMS sobre vendas (resultado) 150,00


C - ICMS a recolher (passivo) 150,00

Todavia, Joãozinho não ficou satisfeito com a compra e resolveu devolver a


mercadoria comprada. A empresa, então, procede aos seguintes lançamentos:

D - Devolução de vendas (resultado) 1.000,00


C - Caixa (ativo) 1.000,00

D - Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00


C - Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

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D - ICMS a recolher (passivo)/ICMS a recuperar (ativo) 150,00
C - ICMS sobre vendas (resultado) 150,00

ABATIMENTO SOBRE VENDAS

Esta conta registra os descontos que são concedidos posteriormente à entrega


dos produtos, pelo fato de os produtos apresentarem defeitos de qualidade,
quantidade, defeitos do transporte, etc.

O abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não afeta a


base de cálculo dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS).

DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS

Suponha-se que João haja comprado da KLS R$ 1.000,00 em mercadoria. Do


corpo da duplicata consta o seguinte: desconto de 10% caso o título seja
quitado até 30 dias antes do vencimento.

Vejam que este é um desconto concedido sob condição, qual seja, a quitação da
cártula antes que haja o efetivo vencimento. Pagando com antecedência
mínima de 30 dias, o título será pago por R$ 900,00. Caso contrário, se não o
fizer, o valor de quitação será de R$ 1.000,00.

Esse desconto é chamado de DESCONTO CONDICIONAL OU DESCONTO


FINANCEIRO . Esse tipo de desconto é tido como despesa operacional. Vejam.
Não é uma redução da receita bruta o desconto condicional.

Agora, imaginem que João pretende comprar a mesma mercadoria. Todavia,


chega para nossa empresa (a KLS) e diz: - Prezado, pretendo comprar seu
produto, que, já sabemos, custa R$ 1.000,00. Todavia, apenas o levo caso haja
um acordo para que o preço seja R$ 900,00.

Nossa empresa, flexível que é, fecha o negócio, por R$ 900,00. Assim, o preço
era de R$ 1.000,00. Porém, sofreu um desconto de R$ 100,00. Esse desconto
não dependeu de condição alguma e foi dado no momento em que o negócio
estava sendo efetuado. É o tipo de desconto chamado DESCONTO
INCONDICIONAL CONCEDIDO ou DESCONTO COM ERCIAL.

Esse desconto é considerado como redução da receita bruta de vendas.

Vejamos agora como ficam os lançamentos contábeis em cada um dos


exemplos postos acima.

DESCONTO CONDICIONAL

Na compra por João:

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D - Clientes (ativo) 1.000,00
C - Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Desconsideramos, apenas para ficar mais sintético, a operação de baixa do


estoque e os tributos.
Quando da liquidação antecipada, por R$ 900,00, lançaremos:

D - Caixa (ativo) 900.00


D - Descontos condicionais concedidos (desp. operacional) 100.00
C - Clientes (ativo) 1.000,00

DESCONTO INCONDICIONAL

Como no desconto incondicional o cliente obteve o desconto no ato da compra,


lançaremos:

D - Clientes (ativo) 900,00


D - Desconto incondicional concedido (red. receita de vendas) 100,00
C - Receita de vendas (receita) 1.000,00

TRIBUTOS SOBRE VENDAS

Os principais tributos incidentes sobre a venda são ICMS, ISS, PIS e COFINS.

Vale ressaltar que o IPI não é dedução da receita bruta, mas é considerado
antes da receita bruta, sendo um imposto por fora (se houver dúvida, volta à
estrutura da DRE apresentada ao início da aula).

AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES

Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se
realizar em data futura a termos monetários de hoje.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação,


juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam
demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil,
também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com
operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio para
que possamos dirimir esse problema.

E por que o ajuste a valor presente pode aparecer como dedução da receita
bruta de vendas?! Pelos motivos já expostos acima. A venda, quando efetivada
pela empresa, deve ser, o máximo possível, líquida de juros. Desta forma, um
usuário das demonstrações contábeis será capaz de comparar balanços de
empresas que trabalham com preços à vista e que trabalham com preços a

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prazo. Tecnicamente falando, o correto é registrar o valor dos juros e encargos
financeiros como receitas financeiras.

Suponhamos a venda de uma mercadoria para o mesmo Joãozinho pelo valor


de R$ 11.200,00, em 01.01.X1, para recebimento em 31.12.X1. O valor dos
juros, calculados a juros simples, é de R$ 1.200,00.

No momento da venda, lançamos:

D - Clientes (ativo) 11.200,00


C - Receita de vendas (resultado) 11.200,00

Pelo reconhecimento do ajuste a valor presente

D - Ajuste a valor presente sobre clientes (resultado) 1.200,00


C - Ajuste a valor presente a apropriar sobre clientes (red. ativo) 1.200,00

Mês a mês, lançaremos para reconhecer a receita de juros:

D - Ajuste a valor presente a aproprias sobre clientes (red. ativo) 100,00


C - Receita financeira (resultado) 100,00

Vejamos como isso foi cobrado em prova.

(FGV/AFR ICMS RJ 2009) A Cia. Esmeralda apresenta os seguintes saldos


referentes ao ano de 2008:

Vendas b ru to s :..................................................................................................... ....$ 9 0 .0 0 0


im p o s to s sobre operações fin a n c e ira s :...................................................... .,..$ 1 0 .0 0 0

im p o s to predial da fá b ric a :.............................................................................. ...... $ 5 .0 0 0

C om issão de v e n d a s :........................................................... „........................... ...... S4.G0Ü


D e voluçã o de v e n d a s :....................................................................................... ...... $ 2 .0 0 0

D e voluçã o úe c o m p ra s :............................................ ....................................... ...... $ 0 ,0 0 0

íp i nas c o m p ra s :.................................................................................................. .... $20.000

ICM S sobre v e n d a s :.......................................................................................... .... £ 2 0 .0 0 0

Ajuste a va lo r presente das D u plicata s a Receber de C lie n te s :......... .....ss.ooo

Ajuste a v a lo r presente de Contas a Pagar:............................................... ...... $ 1 .0 0 0

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é


contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia.
Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que
indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

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Estratégia
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(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.
(E) $ 60.000.

Com entários

Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00


(inclui juros e principal). Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.
Vamos ver como fica o lançamento de ajuste:

D - Duplicatas a receber 90.000 (ativo circulante)


C - Receita de vendas 82.000 (resultado)
C - AVP sobre clientes 8.000 (Retificadora da conta duplicatas)

Alternativamente, pode ser feito o seguinte, o resultado é o mesmo:

D - Duplicatas a Receber 90.000 AC


D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 Dedução de Receita Bruta
C - Receita Bruta de Vendas 90.000 Receita
C - AVP de Dup. a Receber 8.000 Dedutora do AC

Sendo assim, na nossa questão:

Receita bruta de vendas 90.000,00


(-) Devolução (2.000,00)
(-) ICMS sobre vendas (20.000,00)
(-) Aiuste a valor presente sobre clientes (8.000,00)
Receita líquida de vendas 60.000,00

Gabarito ^ Letra E.

Feitas todas as deduções, chegamoE ao que chamamos de receita líquida de


vendas.

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E


LUCRO BRUTO

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços


vendidos e o lucro bruto;____________________________________________

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Feitas as deduções devidas da receita bruta, chegamos à chamada receita
líquida de vendas. Ato contínuo é a subtração do custo da mercadoria vendida.

E como apurar o custo da mercadoria vendida?! é simples. Teremos de nos


utilizar de uma fórmula que muito nos acompanhará nos estudos das ciências
contábeis, a saber:

CMV = ESTOQUE IN IC IA L DE MERCADORIA + COMPRAS LÍQUIDAS -


ESTOQUE FINAL DE MERCADORIAS.

Assim, imaginemos a seguinte situação.

Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00


Estoque final de mercadorias: 5.000,00
Compras brutas de mercadorias: 20.000,00
ICMS sobre compras: 3.000,00
Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00
Descontos condicionais sobre compras: 500,00
Frete sobre compras: 1.000,00
Seguro sobre compras: 500,00
Abatimento sobre compras: 1.000,00

Calcule o CMV.

Inicialmente, devemos ver o que prega o Pronunciamento Contábil n. 16 do


CPC:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à
sua condição e localização atuais.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada
pela Revisão CPC n°. 1, de 8/01/2010)_________________________________

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

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2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
à aquisição.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de


aquisição. O desconto financeiro não deve ser abatido do custo de aquisição.
Esse último tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o
comprador, e não afeta o custo do estoque.

O abatim ento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma
loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a
mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Assim, a Nota Fiscal é emitida
por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais
(sem considerar impostos ou outros custos).

Então, voltemos à nossa questão. O primeiro passo é calcular o valor das


compras líquidas:

Compras brutas de mercadorias: 20.000,00


- ICMS sobre compras: 3.000,00 (uma vez que é um direito frente à SEFAZ)
- Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00
- Abatimento sobre compras: 1.000,00
+ Frete sobre compras: 1.000,00
+ Seguro sobre compras: 500,00
Compras líquidas de mercadorias: 16.500,00

Agora, é só utilizar a fórmula que foi fornecida.

CMV = EI + COL - EF

+ Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00


+ Compras líquidas: 16.500,00
- Estoque final de mercadorias: 5.000,00
CMV = 21.500,00

Logo, este é o valor que deverá constar da DRE como custo da mercadoria
vendida. Após esta dedução, chegaremos ao chamado lucro bruto ou resultado
com mercadorias.

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As despesas operacionais são aquelas pagar ou incorridas com o fito de se
vender produtos e administrar a empresa.

A Lei 6.404 reza que:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

Assim, basicamente, estas são as despesas que a LSA considera como


operacionais:

- DESPESAS DE VEN D AS: São gastos de promoção, colocação e distribuição


dos produtos da empresa. Por exemplo: gastos com marketing, gastos com
distribuição, gastos com pessoal da área de vendas, gasto com comissões.

- DESPESAS GERAIS E AD M IN ISTR ATIVAS : São gastos pagos ou incorridos


para a direção e/ou gestão da empresa. Correspondem a atividades gerais que
beneficiam todo o negócio. Por exemplo: honorários da administração, salário
administrativos, despesas com publicidade, despesas com material de limpeza,
despesa com assinaturas de revistas.

- DESPESAS FINANCEIRAS E RECEITAS FIN AN CEIRAS: As despesas


financeiras compreendem: juros passivos, descontos condicionais concedidos,
comissões passivas. Já as receitas financeiras compreendem, por exemplo,
descontos obtidos, juros ativos, receitas de títulos vinculados ao mercado
aberto.

No balanço, a lei ordena que se publiquem as despesas financeiras líquidas das


receitas financeiras. Todavia, tanto o valor das despesas como os das receitas
devem ser publicados. Assim, a demp nstração do resultado pode aparecer dos
seguintes modos:

MODO 1
Despesas financeiras (deduzido de R$ 1.000,00 de receita fin.) 500,00.

MODO 2
Resultado financeiro líquido (500,00)
Despesas financeiras (1.500,00)
Receitas financeiras 1.000,00

- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS O PERACIO N AIS: O exemplo clássico de


outras receitas operacionais e outras despesas operacionais são os resultados

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de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial e pelo
método de custo.

OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS

A parte da DRE que outrora era denominada RECEITAS NAO OPERACIONAIS


E DESPESAS NAO OPERACIONAIS passa agora a figurar como OUTRAS
RECEITAS e OUTRAS DESPESAS.

A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras receitas
e outras despesas. A contabilidade contudo traz emprestado para si o conceito
estatuído pela legislação do IR.

Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de


capital. Por exemplo, a alienação de investimentos e ativos imobilizados com
lucro ou prejuízo.

Os lançamentos envolvendo ganhos e perdas de capital são frequentemente


cobrados em concurso. Vejamos esta questão cobrada no AFRFB 2009:

(ESAF/AFRFB/2009) A empresa Revendedora S.A. alienou dois veículos de sua


frota de uso, por R$ 29.000,00, a vista. O primeiro desses carros já era da
empresa desde 2005, tendo entrado no balanço de 2007 com saldo de R$
25.000,00 e depreciação acumulada de 55%. O segundo veículo foi comprado
em primeiro de abril de 2008 por R$ 10.000,00, não tendo participado do
balanço do referido ano de 2007. A empresa atualiza o desgaste de seus bens
de uso em períodos mensais. Em 30 de setembro de 2008, quando esses
veículos foram vendidos, a empresa registrou seus ganhos ou perdas de capital
com o seguinte lançamento de fórmula complexa:

a) Diversos
a Diversos
Caixa 29.000,00
Perdas de Capital 6.000,00 35.000,00
a Veículo "A" 25.000,00
a Veículo "B" 10.000,00 35.000,00

b) Diversos
a Diversos
Caixa 29.000,00
Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00
a Veículos 35.000,00
a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00

c) Diversos
a Diversos
Caixa 29.000,00

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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federai
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Depreciação Acumulada 17.500,00 46.500,00
a Veículos 35.000,00
a Ganhos de Capital 11.500,00 46.500,00

d) Diversos
a Diversos
Caixa 29.000,00
Depreciação Acumulada 13.750,00 42.750,00
a Veículos 35.000,00
a Ganhos de Capital 7.750,00 42.750,00

e) Diversos
a Diversos
Caixa 29.000,00
Depreciação Acumulada 19.000,00 48.000,00
a Veículos 35.000,00
a Ganhos de Capital 13.000,00 48.000,00

Com entários

Vamos analisar os veículos, um por um.

1) Veículo A.

Se o veículo A estava com saldo contábil de R$ 25.000 e depreciado em 55%


desse valor.
Assim temos,
Veículo = 25.000
(-) Depreciação Acumulada (55% x 25.000) = 13.750
Valor contábil = 11. 250 (Esse é o valor contábil ao final de 2007).

Devemos saber que os veículos são depreciados a uma taxa de 20% ao ano.
Logo, em 2008, houve depreciação de 9 meses. Assim, a depreciação de 2008
foi de: 9/12 x 20% x 25.000 = 3.750,00.

Portanto, para achar o valor contábil final, basta subtrairmos do valor contábil
de 2007 a depreciação relativa ao ano de 2008 ^ 11.250 - 3.750 = 7.500.

2) Veículo B.

Foi depreciado em abril, maio, junho, julho, agosto e setembro, ou seja, 6


meses. Para acharmos o valor da depreciação faremos: 6/12 x 20% x 10.000 =
1.000

O valor contábil do veículo será 10.000 - 1.000 = 9.000.

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Como a questão fala em ganhos ou perdas de capital e deu o valor total da
receita de venda, vamos somar o valor contábil dos dois veículos: 9.000 +
7.500 = R$ 16.500.

Portanto, da receita de vendas de 29.000 menos o custo de 16.500, teremos o


lucro com a venda, que é de R$ 12.500,00.

Portanto, em 30 de setembro, no dia da venda, mas sem contabilizar a


operação, tínhamos os seguintes razonetes:

Veículos Depreciação Acumulada


A 25.000 17500 A
B 10.000 1000 B

Registrando as operações, temos:


Depreciação
Veículos Acumulada
A 25.000 25.000 17.500 17500 A
B 10.000 10.000 1.000 1000 B

Ganho com alienação


Cajxa de imobilizado
29.000 12.500

O que resulta, nos seguintes lançamentos:

Diversos
a Diversos
Caixa 29.000,00
Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00
a Veículos 35.000,00
a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00

O gabarito, portanto, é a letra B.

Gabarito ^ B.

Vejamos, agora, a apuração da CSLL e do Imposto de Renda.

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CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído pela
Lei n° 7.689/1988.

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JU RÍD ICA

Chegamos ao lucro antes do imposto de renda. Vejamos alguns aspectos da


tributação do imposto sobre a renda.

O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo instituído


pela União, no exercício da competência regular que lhe confere a Constituição
Federal (CF, art. 153, III).

As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos para


apuração do imposto de renda: a) lucro presumido; b) lucro arbitrado; c)
lucro real.

O lucro presum ido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta
total tenha sido inferior a R$ 24 milhões, no ano calendário anterior, ou R$ 2
milhões por mês se ano calendário tiver menos de 12 meses. Nesta forma,
deve-se apurar o imposto trimestralmente.

Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção
(resultado da receita bruta total x alíquota da presunção). Uma vez encontrada,
procede-se à apuração pela multiplicação com a respectiva alíquota.

O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal, por


meio de seus auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes, vícios,
omissões, inconsistências na escrituração de sujeito passivo.

O lucro real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por adições,
exclusões e compensações.

Funciona da seguinte forma:

Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)


+ Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de cálculo do im posto de renda.

As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as multas.


Na demonstração do resultado do exercício, as multas reduzem o valor do lucro
e, conseqüentemente, do imposto a ser apurado. Permitindo-se esta situação,
estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que cometem ilícitos, uma vez
que teriam sua tributação diminuída.

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As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em vista
que no resultado contábil foram considerados resultados que não devem ser
tributadas, como as receitas de dividendos, que são tributadas na empresa que
os distribui.

Vejamos na prática como é...

Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante de


R$ 100.000,00. Considere os seguintes dados: Em 2010, no primeiro trimestre,
o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para férias e resultado
negativo de Método de Equivalência Patrimonial de R$ 40.000. Calcule o
imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre.

Vamos lá! No primeiro trimestre.

Lucro antes do IR = 400.000.


+ Adições (Perda com MEP) 40.000
- Exclusões 0
Lucro ajustado 440.000.

Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se trata
de despesa, já foi considerada, uma vez que apurada antes do lucro líquido do
trimestre. O lucro do trimestre já considera todas as despesas do período.

O máximo que poderá ser utilizado com as com pensações é o montante de


30% deste lucro ajustado, de R$ 440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só temos
R$ 100.000, logo, poderemos utilizar todo o valor.

Lucro ajustado 440.000


(-) Compensações 100.000
Base de cálculo do IR ^ Lucro real 340.000

Agora, calcula-se o IR.

A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o


montante que exceder o número de meses x R$ 20.000.

Teremos:

Imposto = 15% x 340.000 = 51.000


Adicional = 10% x (340.0000 - 3 x 20.000) = 28.000

Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 = R$


79.000,00._______________________________________________________

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De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já
reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser
reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham a
sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda
incidente sobre elas será pago em períodos futuros.

A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização do


passivo fiscal d iferid o , no exercício em que ocorrer.

Ressalte-se que o diferim ento do Im posto de Renda é feito somente


para fins fiscais no LALUR, não alterando o lucro líquido na
contabilidade, pois em função do regime de competência, na contabilidade
não há postergação do reconhecimento do resultado.

Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo


regime de competência e a despesa de Imposto de Renda também deve ser
reconhecida no mesmo período, mediante crédito na conta de Provisão para
Imposto de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante ou no Passivo Não
Circulante e débito na conta de despesa de Imposto de Renda no Resultado.

Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da conta


de Provisão para Imposto de Renda Diferido será transferido para a conta de
Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante, não alterando o
resultado desse período.

Esses registros de Imposto de Renda Diferido também podem ocorrer em conta


de ativo, denominada Ativo Fiscal Diferido.

A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária


corrente (receita tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita
tributária diferida).

Despesa tributária = Despesas tributária corrente + despesa tributária diferida.


Receita tributária = Receita tributária corrente + receita tributária diferida.

Vejamos uma questão sobre o assunto para ver de forma mais clara...

(ICMS RJ/2009/Adaptada) A Cia. Turfa efetuou as seguintes operações em


2008:

Receitas operacionais: $500.000


Despesas de salários (totalmente dedutíveis): $100.000
Despesas administrativas (totalmente dedutíveis) $200.000
Do total das Receitas, 15% são auferidas de instituições governamentais e
ainda não foram recebidas.

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Além das despesas de salários e administrativas, foram provisionadas
contingências trabalhistas no valor de $ 40.000. Desse montante foi efetuado
um depósito judicial de $ 20.000. Considerando que a alíquota do Imposto de
Renda e da Contribuição Social (somadas) é de 34%, assinale a alternativa que
indique, respectivamente, os saldos ativos e passivos do Imposto de Renda e
da Contribuição Social diferidos.

Obs.: A empresa reconhece de forma plena o efeito sobre variações


temporárias.

(A) zero e $ 42.500.


(b ) $ 6.800 e zero.
(c ) $ 11.900 e zero.
(D) $ 13.600 e $ 25.500.
(E) $ 6.800 e $ 25.500.

Com entários

Inicialmente, devemos calcular o valor do lucro líquido contábil.

Contabilidade:

Receitas operacionais: $500.000


Despesas de salários (totalmente dedutíveis): ($100.000)
Despesas administrativas (totalmente dedutíveis): ($ 200.000)
Contingências Trabalhistas ($ 40.000)
LAIR $ 160.000
Provisão IR e CSLL (34%) ($ 54.400)
Lucro Líquido $105.600

Contabilização da Provisão para IR e CSLL:

D - Despesa com IR e CSLL (resultado) 54.400


C - IR e CSLL a recolher (PC) 54.400

Apuração do Lucro Real (no LALUR):

Lucro antes IR e CSLL: 160.000


(+) Adições (prov. Contingências trabalhistas) 40.000
(-) Exclusões (15% receita: 500000 x 15%) (75.000)
(=) Lucro ajustado (base para o IR e CSLL).................. 125.000
IR e CSLL a recolher (125.000 x 34%)......................... 42.500

Assim, temos: IR e CSLL apurados contabilmente: 54.400

IR e CSLL que serão efetivamente recolhidos: 42.500

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Contabilização:

D - IR e CSLL diferido - adições (40.000 x 34%) 13.600


C - IR e CSLL a recolher (PC) 13.600

D - IR e CSLL a recolher (PC) 25.500


C - IR e CSLL diferido - exclusões (75.000 x 34%) 25.500

Saldo da conta IR a recolher: +54.400 + 13600 - 25500 = 42.500


Saldo ativo do IR diferido: 13.600
Saldo passivo do IR diferido: 25.500

Gabarito ^ D.

No entanto, a questão apresenta um erro, que detalham os a seguir:

Conforme o art. 409 do IR:

Art. 409. No caso de empreitada ou fornecimento contratado, nas condições dos


arts. 407 ou 408, com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu
controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, o
contribuinte poderá diferir a tributação do lucro até sua realização, observadas
as seguintes normas (Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 10, § 3°, e Decreto-
Lei n° 1.648, de 1978, art. 1°, inciso I):

I - poderá ser excluída do lucro líquido do período de apuração, para efeito de


determinar o lucro real, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento
computado no resultado do período de apuração, proporcional à receita dessas
operações consideradas nesse resultado e não recebida até a data do balanço
de encerramento do mesmo período de apuração;
II - a parcela excluída nos termos do inciso I deverá ser computada na
determinação do lucro real do período de apuração em que a receita for
recebida.

Aqui, está o erro da questão. O que pode ser diferido é a PARCELA DO LUCRO
computado no resultado no período de apuração, proporcional à receita das
vendas para instituições governamentais consideradas no resultado e ainda não
recebidas.

Portanto, se 15% da receita foi auferida de instituições governamentais e ainda


não recebidas, o cálculo para exclusão seria:

Lucro Antes IR e C S LL....................... 160.000


(-) 15% (percentual não recebido)...... (24.000)
IR diferido s/ exclusões : 24.000 x 34 % = 8.160

A resposta correta seria, então, $13,600 e $ 8.160._______________________

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Assim, teríamos:

IR e CSLL diferidos (saldo ativo): 13.600


IR e CSLL diferidos (saldo passivo): 8.160

Questão sem resposta correta. Mas a FGV não anulou. Segundo a resposta a
quem entrou com recurso, o cálculo da contingência trabalhista (que resulta em
13.600) está correto. Como só a questão D apresenta esse valor, mesmo com o
outro cálculo incorreto, seria possível marcar a alternativa D.

PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

De acordo com a Lei das SAs:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes


beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem
como despesa; (Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)________________

Prescreve, ainda, o mesmo instrumento normativo que:

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e


partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com
base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação
anteriormente calculada.

Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o


seguinte:

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a
Renda.

As participações devem ser retiradas na seguinte ordem:

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações


(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados

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Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que cada
participação diminui a base de cálculo da participação seguinte.

Vamos a um exemplo:

A empresa KLS apurou lucro ante do IR e das participações no valor de


R$160.000,00. Considere ainda as seguintes informações:

— O valor do IR e da CSLL é de R$ 20.000,00.

— A empresa apresenta, no PL, a conta "Prejuízos Acumulados" com saldo


devedor de R$40.000,00

— As participações são as seguintes: Debenturistas 10 %, empregados 10%,


administradores 10%, Partes Beneficiárias 10% e Fundo de Assistência 10%

— Constituição de Reserva Legal de 5%, reserva de contingência de R$20.000


e o restante do lucro acumulado foi destinado para dividendos.

Calcule o valor de cada participação, o total do Lucro líquido, o valor da Reserva


Legal e dos dividendos.

Resolução:

A situação atual é a seguinte:

Lucro antes IR e das participações................ 160.000


(-) Provisão para IR e CSLL (Já calculada)...... (20.000)
Lucro antes das participações....................... 140.000

Como a empresa possui prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor deve


ser diminuído da base de cálculo das participações. Mas é um cálculo extra
contábil. O prejuízo acumulado não aparece na DRE.

O cálculo das participações fica assim:

Lucro antes das participações R$ 140.000,00


(-) Prejuízos acumulados R$ (40.000,00)
Base de cálculo dos debenturistas R$ 100.000,00
Participação dos debenturistas (10% ) R$ (10.000,00)
Base de cálculo dos empregados R$ 90.000,00
Participação do em pregados (10%) R$ (9.000,00)
Base de cálculo dos administradores R$ 81.000,00
Participação dos adm inistradores (10%) R$ (8.100,00)
Base de cálculo das partes beneficiárias R$ 72.900,00
Participação das partes beneficiárias (10%) R$ (7.290,00)
Base de cálculo dos fundos de pensão R$ 65.610,00

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Participação dos fundos de pensão (10% ) R$ (6.561,00)

A forma de cálculo é a que detalhamos acima. O valor de cada participação


diminui a base de cálculo para a participação seguinte. Todas são de 10%. Mas
o valor de cada participação é diferente, devido à diminuição da base de
cálculo.

Repare que, para o cálculo do valor das participações, retiramos os prejuízos


acumulados de R$ 40.000,00. Mas, na elaboração da DRE, o prejuízo não entra.

A DRE fica assim:

Lucro antes IR e das participações R$ 160.000,00


Provisão para IR e CSLL R$ (20.000,00)
Participação dos debenturistas (10%) R$ (10.000,00)
Participação do empregados (10%) R$ (9.000,00)
Participação dos administradores (10%) R$ (8.100,00)
Participação das partes beneficiárias (10%) R$ (7.290,00)
Participação dos fundos de pensão (10%) R$ (6.561,00)
Lucro Líquido R$ 99.049,00

O Lucro Líquido do exercício é transferido para o PL, na conta Lucros


Acumulados. Como já há prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor é
abatido, sobrando lucros acumulados de R$ 99.049 - R$ 40.000 = R$
59.049,00.

Contabilização:

Pela transferência do resultado do exercício:

D - Resultado do Exercício 99.049.00


C - Lucros Acumulados (PL) 99.049.00

Para absorção dos prejuízos acumula os RJ


D - Lucros acumulados (PL) 40.000. 00
C - Prejuízos acumulados (PL) 40.000. 00

Calculo da Reserva legal:

59.049,00 x 5% = R$ 2.952,45

Contabilização das reservas:

D - Lucros acumulados 22.952.45


C - Reserva Legal 22.952.45
C - Reserva para contingências 20.000,00

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O valor restante, que será distribuído como dividendos, é de:

59.049,00 - 2.952,45 - 20.000,00 = 36.096,55

Valor dos dividendos: R$ 36.096,55

0 que é importante guardar do exemplo acima:

1) Lembrar que cada participação diminui a base de cálculo da participação


posterior.
2) A ordem das participações. Para lembrar, use o seguinte mnemônico:

"Havia uma mulher, chamada DEA, que era muito ativa. Fazia mil coisas ao
mesmo tempo. Um dia, Déa pegou uma gripe forte, que a deixou de cama. Seu
sobrinho de 5 anos, ao ver a tia doente, falou:

DEA PIFOU

D ebêntures
E mpregados
A dministradores

P artes beneficiária
1
F undos de pensão

DEA PIFOU. Essa é uma forma simples de lembrar a ordem das participações.
Se você conhece outra, ou se quiser criar outra, fique a vontade. O importante
é lembrar na hora da prova.

3) Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo do IR e das


participações, através de cálculo extra-contábil. Não entram na DRE.

4) O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso, ocorre o


cálculo e a contabilização das reservas e dos dividendos. Vale dizer, as
Reservas e os dividendos não aparecem na DRE e não afetam o resultado do
exercício (irão afetar os lucros acumulados, no PL).

Vejamos agora uma questão...

(ESAF/AFRF/2002) A empresa Metais & Metalurgia S/A, no exercício de 2001,


auferiu lucro líquido, antes do imposto de renda, da contribuição social e das
participações contratuais e estatutárias, no valor de R$ 220.000,00.

Na Contabilidade da empresa foram colhidas as informações de que:

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1 - o patrimônio líquido, antes da apropriação e distribuição do lucro, era
composto de:

Capital Social R$ 280.000,00


Prejuízos Acumulados R$ 76.000,00

2 - o passivo circulante, após a apropriação e distribuição do lucro, era


composto de:

Fornecedores R$ 450.000,00
Dividendos a Pagar R$ 20.000,00
Provisão p/ Imposto de Renda R$ 64.000,00
Participações no Lucro a Pagar R$ ?

As participações no lucro foram processadas nos seguintes percentuais:

Participação de Partes Beneficiárias 05%


Participação de Debenturistas 08%
Participação de Administradores 10%
Participação de Empregados 10%

Calculando-se o valor das participações citadas, nos termos da legislação


societária, sem considerar as possíveis implicações de ordem fiscal, nem os
centavos do cálculo, pode-se dizer que os valores apurados serão:

a) Participação de Partes Beneficiárias R$ 3.240,00


b) Participação de Debenturistas R$ 5.760,00
c) Participação de Administradores R$ 7.360,00
d) Participação de Empregados R$ 8.000,00
e) Lucro Líquido final na DRE R$ 132.636,00

Com entários

Vamos aprender através da prática!

PASSO 1: Achar o lucro antes da apuração do IR: R$ 220.000,00.


PASSO 2: Retirar o IR: R$ 64.000,00.
PASSO 3: Achamos o lucro antes das participações: R$ 156.000,00.
PASSO 4: Ver se há prejuízo acumulado. Sim! R$ 76.000,00.
PASSO 5: Achar a base de cálculo para a primeira participação: R$ 156.000 -
76.000,00 = R$ 80.000,00.
PASSO 6: Achar o valor das participações. O valor de uma participação deve
ser deduzido para o cálculo da subseqüente.

Participação de Debenturistas 8% = 80.000,00 x 8% = 6.400,00


Participação de Empregados 10% = 73.600,00 x 10% = 7.360,00
Participação de Administradores 10% = 66.240 x 10% = 6.624,00___________

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Participação de Partes Beneficiárias 5% = 59.616 x 5% = 2.980,00

PASSO 7: Montar a demonstração do resultado do exercício.

Lucro antes do IR 220.000,00


(-) IR (64.000,00)
Lucro após o IR e antes das participações 156.000,00
(-) Participações estatutárias
Debenturistas (6.400,00)
Empregados (7.360,00)
Administradores (6.624,00)
Partes beneficiárias (2.980,00)
Lucro líquido do exercício 132.636,00

Gabarito ^ E.

CÁLCULO DO LUCRO REAL COM PARTICIPAÇÕES

Meus amigos, passaremos agora a um tópico que algumas bancas


(especialmente a ESAF. A FCC nem tanto) gostam muito de explorar.

Vamos apresentar inicialmente o método de resolução que a ESAF utilizava, e


depois o método atual (a banca mudou a forma de resolver).

O Regulamento do Imposto de Renda assevera que as participações para


EMPREGADOS E DEBENTURISTAS são dedutíveis para o cálculo do IRPJ.
Todavia, lembrem-se de que estamos há muito afirmando que as participações
são calculadas apenas após o cálculo do IR.

Vejam que há certo contra-senso entre a lei tributária e a empresarial, pois a lei
manda que as participações abatam o valor de algo que já é previamente
calculado. Se para achar o valor da participação já terei de ter apurado o valor
do IR, como a parte de empregadffls e debenturistas poderá ser dedutível?!
Como resolver este impasse?!

Pois bem, o que temos de fazer é torcer para que a questão dê o cálculo das
participações já em números absolutos. Se assim o fizer, ficará fácil, como a
ESAF explorou na prova do Auditor Fiscal de Tributos Municipais de Natal
(2008) do seguinte modo (explicaremos na prática).

(ESAF/Auditor Fiscal/ISS Natal/2008) A empresa Mercearia Comercial S/A


auferiu, no exercício, um lucro de R$ 600.000,00, antes de fazer qualquer
destinação. Devendo pagar dividendo mínimo obrigatório de 30% sobre o lucro,
conforme os estatutos, a empresa promoveu a seguinte distribuição:

Imposto de Renda 30%;

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Participação de Empregados R$ 40.000,00;
Participação de Diretores 10%;
Reserva Legal na forma da lei;
Retenção de Lucros R$ 30.000,00;
Dividendos a Pagar 30%.

Com a contabilização feita na forma indicada, caberá à empresa distribuir


dividendos no valor de:

a) R$ 88.470,00.
b) R$ 91.548,00.
c) R$ 97.470,00.
d) R$ 100.548,00.
e) R$ 105.840,00.

Com entários

Das participações que temos apenas a de empregados é dedutível do cálculo do


IR. Assim, o valor correspondente, de R$ 40.000,00, deverá ser abatido para o
cálculo do tributo.

Lucro antes da apuração do imposto de renda 600.000,00


(-) IR (30%xr600.000-40.0001)_____________________ (168.000,00)
Lucro antes das participações 432.000,00
(-) Participações de empregados (40.000,00)
(-) Participações de diretores (10%xr432.000 - 40.000)1 (39.200,00)
Lucro líquido do exercício 352.800,00

Reserva legal = Lucro líquido do exercício x 5%


RL = 352.800,00 x 5% = 17.640,00

Dividendos = Lucro líquido ajustado x 30%


LLA = LL - Reserva legal
LLA = 352.800 - 17.640 = 335.160

Dividendo 335.160 x 30% = R$ 100.548,00

Gabarito ^ D.

Mas, professor, e se a questão der todas as participações em percentual. Algo


como, por exemplo:

Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00


Percentual do IR 20%
Participação de Empregados 10%
Participação de Administradores 10%

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Neste caso, inicialmente, temos de calcular o imposto de renda provisório.

IR provisório 20% x 100.000,00 = 20.000,00.

Agora, achamos as participações.

Lucro antes do IR 100.000,00


(-) IR "provisório" (20% x 100.000,00)________________ (20.000,00)
Lucro após o IR e antes das part. 80.000,00
(-) Participações de empregados (10% x 80.000,00) (8.000,00)
(-) Participações de administradores (10% x 72.000,00) (7.200,00)

Feito isso, é só montar outra DRE, mas calculando agora o IR definitivo.

Lucro antes do IR 100.000,00


(-) IR "definitivo" (20% x (100.000,00 - 8.000,00)) (18.400,00)
Lucro após o IR e antes das part. 81.600,00
(-) Participações de empregados (10% x 80.000,00) (8.000,00)
(-) Participações de administradores (10% x 72.000,00) (7.200,00)
Lucro líquido do exercício 66.400,00

ATENÇÂO: O cálculo acima (com im posto de renda provisório e


posterior cálculo do IR final) era usado pela ESAF. A banca alterou a
forma de cálculo.

Mas qual a razão para ensinar um método que foi alterado?

O motivo é simples, meus amigos. Vocês estão estudando e resolvendo


questões da ESAF. Em algum momento, irão topar com alguma questão antiga,
resolvida pela forma anterior, usando o "IR provisório". Ai vai bater a dúvida:
qual é o modo correto de resolver? Qual a ESAF usa?

Por isso, ensinamos como a ESAF resolvia, para as questões antigas, e agora
vejamos a resolução atual.

(ESAF/M inistério da Fazenda/Contador/2013) Na elaboração da


Demonstração do Resultado do Exercício, surgiu um lucro líquido antes do
Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro líquido no valor de R$
6.000,00. A proposta da administração para distribuir o resultado era de 50%
para dividendos, 30% para IR e CSLL, 10% para participação de empregados e
5% para reserva legal, ficando o restante em uma reserva de lucros.

Ao ser feita a contabilização segundo essa proposta, o saldo final do resultado a


ser transportado para a mencionada reserva de lucros será de

A) R$ 1.795,50.
B) R$ 1.785,00.

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D) R$ 1.701,00.
E) R$ 1.512,00.

Com entário:

Nesse tipo de questão, em que aparece um percentual para o IR e um


percentual para empregados, a ESAF normalmente apura um IR provisório,
calcula a participação dos empregados, depois abate tal participação e calcula o
IR definitivo. Devemos lembrar que as participações de Debenturistas e de
Empregados são dedutíveis para o IR. Como há dedução recíproca (as duas
participações são dedutíveis para o IR e o IR diminui a base de cálculo das
participações), a ESAF adotou a estranha figura do IR provisório

Assim:

Lucro líquido 6000


IR Provisório (6.000 x 30%) -1800
Lucro após IR 4200
Participação Empregados (4200 x 10%) -420

Agora voltamos e calculamos novamente o IR, agora abatendo o valor da


participação dos empregados (que é dedutível):

Lucro líquido 6.000,00


Participação empregados - 420,00
Base para o IR 5.580,00
IR definitivo - 1.674,00

Finalmente, montamos a DRE com os valores apurados, ou seja, IR de 1.674,00


e participação de empregados de 420,00:

Lucro líquido 6.000,00


IR definitivo - 1.674,00
Lucro após IR 4.326,00
Participação Empregados (4200 x 10%) - 420,00
Lucro líquido 3.906,00

Agora, transferimos o Lucro Líquido para Lucro Acumulados, calculamos a


Reserva Legal, os dividendos e o que sobrar irá para a Reserva de Lucros, como
pede a questão:

Lucro acumulados 3.906,00


Reserva Legal 5% -195,3
Sub total 3.710,70
Dividendos (50% ) -1855,35

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Saldo (Reserva de Lucros) 1.855,35

Atenção: esse cálculo era usado apenas quando a questão informava o IR e


alguma participação dedutível (debentures e empregados) em percentual.
Repare que não há resposta.

Vejamos, agora, o método que foi adotado pela banca nesta questão,
diametralmente oposto ao que vinha sendo feito anteriormente.

O que ocorre é que, nesta questão, a ESAF alterou a forma de cálculo. Não
usou a figura do IR provisório, já calculou diretamente.

Assim:

Lucro líquido 6.000,00


IR Provisório (6.000 x 30%) -1.800,00
Lucro após IR 4.200,00
Participação Empregados (4200 x 10%) -420,00
Lucro líquido 3.780,00

Continuando o cálculo:

Lucro acumulados 3.780,00


Reserva Legal 5% -189,00
Sub total 3.591,00
Dividendos (50% ) -1.795,50
Saldo (Reserva de Lucros) 1.795,50

Prezados, na prova, usem essa forma de calcular (que é a questão mais


recente).

Gabarito ^ A.

No concurso de Auditor da Receita Federal de 2014, a ESAF repetiu essa nova


forma de cálculo, como veremos abaixo.

(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) No início de 2013, o


Patrimônio Líquido da Cia. Madeira era composto pelos seguintes saldos:

Contas de PL Valores R$

Capital Social 1.000.000


Capital a Integralizar (550.000)
Reserva Legal 87.500
Reservas de Lucros 57.500
Lucros Retidos 170.000

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Ao final do período de 2013, a empresa apurou um Lucro antes do Imposto


sobre a Renda e Contribuições no valor de R$ 400.000.

De acordo com a política contábil da empresa, ao final do exercício, no caso da


existência de lucros, os estatutos da empresa determinam que a mesma deve
observar os percentuais abaixo para os cálculos das Participações e
Contribuições, apuração do Lucro Líquido e sua distribuição.

Dividendos a Pagar 50%


Participações da Administração nos Lucros daSociedade 20%
Participações de Debêntures 25%
Participação dos Empregados nos Lucros daSociedade 25%
Provisão para IR e Contribuições 20%
Reserva de Lucros 20%
Reserva Legal 5%

O restante do Lucro Líquido deverá ser mantido em Lucros Retidos conforme


decisão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) até o final do exercício de 2014,
conforme Orçamento de Capital aprovado em AGO de 2012.

Com base nas informações anteriores, responda às questões de n. 25.

25. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) O Valor das


Participações dos Debenturistas nos Lucros da Sociedade é:

a) R$ 80.000.
b) R$ 72.000.
c) R$ 64.000.
d) R$ 48.000.
e) R$ 36.000.

Com entários

Temos aqui uma questão com IR, participações de Debêntures e participações


de empregados em percentual.

Antigamente, teríamos que calcular o "IR provisório", depois calcular


novamente, como já ensinamos.

Agora mudou! Agora, resolvemos diretamente. Assim:

Lucro antes do IR 400.000. 00


(-) IR (20% x 400.000) (80.000,00)
Lucro após o IR e antes das participações 320.000. 00
(-) Participação de debenturistas (25% x 320.000) (80.000,00)
(-) Participação de empregados (25% x 240.000) (60.000,00)

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(-) Participação de administradores (20% x 180.00) (36.000,00)
Lucro líquido do exercício 144.000,00

Gabarito ^ A.

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E


TRANSFERÊNCIA DO RESULTADO PARA RESERVAS

Depois de deduzidas as participações, chegamos ao lucro líquido do exercício.


Daí, temos de transferir o resultado para o patrimônio líquido, pois as receitas e
despesas da entidade integram o chamado capital próprio.

Do lucro líquido do exercício, podemos extrair o valor do lucro por ação do


capital social. Se, por exemplo, o capital social for composto por R$
1.000.000,00, com 100.000 ações, teremos um lucro de R$ 10,00/ação.

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/TOTAL


DE AÇÕES

A transferência do lucro ou prejuízo do exercício se dá para conta lucro ou


prejuízos acumulados do PL. Todavia, vale ressaltar que a entidade, com as
modificações contábeis recentes, não mais poderá reter lucros
injustificadamente. Repita-se: a conta lucros acumulados não pode mais
constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da demonstração.

Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta deixou de existir. Tal
afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser
utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo que a
partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades.
Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados, essa sim pode


subsistir ao término do exercício, diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.

Se a empresa teve receitas de R$ 1.500.000,00, despesas de R$ 500.000,00 e,


conseqüentemente, um lucro líquido do exercício de R$ 1.000.000,00. Isto
significa dizer que os saldos credores (receitas) suplantaram os saldos
devedores (despesas).

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Despesas Receitas
500.000,00 1.500.000,00

1 .0 0 0 .0 0 0 ,0 0 ( llex)

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Para encerrar o resultado, temos de transferir essas contas para o PL. A


transferência se dará assim.

D - Lucro líquido do exercício 1.000.000,00


C - Lucros acumulados 1.000.000,00

Contudo, este valor deverá ser todo distribuído, seja para o aumento do capital
social, seja para o pagamento de dividendos, seja para constituição de reservas
de lucros.

Caso, todavia, a situação seja reversa, e as despesas excedam


temos prejuízo.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Despesas Receitas
1.500.000,0 o 500.000,0 o

i .ooo.ooo, oo

Nesta hipótese, a transferência se dará do seguinte modo:

D - Prejuízos acumulados (PL) 1.000.000,00


C - Prejuízo líquido do exercício 1.000.000,00

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

Falaremos, agora, sobre um assunto interessante, os juros sobre capital


próprio.

Sabe-se que os dividendos representam a forma principal de remuneração do


capital dos sócios. Ao término do exercício, a regra é que se distribua parcela
do lucro aos acionistas, como forma de compensação por empregarem seu
capital em determinada atividade de risco.

Outra alternativa de remuneração às ações, como forma de atrair capital para a


entidade, é o pagamento de juros sobre capital próprio (JSCP). Trata-se o
JSCP de forma de remuneração atrelada ao capital investido na sociedade.

Grosso modo, os juros sobre capital próprio são pagos aos acionistas da
entidade com base no taxa de juros de longo prazo (TJLP) sobre o patrimônio
líquido do início do exercício.

Assim, imagine-se uma TJLP de 10% e um PL no início do exercício que monta


a R$ 10.000.000,00.

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Os juros sobre capital próprio serão no valor de R$ 1.000.000,00 (10% x R$
10.000.000,00).

A contabilização é eminentemente a seguinte:

D - Despesa com juros sobre capital próprio (resultado) 1.000.000


C - Juros sobre capital próprio a pagar (passivo) 1.000.000

Quando da liquidação da obrigação, lançamos:

D - Juros sobre capital próprio a pagar (passivo) 1.000.000


C - Caixa (ativo) 1.000.000

Para concursos, o que temos de saber sobre os juros sobre capital próprio é
basicamente o seguinte:

1 - A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os


juros pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou acionistas, a título
de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio
líquido e lim itados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo
Prazo - TJLP - Lei 9.249/1995, art. 9°.

2 - Os juros sobre capital próprio são lançados como despesa financeira na


dem onstração do resultado do exercício.

3 - Por serem lançados como despesa financeira, ficam sujeito à tributação do


imposto de renda (15%) - Lei 9.249/1995, art. 9°, § 2°.

4 - O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como


despesa operacional limita-se ao maior dos seguintes valores (RIR/1999, art.
347, § 1o):

a) 50% do lucro líquido do período de apuração a que corresponder o


pagamento ou crédito dos juros, após a dedução da contribuição social sobre o
lucro líquido e antes da provisão para o imposto de renda e da dedução dos
referidos juros; ou

b) 50% dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos


anteriores.

5 - De acordo com a Deliberação n. 207/96 da Comissão de Valores Mobiliários,


inciso I, o JSCP deve ser contabilizado como destinação do lucro, diretamente
na conta lucros acumulado, sem transitar pelo resultado do exercício.

Com efeito, as em presas que contabilizarem os JSCP como despesa


financeira devem realizar a reversão do seu valor, na últim a linha da

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dem onstração do resultado, antes do saldo da conta de lucro ou prejuízo do
exercício (Deliberação n. 207/96 da CVM, inciso VIII).

A demonstração do resultado do exercício, resumidamente, fica assim:

ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto_______________________________________
Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta
(-) Deduções da receita bruta________________________________________
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. - Est. final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras - receitas financeiras)
Outras despesas operacionais
_____+ Outras receitas operacionais___________________________________
Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido
(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)_____________________
Resultado antes do Imposto de Renda e da CSLL
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL__________________
Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
_____Fundo de assistência/previdência a empregados_____________________
+ Reversão dos juros sobre capital próprio
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Vejamos o exemplo a seguir, extraído da prova de Contador do BNDES,


realizado em 2004, pela CESGRANRIO:

(CESGRANRIO/Contador/BDNES/2004) - A Companhia XYZ, antes do


encerramento do exercício social, tinha um Ativo Total de R$ 200.000,00 e a
seguinte situação de suas fontes de capital: Capital de terceiros de 40%,
Capital social integralizado de 50% e Lucros Acumulados de 10%. No
encerramento do exercício foi apurado um lucro líquido de R$ 8.000,00.

Sabendo que a taxa de juros de longo prazo (TJLP) é de 12%, o valor de juros
sobre o capital próprio, em reais, será:

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(A) 12.000,00
(B) 14.000,00
(C) 14.400,00
(D) 20.000,00
(E) 24.000,00

Com entários

Portanto, para acharmos a base de cálculo do JSCP na questão faremos:

A = P + PL
R$ 200.000,00 = 40% x R$ 200.000,00 + PL
PL = R$ 120.000,00.

O JSCP é calculado sobre o montante do PL subtraído do saldo da Reserva de


Reavaliação, salvo se esta tiver sido adicionada às bases de cálculo do IR e da
CSLL.

Dessa forma, aplicamos a TJLP sobre os R$ 120.000,00.

R$ 120.000,00 x 12% = R$ 14.400,00.

Este é o valor que poderia ser deduzido, porém, o Regulamento do Imposto de


Renda impõe limites a esta dedução, quais sejam (art. 347, §1°).

O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como


despesa operacional limita-se ao maior dos seguintes valores:

1) 50% do lucro líquido, após a dedução da CSSL e antes da Provisão para IR e


da dedução dos referidos juros;
2) 50% dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos
anteriores.

Veja que a questão disse que o lucro do período foi de R$ 8.000,00. Assim, um
primeiro limite seria de 50% x R$ 8.000,00 = R$ 4.000,00.

O outro limite deve considerar o lucro dos períodos anteriores e do período em


comento, ou seja, R$ 28.000,00 x 50%. O limite seria, portanto, R$ 14.000,00.

Gabarito ^ B.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26

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O Pronunciamento Técnico do CPC n° 26 (R1) - Apresentação das
Demonstrações Contábeis - determina que a entidade deve apresentar todos os
itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas demonstrações:

1) dem onstração do resultado do período (DRE); e


2) dem onstração do resultado abrangente do período; esta última começa
com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes


rubricas, obedecidas também as determinações legais:

(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do
método de equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
(k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos
despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição
para venda que constituem a unidade operacional descontinuada.
(l) resultado líquido do período._______________________________________

A Lei 6.404/76 (Lei das S.A.s) estabelece a seguinte estrutura para a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
(Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para
o imposto;

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VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem
como despesa; (Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social._____________________________________________________

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COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76

Vamos comparar as duas estruturas:

CPC 26 - Apresentação das


LEI 6404/76.
Demonstrações Contábeis.
Receita Bruta
(-) Deduções das Vendas
Receita Líquida Receitas
(-) CMV (-) CMV
Lucro Bruto Lucro bruto
(-) Despesas (-) Despesas
--- Vendas --- Vendas
--- Gerais e administrativas --- Gerais e administrativas
--- Outras despesas operacionais --- Outras despesas operacionais
--- Financeiras, deduzidas as receitas --- Resultado equivalência Patrimonial
Resultado antes Receitas e Despesas
Lucro ou prejuízo operacional
financeiras
Outras receitas e outras despesas Despesas e Receitas financeiras
Resultado antes IR Resultado antes tributos sobre o lucro
(-) Provisão IR (-) Despesas tributos sobre o lucro
(-) Participações: (=) Resultado das operações continuadas

--- Debêntures +/- Resultado líquido das operações


descontinuadas
--- Empregados
Resultado líquido do período
--- Administradores
--- Partes Beneficiárias
--- Fundos de pensão
Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Lucro ou prejuízo por ação

PRIN C IPA IS DIFERENÇAS

As principais diferenças são:

RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA

A Lei das S.A.s (Lei 6404/76) inicia a DRE a partir da Receita Bruta,
demonstrando as deduções de vendas para chegar na receita líquida.

A estrutura que aparece no pronunciamento CPC 26 já inicia da Receita Líquida.


As empresas estão publicando suas DREs iniciando da receita líquida, conforme
o modelo do CPC 26.

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Esse procedimento (iniciar a DRE pela receita líquida) é reforçado pelo
Pronunciamento Técnico CPC 30 - Receitas, conforme texto abaixo:

Texto do pronunciamento técnico CPC 30 - Receitas:______________________


"8. Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui
somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber
pela entidade quando originários de suas próprias atividades. As quantias
cobradas por conta de terceiros - tais como tributos sobre vendas, tributos
sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado não são benefícios
econômicos que fluam para a entidade e não resultam em aumento do
patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita."____________________

SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

O modelo do Pronunciamento CPC 26 apresenta um subtotal, chamado de


"Resultado antes Receitas e Despesas Financeiras". Seguem-se as despesas e
receitas financeiras e após o Resultado antes dos tributos sobre o Lucro.

A apresentação apartada do resultado financeiro ocorre para separar o


resultado operacional do resultado obtido com a sobra (ou a falta) de caixa.

Em outras palavras, a empresa aufere um determinado resultado a partir das


suas operações. Além disso, se houver caixa sobrando, será aplicado e irá gerar
receitas; se faltar caixa, a empresa deverá pegar dinheiro emprestado, pagando
despesas financeiras para isso.

Mas o resultado financeiro está mais ligado à necessidade de dinheiro para


financiar as operações ou à sobra de dinheiro, do que às atividade operacionais
da empresa.

Dessa forma, a separação do resultado financeiro evidencia com mais


propriedade o resultado oriundo das operações da empresa.

RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESC ONTINUADAS

Esse item é muito importante. Pode ser exemplificado assim: Vamos supor que
uma empresa venda uma de suas fábricas, num determinado ano.

Essa venda pode ter um grande impacto sobre o resultado da empresa. Mas ela
não terá uma fábrica todo ano para vender. É algo esporádico. Além disso, a
operação descontinuada (a fábrica vendida) deverá ter reflexos nos
demonstrativos contábeis dos próximos anos.

É importante ressaltar que as operações descontinuadas não são as vendas


normais de ativo imobilizado. Por exemplo, se uma empresa vende um
caminhão, mas tem a intenção de comprar outro para substituí-lo, o resultado

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dessa venda será incluído em "outras receitas e outras despesas operacionais".
Não é operação descontinuada.

Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo não circulante mantido


para venda e operações descontinuadas:

32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado


ou está classificado como mantido para venda e

(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica


de operações;
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma
importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.____

As operações descontinuadas são as vendas relativas a divisões, produtos ou


atividades que a empresa abandonou, que não existirão mais no futuro.

É por isso que a estrutura da DRE do pronunciamento CPC 26 inclui essas


informações, de forma separada das operações normais, contínuas, da
empresa.

OUTRAS INSTRUÇÕES

O pronunciamento CPC 26 não estabelece um modelo rígido. Pelo contrário,


outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na
demonstração do resultado do período quando tal apresentação for relevante
para a compreensão do desempenho da entidade.

Mas a entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou despesas


como itens extraordinários, quer na demonstração do resultado abrangente,
quer na demonstração do resultado do período, quer nas notas explicativas.

Texto do pronunciamento CPC 26:

Informação a ser apresentada na dem onstração do resultado do período ou


nas notas explicativas

97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e


montantes devem ser divulgados separadamente.

98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de


receitas e despesas incluem:

(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo


im obilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais
reduções;________________________________________________________

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(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer
provisões para gastos de reestruturação;
(c) baixas de itens do ativo imobilizado;
(d) baixas de investimento;
(e) unidades operacionais descontinuadas;
(f) solução de litígios; e
(g) outras reversões de provisões.__________________________________

Comentário:

Segundo o pronunciamento CPC 00 - Pronunciamento conceituai básico - uma


informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida
(misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na
informação contábii-financeira acerca de entidade específica que reporta a
informação.

Os itens de receitas e despesas que sejam materiais devem ser divulgados


separadamente.

As seguintes circunstâncias dão origem à divulgação separadas de itens de


despesas e receitas:

1) Perdas no estoque e em teste de recuperabilidade;


2) Reestruturação de atividades
3) Baixa de itens do Imobilizado e de Investimentos
4) Descontinuidade de unidades operacionais
5) Solução de litígios (refere-se à decisões ou acordos em litígios judiciários)
6) Reversões de provisões.

Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser


incluídos no resultado líquido do período a menos que um ou mais
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou
permitam procedimento distinto.

O Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa


e Retificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a saber: a correção
de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis. Nestes casos, o efeito
da alteração nas políticas contábeis e a correção de erro devem ser ajustados
no balanço inicial.

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma


classificação baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua
função dentro da entidade, devendo eleger o critério que proporcionar
informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na


demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,

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depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos
empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias
funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações
de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de dividir a
depreciação do período entre depreciação das máquinas usadas na fabricação
(que é atribuída ao custo do produto) e depreciação do escritório (que gera
despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da depreciação.

Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o que se


segue:

Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do "custo


dos produtos e serviços vendidos", classificando-se as despesas de acordo
com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos
ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades
adm inistrativas.

No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos


segundo esse método separadamente das outras despesas.

Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que
a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções
pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável julgamento.

Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é a


seguinte:

Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X

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Como se percebe, as empresas usam o método da função da despesa (também


chamado de "método do custo do produto ou serviço vendido"), no Brasil, pois
esse é o método que consta na Lei 6404/76.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE.

A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no


período em duas demonstrações: demonstração do resultado do período e
demonstração do resultado abrangente do período; esta última começa com o
resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

Outros resultados abrangentes deve apresentar rubricas para valores de outros


resultados abrangentes no período, classificadas por natureza (incluindo a
parcela de outros resultados abrangentes de coligadas e empreendimentos
controlados em conjunto contabilizada utilizando o método da equivalência
patrimonial) e agrupadas naquelas que, de acordo com outros Pronunciamentos
do CPC:

(a) não serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período;


e
(b) serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período
quando condições específicas forem atendidas. (Alterado pela Revisão CPC 03)

A versão anterior do pronunciamento CPC 26 - Apresentação das


Demonstrações Contábeis permitia que a Demonstração do Resultado
Abrangente fosse apresentada como um demonstrativo próprio ou dentro das
mutações do patrimônio líquido.

Isso foi alterado na primeira revisão do Pronunciamento 26, aprovado em


02.12.2011.

Agora, a Demonstração do Resultado Abrangente deve ser obrigatoriamente


apresentada como um demonstrativo próprio.

O pronunciamento técnico CPC 26 define "outros resultados abrangentes" como


os itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são
reconhecidos na demonstração do resultado como requerido ou permitido pelos
Pronunciamentos,

Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC. Os componentes dos outros


resultados abrangentes incluem:

(a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente;


(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido
reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico CPC 33 -
Benefícios a Empregados;

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(c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de
operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis);
(d) ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para
venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração);
(e) parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de hedge em
operação de hedge de fluxo de caixa (ver Pronunciamento Técnico CPC 38).

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A S.A. Sociedade


Abraços, no exercício de 2011, evidência um prejuízo contábil e fiscal de R$
4.300,00; uma provisão para imposto de renda de R$ 5.000,00; e um resultado
positivo do exercício antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o
lucro e das participações no valor de R$ 35.000,00.

Deste resultado a empresa deverá destinar R$ 3.000,00 para participação


estatutária de empregados; R$ 2.700,00 para participação estatutária de
administradores; R$ 2.000,00 para reserva estatutária; além da reserva legal
de R$ 1.000,00.

Após a contabilização correta desses procedimentos, pode-se dizer que o


encerramento da conta de resultado do exercício foi feito com um lançamento a
débito no valor de

A) R$ 17.000,00.
B) R$ 19.000,00.
C) R$ 20.000,00.
D) R$ 24.300,00.
E) R$ 25.700,00.

Comentários:

Vamos lá:

Demonstração do Resultado do Exercício R$


Resultado antes IR, CSLL e Participações 35.000
(-) Imposto de renda e CSLL -5.000
Resultado antes das participações 30.000
Participação dos Empregados -3.000
Participação dos Administradores -2.700
Lucro Líquido do Exercício 24.300

Mas e o Prejuízo Acumulado, a Reserva Estatutária e a Reserva Legal?

Tais contas ficam no Patrimônio Líquido.

Depois de apurado o Resultado do Exercício, o mesmo será transferido para o


PL através do lançamento:

D - Resultado do Exercício (Resultado - PL) 24.300


C - Prejuízo acumulado (Pl ) 24.300

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Gabarito ^ D

2. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Os estatutos da Cia.


Omega estabelecem que, dos lucros remanescentes, após as deduções
previstas pelo artigo 189 da Lei 6.404/76 atualizada, deverá a empresa destinar
aos administradores, debêntures e empregados uma participação de 10% do
lucro do exercício a cada um. Tomando como base as informações constantes
da tabela abaixo:

Itens apurados em 31.12.2010 Valores em R$


Resultado apurado antes do Imposto, Contribuições e Participações 500.000,00
Valor estabelecido para Imposto de Renda e Contribuição Social 100.000,00
Saldos da conta / Prejuízos Acumulados - 150.000,00

O valor das Participações dos Administradores é:

A) R$ 40.000.
B) R$ 36.000.
C) R$ 32.400.
D) R$ 22.500.
E) R$ 20.250.

Comentários:

Já calculamos acima:

Participação dos Administradores (10%) -20.250

Gabarito ^ E

3. (ESAF/Auditor Fiscal da Recenta Federal/2012) Os estatutos da Cia.


Omega estabelecem que, dos lucros remanescentes, após as deduções
previstas pelo artigo 189 da Lei 6.404/76 atualizada, deverá a empresa destinar
aos administradores, debêntures e empregados uma participação de 10% do
lucro do exercício a cada um. Tomando como base as informações constantes
da tabela abaixo:

Itens apurados em 31.12.2010 Valores em R$


Resultado apurado antes do Imposto, Contribuições e
Participações 500.000,00
Valor estabelecido para Imposto de Renda e Contribuição Social 100.000,00

Saldos da conta / Prejuízos Acumulados 150.000,00

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Pode-se afirmar que o valor do Lucro Líquido do Exercício é:

A) R$ 350.000.
B) R$ 332.250.
C) R$ 291.600.
D) R$ 182.500.
E) R$ 141.600.

Comentários:

Devemos lembrar que os prejuízos acumulados são abatidos, para o cálculo das
participações. Afinal, as participações são sobre o Lucro, e não há lucro quando
a empresa tem prejuízo acumulado.

Depois de abater os prejuízos acumulados, vamos calcular segundo o


mnemônico "DEA PIFOU" (veja pg. 27 desta aula).

O cálculo fica assim:

Resultado antes IR, CSLL e Participações 500.000


(-) Imposto de renda e CSLL -100.000
Resultado antes das participações 400.000
(-) Prejuízos acumulados -150.000
Base para participação de Debenturistas 250.000
Participação dos Debenturistas (10%) -25000
Base para participação de Empregados 225.000
Participação dos Empregados (10%) -22500
Base para participação dos Administradores 202.500
Participação dos Administradores (10%) -20250
Resultado final 182.250

Atenção: O valor que apuramos acima (182.250) NÃO É o Lucro Líquido.


Vamos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício:

Demonstração do Resultado do Exercício R$


Resultado antes IR, CSLL e Participações 500.000
(-) Imposto de renda e CSLL -100.000
Resultado antes das participações 400.000
Participação dos Debenturistas (10%) -25.000
Participação dos Empregados (10%) -22.500
Participação dos Administradores (10%) -20.250
Lucro Líquido do Exercício 332.250

Gabarito ^ B

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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
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4. (ESAF/Contador/M inistério do Turism o/2014) Na empresa Tal Qual


Lemos S.A., o lucro do exercício, quando ocorre, é distribuído da seguinte
forma: 30% para dividendos obrigatórios, 10% para Participações Estatutárias
de Administradores, 10% para Reservas Estatutárias, 5% para Reserva Legal.

No presente exercício o lucro líquido do exercício antes do imposto de renda foi


no montante de R$ 90.000,00, dele devendo-se deduzir um imposto de renda
de R$ 36.000,00.

Sendo contabilizada a distribuição acima proposta, certamente, vamos


encontrar um dividendo obrigatório no valor de

a) R$ 12.150,00
b) R$ 12.465,90
c) R$ 12.393,00
d) R$ 13.851,00
e) R$ 14.580,00

Com entários

A resolução da banca ESAF foi a seguinte:

Lucro antes do IR 90.000,00


(-) IR_________________________________(36.000,00)
Lucro após o IR 54.000,00
(-) Participação dos administradores 10%____ (5.400,00)
Lucro líquido do exercício 48.600,00

Feito isso, transferimos o lucro líquido para o PL, fazendo as destinações.


Inicialmente, devemos calcular a reserva legal.

A reserva legal é de R$ 48.600,00 x 5% = R$ 2.430,00.

A base de cálculo dos dividendos, para a ESAF, será de:

48.600,00 - 2.430,00 = 46.170,00.

Os dividendos são de 30% deste valor.

Dividendos: 46.170,00 x 30% = 13.851,00.

Pessoal, o estatuto, segundo o artigo 202 da Lei 6.404/76, é livre para


fixar a base de cálculo que bem entender para os dividendos. A ESAF,
contudo, adota posicionam ento diferente. Para a banca, mesmo que
não seja omisso, devemos utilizar a base de cálculo:

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50% x (Lucro líquido - Reserva legal - Reserva para contingências +
Reversão da reserva de contingências - Reserva de incentivos fiscais
[facultativam ente] - Reserva específica de debêntures
[facultativam ente])

Gabarito ^ D.

5. (ESAF/Analista de Controle Externo/M D IC /2012) Certa empresa, que


tinha prejuízos acumulados de R$ 2.000,00, apurou lucro líquido do exercício no
valor de R$ 10.000,00, depois do imposto de renda e participações. Após
contabilizar a Reserva Legal, uma reserva estatutária de 10% e outra, para
aumento de capital, à taxa de 15%, destinou também recursos para o
dividendo mínimo obrigatório, nos termos da legislação vigente e, em seguida,
acomodou o saldo remanescente na formação de uma reserva de lucros.

Sabendo-se que os estatutos da empresa não estipulam um percentual


específico para dividendo mínimo e que os prejuízos acumulados são também
prejuízos fiscais, pode-se dizer que no exercício em questão a empresa
contabilizou dividendo mínimo obrigatório no valor de

a) R$ 1.900,00.
b) R$ 2.800,00.
c) R$ 3.400,00.
d) R$ 3.800,00.
e) R$ 5.000,00.

Com entários

O lucro ajustado, no caso do Estatuto ser omisso quanto ao calculo dos


dividendos, é o seguinte:

Lucro líquido do exercício


(-) Constituição da Reserva Legal
(-) Constituição da Reserva de Contingência
(+) Reversão da Reserva de Contingência
(-) Reserva de Incentivos Fiscais (opcional)
(-) Reserva Específica de Prêmio de Debêntures (Opcional)
= Lucro ajustado (base para dividendos)

Se o Estatuto for omisso, deve ser destinado aos dividendos o percentual de


50% do lucro ajustado.

Se o Estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo, este será de 25%.

A Lei das SA's (Lei 6404/76) estabelece o seguinte:

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Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a
Renda.

Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos


lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

Portanto, quando a questão mencionar "Prejuízos Acumulados", devemos


diminuí-lo do lucro, para cálculo dos dividendos.

O esquema completo fica assim:

Lucro Líquido
(-) Prejuízos acumulados
(-) Constituição da Reserva Legal
(-) Constituição da Reserva de Contingência
(+) Reversão da Reserva de Contingência
(-) Constituição da Reserva de Incentivos Fiscais (opcional)
(-) Constituição da Reserva Específica para prêmios de Debêntures (opcional)
= Lucro ajustado (Base para os dividendos).

Lucro do exercício 10.000,00


(-) Prejuízo acumulado (2.000,00)
(-) Reserva legal (5% x 8.000,00)_____ (400,00)
Lucro ajustado 7.600,00

Dividendos (50%) 3.800,00

Gabarito ^ D.

6. (ESAF/Analista de Controle Externo/M D IC /2012) A Cia. de Solas e


Solados apurou no livro Razão, ao fim do exercício, mas antes do encerramento
das contas de resultado, os valores listados a seguir:

CONTAS SALDOS

Receita de Vendas 21.000,00


Capital Social 15.000. 00
Produtos Acabados 14.800.00
Duplicatas a Pagar 14.000. 00
Custo das Mercadorias Vendidas 14.000. 00
Duplicatas a Receber 10.000. 00
Salários a Pagar 5.200.00
Equipamentos 4.600.00

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Caixa 4.000. 00
Veículos 3.900.00
Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800.00
Investimentos em Controladas 3.500.00
Salários 3.000. 00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000. 00
Reserva Legal 1.800.00
Impostos 1.700.00
Aluguéis Ativos 1.600.00
Depreciação Acumulada 1.500.00
Prejuízos Acumulados 1.400.00
Reserva de Capital 1.200.00
Despesas Diferidas 1.200,00
Juros Passivos 1.100,00
Provisão p/Ajuste de Estoques 1.100,00

Examinando-se o resultado desse exercício, com distribuição do lucro em R$


300,00 para o imposto de renda, R$ 500,00 para dividendos, e destinação do
saldo remanescente para a formação de reservas de lucro, pode-se dizer que a
contabilização desses eventos provocará um aumento final no patrimônio
líquido no valor de:

a) R$ 1.400,00.
b) R$ 1.100,00.
c) R$ 800,00.
d) R$ 600,00.
e) R$ 500,00.

Com entários

Patrimônio líquido antes da apuração do resultado:

Capital Social 15.000,00


Reserva Legal 1.800,00
(-) Prejuízos Acumulados (1.400,00)
Reserva de Capital_____________ 1.200,00
Total do patrimônio líquido 16.600,00

Elaboremos a demonstração do resultado do exercício:

Receita de Vendas 21.000,00


(-) Custo das Mercadorias Vendidas (14.000,00)
(-) Salários (3.000,00)
(-) Impostos (1.700,00)
Aluguéis Ativos 1.600,00
(-) Juros Passivos__________________ (1.100,00)
Lucro antes do IR 2.800,00

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(-) Provisão para IR _______________ 300,00
Lucro líquido do exercício 2.500,00

Este valor é transferido para o PL pelo lançamento:

D - Lucro líquido do exercício 2.500,00


C - Lucros acumulados (PL) 2.500,00

A lei, porém, determina que:

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a
Renda.

Assim, na estrutura da DLPA, conhecida na aula própria sobre o assunto, antes


de fazermos quaisquer distribuições, temos de tirar o prejuízo acumulado.

Logo, fazendo a compensação, ficará um saldo de lucro de R$ 1.100,00.

Ainda, temos de distribuir os dividendos, pelo lançamento:

D - Lucros acumulados 500,00


C - Dividendos a pagar (passivo) 500,00

Este valor diminui o total do patrimônio líquido.

Portanto, do que sobrou, constituiremos as reservas de lucros, e como a


questão não mencionou quais seriam, podemos abrir uma conta genérica,
reservas de lucros (a reserva legal fica incluída entre as reservas de lucro).

O lançamento é o seguinte:

D - Lucros acumulados 600,00


C - Reservas de lucros 600,00

Aparentemente, a ESAF considerou esse número (que é o valor pelo qual


formam constituídas as Reservas de Lucro) como a resposta da questão. Mas
isso está errado, já que a pergunta era sobre o aumento final do PL.

O PL, ao término, ficará assim:

Capital Social 15.000,00


Reserva Legal 1.800,00
Lucros acumulados 0,00
Reservas de lucros 600,00
Reserva de Capital_____________ 1.200,00
Total do patrimônio líquido 18.600,00

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Não há, portanto, alternativa correta, já que o PL aumentou em R$ 2.000,00.


Esta questão deveria ser anulada. No entanto, a ESAF manteve o gabarito, e
não anulou a questão.

Gabarito ^D.

7. (ESAF/Analista de Controle Externo/M D IC /2012) Certa empresa, após


contabilizar suas contas de resultado, encontrou os seguintes valores:

Receita Líquida de Vendas 250.000. 00


Custo das Vendas do Período 140.000. 00
Receitas Operacionais 25.000. 00
Despesas Operacionais 65.000. 00
Ganhos de Capital 10.000.00
Provisão para Imposto de Renda 30.000,00

Os estatutos dessa empresa mandam pagar participação nos lucros, à base de


10% para empregados e 10% para administradores, além dos dividendos de
25%.

No exercício social de que estamos tratando, a empresa destinou ao pagamento


das participações o montante de

a) R$ 10.000,00.
b) R$ 9.500,00.
c) R$ 7.600,00.
d) R$ 3.750,00.
e) R$ 3.156,00.

Com entários

Montemos a demonstração do resultado do exercício.

Receita Líquida de Vendas 250.000,00


(-) Custo das Vendas do Período____________ (140.000,00)
Lucro bruto 110.000,00
Receitas Operacionais 25.000,00
(-) Despesas Operacionais (65.000,00)
Ganhos de Capital 10.000,00
Lucro operacional 80.000,00
Provisão para Imposto de Renda (30.000,00)
Lucro após o IR e antes das participações 50.000,00
(-) Participações
Empregados (10% x 50.000,00) (5.000,00)
Administradores (10% x 45.000) (4.500,00)

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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federai
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Lucro líquido do exercício 40.500,00

Portanto, distribuiremos para participações o montante de R$ 9.500,00.

Os dividendos são destinados após a apuração do resultado do exercício e


transferência do lucro para o balanço.

Gabarito ^ B.

8. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Em 31.12.2008, a


empresa Baleias e Cetáceos S/A colheu em seu livro Razão as seguintes contas
e saldos respectivos com vistas à apuração do resultado do exercício:

01 - Vendas de Mercadorias R$ 12.640,00


02 - Duplicatas Descontadas R$ 4.000,00
03 - Aluguéis Ativos R$ 460,00
04 - Juros Passivos R$ 400,00
05 - ICMS sobre vendas R$ 2.100,00
06 - Fornecedores R$ 3.155,00
07 - Conta Mercadorias R$ 1.500,00
08 - FGTS R$ 950,00
09 - Compras de Mercadorias R$ 3.600,00
10 - ICMS a Recolher R$ 1.450,00
11 - Clientes R$ 4.500,00
12 - Salários e Ordenados R$ 2.000,00
13 - PIS s/Faturamento R$ 400,00
14 - COFINS R$ 1.100,00
15 - Frete sobre vendas R$ 800,00
16 - Frete sobre compras R$ 300,00
17 - ICMS sobre compras R$ 400,00

O inventário realizado em 31.12.08 acusou a existência de mercadorias no valor


de R$ 1.000,00. Considerando que na relação de saldos acima estão indicadas
todas as contas que formam o resultado dessa empresa, pode-se dizer que no
exercício em causa foi apurado um Lucro Operacional Bruto no valor de

a) R$ 9.040,00.
b) R$ 6.540,00.
c) R$ 5.040,00.
d) R$ 4.240,00.
e) R$ 2.350,00.

Com entários

O lucro bruto pode ser encontrado através da seguinte fórmula:

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Lucro Bruto = Receita Líquida - Custo da Mercadoria Vendida.

Inicialmente, procuremos o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), através da


equação:

CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque Final


CMV = R$ 1.500,00 + (R$ 3.600,00 + R$ 300,00 - R$ 400,00) - R$ 1.000,00.
CMV = R$ 4.000,00.

Agora, achemos a receita líquida.

Receita Líquida = Receita Bruta - ICMS sobre vendas - PIS e COFINS


Receita Líquida = R$ 12.640,00 - R$ 2.100,00 - R$ 400,00 - R$ 1.100,00

Lucro bruto = R$ 9.040,00 - R$ 4.000,00 = R$ 5.040,00

Gabarito ^ C.

9. (ESAF/Analista Técnico/SU SEP/2010) A seguinte relação contém contas


patrimoniais e contas de resultado. Seus saldos foram extraídos do livro Razão
no fim do exercício social.

Co ntas Sa ldos

Bancos conta Movimento 9.500.00


Despesas Gerais e Administrativas 19.500.00
ICMS sobre Vendas 16.000,00
Duplicatas a Receber 37.500.00
Encargos de Depreciação 6.000,00
Capital Social 110.000,00
Mercadorias 50.000. 00
Juros Passivos a Vencer 3.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 54.500.00
ICMS a Recolher 8.500.00
Capital a Realizar 15.000. 00
Provisão para FGTS 24.000. 00
Ações de Coligadas 25.000. 00
Receita de Vendas 100.000. 00
Duplicatas a Pagar 65.000. 00
Provisão para Créditos Incobráveis 12.500.00
Depreciação Acumulada 10.000. 00
Ações em Tesouraria 25.000. 00
Juros Passivos 4.000. 00
Móveis e Utensílios 70.000. 00
Descontos Ativos 5.000. 00

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Do resultado alcançado no ano, foram distribuídos R$ 600,00 para reserva
legal, R$ 500,00 para participação de empregados, R$ 1.250,00 para imposto
de renda e o restante para dividendos.

Classificando-se as contas acima e estruturando a apuração do resultado do


exercício com os valores demonstrados, vamos encontrar um lucro líquido do
exercício no valor de

a) R$ 2.650,00.
b) R$ 3.250,00.
c) R$ 5.000,00.
d) R$ 3.150,00.
e) R$ 3.750,00.

Com entários

Receita de Vendas 100.000,00


(-) ICMS sobre Vendas (16.000,00)
Receita Líquida de Vendas 84.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (54.500,00)
Lucro bruto com mercadorias 29.500,00
(-) Despesas Gerais e Administrativas (19.500,00)
(-) Encargos de Depreciação (6.000,00)
(-) Juros Passivos (4.000,00)
Descontos Ativos 5.000,00
Lucro Operacional Líquido 5.000,00
(-) Imposto de renda (1.250,00)
Lucro após o IR e antes das participações 3.750,00
(-) Participação de empregados (500,00)
Lucro líquido do exercício 3.250,00

Gabarito ^ B.

10. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS N atal/2008) A empresa Comercial de Frutas


S/A, em março de 2008, realizou compras de mercadorias pelo preço de R$
10.000,00 e, no mesmo mês, vendeu metade dessa mercadoria comprada pelo
preço de R$ 8.000,00.

Sobre essas operações houve a incidência de IPI de 6% e de ICMS de 10%.


Não houve incidência de PIS nem de COFINS.

Considerando, exclusivamente, essas informações, podemos dizer que a


empresa auferiu lucro de

a) R$ 2.160,00.
b) R$ 2.200,00.

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c) R$ 2.400,00.
d) R$ 2.640,00.
e) R$ 3.000,00.

Com entários

Inicialmente, temos de calcular as compras realizadas pela empresa.

Como a empresa não é contribuinte do IPI, ele deverá integrar o preço de


compra. Sendo um tributo por fora, ainda não está incluso nos R$ 10.000,00.

O ICMS, contudo, é recuperável, e deverá ser destacado do preço da compra.


Como se trata de compra para revenda, o imposto sobre mercadorias não
incidirá sobre o IPI.

Fica assim:

Compra bruta 10.000,00


+ IPI sobre compras (6%) 600,00
- ICMS a recuperar (10%)____________ (1.000,00)
Valor a ser incorporado no estoque 9.600,00

Como vendemos metade destas mercadorias, temos que o custo da mercadoria


vendida foi de R$ 4.800,00.

CMV ^ R$ 4.800,00

Montemos, agora, a demonstração do resultado do exercício. A empresa não é


contribuinte do IPI. Logo, não aparecerá na DRE o destaque deste imposto.

Receita bruta de vendas 8.000,00


(-) ICMS sobre vendas________________________ (800,00)
Receita líquida de vendas 7.200,00
(-) Custo da mercadoria vendida________________ (4.800,00)
Lucro bruto 2.400,00

Gabarito ^ C.

11. (ESAF/Analista de Mercados de C apitais/CVM /2010) A empresa


Atividade Tributada S/A apurou, ao fim do exercício social, os seguintes
componentes de resultados:

Receitas tributáveis 80.000,00


Despesas dedutíveis 58.200,00
Receitas Não Tributáveis 9.600,00
Despesas não dedutíveis 4.600,00
Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00

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Estratégia
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Imposto de Renda 15%

O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração


do lucro real de períodos anteriores e registrado no livro próprio, monta a R$
10.000,00.

Com base nas informações acima, calcule o imposto de renda a provisionar e


indique o seu valor.

a) R$ 3.360,00
b) R$ 3.270,00
c) R$ 2.541,00
d) R$ 2.289,00
e) R$ 1.770,00

Com entários

Receitas Tributáveis 80.000


Deduções 58.200
Base de Cálculo antes Compensação 21.800
Compensação = 30% da Base de Cálculo anterior 6.540
Base de Cálculo = 21.800 - 6.540 15.620
Imposto de Renda 15% 2.289

Gabarito ^ D.

12. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) A Empresa Comércio Local Ltda.


executou transações com mercadorias e pessoal, das quais resultaram, na
contabilidade, os seguintes saldos:

Estoque inicial de mercadorias R$ 12.500,00


Compras de mercadorias R$ 32.000,00
Vendas de mercadorias R$ 37.000,00
Estoque final de mercadorias R$ 20.500,00
ICMS sobre Compras R$ 4.800,00
ICMS a Recolher R$ 750,00
ICMS sobre Vendas R$ 5.550,00
Salários e Ordenados R$ 8.000,00
Encargos Trabalhistas R$ 960,00
Contribuições a Recolher R$ 1.600,00

Computando estes dados para fins da apuração dos resultados, vamos


encontrar um

a) Lucro bruto de R$ 17.050,00.


b) Lucro bruto de R$ 13.000,00.

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c) Lucro bruto de R$ 7.450,00.
d) Lucro líquido de R$ 3.290,00.
e) Lucro líquido de R$ 2.440,00.

Com entários

Apuremos, inicialmente, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).

CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque Final


CMV = 12.500 + 32.000 - 4.800 - 20.500 = R$ 19.200,00.

Por se tratar de compra para revenda, o ICMS é recuperável, ficando em conta


segregada do ativo circulante.

Montemos a demonstração do resultado do exercício (DRE).

Vendas de mercadorias R$ 37.000,00


(-) ICMS sobre Vendas (R$ 5.550,00)
Vendas Líquidas R$ 31.450,00
(-) Custo da mercadoria vendida (R$ 19.200,00)
Lucro bruto R$ 12.250,00
(-) Salários e Ordenados R$ 8.000,00
(-) Encargos Trabalhistas R$ 960,00
Lucro líquido R$ 3.290,00.

Gabarito ^ D.

13. (ESAF/Auditor Fiscal/IC M S /M G /2 00 5) A listagem de saldos para


elaboração dos balanços da Companhia Gama S/A apresentou as contas
patrimoniais e de resultado abaixo mencionadas. A eventual diferença
aritmética existente decorre da conta corrente de ICMS, cujo encerramento
ainda não havia sido contabilizado.

Caixa R$ 28.000,00
Capital Social R$ 14.000,00
Compras de Mercadorias R$ 96.000,00
Contas a Receber R$ 39.200,00
COFINS R$ 152,00
Fornecedores R$ 32.000,00
ICMS sobre Vendas R$ 40.800,00
Impostos e Taxas R$ 1.840,00
Juros Ativos R$ 880,00
Mercadorias R$ 36.000,00
Móveis e Utensílios R$ 48.000,00
PIS sobre Faturamento R$ 168,00
Prêmio de Seguros R$ 2.880,00
Reserva Legal R$ 2.800,00

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Salários e Encargos R$ 6.400,00
Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00
Vendas de Mercadorias R$240.000,00
Veículos R$ 32.000,00

Observações:

1. O estoque atual de mercadorias está avaliado em R$ 1.600,00.


2. As compras e as vendas são tributadas à mesma alíquota de ICMS.
3. Após eventual destinação do lucro à Reserva Legal, o saldo remanescente do
período será totalmente destinado a dividendos dos sócios, a serem pagos no
primeiro semestre do exercício subsequente à apuração.

As demonstrações contábeis elaboradas a partir das informações anteriormente


citadas, certamente, vão evidenciar:

a) R$ 130.400,00 de Custo das Mercadorias Vendidas (CMV).


b) R$ 85.680,00 de Lucro Operacional Bruto.
c) R$ 147.200,00 de Ativo total.
d) R$ 132.000,00 de Passivo Circulante.
e) R$ 20.528,00 de Patrimônio Líquido.

Com entários

Começaremos por um pequeno detalhe dado pela questão: o cálculo do ICMS


sobre compras.

Veja que a questão disse que o ICMS sobre COMPRAS é calculado a mesma
alíquota do ICMS sobre vendas. E como acharemos essa alíquota? Simples,
basta sabermos o quanto o ICMS sobre vendas corresponde no total de vendas
(regra de três): 40.800/240.000, ou seja, 17% é a alíquota do ICMS.

Vamos agora fazer o cálculo do CMV.

CMV = Estoque Inicial + (Compras brutas - ICMS sobre compras) - Estoque


Final
CMV = 36.000 + (96.000 - 17%.96.000)- 1.600 = 114.080

Continuando a resolução, achamos o resultado do exercício:

Receita bruta de vendas 240.000


(-) ICMS sobre vendas (40.800,00)
(-)COFINS 152,00
(-)PIS 168
= Receita Bruta de Vendas 198.880
(-) CMV (114.080)
= Lucro Bruto 84.800

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- Impostos e taxas (1.840)
- Prêmio de Seguros (2.880,00)
- Salários e Encargos (6.400,00)
+ Juros Ativos 880,00
= Lucro Líquido do Exercício 74.560

O enunciado frisou que após a reserva legal, todo o lucro do exercício será
destinado a dividendos a pagar. Ocorre que o saldo de reserva legal já foi
atingido, atingindo o montante de 20% do Capital Social, configurando-se,
então, obrigação de não-fazer, de não constituir a Reserva Legal, devendo todo
o lucro ser destinado a dividendos.

Lançamento:

D - Lucro Líquido do Exercício


C - Lucros Acumulados 74.560

Lançamento de destinação:

D - Lucros Acumulados
C - Dividendos a pagar 74.560

Não podemos nos esquecer de apurar o ICMS:

-> ICMS sobre vendas = 40.800


-> ICMS sobre compras = 16.320

Saldo ^ ICMS a recolher = 24.480

Balanço Patrim onial

Ativo

Ativo Circulante

Caixa R$ 28.000,00
Mercadorias R$ 1.600,00
Contas a Receber R$ 39.200,00

Ativo Não Circulante

Im obilizado

Veículos R$ 32.000,00
Móveis e Utensílios R$ 48.000,00

Total do Ativo 148.800

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Passivo

Passivo Circulante

Fornecedores R$ 32.000,00
Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00
Icms a recolher R$ 24.480
Lucros acumulados________ R$ 74.560
Total do PC = 132.000

Patrim ônio Líquido

Capital Social R$14.000,00


Reserva Legal____________ R$ 2.800,00
Total do PL = 16.800

Total do Passivo 148.800

O gabarito da questão é a letra d!

Gabarito ^ D.

14. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002.1) As contas abaixo


representam um grupo de receitas e despesas e, embora distribuídas aqui
aleatoriamente, compõem a demonstração do resultado do exercício da
empresa Boapermuta S/A.

Outras receitas R$ 2.000,00


Provisão para Contribuição Social 10%
Juros Recebidos R$ 1.500,00
Depreciação R$ 700,00
Participação de Administradores 5%
Impostos e Taxas R$ 500,00
Propaganda e Publicidade R$ 1.800,00
Vendas Canceladas R$ 20.000,00
PIS/PASEP 1%
Despesas Bancárias R$ 800,00
Estoque Inicial R$ 30.000,00
Comissões sobre Vendas de Mercadorias R$ 3.000,00
Descontos Incondicionais Concedidos R$ 20.000,00
Estoque Final R$ 37.000,00
Descontos Condicionais Concedidos R$ 2.000,00
Participação de Partes Beneficiárias 5%
Juros Pagos R$ 500,00
Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00

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COFINS 2%
Salários e Encargos R$ 3.000,00
Água e Energia R$ 200,00
Provisão para Imposto de Renda 15%
Compras de Mercadorias R$ 50.000,00
ICMS s/ Compras e Vendas 12%
Descontos Obtidos R$ 15.000,00

Ordenando-se as contas acima, adequadamente e em conformidade com as


regras de elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, vamos
encontrar

a) Receita Líquida de Vendas de R$ 48.000,00.


b) Lucro Operacional Bruto de R$ 4.000,00.
c) Lucro Operacional Líquido de R$ 15.000,00.
d) Lucro Líquido antes da Contribuição Social e do Imposto de Renda de R$
20.000,00.
e) Lucro Líquido do Exercício de R$ 13.500,00.

Com entários

Montemos a DRE...

Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00


(-) Vendas Canceladas (R$ 20.000,00)
(-) Descontos Incondicionais Concedidos (R$ 20.000,00)
(-) PIS/PASEP 1%/COFINS 2%/ICMS sobre vendas 12% (R$ 9.000,00)
Receita líquida de vendas R$ 51.000,00
(-) Custo da mercadoria vendida (R$ 37.000,00)
Lucro bruto R$ 14.000,00
(-) Depreciação (R$ 700,00)
(-) Impostos e Taxas (R$ 500,00)
(-) Comissões sobre Vendas de Mercadorias (R$ 3.000,00)
(-) Juros Pagos (R$ 500,00)
(-) Propaganda e Publicidade (R$ 1.800,00)
(-) Despesas Bancárias (R$ 800,00)
(-) Salários e Encargos (R$ 3.000,00)
(-)Descontos Condicionais Concedidos (R$ 2.000,00)
(-) Água e Energia (R$ 200,00)
+ Juros Recebidos R$ 1.500,00
+ Descontos Obtidos R$ 15.000,00
Lucro operacional líquido R$ 18.000,00
+ Outras receitas R$ 2.000,00
Lucro antes do IR e CSLL R$ 20.000,00
(-) Contribuição Social 10% (R$ 2.000,00)
(-) Imposto de Renda 15% (R$ 3.000,00)
Lucro após o IR e CSLL R$ 15.000,00

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(-) Participação de Administradores 5% (R$ 750,00)
(-) Participação de Partes Beneficiárias 5%_____________(R$ 712,50)
Lucro líquido do exercício R$ 15.337,50

Cálculo do CMV:

Estoque Inicial R$ 30.000,00


Compras de Mercadorias R$ 50.000,00
(-) ICMS sobre compras: (R$ 6.000,00)
Compras líquidas R$ 44.000,00
Estoque Final_______________________________ (R$ 37.000,00)
Custo da mercadoria vendida R$ 37.000,00

Gabarito ^ D.

15. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/M D IC /2002) A empresa Três


Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300
unidades, no dia 15; e outra de 480 unidades, no dia 25. O valor apurado foi o
mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. O
valor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao preço de venda com
incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço
unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00.


b) 25 de agosto foi de R$ 5,50.
c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.
d) 15 de agosto foi de R$ 7,92.
e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

Com entários

Vejam que o preço total cobrado foi de R$ 5.280 no total, ou seja, em cada
venda houve a cobrança de R$ 2.640.

Dentro dos 2640 já está incluso tanto o ICMS quanto o IPI.

Temos, portanto, o seguinte: Sobre a Receita Bruta de Vendas há incidência do


IPI. Devemos somá-lo, pois o IPI é cobrado por fora. O ICMS sabemos que é
cobrado por dentro.

Temos, portanto, a seguinte situação:

Preço de Venda + IPI = 2.640

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Nomeando Preço de venda de X, teremos:

X + 10 %x = 2.640
1,1X = 2.640
X = 2.400

Este é o valor da Receita Bruta de Vendas de cada uma das vendas. Como no
dia 15 vendemos 300 unidades, temos que o preço unitário de venda é:
2.400/300 = R$ 8. Como no dia 25 vendemos 480 unidades, temos que o
preço unitário de venda é 2400/480 = R$ 5.

Logo, o gabarito da questão é a letra A.

Nessa questão não se pode tirar 10% de 2640 sob pena de se errar a base
cálculo do IPI.

Tenham em mente também este é o esquema da DRE

= Faturamento bruto
(-)IPI
= Receita Bruta de Vendas
(-) ICMS
= Receita Líquida de Vendas

Gabarito ^ A.

16. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002.2) A Mercearia


Mercados S/A calculou custos e lucros em agosto de 2001, com fulcro nas
seguintes informações:

O custo das vendas foi calculado com base em estoques iniciais ao custo total
de R$ 120.000,00, compras, a vista e a prazo, ao preço total de R$ 260.000,00
e vendas, a vista e a prazo, no valor de R$ 300.000,00, restando em estoque
para balanço o valor de R$ 150.000,00. A tributação ocorreu de modo regular,
com ICMS à alíquota de 17%, PIS/faturamento a 1% e COFINS a 3%.

Após a contabilização dos fatos narrados, a elaboração da Demonstração do


Resultado do Exercício vai evidenciar o lucro bruto de

a) R$ 50.880,00
b) R$ 51.200,00
c) R$ 61.280,00
d) R$ 71.280,00
e) R$ 71.600,00

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Com entários

Receita bruta de vendas R$ 300.000,00


(-) ICMS sobre vendas (17%) (R$ 51.000,00)
(-) PIS/COFINS (4%) (R$ 12.000,00)
Receita líquida de vendas R$ 237.000,00
(-) CMV (R$ 185.800,00)
Lucro bruto R$ 51.200,00

Cálculo do CMV:

Estoque inicial R$ 120.000,00


Compras brutas R$ 260.000,00
(-) ICMS sobre compras (R$ 44.200,00)
Compras líquidas R$ 215.800,00
(-) Estoque final (R$ 150.000,00)
Custo da mercadoria vendida R$ 185.800,00

Gabarito ^ B.

17. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002.2) A empresa de


Pedras & Pedrarias S/A. demonstrou no exercício de 2001 os valores como
seguem:

Lucro bruto R$ 90.000,00


Lucro operacional R$ 70.000,00
Receitas operacionais R$ 7.500,00
Despesas operacionais R$ 27.500,00
Participação de Administradores R$ 2.500,00
Participação de Debenturistas R$ 3.500,00
Participação de Empregados R$ 3.000,00

A tributação do lucro dessa empresa deverá ocorrer à alíquota de 30% para


Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, conjuntamente.
Assim, se forem calculados corretamente o IR e a CSLL, certamente o valor
destinado, no exercício, à constituição da reserva legal deverá ser de

a) R$ 2.000,00
b) R$ 2.070,00
c) R$ 2.090,00
d) R$ 2.097,50
e) R$ 2.135,00

Com entários

Lucro bruto R$ 90.000,00

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(-) Despesas operacionais R$ 27.500,00

Lucro operacional R$ 70.000,00


(-) IR/CSLL (R$ 19.050,00)
Lucro antes das participações R$ 50.950,00
(-) Participações
Debenturistas (R$ 3.500,00)
Empregados (R$ 3.000,00)
Administradores (R$ 2.500,00)
Lucro líquido do exercício R$ 41.950,00

Base de cálculo do IR e CSLL: R$ 70.000 - R$ 3.500 - R$ 3.000 = R$


63.500,00.
IR e CSLL = 30% x 63.500,00 = R$ 19.050,00.

Do LLEx, 5% será destinado à reserva legal.

5% x 41.950,00 = R$ 2.097,50.

Gabarito ^ D.

18. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/R N /2005) A Cia. Souto e


Salto tinha prejuízos acumulados de R$ 40.000,00, mas durante o exercício
social apurou lucro. Desse lucro, após destinar R$ 80.000,00 para imposto de
renda e CSLL, a empresa distribuiu 10% em participação de debenturistas, no
valor de R$ 4.000,00, 10% em participação de administradores, no valor de R$
3.240,00 e 10% em participação de empregados.

De acordo com as informações acima e com as normas em vigor, podemos


dizer que a Cia. Souto e Salto, no final da Demonstração de Resultado do
Exercício, vai indicar o lucro líquido do exercício no valor de

a) R$ 29.160,00.
b) R$ 29.520,00.
c) R$ 68.760,00.
d) R$ 69.160,00.
e) R$ 69.520,00.

Com entários

Lucro antes da apuração do IR X


(-) IR/CSLL_______________ (80.000,00)
Lucro após o IR/CSLL X - 80.000,00

Sabe-se que a base de cálculo para o cômputo das participações é composto


pelo lucro após o IR/CSLL subtraído, se houver, dos prejuízos acumulados de

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exercícios anteriores. Neste exercício, a questão disse que havia prejuízos no
montante de R$ 40.000,00.

O que temos, portanto, é o seguinte:

X - 80.000 - 40.000 = Base de cálculo inicial das participações.

A questão informou também que a participação dos debenturistas (que é a


primeira) monta a R$ 4.000,00 equivalendo a 10% da BC inicial. Temos assim:

X - 80.000 - 40.000 = 40.000


X - 120.000 = 40.000
X = 160.000.

Este é o nosso LAIR.

Achemos agora todas as participações.

Debenturista 4.000,00
Empregados (10% x [40.000,00 - 4.000,00]) 3.600,00
Administradores 3.240,00

Voltando à DRE:

Lucro antes da apuração do IR 160.000,00


(-) IR/CSLL_______________ (80.000,00)
Lucro após o IR/CSLL 80.000,00
(-) Participações
Debenturista (4.000,00)
Empregados (3.600.00)
Administradores (3.240.00)
Lucro líquido do exercício 69.160,00

Gabarito ^ D.

19. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/CG U /2004) A Cia. de


Comércio Zão apresenta a relação de contas abaixo, com respectivos saldos,
para organizar o balancete, balanço e resultado.

C o n t a s saldos em R$

Ações de Coligadas 800


Amortização Acumulada 60
Aluguéis Passivos 250
Caixa 100
Clientes 180

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Capital Social 2.500
Capital a Realizar 350
Custo das Mercadorias Vendidas 900
Duplicatas a Receber 400
Duplicatas Descontadas 220
Duplicatas a Pagar 290
Depreciação Acumulada 110
Despesa de Comissões 200
Fornecedores 400
Impostos a Recolher 40
ICMS sobre Vendas 340
Impostos e Taxas 180
Juros Ativos 230
Lucros Acumulados 33
Mercadorias 300
Móveis e Utensílios 1.000
Marcas e Patentes 250
Provisão para Créditos de Liquidação
Duvidosa 17
Provisão para FGTS 120
Reservas de Lucros 320
Receitas de Vendas 1.980
Receitas Financeiras 150
Salários a Pagar 200
Salários e Ordenados 300
Veículos 1.120

Com base nos saldos da relação acima, a empresa elaborou a DRE. Do lucro
líquido apurado no exercício, a empresa destinou apenas R$ 57,00 para o
imposto de renda e R$ 7,00 para a constituição da reserva legal. Nesta
hipótese, a última linha de valor da DRE será Lucro Líquido do Exercício de

a) R$ 190,00
b) R$ 133,00
c) R$ 126,00
d) R$ 116,00
e) R$ 109,00

Com entários

Receitas de Vendas 1.980


(-) ICMS sobre vendas (340)
Receita líquida 1640
(-) CMV (900)
Lucro bruto 740
(-) Aluguéis Passivos (250)
(-) Despesa de Comissões (200)

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(-) Impostos e Taxas (180)
(-) Salários e Ordenados (300)
Juros Ativos 230
Receitas Financeiras 150
LAIR 190
(-) PIR 57
LLEx 133

Gabarito ^ B.

20. (ESAF/Gestor Fazendário/M G /2005) Em 31 de dezembro, antes dos


ajustes para fechamento da conta corrente do ICMS, a empresa Comercial Beta
S/A levantou os seguintes saldos, apresentados em ordem alfabética:

Caixa R$ 9.600,00
Capital Social R$ 30.000,00
Clientes R$ 14.700,00
COFINS R$ 57,00
Compras de Mercadorias R$ 36.000,00
Fornecedores R$ 12.000,00
ICMS sobre Vendas R$ 10.200,00
Impostos e Taxas R$ 690,00
Juros Ativos R$ 330,00
Mercadorias R$ 13.500,00
Móveis e Utensílios R$ 9.000,00
PIS sobre Faturamento R$ 63,00
Prêmio de Seguros R$ 1.080,00
Reserva Legal R$ 300,00
Salários e Encargos R$ 2.400,00
Salários e Encargos a Pagar R$ 360,00
Veículos R$ 12.000,00
Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00

Observações:

- Ao fim do período, a empresa apresentou estoque de mercadorias avaliado em


R$ 6.000,00.
- O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incide à mesma alíquota
sobre as compras e sobre as vendas.
- No período não houve outras implicações tributárias nem distribuição de
resultados.

Após contabilizar o ajuste do ICMS, as demonstrações contábeis apresentarão:

(a) R$ 12.300,00 de lucro líquido do exercício.


(b) R$ 22.500,00 de lucro operacional bruto.

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(c) R$ 37.380,00 de custo da mercadoria vendida.
(d) R$ 43.500,00 de custo da mercadoria vendida.
(e) R$ 49.680,00 de lucro operacional bruto.

Com entários

Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00


(-) PIS sobre Faturamento (R$ 63,00)
(-) COFINS (R$ 57,00)

Vendas Líquidas 49.680,00


(-) CMV (37.380,00)
Lucro operacional bruto 12.300,00
(-) Impostos e Taxas (R$ 690,00)
(-) Prêmio de Seguros (R$ 1.080,00)
(-) Salários e Encargos (R$ 2.400,00)
+ Juros Ativos R$ 330,00
Lucro líquido R$ 8.460,00

Alíquota do ICMS sobre compras = alíquota do ICMS sobre venda.


Alíquota do ICMS sobre venda = 10.200/60.000 = 17%

Logo,

17% x 36.000 = 6.120 (ICMS sobre compras)

CMV = EI + COMPRAS LÍQUIDAS - EF


CMV = 13.500 + (36.000 - 6.120) - 6.000
CMV = 37.380,00.

Gabarito ^ C

21 - (ESAF/M inistério da Fazenda/Contador/2013) Na elaboração da


Demonstração do Resultado do Exercício, surgiu um lucro líquido antes do
Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro líquido no valor de R$
6.000,00. A proposta da administração para distribuir o resultado era de 50%
para dividendos, 30% para IR e CSLL, 10% para participação de empregados e
5% para reserva legal, ficando o restante em uma reserva de lucros.

Ao ser feita a contabilização segundo essa proposta, o saldo final do resultado a


ser transportado para a mencionada reserva de lucros será de

A) R$ 1.795,50.
B) R$ 1.785,00.
C) R$ 1.710,00.
D) R$ 1.701,00.

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E) R$ 1.512,00.

Com entário:

Nesse tipo de questão, em que aparece um percentual para o IR e um


percentual para empregados, a ESAF normalmente apurava um IR provisório,
calcula a participação dos empregados, depois abate tal participação e calcula o
IR definitivo. Devemos lembrar que as participações de Debenturistas e de
Empregados são dedutíveis para o IR. Como há dedução recíproca (as duas
participações são dedutíveis para o IR e o IR diminui a base de cálculo das
participações), a ESAF adotou a estranha figura do IR provisório

Atenção: esse cálculo era usado apenas quando a questão informava o IR e


alguma participação dedutível (debentures e empregados) em percentual.

Vejamos, agora, o método que foi adotado pela banca nesta questão,
diametralmente oposto ao que vinha sendo feito anteriormente.

O que ocorre é que a ESAF alterou a forma de cálculo. Não usou a figura do IR
provisório, já calculou diretamente.

Assim:

Lucro líquido 6.000,00


IR Provisório (6.000 x 30%) -1.800,00
Lucro após IR 4.200,00
Participação Empregados (4200 x 10%) -420,00
Lucro líquido 3.780,00

Continuando o cálculo:

Lucro acumulados 3.780,00


Reserva Legal 5% -189,00
Sub total 3.591,00
Dividendos (50% ) -1.795,50
Saldo (Reserva de Lucros) 1.795,50

Prezados, na prova, usem essa forma de calcular (que é a questão mais


recente).

Gabarito ^ A.

No concurso de Auditor da Receita Federal de 2014, a ESAF repetiu essa nova


forma de cálculo, como veremos abaixo.

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(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) No início de 2013, o
Patrimônio Líquido da Cia. Madeira era composto pelos seguintes saldos:

Contas de PL Valores R$

Capital Social 1.000.000


Capital a Integralizar (550.000)
Reserva Legal 87.500
Reservas de Lucros 57.500
Lucros Retidos 170.000

Ao final do período de 2013, a empresa apurou um Lucro antes do Imposto


sobre a Renda e Contribuições no valor de R$ 400.000.

De acordo com a política contábil da empresa, ao final do exercício, no caso da


existência de lucros, os estatutos da empresa determinam que a mesma deve
observar os percentuais abaixo para os cálculos das Participações e
Contribuições, apuração do Lucro Líquido e sua distribuição.

Dividendos a Pagar 50%


Participações da Administração nos Lucros daSociedade 20%
Participações de Debêntures 25%
Participação dos Empregados nos Lucros da Sociedade 25%
Provisão para IR e Contribuições 20%
Reserva de Lucros 20%
Reserva Legal 5%

O restante do Lucro Líquido deverá ser mantido em Lucros Retidos conforme


decisão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) até o final do exercício de 2014,
conforme Orçamento de Capital aprovado em AGO de 2012.

Com base nas informações anteriores, responda às questões de n. 22.

22. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) O Valor das


Participações dos Debenturistas nos Lucros da Sociedade é:

a) R$ 80.000.
b) R$ 72.000.
c) R$ 64.000.
d) R$ 48.000.
e) R$ 36.000.

Com entários

Temos aqui uma questão com IR, participações de Debêntures e participações


de empregados em percentual.

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Antigamente, teríamos que calcular o "IR provisório", depois calcular
novamente, como já ensinamos.

Agora não mais! Agora, resolvemos diretamente. Assim:

Lucro antes do IR 400.000. 00


(-) IR (20% x 400.000) (80.000,00)
Lucro após o IR e antes das participações 320.000. 00
(-) Participação de debenturistas (25% x 320.000) (80.000,00)
(-) Participação de empregados (25% x 240.000) (60.000,00)
(-) Participação de administradores (20% x 180.00) (36.000,00)
Lucro líquido do exercício 144.000. 00

Gabarito ^ A.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A S.A. Sociedade


Abraços, no exercício de 2011, evidência um prejuízo contábil e fiscal de R$
4.300,00; uma provisão para imposto de renda de R$ 5.000,00; e um resultado
positivo do exercício antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o
lucro e das participações no valor de R$ 35.000,00.

Deste resultado a empresa deverá destinar R$ 3.000,00 para participação


estatutária de empregados; R$ 2.700,00 para participação estatutária de
administradores; R$ 2.000,00 para reserva estatutária; além da reserva legal
de R$ 1.000,00.

Após a contabilização correta desses procedimentos, pode-se dizer que o


encerramento da conta de resultado do exercício foi feito com um lançamento a
débito no valor de

A) R$ 17.000,00.

B) R$ 19.000,00.
C) R$ 20.000,00.
D) R$ 24.300,00.
E) R$ 25.700,00.

2. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Os estatutos da Cia.


Omega estabelecem que, dos lucros remanescentes, após as deduções
previstas pelo artigo 189 da Lei 6.404/76 atualizada, deverá a empresa destinar
aos administradores, debêntures e empregados uma participação de 10% do
lucro do exercício a cada um. Tomando como base as informações constantes
da tabela abaixo:

Itens apurados em 31.12.2010 Valores em R$


Resultado apurado antes do Imposto, Cgntribuições e Participações 500.000,00
Valor estabelecido para Imposto de Renda e Contribuição Social 100.000,00
Saldos da conta / Prejuízos Acumulados - 150.000,00

O valor das Participações dos Administradores é:

A) R$ 40.000.
B) R$ 36.000.
C) R$ 32.400.
D) R$ 22.500.
E) R$ 20.250.

3. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Os estatutos da Cia.


Omega estabelecem que, dos lucros remanescentes, após as deduções

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previstas pelo artigo 189 da Lei 6.404/76 atualizada, deverá a empresa destinar
aos administradores, debêntures e empregados uma participação de 10% do
lucro do exercício a cada um. Tomando como base as informações constantes
da tabela abaixo:

Itens apurados em 31.12.2010 Valores em R$


Resultado apurado antes do Imposto, Contribuições e
Participações 500.000,00
Valor estabelecido para Imposto de Renda e Contribuição
Social 100.000,00

Saldos da conta / Prejuízos Acumulados 150.000,00

Pode-se afirmar que o valor do Lucro Líquido do Exercício é:

A) R$ 350.000.
B) R$ 332.250.
C) R$ 291.600.
D) R$ 182.500.
E) R$ 141.600.

4. (ESAF/Contador/M inistério do Turism o/2014) Na empresa Tal Qual


Lemos S.A., o lucro do exercício, quando ocorre, é distribuído da seguinte
forma: 30% para dividendos obrigatórios, 10% para Participações Estatutárias
de Administradores, 10% para Reservas Estatutárias, 5% para Reserva Legal.

No presente exercício o lucro líquido do exercício antes do imposto de renda foi


no montante de R$ 90.000,00, dele devendo-se deduzir um imposto de renda
de R$ 36.000,00.

Sendo contabilizada a distribuição acima proposta, certamente, vamos


encontrar um dividendo obrigatório no valor de

a) R$ 12.150,00
b) R$ 12.465,90
c) R$ 12.393,00
d) R$ 13.851,00
e) R$ 14.580,00

5. (ESAF/Analista de Controle Externo/M D IC /2012) Certa empresa, que


tinha prejuízos acumulados de R$ 2.000,00, apurou lucro líquido do exercício no
valor de R$ 10.000,00, depois do imposto de renda e participações. Após
contabilizar a Reserva Legal, uma reserva estatutária de 10% e outra, para
aumento de capital, à taxa de 15%, destinou também recursos para o
dividendo mínimo obrigatório, nos termos da legislação vigente e, em seguida,
acomodou o saldo remanescente na formação de uma reserva de lucros.

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Sabendo-se que os estatutos da empresa não estipulam um percentual
específico para dividendo mínimo e que os prejuízos acumulados são também
prejuízos fiscais, pode-se dizer que no exercício em questão a empresa
contabilizou dividendo mínimo obrigatório no valor de

a) R$ 1.900,00.
b) R$ 2.800,00.
c) R$ 3.400,00.
d) R$ 3.800,00.
e) R$ 5.000,00.

6. (ESAF/Analista de Controle Externo/M D IC /2012) A Cia. de Solas e


Solados apurou no livro Razão, ao fim do exercício, mas antes do encerramento
das contas de resultado, os valores listados a seguir:

CONTAS SALDOS

Receita de Vendas 21.000,00


Capital Social 15.000. 00
Produtos Acabados 14.800.00
Duplicatas a Pagar 14.000. 00
Custo das Mercadorias Vendidas 14.000. 00
Duplicatas a Receber 10.000. 00
Salários a Pagar 5.200.00
Equipamentos 4.600.00
Caixa 4.000. 00
Veículos 3.900.00
Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800.00
Investimentos em Controladas 3.500.00
Salários 3.000. 00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000. 00
Reserva Legal 1.800.00
Impostos 1.700.00
Aluguéis Ativos 1.600.00
Depreciação Acumulada 1.500.00
Prejuízos Acumulados 1.400.00
Reserva de Capital 1.200.00
Despesas Diferidas 1.200,00
Juros Passivos 1.100,00
Provisão p/Ajuste de Estoques 1.100,00

Examinando-se o resultado desse exercício, com distribuição do lucro em R$


300,00 para o imposto de renda, R$ 500,00 para dividendos, e destinação do
saldo remanescente para a formação de reservas de lucro, pode-se dizer que a
contabilização desses eventos provocará um aumento final no patrimônio
líquido no valor de:

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a) R$ 1.400,00.
b) R$ 1.100,00.
c) R$ 800,00.
d) R$ 600,00.
e) R$ 500,00.

7. (ESAF/Analista de Controle Externo/M D IC /2012) Certa empresa, após


contabilizar suas contas de resultado,encontrou os seguintes valores:

Receita Líquida de Vendas 250.000. 00


Custo das Vendas do Período 140.000. 00
Receitas Operacionais 25.000. 00
Despesas Operacionais 65.000. 00
Ganhos de Capital 10.000.00
Provisão para Imposto de Renda 30.000,00

Os estatutos dessa empresa mandam pagar participação nos lucros, à base de


10% para empregados e 10% para administradores, além dos dividendos de
25%.

No exercício social de que estamos tratando, a empresa destinou ao pagamento


das participações o montante de

a) R$ 10.000,00.
b) R$ 9.500,00.
c) R$ 7.600,00.
d) R$ 3.750,00.
e) R$ 3.156,00.

8. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Em 31.12.2008, a


empresa Baleias e Cetáceos S/A colheu em seu livro Razão as seguintes contas
e saldos respectivos com vistas à apuração do resultado do exercício:

01 - Vendas de Mercadorias R$ 12.640,00


02 - Duplicatas Descontadas R$ 4.000,00
03 - Aluguéis Ativos R$ 460,00
04 - Juros Passivos R$ 400,00
05 - ICMS sobre vendas R$ 2.100,00
06 - Fornecedores R$ 3.155,00
07 - Conta Mercadorias R$ 1.500,00
08 - FGTS R$ 950,00
09 - Compras de Mercadorias R$ 3.600,00
10 - ICMS a Recolher R$ 1.450,00
11 - Clientes R$ 4.500,00
12 - Salários e Ordenados R$ 2.000,00
13 - PIS s/Faturamento R$ 400,00
14 - COFINS R$ 1.100,00

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15 - Frete sobre vendas R$ 800,00
16 - Frete sobre compras R$ 300,00
17 - ICMS sobre compras R$ 400,00

O inventário realizado em 31.12.08 acusou a existência de mercadorias no valor


de R$ 1.000,00. Considerando que na relação de saldos acima estão indicadas
todas as contas que formam o resultado dessa empresa, pode-se dizer que no
exercício em causa foi apurado um Lucro Operacional Bruto no valor de

a) R$ 9.040,00.
b) R$ 6.540,00.
c) R$ 5.040,00.
d) R$ 4.240,00.
e) R$ 2.350,00.

9. (ESAF/Analista Técnico/SU SEP/2010) A seguinte relação contém contas


patrimoniais e contas de resultado. Seus saldos foram extraídos do livro Razão
no fim do exercício social.

Co ntas Sa ldos

Bancos conta Movimento 9.500.00


Despesas Gerais e Administrativas 19.500.00
ICMS sobre Vendas 16.000,00
Duplicatas a Receber 37.500.00
Encargos de Depreciação 6.000,00
Capital Social 110.000,00
Mercadorias 50.000. 00
Juros Passivos a Vencer 3.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 54.500.00
ICMS a Recolher 8.500.00
Capital a Realizar 15.000. 00
Provisão para FGTS 24.000. 00
Ações de Coligadas 25.000. 00
Receita de Vendas 100.000. 00
Duplicatas a Pagar 65.000. 00
Provisão para Créditos Incobráveis 12.500.00
Depreciação Acumulada 10.000. 00
Ações em Tesouraria 25.000. 00
Juros Passivos 4.000. 00
Móveis e Utensílios 70.000. 00
Descontos Ativos 5.000. 00

Do resultado alcançado no ano, foram distribuídos R$ 600,00 para reserva


legal, R$ 500,00 para participação de empregados, R$ 1.250,00 para imposto
de renda e o restante para dividendos.

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Classificando-se as contas acima e estruturando a apuração do resultado do
exercício com os valores demonstrados, vamos encontrar um lucro líquido do
exercício no valor de

a) R$ 2.650,00.
b) R$ 3.250,00.
c) R$ 5.000,00.
d) R$ 3.150,00.
e) R$ 3.750,00.

10. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS Natal/2008) A empresa Comercial de Frutas


S/A, em março de 2008, realizou compras de mercadorias pelo preço de R$
10.000. 00 e, no mesmo mês, vendeu metade dessa mercadoria comprada pelo
preço de R$ 8.000,00.

Sobre essas operações houve a incidência de IPI de 6% e de ICMS de 10%.


Não houve incidência de PIS nem de COFINS.

Considerando, exclusivamente, essas informações, podemos dizer que a


empresa auferiu lucro de

a) R$ 2.160,00.
b) R$ 2.200,00.
c) R$ 2.400,00.
d) R$ 2.640,00.
e) R$ 3.000,00.

11. (ESAF/Analista de Mercados de C apitais/CVM /2010) A empresa


Atividade Tributada S/A apurou, ao fim do exercício social, os seguintes
componentes de resultados:

Receitas tributáveis 80.000,00


Despesas dedutíveis 58.200,00
Receitas Não Tributáveis 9.600,00
Despesas não dedutíveis 4.600,00
Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00
Imposto de Renda 15%

O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração


do lucro real de períodos anteriores e registrado no livro próprio, monta a R$
10.000. 00.

Com base nas informações acima, calcule o imposto de renda a provisionar e


indique o seu valor.

a) R$ 3.360,00
b) R$ 3.270,00

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d) R$ 2.289,00
e) R$ 1.770,00

12. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) A Empresa Comércio Local Ltda.


executou transações com mercadorias e pessoal, das quais resultaram, na
contabilidade, os seguintes saldos:

Estoque inicial de mercadorias R$ 12.500,00


Compras de mercadorias R$ 32.000,00
Vendas de mercadorias R$ 37.000,00
Estoque final de mercadorias R$ 20.500,00
ICMS sobre Compras R$ 4.800,00
ICMS a Recolher R$ 750,00
ICMS sobre Vendas R$ 5.550,00
Salários e Ordenados R$ 8.000,00
Encargos Trabalhistas R$ 960,00
Contribuições a Recolher R$ 1.600,00

Computando estes dados para fins da apuração dos resultados, vamos


encontrar um

a) Lucro bruto de R$ 17.050,00.


b) Lucro bruto de R$ 13.000,00.
c) Lucro bruto de R$ 7.450,00.
d) Lucro líquido de R$ 3.290,00.
e) Lucro líquido de R$ 2.440,00.

13. (ESAF/Auditor Fiscal/IC M S /M G /2 00 5) A listagem de saldos para


elaboração dos balanços da Companhia Gama S/A apresentou as contas
patrimoniais e de resultado abaixo mencionadas. A eventual diferença
aritmética existente decorre da conta corrente de ICMS, cujo encerramento
ainda não havia sido contabilizado.

Caixa R$ 28.000,00
Capital Social R$ 14.000,00
Compras de Mercadorias R$ 96.000,00
Contas a Receber R$ 39.200,00
COFINS R$ 152,00
Fornecedores R$ 32.000,00
ICMS sobre Vendas R$ 40.800,00
Impostos e Taxas R$ 1.840,00
Juros Ativos R$ 880,00
Mercadorias R$ 36.000,00
Móveis e Utensílios R$ 48.000,00
PIS sobre Faturamento R$ 168,00
Prêmio de Seguros R$ 2.880,00

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Reserva Legal R$ 2.800,00
Salários e Encargos R$ 6.400,00
Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00
Vendas de Mercadorias R$240.000,00
Veículos R$ 32.000,00

Observações:

1. O estoque atual de mercadorias está avaliado em R$ 1.600,00.


2. As compras e as vendas são tributadas à mesma alíquota de ICMS.
3. Após eventual destinação do lucro à Reserva Legal, o saldo remanescente do
período será totalmente destinado a dividendos dos sócios, a serem pagos no
primeiro semestre do exercício subsequente à apuração.

As demonstrações contábeis elaboradas a partir das informações anteriormente


citadas, certamente, vão evidenciar:

a) R$ 130.400,00 de Custo das Mercadorias Vendidas (CMV).


b) R$ 85.680,00 de Lucro Operacional Bruto.
c) R$ 147.200,00 de Ativo total.
d) R$ 132.000,00 de Passivo Circulante.
e) R$ 20.528,00 de Patrimônio Líquido.

14. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002.1) As contas abaixo


representam um grupo de receitas e despesas e, embora distribuídas aqui
aleatoriamente, compõem a demonstração do resultado do exercício da
empresa Boapermuta S/A.

Outras receitas R$ 2.000,00


Provisão para Contribuição Social 10%
Juros Recebidos R$ 1.500,00
Depreciação R$ 700,00
Participação de Administradores 5%
Impostos e Taxas R$ 500,00
Propaganda e Publicidade R$ 1.800,00
Vendas Canceladas R$ 20.000,00
PIS/PASEP 1%
Despesas Bancárias R$ 800,00
Estoque Inicial R$ 30.000,00
Comissões sobre Vendas de Mercadorias R$ 3.000,00
Descontos Incondicionais Concedidos R$ 20.000,00
Estoque Final R$ 37.000,00
Descontos Condicionais Concedidos R$ 2.000,00
Participação de Partes Beneficiárias 5%
Juros Pagos R$ 500,00
Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00
COFINS 2%

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Salários e Encargos R$ 3.000,00
Água e Energia R$ 200,00
Provisão para Imposto de Renda 15%
Compras de Mercadorias R$ 50.000,00
ICMS s/ Compras e Vendas 12%
Descontos Obtidos R$ 15.000,00

Ordenando-se as contas acima, adequadamente e em conformidade com as


regras de elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, vamos
encontrar

a) Receita Líquida de Vendas de R$ 48.000,00.


b) Lucro Operacional Bruto de R$ 4.000,00.
c) Lucro Operacional Líquido de R$ 15.000,00.
d) Lucro Líquido antes da Contribuição Social e do Imposto de Renda de R$
20.000,00.
e) Lucro Líquido do Exercício de R$ 13.500,00.

15. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/M D IC /2002) A empresa Três


Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300
unidades, no dia 15; e outra de 480 unidades, no dia 25. O valor apurado foi o
mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. O
valor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao preço de venda com
incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço
unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00.


b) 25 de agosto foi de R$ 5,50.
c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.
d) 15 de agosto foi de R$ 7,92.
e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

20. (ESAF/Gestor Fazendário/M G /2005) Em 31 de dezembro, antes dos


ajustes para fechamento da conta corrente do ICMS, a empresa Comercial Beta
S/A levantou os seguintes saldos, apresentados em ordem alfabética:

Caixa R$ 9.600,00
Capital Social R$ 30.000,00
Clientes R$ 14.700,00
COFINS R$ 57,00
Compras de Mercadorias R$ 36.000,00
Fornecedores R$ 12.000,00
ICMS sobre Vendas R$ 10.200,00
Impostos e Taxas R$ 690,00
Juros Ativos R$ 330,00

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Mercadorias R$ 13.500,00
Móveis e Utensílios R$ 9.000,00
PIS sobre Faturamento R$ 63,00
Prêmio de Seguros R$ 1.080,00
Reserva Legal R$ 300,00
Salários e Encargos R$ 2.400,00
Salários e Encargos a Pagar R$ 360,00
Veículos R$ 12.000,00
Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00

Observações:

- Ao fim do período, a empresa apresentou estoque de mercadorias avaliado em


R$ 6.000,00.
- O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incide à mesma alíquota
sobre as compras e sobre as vendas.
- No período não houve outras implicações tributárias nem distribuição de
resultados.

Após contabilizar o ajuste do ICMS, as demonstrações contábeis apresentarão:

(a) R$ 12.300,00 de lucro líquido do exercício.


(b) R$ 22.500,00 de lucro operacional bruto.
(c) R$ 37.380,00 de custo da mercadoria vendida.
(d) R$ 43.500,00 de custo da mercadoria vendida.
(e) R$ 49.680,00 de lucro operacional bruto.

21 - (ESAF/M inistério da Fazenda/Contador/2013) Na elaboração da


Demonstração do Resultado do Exercício, surgiu um lucro líquido antes do
Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro líquido no valor de R$
6.000,00. A proposta da administração para distribuir o resultado era de 50%
para dividendos, 30% para IR e CSLL, 10% para participação de empregados e
5% para reserva legal, ficando o restante em uma reserva de lucros.

Ao ser feita a contabilização segundo essa proposta, o saldo final do resultado a


ser transportado para a mencionada reserva de lucros será de

A) R$ 1.795,50.
B) R$ 1.785,00.
C) R$ 1.710,00.
D) R$ 1.701,00.
E) R$ 1.512,00.

(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) No início de 2013, o


Patrimônio Líquido da Cia. Madeira era composto pelos seguintes saldos:

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Contas de PL Valores R$

Capital Social 1.000.000


Capital a Integralizar (550.000)
Reserva Legal 87.500
Reservas de Lucros 57.500
Lucros Retidos 170.000

Ao final do período de 2013, a empresa apurou um Lucro antes do Imposto


sobre a Renda e Contribuições no valor de R$ 400.000.

De acordo com a política contábil da empresa, ao final do exercício, no caso da


existência de lucros, os estatutos da empresa determinam que a mesma deve
observar os percentuais abaixo para os cálculos das Participações e
Contribuições, apuração do Lucro Líquido e sua distribuição.

Dividendos a Pagar 50%


Participações da Administração nos Lucros daSociedade 20%
Participações de Debêntures 25%
Participação dos Empregados nos Lucros da Sociedade 25%
Provisão para IR e Contribuições 20%
Reserva de Lucros 20%
Reserva Legal 5%

O restante do Lucro Líquido deverá ser mantido em Lucros Retidos conforme


decisão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) até o final do exercício de 2014,
conforme Orçamento de Capital aprovado em AGO de 2012.

Com base nas informações anteriores, responda às questões de n. 22.

22. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) O Valor das


Participações dos Debenturistas nos Lucros da Sociedade é:

a) R$ 80.000.
b) R$ 72.000.
c) R$ 64.000.
d) R$ 48.000.
e) R$ 36.000.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO
1 d
2 e
3 b
4 d
5 d
6 d
7 b
8 c
9 b
10 c
11 d
12 d
13 d
14 d
15 a
16 b
17 d
18 d
19 b
20 c
21 a
22 a

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